Essa trilogia se encerra muito bem aqui nesse filme. Essa nova leva de filmes explorando o universo do planeta dos macacos foi realmente muito boa. O primeiro filme de 2011 já surpreendeu pela extrema qualidade de seu roteiro. O segundo não foi tão bom, mas manteve o interesse e a qualidade e finalmente tudo se encerra aqui, nessa terceira produção, que se não é tão boa quanto às anteriores pelo menos se mantém em um nível artístico que não vai decepcionar ninguém. Esse novo lote de filmes provou acima de tudo que era possível reciclar velhas ideias com toques de originalidade, melhorando o que por si só já era muito bom. Um remake não precisa ser apenas um caça níqueis. Pode ser também algo que venha a acrescentar, melhorar um bom filme do passado.
Quando o filme começa já encontramos uma tropa de soldados humanos adentrando a floresta em busca do grupo de Caeser. Como se viu nos filmes anteriores um vírus se espalhou pelo planeta, ceifando a vida de praticamente 90% da humanidade. Os humanos que sobreviveram seguem sua guerra contra os macacos. Caeser consegue repelir o ataque, mas o saldo é doloroso para ele. Sua esposa e seu filho são mortos durante os combates. Todos executados pessoalmente pelo cruel e sanguinário Coronel que lidera as tropas, em boa interpretação do ator Woody Harrelson. A partir daí inicia-se uma jornada de vingança por parte de Caesar. Ele quer vingar a morte de seus entes queridos e parte para o acerto de contas finais contra o militar.
O roteiro desse terceiro filme não é tão bom como o do primeiro. Ali havia mesmo um argumento primoroso que discutia o que realmente tornava alguém realmente humano. Aqui a trama é mais básica, baseada na velha fórmula da vingança pessoal (tema aliás que sempre foi explorado em demasia pelo cinema, principalmente em filmes de ação e western). Isso porém não significa que seja ruim, longe disso. Dentro dessa premissa a história até que funciona muito bem. É um bom clímax para tudo o que o público vinha acompanhando desde os primeiros filmes. Os efeitos especiais continuam perfeitos e bem inseridos dentro do enredo. Não ofusca a história, pelo contrário, ajuda a contá-la. No mais, não resta outra coisa a não ser aplaudir esses novos filmes. Eles trouxeram de volta, com extremo êxito, esse estranho mundo, onde os macacos vão se tornando cada vez mais sábios, enquanto a humanidade vai se afundando em sua própria ganância e estupidez.
Planeta dos Macacos: A Guerra (War for the Planet of the Apes, Estados Unidos, 2017) Direção: Matt Reeves / Roteiro: Mark Bomback, Matt Reeves / Elenco: Andy Serkis, Woody Harrelson, Steve Zahn, Karin Konoval, Amiah Miller / Sinopse: O líder dos macacos, Caesar (Serkis), almeja criar a paz com os homens, mas isso vai se tornando impossível por causa de um Coronel insano e violento que tem planos de escravizar todos os macacos pois ele quer erguer uma grande muralha de defesa em seu acampamento militar nas colinas.
Pablo Aluísio.
Pablo, Pablo; a experiencia me diz que quando uma resenha vem carregada de tantas negativas como essa (não isso, não aquilo, não aquele outro...), é mal sinal.
ResponderExcluirRarara...
ResponderExcluirCorrigindo: "...MAU sinal...". Só vi esse erro idiota agora.
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