Quem diria, até que teremos uma semana interessante na TV aberta. Recentemente li uma matéria dizendo que os canais de TV aberta estão com a audiência em auge por causa da crise. Muitos cancelaram suas assinaturas de TV paga por isso. As emissoras tradicionais agradecem. Assim, sem perder muito tempo, vamos ver o que vale a pena conferir em termos de filmes nessa semana que começa. Na segunda a Rede Globo exibe três filmes interessantes. Na Sessão da Tarde será exibido "Eragon". A produção não foi bem recebida nem por parte da crítica e nem do público, mas para uma preguiçosa sessão vespertina em casa até que está de bom tamanho. Pior vem à noite, em Tela Quente, com o fraco "João e Maria: Caçadores de Bruxas". Os produtores pegaram um doce e inocente conto de fadas e tentaram transformar em uma versão de Matrix. Não deu muito certo. A segunda porém se encerra com um bom filme em Corujão. "Guerreiro" traz uma das melhores e mais viscerais atuações de Tom Hardy. Vale a pena.
Na terça teremos o melhor filme da semana sendo exibido no Corujão, mas antes, na Sessão da Tarde, as crianças poderão se divertir com o doce e terno "A Menina e o Porquinho". Esse filme australiano foi produzido, quem diria, pelo diretor do insano Mad Max! Pois é, George Miller sempre foi um sujeito eclético. Indico para as crianças mais pequenas, em torno de seis anos de idade. Elas vão adorar. Já para os cinéfilos a presença de uma ainda criança Dakota Fanning completa o quadro. Na madrugada a Globo exibe "A Tempestade" baseado na obra de Shakespeare. O roteiro foi baseado em um dos momentos mais inspirados do autor. No elenco você poderá conferir o talento da grande atriz Helen Mirren. Esse é, como salientei, o melhor filme da semana. Para não perder.
Na quarta nada de muito interessante a não ser a exibição no Corujão de "No Rastro da Bala". Como cinema a produção não passa de um bom filme de ação. O interesse porém responde pelo nome de Paul Walker. Se você é fã do falecido ator e ainda não viu fica a dica. Assisti o filme sem muitas pretensões e admito que gostei. Claro que a morte de Walker o elevou a outro patamar dentro do cinema, algo muito acima do que ele foi em vida, mas apesar disso é sem dúvida uma fita honesta e bem produzida. O astro já demonstrava ter uma preocupação em sair do lugar comum.
Na quinta temos enfim os dois últimos filmes que valem a pena na semana. Curiosamente ambos tentaram trazer de volta ao sucesso dois ícones dos anos 80. O primeiro deles foi Steven Spielberg que produziu esse divertido "Super 8". É praticamente uma homenagem aos filmes que ele próprio dirigiu naquela década, com todos os elementos presentes. O grupo de garotos, a pequena cidade do interior e, é claro, acontecimentos fantásticos acontecendo. Lembrou de ET? Pois é, foi algo proposital. Já Sharon Stone não se saiu tão bem tentando reviver glórias passadas. Esse "Instinto Selvagem 2" que será exibido no Corujão, foi um fracasso de público e crítica. Eu considero, sem favor algum, o primeiro filme um clássico moderno do cinema. Esse segundo porém é um desastre. Um caça-níquel simplesmente vergonhoso.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Filmes da Semana - Edição V
Filmes da TV aberta: Semana (19/12 a 25/12) - Teremos uma semana bem fraca em termos de filmes da TV aberta. Vai chegando o natal e as emissoras brasileiras parecem ter optado por escolher apenas filmes de medianos para fracos. Nenhuma grande obra prima será exibida. Na segunda, em Tela Quente, teremos um drama bem mais ou menos chamado Um Momento Pode Mudar Tudo. É a estória de uma universitária que se apaixona por seu professor, ao mesmo tempo em que começa a cuidar de uma mulher com uma séria doença. Em termos gerais tudo muito na média. No elenco temos Josh Duhamel, e Marcia Gay Harden, em roteiro cansativo. Na madrugada de segunda a Globo também exibirá Red: Aposentados e Perigosos. Esse é um filme de ação que tenta ser engraçadinho, mas falha nos dois gêneros. No final tudo o que você sentirá é pena de um elenco desses (Morgan Freeman, John Malkovich e Helen Mirren) se envolver em tamanha bobagem.
Como acontece todos os anos a programação estará cheia de filmes bregas de natal. Nenhum deles muito interessante ou que venha a valer sua atenção. Alguns, como Um Natal Brilhante, que será exibido na quarta, só vale mesmo pelo elenco. Danny Devito e Matthew Broderick tentam trazer alguma graça em um roteiro bem banal, focalizando na típica família suburbana americana. Do tédio tenta-se fazer humor, mas sendo bem sincero esse é um daqueles filmes que você só consegue assistir uma vez na vida (isso se conseguir chegar até o seu final, é claro!). E por falar em família chatinha suburbana a Globo exibirá no Corujão desse mesmo dia a comédia Querida, Encolhi as Crianças. O enredo mostra um paizão que inventa uma máquina que deixa tudo em tamanho miniatura. Em um acidente seus filhos são atingidos e ficam perdidos no jardim da casa, onde enfrentam todos os tipos de perigos. Esse filme foi produzido por Steven Spielberg e tem ótimos efeitos especiais, revolucionários na época de seu lançamento. Quem estrela a produção é o comediante Rick Moranis (de Os Caça-Fantasmas).
Na quinta a Globo exibe Gonzaga: De Pai pra Filho. Muita gente já viu essa biografia do cantor e compositor nordestino Luís Gonzaga. Se por acaso ainda não viu deixo a recomendação. Embora seja uma produção nacional considero um filme até muito bem realizado. O roteiro foca na conturbada relação entre pai e filho, em um Brasil com muitas mudanças sociais e políticas. Já para as crianças fica a recomendação da animação Como Treinar o Seu Dragão, que será exibida sexta, na Sessão da Tarde. Também produzido por Steven Spielberg, essa animação foi um dos maiores sucessos de bilheteria de seu estúdio. O enredo é conhecido: a do garoto viking que tenta treinar um filhote de dragão, causando todos os tipos de problemas.
Por fim para encerrar uma semana (fraca) em termos de filmes teremos a exibição na íntegra de Jesus de Nazaré de 1977. Há muitos anos a TV Record comprou os direitos dessa produção e a exibe com certa regularidade em sua programação. As reprises sucessivas desgastaram um pouco a obra no Brasil, mas mesmo assim ainda considero um dos bons filmes já realizados sobre Jesus. A direção ficou a cargo de Franco Zeffirelli e ao contrário do que muitos pensam esse não era um filme, mas sim uma minissérie que foi exibida na década de 1970 na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil já chegou da forma como todos conhecemos, em formato de longa-metragem. No total são 380 minutos de duração, então o cinéfilo tem que ter fôlego redobrado. Além da boa direção, ainda temos um excelente elenco que conta com, entre outros, Laurence Olivier, Christopher Plummer, Ernest Borgnine, Anne Bancroft, Claudia Cardinale, Anthony Quinn, Rod Steiger, Michael York e James Mason! Isso sem esquecer do excelente Robert Powell como o protagonista. É sem dúvida um programão para o dia de sábado.
Pablo Aluísio.
Como acontece todos os anos a programação estará cheia de filmes bregas de natal. Nenhum deles muito interessante ou que venha a valer sua atenção. Alguns, como Um Natal Brilhante, que será exibido na quarta, só vale mesmo pelo elenco. Danny Devito e Matthew Broderick tentam trazer alguma graça em um roteiro bem banal, focalizando na típica família suburbana americana. Do tédio tenta-se fazer humor, mas sendo bem sincero esse é um daqueles filmes que você só consegue assistir uma vez na vida (isso se conseguir chegar até o seu final, é claro!). E por falar em família chatinha suburbana a Globo exibirá no Corujão desse mesmo dia a comédia Querida, Encolhi as Crianças. O enredo mostra um paizão que inventa uma máquina que deixa tudo em tamanho miniatura. Em um acidente seus filhos são atingidos e ficam perdidos no jardim da casa, onde enfrentam todos os tipos de perigos. Esse filme foi produzido por Steven Spielberg e tem ótimos efeitos especiais, revolucionários na época de seu lançamento. Quem estrela a produção é o comediante Rick Moranis (de Os Caça-Fantasmas).
Na quinta a Globo exibe Gonzaga: De Pai pra Filho. Muita gente já viu essa biografia do cantor e compositor nordestino Luís Gonzaga. Se por acaso ainda não viu deixo a recomendação. Embora seja uma produção nacional considero um filme até muito bem realizado. O roteiro foca na conturbada relação entre pai e filho, em um Brasil com muitas mudanças sociais e políticas. Já para as crianças fica a recomendação da animação Como Treinar o Seu Dragão, que será exibida sexta, na Sessão da Tarde. Também produzido por Steven Spielberg, essa animação foi um dos maiores sucessos de bilheteria de seu estúdio. O enredo é conhecido: a do garoto viking que tenta treinar um filhote de dragão, causando todos os tipos de problemas.
Por fim para encerrar uma semana (fraca) em termos de filmes teremos a exibição na íntegra de Jesus de Nazaré de 1977. Há muitos anos a TV Record comprou os direitos dessa produção e a exibe com certa regularidade em sua programação. As reprises sucessivas desgastaram um pouco a obra no Brasil, mas mesmo assim ainda considero um dos bons filmes já realizados sobre Jesus. A direção ficou a cargo de Franco Zeffirelli e ao contrário do que muitos pensam esse não era um filme, mas sim uma minissérie que foi exibida na década de 1970 na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil já chegou da forma como todos conhecemos, em formato de longa-metragem. No total são 380 minutos de duração, então o cinéfilo tem que ter fôlego redobrado. Além da boa direção, ainda temos um excelente elenco que conta com, entre outros, Laurence Olivier, Christopher Plummer, Ernest Borgnine, Anne Bancroft, Claudia Cardinale, Anthony Quinn, Rod Steiger, Michael York e James Mason! Isso sem esquecer do excelente Robert Powell como o protagonista. É sem dúvida um programão para o dia de sábado.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Sangue de Bárbaros
O filme "Sangue de Bárbaros" ficou notório por vários motivos. Um deles e o mais visível é que John Wayne ficou realmente ridículo com maquiagem de Gengis Khan. Essa foi uma das escolhas mais infelizes em termos de elenco na história de Hollywood. Simplesmente puxaram os olhos do ator para trás, para que ele parecesse um oriental. Nada convincente. Imaginar aquele grande cowboy americano como um bárbaro mongol era exigir demais do público. Outro erro - e esse foi fatal - foi a escolha do lugar das filmagens. Escolheram um lugar em Utah, no meio do deserto, para parecer com as longas planícies da Mongólia onde o verdadeiro Gengis Khan viveu. O problema número 1 é que o lugar não se parecia em nada com as vastas terras do império Mongol e o problema número 2 é que o governo americano havia feito testes nucleares na região. Estava tudo contaminado com radiação. A maioria dos membros do elenco e da equipe técnica morreriam de câncer com o passar dos anos. Até hoje muitos autores e biógrafos defendem que todos eles morreram por causa da radiação a que foram expostos. Nas cenas em que os cavaleiros de Khan descem as montanhas podemos perceber bem toda aquela poeira vermelha (e radioativa) se espalhando pelo ar. Uma tragédia. E nem se o filme fosse bom isso seria justificável. O pior é que ao assistir a "Sangue de Bárbaros" percebemos logo que não se trata de um bom filme, muito pelo contrário.
O roteiro se propõe a ser uma reconstituição dos primeiros anos de Gengis Khan. Ainda um jovem líder mongol que começa a fazer alianças com tribos diversas para a formação de um grande exército. Para filmar um épico dessa magnitude o produtor Hall Wallis deveria ter disponibilizado um grande orçamento, mas não foi isso que aconteceu. As cenas de batalha, por exemplo, são pífias e em certo sentido até medíocres. Como se não bastasse a péssima caracterização envolvendo John Wayne ainda havia o problema do suposto romance de seu personagem com a de Susan Hayward. Ele a rapta, mata seu esposo e depois leva com brutalidade para suas terras. Que mulher em sã consciência iria se apaixonar por um criminoso desses? Pois os roteiristas inventaram um amor inverossímil que brota sem mais nem menos. Lamentável. Enfim, essa é uma produção que foi infeliz em vários aspectos, tanto do ponto de vista da contaminação radioativa como também pela má qualidade artística de seus resultados.
Sangue de Bárbaros (The Conqueror, Estados Unidos, 1956) Direção: Dick Powell / Roteiro: Oscar Millard / Elenco: John Wayne, Susan Hayward, Pedro Armendáriz, Lee Van Cleef, William Conrad / Sinopse: O filme narra a história de Gengis Khan (John Wayne) em seus primeiros anos de conquista. Ao se aliar a antigos rivais ele acaba criando o maior exército de todos os tempos.
Pablo Aluísio.
O roteiro se propõe a ser uma reconstituição dos primeiros anos de Gengis Khan. Ainda um jovem líder mongol que começa a fazer alianças com tribos diversas para a formação de um grande exército. Para filmar um épico dessa magnitude o produtor Hall Wallis deveria ter disponibilizado um grande orçamento, mas não foi isso que aconteceu. As cenas de batalha, por exemplo, são pífias e em certo sentido até medíocres. Como se não bastasse a péssima caracterização envolvendo John Wayne ainda havia o problema do suposto romance de seu personagem com a de Susan Hayward. Ele a rapta, mata seu esposo e depois leva com brutalidade para suas terras. Que mulher em sã consciência iria se apaixonar por um criminoso desses? Pois os roteiristas inventaram um amor inverossímil que brota sem mais nem menos. Lamentável. Enfim, essa é uma produção que foi infeliz em vários aspectos, tanto do ponto de vista da contaminação radioativa como também pela má qualidade artística de seus resultados.
Sangue de Bárbaros (The Conqueror, Estados Unidos, 1956) Direção: Dick Powell / Roteiro: Oscar Millard / Elenco: John Wayne, Susan Hayward, Pedro Armendáriz, Lee Van Cleef, William Conrad / Sinopse: O filme narra a história de Gengis Khan (John Wayne) em seus primeiros anos de conquista. Ao se aliar a antigos rivais ele acaba criando o maior exército de todos os tempos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
The Hollow Point
Esse
filme se passa no moderno oeste americano, sendo mais específico na
fronteira entre México e Estados Unidos. É um lugar perigoso, onde os
cartéis mexicanos da droga começam a dominar. É no meio desse deserto
que trabalha o veterano xerife Leland (Ian McShane). Homem da lei
experiente, ele começa a desconfiar do vai e vem sem fim de caminhonetes
dirigidas por jovens da região. A maioria desses rapazes são
desempregados que topariam qualquer trabalho, mas Leland começa a ficar
bem desconfiado pois eles parecem transportar velhas peças de
ferro-velho, algo que não faria muito sentido. Ao parar
um desses jovens ele acaba perdendo o controle da situação e em um
gesto impensado termina matando o garoto com um tiro certeiro na cabeça.
John Wallace (Patrick Wilson), também um xerife da fronteira, é então
designado para investigar a morte. Logo de cara ele vai até a casa de
Leland para pegar sua estrela e sua arma, demonstrando que a partir
daquele momento o velho policial estaria fora de suas funções
oficialmente. O que Wallace nem desconfia é que ele está prestes a
enfrentar uma situação de extrema violência, da qual nem ele mesmo
poderia escapar sem danos irreparáveis.
Esse filme tem uma lição muito interessante ao passar para o espectador. Os dois xerifes possuem modos de agir e pensar bem diferentes. O veterano acredita que muitas vezes é vital fazer justiça pelas próprias mãos. Já o mais jovem pensa diferente. Ele quer seguir todas as regras do manual, sem se desviar do que ele acredita ser o certo. Com o tempo, exposto a uma violência descomunal, o próprio Wallace acaba agindo como o veterano da lei, mostrando que em certas situações realmente não há salvação. A cena final é bem representativa disso. O filme é protagonizado por Patrick Wilson, um bom ator de que sempre gostei, embora ele nunca tenha alcançado o status de grande astro. Seu personagem passa por uma situação limite, de dar nos nervos, ao ter sua mão decepada em uma situação sangrenta e bem violenta. Ao se ver mutilado ele começa a rever seus velhos conceitos. Outra boa surpresa do elenco vem da presença do ator John Leguizamo. Não me lembro de ter visto ele interpretar um criminoso tão violento e insano como o desse filme. Por ter origem latina Leguizamo sempre foi estigmatizado no cinema americano, interpretando tipos marginais (ou insanamente lunáticos), mas aqui ele conseguiu imprimir uma sordidez digna de aplausos ao presidiário que interpreta. Em suma, mais um bom filme que nos remete aos bons filmes de faroeste do passado, com seu roteiro versando sobre vingança, violência e morte no meio de um deserto imprestável.
The Hollow Point (Estados Unidos, 2016) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Nils Lyew / Elenco: Patrick Wilson, Ian McShane, John Leguizamo, Jim Belushi, Lynn Collins / Sinopse: Xerifes da fronteira entre México e Estados Unidos precisam lidar com um matador profissional, presidiário, que executa pessoas que fazem parte de uma lista negra de assassinatos.
Pablo Aluísio.
Esse filme tem uma lição muito interessante ao passar para o espectador. Os dois xerifes possuem modos de agir e pensar bem diferentes. O veterano acredita que muitas vezes é vital fazer justiça pelas próprias mãos. Já o mais jovem pensa diferente. Ele quer seguir todas as regras do manual, sem se desviar do que ele acredita ser o certo. Com o tempo, exposto a uma violência descomunal, o próprio Wallace acaba agindo como o veterano da lei, mostrando que em certas situações realmente não há salvação. A cena final é bem representativa disso. O filme é protagonizado por Patrick Wilson, um bom ator de que sempre gostei, embora ele nunca tenha alcançado o status de grande astro. Seu personagem passa por uma situação limite, de dar nos nervos, ao ter sua mão decepada em uma situação sangrenta e bem violenta. Ao se ver mutilado ele começa a rever seus velhos conceitos. Outra boa surpresa do elenco vem da presença do ator John Leguizamo. Não me lembro de ter visto ele interpretar um criminoso tão violento e insano como o desse filme. Por ter origem latina Leguizamo sempre foi estigmatizado no cinema americano, interpretando tipos marginais (ou insanamente lunáticos), mas aqui ele conseguiu imprimir uma sordidez digna de aplausos ao presidiário que interpreta. Em suma, mais um bom filme que nos remete aos bons filmes de faroeste do passado, com seu roteiro versando sobre vingança, violência e morte no meio de um deserto imprestável.
The Hollow Point (Estados Unidos, 2016) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Nils Lyew / Elenco: Patrick Wilson, Ian McShane, John Leguizamo, Jim Belushi, Lynn Collins / Sinopse: Xerifes da fronteira entre México e Estados Unidos precisam lidar com um matador profissional, presidiário, que executa pessoas que fazem parte de uma lista negra de assassinatos.
Pablo Aluísio.
Loucos de Amor
Título no Brasil: Loucos de Amor
Título Original: She's So Lovely
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: John Cassavetes
Elenco: Sean Penn, Robin Wright, John Travolta, James Gandolfini
Sinopse:
Maureen (Robin Wright) é uma jovem grávida de seu primeiro filho. Para seu desespero seu marido Eddie (Sean Penn) está sumido. Teria ele ido embora, com medo das responsabilidades? Não se sabe. Nervosa e com ansiedade ela resolve aceitar o convite do vizinho Kiefer (James Gandolfini) para ir em sua casa, tomar alguns drinks e relaxar, mas as coisas fogem do controle e ele tenta estuprá-la. Algum tempo depois Eddie retorna e descobre que a vida de sua ex-esposa está um completo caos emocional.
Comentários:
Esse filme chegou a ser premiado em Cannes e no Screen Actors, mas poucos ainda se lembram dele. Um filme chamado "Loucos de Amor" pode dar a falsa impressão de que se trata de uma daquelas comédias românticas bobas. Nada mais longe da verdade. Embora o lado emocional (e com um pouco de força, romântico) esteja presente nessa estória o que temos aqui é realmente um drama. Esse é aquele tipo de filme que você ia até a locadora nos anos 90 e acabava levando para casa apenas por causa do elenco. Mesmo naquela época a fita passou longe de ser muito popular ou ter muita repercussão, porém o fato é que a presença de Sean Penn e John Travolta compensava o risco. Além deles dois outros nomes chamam bastante a atenção. O primeiro é a presença no elenco de James Gandolfini. Ele interpreta um sujeito asqueroso que se esconde por trás de uma imagem de bonachão e gente boa. Embora fosse um veterano nas telas o ator ainda não era conhecido do grande público na época pois ele só iria se tornar famoso de verdade dois anos depois com a estreia da excelente série "Família Soprano". Já Robin Wright era esposa de Sean Penn quando o filme foi rodado. Sempre a considerei uma das atrizes mais subestimadas da história de Hollywood. Talentosa e competente nunca conseguiu ter o espaço que merecia. Assim deixo a indicação desse "She's So Lovely", uma crônica melancólica sobre os destinos que cada um partilha ao longo da vida.
Pablo Aluísio.
Título Original: She's So Lovely
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: John Cassavetes
Elenco: Sean Penn, Robin Wright, John Travolta, James Gandolfini
Sinopse:
Maureen (Robin Wright) é uma jovem grávida de seu primeiro filho. Para seu desespero seu marido Eddie (Sean Penn) está sumido. Teria ele ido embora, com medo das responsabilidades? Não se sabe. Nervosa e com ansiedade ela resolve aceitar o convite do vizinho Kiefer (James Gandolfini) para ir em sua casa, tomar alguns drinks e relaxar, mas as coisas fogem do controle e ele tenta estuprá-la. Algum tempo depois Eddie retorna e descobre que a vida de sua ex-esposa está um completo caos emocional.
Comentários:
Esse filme chegou a ser premiado em Cannes e no Screen Actors, mas poucos ainda se lembram dele. Um filme chamado "Loucos de Amor" pode dar a falsa impressão de que se trata de uma daquelas comédias românticas bobas. Nada mais longe da verdade. Embora o lado emocional (e com um pouco de força, romântico) esteja presente nessa estória o que temos aqui é realmente um drama. Esse é aquele tipo de filme que você ia até a locadora nos anos 90 e acabava levando para casa apenas por causa do elenco. Mesmo naquela época a fita passou longe de ser muito popular ou ter muita repercussão, porém o fato é que a presença de Sean Penn e John Travolta compensava o risco. Além deles dois outros nomes chamam bastante a atenção. O primeiro é a presença no elenco de James Gandolfini. Ele interpreta um sujeito asqueroso que se esconde por trás de uma imagem de bonachão e gente boa. Embora fosse um veterano nas telas o ator ainda não era conhecido do grande público na época pois ele só iria se tornar famoso de verdade dois anos depois com a estreia da excelente série "Família Soprano". Já Robin Wright era esposa de Sean Penn quando o filme foi rodado. Sempre a considerei uma das atrizes mais subestimadas da história de Hollywood. Talentosa e competente nunca conseguiu ter o espaço que merecia. Assim deixo a indicação desse "She's So Lovely", uma crônica melancólica sobre os destinos que cada um partilha ao longo da vida.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Jiu Ceng Yao Ta
Esse é um filme chinês de fantasia que foi recentemente lançado nos Estados Unidos com o título de "Chronicles Of The Ghostly Tribe". É a tal coisa, fica claro desde o começo que os chineses estão tentando seguir os passos dos grandes blockbusters americanos ao estilo "O Senhor dos Anéis" ou até mesmo "O Hobbit". Dito isso você já deve ter uma ideia do que encontrará. O enredo, devo dizer, não faz muito sentido. No começo do filme encontramos um grupo de arqueólogos que encontram ossos de dragão em uma caverna remota. A partir desse ponto as coisas começam a acontecer rapidamente, principalmente quando surge a lenda de uma tribo ancestral de fantasmas do passado (eu disse que a coisa toda não faz muito sentido, não foi?). Pois é. Os chineses certamente possuem os recursos para realizar uma produção bem feita, com monstros digitais e tudo o mais. Isso fica bem claro no filme. Os efeitos especiais são realmente bem feitos, não deixando nada a dever aos americanos, só que o enredo é mal desenvolvido. Esqueceram de caprichar no roteiro, isso é um fato.
Os anos vão passando (como se isso fosse fazer alguma diferença) até que os heróis da resistência (vamos chamá-los assim) encontram em uma cidade deserta um grupo de monstros que mais se parecem com os lobisomens da franquia "Um Lobisomem Americano em Londres". Essa aliás é a melhor parte de todo o filme. O roteiro tem muito papo furado e lá pela metade você quase desiste de assistir até o fim, porque tudo é mal construído em termos de lógica, mas segure firme pois o filme melhora! Quem insistir vai ver logo que o filme ganha pique em sua terça parte final e os efeitos especiais (repito, todos bem realizados), compensam o esforço. Como se trata de um filme chinês obviamente não compensa discutir sobre o diretor do filme e nem o elenco pois todos são desconhecidos do público ocidental. O que vale mesmo aqui são os monstros, como já falei. Há desde morcegos destrutivos, passando por dinossauros das profundezas e até mesmo lobisomens sanguinários. Se o seu negócio é ver monstros e mais monstros então provavelmente vai curtir. A estória? Esqueça, essa realmente não tem pé e nem cabeça. Desligue o cérebro e procure se divertir o máximo possível com os bichanos que vão surgindo cena após cena. E isso é tudo.
Jiu Ceng Yao Ta (China, 2015) Direção: Chuan Lu / Roteiro: Chuan Lu, Bobby Roth / Elenco: Mark Chao, Jin Chen, Li Feng / Sinopse: Grupo de pesquisadores chineses encontram uma antiga caverna com ossos de monstros de um passado distante. O que eles nem desconfiam é que no lugar há uma passagem para outra dimensão. Ao cruzar o portal eles acabam libertando todos os tipos de bestas monstruosas para o nosso mundo.
Pablo Aluísio.
Os anos vão passando (como se isso fosse fazer alguma diferença) até que os heróis da resistência (vamos chamá-los assim) encontram em uma cidade deserta um grupo de monstros que mais se parecem com os lobisomens da franquia "Um Lobisomem Americano em Londres". Essa aliás é a melhor parte de todo o filme. O roteiro tem muito papo furado e lá pela metade você quase desiste de assistir até o fim, porque tudo é mal construído em termos de lógica, mas segure firme pois o filme melhora! Quem insistir vai ver logo que o filme ganha pique em sua terça parte final e os efeitos especiais (repito, todos bem realizados), compensam o esforço. Como se trata de um filme chinês obviamente não compensa discutir sobre o diretor do filme e nem o elenco pois todos são desconhecidos do público ocidental. O que vale mesmo aqui são os monstros, como já falei. Há desde morcegos destrutivos, passando por dinossauros das profundezas e até mesmo lobisomens sanguinários. Se o seu negócio é ver monstros e mais monstros então provavelmente vai curtir. A estória? Esqueça, essa realmente não tem pé e nem cabeça. Desligue o cérebro e procure se divertir o máximo possível com os bichanos que vão surgindo cena após cena. E isso é tudo.
Jiu Ceng Yao Ta (China, 2015) Direção: Chuan Lu / Roteiro: Chuan Lu, Bobby Roth / Elenco: Mark Chao, Jin Chen, Li Feng / Sinopse: Grupo de pesquisadores chineses encontram uma antiga caverna com ossos de monstros de um passado distante. O que eles nem desconfiam é que no lugar há uma passagem para outra dimensão. Ao cruzar o portal eles acabam libertando todos os tipos de bestas monstruosas para o nosso mundo.
Pablo Aluísio.
A Invasão 2
Título no Brasil: A Invasão 2
Título Original: The Second Arrival
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Rootbeer Films
Direção: Kevin Tenney
Roteiro: Mark David Perry
Elenco: Patrick Muldoon, Jane Sibbett, Michael Sarrazin
Sinopse:
Jack Addison (Patrick Muldoon) é o irmão mais novo e nerd de Zane Zaminsky (interpretado por Charlie Sheen no primeiro filme, lançado em 1996). Usando de técnicas de informática ele atuando como hacker consegue ter acesso a um arquivo classificado Top Secret. Nele ele consegue os códigos para entrar em contato com uma civilização extraterrestre que planeja invadir o planeta Terra.
Comentários:
Continuação muito fraca (sendo bem sincero, bem ruim) do filme "A Invasão", aquele mesmo estrelado por Charlie Sheen. Praticamente nada se salva, na época em que o filme foi lançado se dizia que a única coisa que prestava era o poster do filme - que tinha realmente um design bem feito. Fora isso temos aqui um desastre completo. O roteiro é mal escrito e a estória (na base da pseudo ciência barata) não funciona. Furos de lógica estão em todas as partes, com destaque para os supostos objetivos e intenções dos alienas (se aquilo fosse verdade poderíamos chegar na conclusão que a civilização na Terra realmente seria a única forma de inteligência no universo!). O ator Patrick Muldoon é completamente sem talento. O absurdo é que ele é, no enredo obtuso, o "irmão" do personagem de Charlie Sheen! Vejam que mediocridade... como Sheen não quis participar dessa sequência por causa do péssimo roteiro o texto foi reescrito às pressas, onde havia o personagem de Charlie Sheen ele virou seu irmão... tudo pessimamente amarrado. E os efeitos especiais? Melhor nem comentar, ainda mais nos dias atuais onde qualquer adolescente com um bom PC em casa consegue fazer algo bem melhor. Enfim, um dos piores filmes Sci-fi dos anos 90. Bomba completa!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Second Arrival
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Rootbeer Films
Direção: Kevin Tenney
Roteiro: Mark David Perry
Elenco: Patrick Muldoon, Jane Sibbett, Michael Sarrazin
Sinopse:
Jack Addison (Patrick Muldoon) é o irmão mais novo e nerd de Zane Zaminsky (interpretado por Charlie Sheen no primeiro filme, lançado em 1996). Usando de técnicas de informática ele atuando como hacker consegue ter acesso a um arquivo classificado Top Secret. Nele ele consegue os códigos para entrar em contato com uma civilização extraterrestre que planeja invadir o planeta Terra.
Comentários:
Continuação muito fraca (sendo bem sincero, bem ruim) do filme "A Invasão", aquele mesmo estrelado por Charlie Sheen. Praticamente nada se salva, na época em que o filme foi lançado se dizia que a única coisa que prestava era o poster do filme - que tinha realmente um design bem feito. Fora isso temos aqui um desastre completo. O roteiro é mal escrito e a estória (na base da pseudo ciência barata) não funciona. Furos de lógica estão em todas as partes, com destaque para os supostos objetivos e intenções dos alienas (se aquilo fosse verdade poderíamos chegar na conclusão que a civilização na Terra realmente seria a única forma de inteligência no universo!). O ator Patrick Muldoon é completamente sem talento. O absurdo é que ele é, no enredo obtuso, o "irmão" do personagem de Charlie Sheen! Vejam que mediocridade... como Sheen não quis participar dessa sequência por causa do péssimo roteiro o texto foi reescrito às pressas, onde havia o personagem de Charlie Sheen ele virou seu irmão... tudo pessimamente amarrado. E os efeitos especiais? Melhor nem comentar, ainda mais nos dias atuais onde qualquer adolescente com um bom PC em casa consegue fazer algo bem melhor. Enfim, um dos piores filmes Sci-fi dos anos 90. Bomba completa!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Newton Boys
Título no Brasil: Newton Boys - Irmãos Fora-da-Lei
Título Original: The Newton Boys
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Richard Linklater
Elenco: Matthew McConaughey, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Julianna Margulies
Sinopse:
Quatro irmãos da família Newton, tradicional fazendeira do interior, resolvem procurar por outro caminho na vida. O campo já não traz mais o pão de cada dia e eles estão prestes a perder a propriedade rural para um banco. Assim eles decidem formar uma quadrilha de roubo a bancos. Em pouco tempo os Newton Boys, como passam a ser chamados pela imprensa, começam a causar pânico por onde passam, até decidirem promover o maior roubo de banco da história dos Estados Unidos. Algo que custará caro para todos eles.
Comentários:
Sempre vi esse filme como uma tentativa tardia de revitalizar os antigos filmes de gangsters, como aqueles clássicos produzidos na década de 1940. Filmes que foram extremamente populares em sua época. A receita do roteiro escrito pelo diretor Richard Linklater é bem simples de entender. Ele apenas adaptou o livro original de Claude Stanush para uma roupagem mais moderna, escalando atores jovens e galãs para os personagens principais. Ganhou em estética, mas ao mesmo tempo perdeu em veracidade histórica (já que os verdadeiros gangsters não se pareciam com modelos como esses que vemos nesse filme!). Assim o estúdio escalou Matthew McConaughey para ser o protagonista, uma vez que ele estava sendo bastante cotado para se tornar o astro do amanhã, já que sua popularidade aumentava a cada dia. Ethan Hawke, que tinha mais bagagem no quesito atuação, também foi contratado para contrabalancear de certa maneira a inexperiência de Matthew. Um dos aspectos curiosos ao se rever essa produção é constatar que a atriz Julianna Margulies está no elenco. Ela, que iria se tornar no futuro a estrela de uma série de grande sucesso nos Estados Unidos chamada "The Good Wife", aqui surge bem jovem, com maquiagem pesada e exagerada - típica das mulheres dos anos 40. No mais é aquilo de sempre: muitos crimes e tiroteios com as famosas metralhadoras conhecidas como "Tommy Gun", a preferida dos criminosos e gangsters daqueles tempos em que Al Capone reinava em Chicago.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Newton Boys
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Linklater
Roteiro: Richard Linklater
Elenco: Matthew McConaughey, Ethan Hawke, Vincent D'Onofrio, Julianna Margulies
Sinopse:
Quatro irmãos da família Newton, tradicional fazendeira do interior, resolvem procurar por outro caminho na vida. O campo já não traz mais o pão de cada dia e eles estão prestes a perder a propriedade rural para um banco. Assim eles decidem formar uma quadrilha de roubo a bancos. Em pouco tempo os Newton Boys, como passam a ser chamados pela imprensa, começam a causar pânico por onde passam, até decidirem promover o maior roubo de banco da história dos Estados Unidos. Algo que custará caro para todos eles.
Comentários:
Sempre vi esse filme como uma tentativa tardia de revitalizar os antigos filmes de gangsters, como aqueles clássicos produzidos na década de 1940. Filmes que foram extremamente populares em sua época. A receita do roteiro escrito pelo diretor Richard Linklater é bem simples de entender. Ele apenas adaptou o livro original de Claude Stanush para uma roupagem mais moderna, escalando atores jovens e galãs para os personagens principais. Ganhou em estética, mas ao mesmo tempo perdeu em veracidade histórica (já que os verdadeiros gangsters não se pareciam com modelos como esses que vemos nesse filme!). Assim o estúdio escalou Matthew McConaughey para ser o protagonista, uma vez que ele estava sendo bastante cotado para se tornar o astro do amanhã, já que sua popularidade aumentava a cada dia. Ethan Hawke, que tinha mais bagagem no quesito atuação, também foi contratado para contrabalancear de certa maneira a inexperiência de Matthew. Um dos aspectos curiosos ao se rever essa produção é constatar que a atriz Julianna Margulies está no elenco. Ela, que iria se tornar no futuro a estrela de uma série de grande sucesso nos Estados Unidos chamada "The Good Wife", aqui surge bem jovem, com maquiagem pesada e exagerada - típica das mulheres dos anos 40. No mais é aquilo de sempre: muitos crimes e tiroteios com as famosas metralhadoras conhecidas como "Tommy Gun", a preferida dos criminosos e gangsters daqueles tempos em que Al Capone reinava em Chicago.
Pablo Aluísio.
O Apóstolo
Título no Brasil: O Apóstolo
Título Original: The Apostle
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Robert Duvall
Roteiro: Robert Duvall
Elenco: Robert Duvall, Farrah Fawcett, Billy Bob Thornton, Miranda Richardson
Sinopse:
Eulis 'Sonny' Dewey (Robert Duvall) é um pregador protestante que tem a firme convicção de que foi abençoado por Deus. Ele tem um bom ministério religioso, seguidores e uma boa esposa. Seu mundo porém desmorona quando ele descobre que sua mulher está tendo um caso com um membro de sua igreja. Enfurecido, pega um taco de beisebol e atinge a cabeça de sua esposa, que entra em coma. Após esse ato de extrema violência ele resolve fugir, indo parar numa pequena cidade do sul, onde pretende recomeçar sua vida do zero!
Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal do ator Robert Duvall. Ele produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro. O que inspirou Duvall foi um caso real acontecido com um pregador que ele inclusive conhecia pessoalmente. O caso chocou sua comunidade. Como aquele homem que se dizia tão bondoso e seguidor da filosofia de Jesus Cristo era capaz de praticar um ato de tamanha violência doméstica contra sua própria esposa? Na vida real a esposa do pastor havia sido assassinada por ele! Mais chocante do que isso impossível! Para não sofrer processos, Duvall obviamente inseriu dentro dessa história real adaptada várias peças de pura ficção. Ainda assim é um filme com tintas fortes, que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Após lançar o filme o ator acabou sendo premiado não apenas com uma série de boas críticas, mas também por uma inesperada (e justa) indicação ao Oscar de Melhor Ator. Realmente é impossível ficar indiferente à ótima atuação de Duvall que se entregou de corpo e alma (literalmente) para interpretar o protagonista, um homem com uma belo talento para a oratória, mas que tem um coração realmente enegrecido pelo orgulho e ira. Um bom retrato para os que já conheceram pregadores desse tipo.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Apostle
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Robert Duvall
Roteiro: Robert Duvall
Elenco: Robert Duvall, Farrah Fawcett, Billy Bob Thornton, Miranda Richardson
Sinopse:
Eulis 'Sonny' Dewey (Robert Duvall) é um pregador protestante que tem a firme convicção de que foi abençoado por Deus. Ele tem um bom ministério religioso, seguidores e uma boa esposa. Seu mundo porém desmorona quando ele descobre que sua mulher está tendo um caso com um membro de sua igreja. Enfurecido, pega um taco de beisebol e atinge a cabeça de sua esposa, que entra em coma. Após esse ato de extrema violência ele resolve fugir, indo parar numa pequena cidade do sul, onde pretende recomeçar sua vida do zero!
Comentários:
Esse é um projeto bem pessoal do ator Robert Duvall. Ele produziu, dirigiu, atuou e escreveu o roteiro. O que inspirou Duvall foi um caso real acontecido com um pregador que ele inclusive conhecia pessoalmente. O caso chocou sua comunidade. Como aquele homem que se dizia tão bondoso e seguidor da filosofia de Jesus Cristo era capaz de praticar um ato de tamanha violência doméstica contra sua própria esposa? Na vida real a esposa do pastor havia sido assassinada por ele! Mais chocante do que isso impossível! Para não sofrer processos, Duvall obviamente inseriu dentro dessa história real adaptada várias peças de pura ficção. Ainda assim é um filme com tintas fortes, que explora o lado mais sórdido dos seres humanos. Após lançar o filme o ator acabou sendo premiado não apenas com uma série de boas críticas, mas também por uma inesperada (e justa) indicação ao Oscar de Melhor Ator. Realmente é impossível ficar indiferente à ótima atuação de Duvall que se entregou de corpo e alma (literalmente) para interpretar o protagonista, um homem com uma belo talento para a oratória, mas que tem um coração realmente enegrecido pelo orgulho e ira. Um bom retrato para os que já conheceram pregadores desse tipo.
Pablo Aluísio.
domingo, 11 de dezembro de 2016
A Garota Dinamarquesa
O filme se passa na década de 1920, na fria Dinamarca. Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal de artistas que tentam viver de seus quadros. São até bem felizes diante das circunstâncias. Tudo caminha bem até Einar começar a apresentar um comportamento fora dos padrões da época. Eventualmente ele se veste de mulher para posar para a esposa, que está sempre explorando a imagem feminina em suas pinturas. Com o tempo porém Einar começa a tomar gosto pelos vestidos e roupas feitas para o universo feminino. Mais do que isso, ele começa a ter uma certa repulsa por sua personalidade masculina. Em pouco tempo surge uma versão feminina de si mesmo chamada Lili Elbe. Nem precisa dizer que o casamento entra em crise. A esposa Gerda até leva numa boa as primeiras manifestações desse lado afeminado do marido, mas tudo desanda quando ele começa não apenas a se vestir como uma mulher, mas a também se envolver com outros homens. Diante de uma situação tão delicada acaba confessando para a esposa que em seu passado teve algumas experiências homossexuais. A esposa, que sempre viu o marido como um homem heterossexual, fica obviamente sem chão com a nova situação e assim ambos decidem procurar por ajuda médica. Naqueles tempos a homossexualidade era considerada uma doença, algo a ser tratado.
Einar é então submetido a todos os tipos de tratamento exóticos (alguns até absurdos) até que conhece um médico que lhe propõe uma solução radical para seus problemas, uma inédita operação de troca de sexo, onde seus órgãos sexuais masculinos seriam removidos, sendo construído depois uma vagina por procedimentos cirúrgicos. Einar acaba então sendo o primeiro ser humano da história a passar por uma cirurgia dessas, que visava trocar seu sexo. Seu caso criou toda uma nova literatura médica que desde então passou a tratar o tema como uma nova realidade chamada de transsexualismo. Bom, o que me levou a assistir esse filme foi o Oscar vencido pelo ator Eddie Redmayne por sua atuação como esse transexual pioneiro. Eddie foi uma escolha sensata para interpretar esse personagem. O ator já tem naturalmente um aspecto bem indefinido, diria até transgênero. Com estrutura física frágil e indefeso ele combinou muito bem com o papel. Sua Lili porém não é a personagem mais forte dessa história. De certa forma, se formos pensar bem, a verdadeira personagem principal desse enredo, aquela que precisa superar todas as diversidades e aguentar a barra da situação, demonstrando ter uma grande força interior é a sua esposa. A história desse filme é baseada em fatos reais e a grande conclusão que tirei de tudo é que Gerda Wegener deve ter sido realmente uma grande mulher, uma pessoa realmente admirável. Passar por tudo o que ela passou definitivamente não foi fácil.
A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, 2015) Direção: Tom Hooper / Roteiro: Lucinda Coxon, baseada no livro escrito por David Ebershoff / Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard / Sinopse: Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal que passa por uma grave crise de relacionamento após o marido assumir uma identidade feminina. Depois de anos casado, ele decide assumir seu lado mulher, se arriscando a se submeter a uma perigosa operação de mudança de sexo.
Pablo Aluísio.
Einar é então submetido a todos os tipos de tratamento exóticos (alguns até absurdos) até que conhece um médico que lhe propõe uma solução radical para seus problemas, uma inédita operação de troca de sexo, onde seus órgãos sexuais masculinos seriam removidos, sendo construído depois uma vagina por procedimentos cirúrgicos. Einar acaba então sendo o primeiro ser humano da história a passar por uma cirurgia dessas, que visava trocar seu sexo. Seu caso criou toda uma nova literatura médica que desde então passou a tratar o tema como uma nova realidade chamada de transsexualismo. Bom, o que me levou a assistir esse filme foi o Oscar vencido pelo ator Eddie Redmayne por sua atuação como esse transexual pioneiro. Eddie foi uma escolha sensata para interpretar esse personagem. O ator já tem naturalmente um aspecto bem indefinido, diria até transgênero. Com estrutura física frágil e indefeso ele combinou muito bem com o papel. Sua Lili porém não é a personagem mais forte dessa história. De certa forma, se formos pensar bem, a verdadeira personagem principal desse enredo, aquela que precisa superar todas as diversidades e aguentar a barra da situação, demonstrando ter uma grande força interior é a sua esposa. A história desse filme é baseada em fatos reais e a grande conclusão que tirei de tudo é que Gerda Wegener deve ter sido realmente uma grande mulher, uma pessoa realmente admirável. Passar por tudo o que ela passou definitivamente não foi fácil.
A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, 2015) Direção: Tom Hooper / Roteiro: Lucinda Coxon, baseada no livro escrito por David Ebershoff / Elenco: Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Amber Heard / Sinopse: Gerda (Alicia Vikander) e Einar Wegener (Eddie Redmayne) formam um casal que passa por uma grave crise de relacionamento após o marido assumir uma identidade feminina. Depois de anos casado, ele decide assumir seu lado mulher, se arriscando a se submeter a uma perigosa operação de mudança de sexo.
Pablo Aluísio.
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