Título no Brasil: Pequenos Espiões 2: A Ilha dos Sonhos Perdidos
Título Original: Spy Kids 2: Island of Lost Dreams
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Alexa PenaVega, Daryl Sabara, Antonio Banderas, Steve Buscemi, Ricardo Montalban
Sinopse:
Espiões juvenis se envolvem numa trama para destruir o mundo. Cientistas do mal querem usar o código genético para exterminar a humanidade, ao mesmo tempo em que usam espiões rivais para atacar os pais dos garotos. Filme vencedor do Young Artist Awards na categoria de Melhor Atriz Juvenil (Alexa PenaVega).
Comentários:
Robert Rodriguez descobriu esse nicho de mercado, com filmes juvenis, e ganhou milhões de dólares com ele. O primeiro dessa série foi realizado em 2001 e bateu recordes de bilheterias no cinema. Depois houve essa sequência e o terceiro filme "Pequenos Espiões 3-D: Game Over" (que pegava carona com a moda 3D). Finalmente a quadrilogia foi encerrada com "Pequenos Espiões 4" (que fracassou nos cinemas). É interessante dizer que Rodriguez não parece disposto a largar o osso pois em breve ele irá produzir e dirigir "Jonny Quest", adaptação para o cinema do famoso desenho animado da Hanna-Barbera. Deixando isso de lado o que podemos dizer é que "Spy Kids 2" é bem divertido para seu público alvo (crianças e adolescentes) com muitos efeitos visuais, estorinha básica e um elenco formado por toda essa garotada. O único atrativo para quem não é criança ou adolescente é a presença de um elenco de veteranos como Antonio Banderas, Steve Buscemi (ator extremamente conceituado) e principalmente Ricardo Montalban! Quem diria que ele, um dos clássicos latin lovers do cinema americano, um dia iria participar de uma produção desse tipo! Enfim, se você tiver umas duas horas do dia para jogar fora, assistindo algo bem diversão pipoca, vale a pena arriscar para dar uma olhadinha nesse filme.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de julho de 2016
segunda-feira, 4 de julho de 2016
George Harrison
Lucy foi uma guitarra dada de presente a George Harrison por Eric Clapton. Foi com ela que o famoso músico tocou seus maravilhosos solos no clássico "While my Guitar Gently Weeps", faixa antológica do Álbum Branco dos Beatles. Havia uma tensão entre Harrison e Clapton na época por causa da esposa de George, a linda pin-up Pattie Boyd. Ele havia se casado com George Harrison em 1966, mas o casamento ia de mal a pior. Quando ela conheceu Eric Clapton se apaixonou por ele e ambos tiveram um caso extraconjugal.
Para amenizar o fato de ter traído seu amigo, Eric Clapton resolveu dar de presente a George Harrison sua guitarra que logo foi chamado pelo Beatle de Lucy, por causa de sua cor que lembrava a cor dos cabelos da comediante Lucille Ball, muito popular por causa de sua série de TV. O instrumento musical assim serviu de símbolo da paz e harmonia que iria existir entre George Harrison, sua ex-esposa e seu amigo, Eric Clapton.
Curiosamente o instrumento também seria roubado alguns anos depois, o que deixaria George furioso. Alguns ladrões entraram em sua casa em Los Angeles e levaram sua guitarra preferida. Harrison colocou a polícia atrás e descobriu-se que ele foi vendida em uma loja de penhores para um mexicano que levou a guitarra para o México. Mesmo com tantos problemas George não desistiu e foi atrás dela. Depois de meses finalmente conseguiu reaver a valiosa guitarra Lucy, um instrumento de inestimável valor para a história do rock.
George Harrison - All Those Years Ago
Quando John Lennon foi assassinado covardemente na porta do prédio Dakota em Nova Iorque os demais Beatles ficaram chocados, claro. A forma que encontraram para homenagear o velho companheiro de banda não poderia ser outra. Eles fizeram música. Paul McCartney criou a linda e confessional "Here Today" que saiu no álbum "Tug of War". Já George Harrison criou essa "All Those Years Ago". Eu me recordo que essa canção fez muito mais sucesso nas rádios brasileiras do que a faixa do Paul, que era mais introspectiva. Eu sempre apreciei seu ritmo e o videoclip que acompanhou seu lançamento. Porém a letra não é tão boa como se pensa.
Há um sentimento de raiva por parte de George. E isso se reflete em diversos trechos que não condizem com uma música que supostamente deveria homenagear seu velho amigo. George parece revoltado com o mundo, por esse não ter captado a mensagem de paz de John Lennon. É um erro pensar assim. O mundo captou sim a mensagem de John Apenas não se poderia esperar a mesma postura de um louco com um revólver na mãos. John Lennon não morreu porque o mundo não entendeu o que ele quis dizer nas letras das músicas. John Lennon morreu porque um louco deu tiros nele, sem motivo nenhum. Foi uma roleta da sorte do destino. Parece injusto? Claro que sim. O mundo nem sempre é algo que podemos dizer ser sempre justo, muito pelo contrário.
Assim essa canção decepciona em sua letra. George Harrison já havia tido dias melhores como compositor. A raiva e a revolta que sentia o fez perder a mão Ele pareceu explodir quando colocou seus pensamentos no papel. Alguém também deveria ter dado um toque, ter dito, não lance isso. Não é definitivamente a mensagem certa para se passar naquele momento tão terrível da história dos Beatles. Porém não foi isso que aconteceu. A canção foi lançada e até fez um bom sucesso. No Brasil seus problemas foram bem menos notados, até porque a grande maioria dos brasileiros não fala inglês. Mas é isso aí. Uma canção com belo melodia, mas com o tipo de teor em sua letra que não combinava, que era desnecessária naquele momento.
George Harrison - Somewhere in England
George Harrison teve muitos problemas em sua carreira solo. Após o fim dos Beatles ele conseguiu se firmar como artista, porém nem sempre as coisas iam tão bem. Um exemplo aconteceu com esse álbum "Somewhere in England".
Após a gravação das faixas George enviou o material para a gravadora Warner nos Estados Unidos. Antes das fábricas começarem a prensar seu novo disco era necessária a aprovação dos executivos da gravadora em Nova Iorque. Os americanos não gostaram do que ouviram. Vetaram várias músicas, que eles consideraram fracas demais e colocaram abaixo até mesmo a capa que George havia planejado para o disco. Os americanos, para dizer a verdade, acharam tudo muito fraco, sem inspiração, ruim mesmo.
Harrison teve que engolir o orgulho de artista e voltar para o estúdio para gravar um novo lote de músicas. Ele tinha assinado um contrato que dava total controle para a gravadora americana e caso não quisesse ser processado em milhões de dólares tinha que cumprir suas obrigações contratuais. Nesse meio tempo o amigo e companheiro dos Beatles John Lennon acabou sendo assassinado em Nova Iorque, bem em frente ao edifício em que morava, o Dakota.
George Harrison ficou tão arrasado que ficou meses sem produzir nada. Pressionado para compor algo novo para o disco da Warner ele então decidiu pegar a melodia de uma canção antiga que havia composto, jogou fora a letra, criou uma nova em homenagem a Lennon e assim surgiu "All Those Years Ago". Essa se tornaria o hit do disco, a música que realmente se destacou na rádios, tocando bastante, inclusive no Brasil. Confesso que não acho a letra muito boa, ela perde a linha em diversas partes, mas como era um lamento raivoso de George em relação à morte de John, acabou chamando a atenção, se tornando um sucesso nesse processo. Foi uma das poucas faixa desse álbum que obteve retorno comercial, ainda mais com o clip que resgatava várias imagens de Harrison ao lado do amigo nos tempos dos Beatles.
Pablo Aluísio.
Para amenizar o fato de ter traído seu amigo, Eric Clapton resolveu dar de presente a George Harrison sua guitarra que logo foi chamado pelo Beatle de Lucy, por causa de sua cor que lembrava a cor dos cabelos da comediante Lucille Ball, muito popular por causa de sua série de TV. O instrumento musical assim serviu de símbolo da paz e harmonia que iria existir entre George Harrison, sua ex-esposa e seu amigo, Eric Clapton.
Curiosamente o instrumento também seria roubado alguns anos depois, o que deixaria George furioso. Alguns ladrões entraram em sua casa em Los Angeles e levaram sua guitarra preferida. Harrison colocou a polícia atrás e descobriu-se que ele foi vendida em uma loja de penhores para um mexicano que levou a guitarra para o México. Mesmo com tantos problemas George não desistiu e foi atrás dela. Depois de meses finalmente conseguiu reaver a valiosa guitarra Lucy, um instrumento de inestimável valor para a história do rock.
George Harrison - All Those Years Ago
Quando John Lennon foi assassinado covardemente na porta do prédio Dakota em Nova Iorque os demais Beatles ficaram chocados, claro. A forma que encontraram para homenagear o velho companheiro de banda não poderia ser outra. Eles fizeram música. Paul McCartney criou a linda e confessional "Here Today" que saiu no álbum "Tug of War". Já George Harrison criou essa "All Those Years Ago". Eu me recordo que essa canção fez muito mais sucesso nas rádios brasileiras do que a faixa do Paul, que era mais introspectiva. Eu sempre apreciei seu ritmo e o videoclip que acompanhou seu lançamento. Porém a letra não é tão boa como se pensa.
Há um sentimento de raiva por parte de George. E isso se reflete em diversos trechos que não condizem com uma música que supostamente deveria homenagear seu velho amigo. George parece revoltado com o mundo, por esse não ter captado a mensagem de paz de John Lennon. É um erro pensar assim. O mundo captou sim a mensagem de John Apenas não se poderia esperar a mesma postura de um louco com um revólver na mãos. John Lennon não morreu porque o mundo não entendeu o que ele quis dizer nas letras das músicas. John Lennon morreu porque um louco deu tiros nele, sem motivo nenhum. Foi uma roleta da sorte do destino. Parece injusto? Claro que sim. O mundo nem sempre é algo que podemos dizer ser sempre justo, muito pelo contrário.
Assim essa canção decepciona em sua letra. George Harrison já havia tido dias melhores como compositor. A raiva e a revolta que sentia o fez perder a mão Ele pareceu explodir quando colocou seus pensamentos no papel. Alguém também deveria ter dado um toque, ter dito, não lance isso. Não é definitivamente a mensagem certa para se passar naquele momento tão terrível da história dos Beatles. Porém não foi isso que aconteceu. A canção foi lançada e até fez um bom sucesso. No Brasil seus problemas foram bem menos notados, até porque a grande maioria dos brasileiros não fala inglês. Mas é isso aí. Uma canção com belo melodia, mas com o tipo de teor em sua letra que não combinava, que era desnecessária naquele momento.
George Harrison - Somewhere in England
George Harrison teve muitos problemas em sua carreira solo. Após o fim dos Beatles ele conseguiu se firmar como artista, porém nem sempre as coisas iam tão bem. Um exemplo aconteceu com esse álbum "Somewhere in England".
Após a gravação das faixas George enviou o material para a gravadora Warner nos Estados Unidos. Antes das fábricas começarem a prensar seu novo disco era necessária a aprovação dos executivos da gravadora em Nova Iorque. Os americanos não gostaram do que ouviram. Vetaram várias músicas, que eles consideraram fracas demais e colocaram abaixo até mesmo a capa que George havia planejado para o disco. Os americanos, para dizer a verdade, acharam tudo muito fraco, sem inspiração, ruim mesmo.
Harrison teve que engolir o orgulho de artista e voltar para o estúdio para gravar um novo lote de músicas. Ele tinha assinado um contrato que dava total controle para a gravadora americana e caso não quisesse ser processado em milhões de dólares tinha que cumprir suas obrigações contratuais. Nesse meio tempo o amigo e companheiro dos Beatles John Lennon acabou sendo assassinado em Nova Iorque, bem em frente ao edifício em que morava, o Dakota.
George Harrison ficou tão arrasado que ficou meses sem produzir nada. Pressionado para compor algo novo para o disco da Warner ele então decidiu pegar a melodia de uma canção antiga que havia composto, jogou fora a letra, criou uma nova em homenagem a Lennon e assim surgiu "All Those Years Ago". Essa se tornaria o hit do disco, a música que realmente se destacou na rádios, tocando bastante, inclusive no Brasil. Confesso que não acho a letra muito boa, ela perde a linha em diversas partes, mas como era um lamento raivoso de George em relação à morte de John, acabou chamando a atenção, se tornando um sucesso nesse processo. Foi uma das poucas faixa desse álbum que obteve retorno comercial, ainda mais com o clip que resgatava várias imagens de Harrison ao lado do amigo nos tempos dos Beatles.
Pablo Aluísio.
Michael Cimino
Nos últimos dias tivemos notícias sobre as mortes de pessoas bem relevantes dentro do cenário cultural internacional. O guitarrista de Elvis Presley em seus anos pioneiros, Scotty Moore, faleceu em Memphis. Na Itália veio a triste nota sobre a morte de Bud Spencer, um popular ator de filmes de western spaghetti, muito querido no Brasil e finalmente foi noticiado poucos dias atrás a morte do cineasta Michael Cimino (ele faleceu no dia 2 de julho). Eu tive o privilégio de acompanhar grande parte de sua carreira e posso afirmar que foi um dos cineastas mais injustiçados da história de Hollywood.
Para perceber bem isso basta constatar que ele ao todo só dirigiu oito filmes em quatro décadas de carreira! Sem dúvida um número bem abaixo do que seria esperado. Como quantidade nem sempre anda de mãos dadas com qualidade é fácil percebermos que quase todos os seus filmes tiveram, à sua maneira, uma importância fora do comum dentro da história do cinema americano. Sua carreira como cineasta começou em 1974 com "O Último Golpe", onde além da direção escreveu o roteiro. O filme era estrelado por Clint Eastwood e Jeff Bridges. É curioso que Clint, já naquela altura de sua carreira um grande astro de Hollywood, tenha aberto espaço para ser dirigido por Cimino, pois ele já naquela época estava com a ideia fixa de dirigir ele mesmo em seus futuros filmes. Perfeccionista e centralizador, Clint queria controlar tudo no que dizia respeito a sua filmografia, mas abriu espaço para aquele novato mostrar o que poderia fazer atrás das câmeras. Como Eastwood era um dos astros do momento o filme acabou fazendo uma bela bilheteria, o que abriu as portas dos grandes estúdios para Cimino.
Apesar da ótima experiência ao lado de Clint, Cimino queria realizar um cinema mais autoral e sua primeira grande chance nesse sentido veio com a produção seguinte, "O Franco Atirador" com Robert De Niro e Christopher Walken. A proposta do filme mexeu com a sociedade americana pois lidava com o complicado tema da guerra do Vietnã e seus efeitos colaterais. Consagrado pela crítica, Michael Cimino, já em sua segunda direção, conseguiu ser premiado com o Oscar de Melhor diretor do ano, um feito praticamente inédito e surpreendente para alguém como ele, considerado apenas um novato no exclusivo mundo dos diretores. Apesar de sua inegável consagração (o filme foi premiado com cinco estatuetas no Oscar daquele ano, inclusive a de melhor filme) nunca foi um dos meus preferidos de Cimino.
Depois de "O Franco Atirador" todos os estúdios queriam o diretor. Essa disputa pelo seu passe acabou inflando seu ego e Cimino talvez tenha dado um passo maior do que a perna no exagerado e megalomaníaco "O Portal do Paraíso". Foi uma produção cara, complicada e problemática, envolvendo muitas disputas entre diretor e estúdio, que acabaria destruindo seus planos de sucesso em Hollywood. Lançado com cortes promovidos pelos produtores (que tinham considerado sua duração excessiva) o filme se tornou um enorme fracasso comercial. Tão ruim foi seu retorno em termos de bilheteria que a produtora United Artists pediu falência. É incrível como Michael Cimino foi do céu ao inferno em tão pouco tempo. Da noite em que foi consagrado no Oscar ao fracasso monumental de "O Portal do Paraíso" não se passaram nem dois anos. Depois disso a carreira do diretor afundou em termos de credibilidade perante os grandes estúdios de Hollywood.
É curioso que após essa queda ele tenha dado início a uma fase extremamente criativa e original (a melhor fase de sua filmografia em minha opinião). "O Ano do Dragão", filme policial estrelado por Mickey Rourke, foi o primeiro passo nesse recomeço. O filme é o meu preferido de Cimino, uma ótima combinação de filme policial com a estética do cinema noir, aqui adaptada para os novos tempos (entenda-se os anos 80). Com orçamento mais enxuto o diretor conseguiu uma boa resposta de público e crítica, justamente na fase que mais precisava. Seguiram-se a ele dois bons outros filmes, "O Siciliano" com Christopher Lambert, baseado na obra de Mario Puzo, e "Horas do Desespero", novamente com Mickey Rourke, aqui ao lado de Anthony Hopkins, em um remake de um antigo filme de Humphrey Bogart. Infelizmente nenhum deles fez sucesso comercial, apesar de suas inegáveis qualidades cinematográficas. Com isso sua carreira caiu no ostracismo quase completo.
Sua despedida só veio com "Na Trilha do Sol" de 1996, um filme menor que pouca atenção chamou. É isso, muito provavelmente se tivesse tido melhor sorte em termos comerciais o diretor teria se dado melhor em sua carreira, dirigindo ótimos projetos que tinha em mente... Infelizmente nenhum estúdio comprou suas ideias. O cinema americano é uma grande indústria, que precisa de lucros e quando eles não aparecem nas bilheterias a tendência é o esquecimento, mesmo que se trate de um cineasta talentoso como foi Michael Cimino.
Pablo Aluísio.
Para perceber bem isso basta constatar que ele ao todo só dirigiu oito filmes em quatro décadas de carreira! Sem dúvida um número bem abaixo do que seria esperado. Como quantidade nem sempre anda de mãos dadas com qualidade é fácil percebermos que quase todos os seus filmes tiveram, à sua maneira, uma importância fora do comum dentro da história do cinema americano. Sua carreira como cineasta começou em 1974 com "O Último Golpe", onde além da direção escreveu o roteiro. O filme era estrelado por Clint Eastwood e Jeff Bridges. É curioso que Clint, já naquela altura de sua carreira um grande astro de Hollywood, tenha aberto espaço para ser dirigido por Cimino, pois ele já naquela época estava com a ideia fixa de dirigir ele mesmo em seus futuros filmes. Perfeccionista e centralizador, Clint queria controlar tudo no que dizia respeito a sua filmografia, mas abriu espaço para aquele novato mostrar o que poderia fazer atrás das câmeras. Como Eastwood era um dos astros do momento o filme acabou fazendo uma bela bilheteria, o que abriu as portas dos grandes estúdios para Cimino.
Apesar da ótima experiência ao lado de Clint, Cimino queria realizar um cinema mais autoral e sua primeira grande chance nesse sentido veio com a produção seguinte, "O Franco Atirador" com Robert De Niro e Christopher Walken. A proposta do filme mexeu com a sociedade americana pois lidava com o complicado tema da guerra do Vietnã e seus efeitos colaterais. Consagrado pela crítica, Michael Cimino, já em sua segunda direção, conseguiu ser premiado com o Oscar de Melhor diretor do ano, um feito praticamente inédito e surpreendente para alguém como ele, considerado apenas um novato no exclusivo mundo dos diretores. Apesar de sua inegável consagração (o filme foi premiado com cinco estatuetas no Oscar daquele ano, inclusive a de melhor filme) nunca foi um dos meus preferidos de Cimino.
Depois de "O Franco Atirador" todos os estúdios queriam o diretor. Essa disputa pelo seu passe acabou inflando seu ego e Cimino talvez tenha dado um passo maior do que a perna no exagerado e megalomaníaco "O Portal do Paraíso". Foi uma produção cara, complicada e problemática, envolvendo muitas disputas entre diretor e estúdio, que acabaria destruindo seus planos de sucesso em Hollywood. Lançado com cortes promovidos pelos produtores (que tinham considerado sua duração excessiva) o filme se tornou um enorme fracasso comercial. Tão ruim foi seu retorno em termos de bilheteria que a produtora United Artists pediu falência. É incrível como Michael Cimino foi do céu ao inferno em tão pouco tempo. Da noite em que foi consagrado no Oscar ao fracasso monumental de "O Portal do Paraíso" não se passaram nem dois anos. Depois disso a carreira do diretor afundou em termos de credibilidade perante os grandes estúdios de Hollywood.
É curioso que após essa queda ele tenha dado início a uma fase extremamente criativa e original (a melhor fase de sua filmografia em minha opinião). "O Ano do Dragão", filme policial estrelado por Mickey Rourke, foi o primeiro passo nesse recomeço. O filme é o meu preferido de Cimino, uma ótima combinação de filme policial com a estética do cinema noir, aqui adaptada para os novos tempos (entenda-se os anos 80). Com orçamento mais enxuto o diretor conseguiu uma boa resposta de público e crítica, justamente na fase que mais precisava. Seguiram-se a ele dois bons outros filmes, "O Siciliano" com Christopher Lambert, baseado na obra de Mario Puzo, e "Horas do Desespero", novamente com Mickey Rourke, aqui ao lado de Anthony Hopkins, em um remake de um antigo filme de Humphrey Bogart. Infelizmente nenhum deles fez sucesso comercial, apesar de suas inegáveis qualidades cinematográficas. Com isso sua carreira caiu no ostracismo quase completo.
Sua despedida só veio com "Na Trilha do Sol" de 1996, um filme menor que pouca atenção chamou. É isso, muito provavelmente se tivesse tido melhor sorte em termos comerciais o diretor teria se dado melhor em sua carreira, dirigindo ótimos projetos que tinha em mente... Infelizmente nenhum estúdio comprou suas ideias. O cinema americano é uma grande indústria, que precisa de lucros e quando eles não aparecem nas bilheterias a tendência é o esquecimento, mesmo que se trate de um cineasta talentoso como foi Michael Cimino.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de julho de 2016
Esqueça Paris
Título no Brasil: Esqueça Paris
Título Original: Forget Paris
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Billy Crystal
Roteiro: Billy Crystal, Lowell Ganz
Elenco: Billy Crystal, Debra Winger, Joe Mantegna
Sinopse:
Mickey Gordon (Billy Crystal) é uma referência no mundo dos esportes dentro dos Estados Unidos. Aposentado e curtindo a vida ele precisa viajar para a França para o funeral de seu pai. Ellen Andrews Gordon (Debra Winger) é uma americana que vive em Paris. Eles se encontram lá e se apaixonam. Tudo é relembrado em flashback durante um jantar, numa mesa de restaurante. Filme premiado pelo Italian National Syndicate of Film Journalists.
Comentários:
Na década de 90 eu ia anotando em um caderninho os filmes que ia assistindo. Hoje em dia com a internet isso soa tão bobo, mas de qualquer maneira me serviu como registro dos filmes que havia assistido (e que depois de um certo tempo me esqueci completamente de tê-los vistos). Pois bem, segundo esses registros em outubro de 1997 eu conferi essa simpática comédia romântica "Forget Paris". Eu sempre tive simpatia pelo Billy Crystal pois sempre o considerei um comediante muito bom, com piadas "limpas" e isentas de baixarias (que infelizmente imperam no humor nos dias atuais). O filme é familiar, romântico e com belo visual, se aproveitando de belos cenários noturnos. Era aquele tipo de fita que você levava para casa sabendo que não seria o filme principal do fim de semana, mas que serviria para matar o tempo, sem aborrecimentos. Como foi produzido pela Castle Rock muito provavelmente foi lançado no Brasil pelo selo Abril Vídeo. Então basicamente é isso. Uma comédia leve, divertida e romântica estrelada pelo bom Crystal. Como o filme foi roteirizado e dirigido por ele mesmo o ator surge de forma bem casual, à vontade. A beleza de Debra Winger torna tudo ainda mais interessante. Enfim... Não é uma obra prima e tampouco chega a ser memorável, mas de certa maneira agrada bem quem estiver em busca de um entretenimento de bom gosto.
Pablo Aluísio.
Título Original: Forget Paris
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Billy Crystal
Roteiro: Billy Crystal, Lowell Ganz
Elenco: Billy Crystal, Debra Winger, Joe Mantegna
Sinopse:
Mickey Gordon (Billy Crystal) é uma referência no mundo dos esportes dentro dos Estados Unidos. Aposentado e curtindo a vida ele precisa viajar para a França para o funeral de seu pai. Ellen Andrews Gordon (Debra Winger) é uma americana que vive em Paris. Eles se encontram lá e se apaixonam. Tudo é relembrado em flashback durante um jantar, numa mesa de restaurante. Filme premiado pelo Italian National Syndicate of Film Journalists.
Comentários:
Na década de 90 eu ia anotando em um caderninho os filmes que ia assistindo. Hoje em dia com a internet isso soa tão bobo, mas de qualquer maneira me serviu como registro dos filmes que havia assistido (e que depois de um certo tempo me esqueci completamente de tê-los vistos). Pois bem, segundo esses registros em outubro de 1997 eu conferi essa simpática comédia romântica "Forget Paris". Eu sempre tive simpatia pelo Billy Crystal pois sempre o considerei um comediante muito bom, com piadas "limpas" e isentas de baixarias (que infelizmente imperam no humor nos dias atuais). O filme é familiar, romântico e com belo visual, se aproveitando de belos cenários noturnos. Era aquele tipo de fita que você levava para casa sabendo que não seria o filme principal do fim de semana, mas que serviria para matar o tempo, sem aborrecimentos. Como foi produzido pela Castle Rock muito provavelmente foi lançado no Brasil pelo selo Abril Vídeo. Então basicamente é isso. Uma comédia leve, divertida e romântica estrelada pelo bom Crystal. Como o filme foi roteirizado e dirigido por ele mesmo o ator surge de forma bem casual, à vontade. A beleza de Debra Winger torna tudo ainda mais interessante. Enfim... Não é uma obra prima e tampouco chega a ser memorável, mas de certa maneira agrada bem quem estiver em busca de um entretenimento de bom gosto.
Pablo Aluísio.
Invocação do Mal 2
Já havia gostado bastante do primeiro filme "Invocação do Mal". Agora gostei ainda mais dessa sequência. Como se sabe os roteiros dessa franquia "The Conjuring" são baseados nas histórias do casal Warren que durante os anos 1960 e 1970 pesquisaram casos paranormais nos Estados Unidos e Europa. O que poucos sabiam na época é que o casal tinha um acordo não oficial com a Igreja Católica que muitas vezes os enviavam para averiguar algum caso misterioso, tudo com o objetivo de saber de antemão se o caso tinha alguma veracidade ou era simplesmente uma fraude. Uma maneira de preservar a instituição da Igreja de situações exploradas pela imprensa que no fundo não passavam de picaretagem.
Pois bem, Ed e Lorraine Warren participaram de muitos casos, alguns bem notórios como as assombrações em Amityville (que inclusive é mostrado no começo desse filme). Um dos casos mais curiosos envolvendo o casal aconteceu na Inglaterra quando uma família começou a ser supostamente assombrada pela alma torturada de um senhor idoso que parecia fazer de tudo para expulsar os moradores de sua antiga casa. O problema é que Lorraine parecia ter ficado com um "encosto" após Amityville, uma entidade demoníaca que surgia a ela na forma e imagem de uma monstruosa freira (uma maneira de blasfemar símbolos religiosos católicos). Quando ela foi para a Inglaterra as duas atividades paranormais acabaram se fundindo, criando algo realmente fora do comum.
Claro que os casos reais foram menos espetaculares do que vemos nos filmes. Aí entra o elemento dramático e cinematográfico de cada caso sobrenatural, mas mesmo assim as premissas básicas dos acontecimentos foram mantidos pelos roteiristas. No primeiro filme, por exemplo, o casal Warren investigava fenômenos paranormais numa velha casa do sul, onde no passado tinha acontecido casos terríveis envolvendo a odiosa instituição da escravidão negra. Naquele primeiro caso não havia apenas um espírito atormentado, mas sim uma coletividade deles. Já naquela primeira produção havia gostado de tudo, da forma como o diretor James Wan havia conduzida seu enredo. Agora ele acertou de novo - e em minha opinião de forma ainda mais acertada.
O casal Warren segue sendo motivo de controvérsias dentro e fora dos Estados Unidos. A Igreja Católica nunca assumiu de forma oficial sua associação com eles (muito embora os vários exorcismos praticados por membros da Igreja provem o contrário) e não faltam acusadores contra eles, principalmente de grupos céticos que nunca acreditaram na existência de um mundo sobrenatural. Ed Warren faleceu ainda jovem, mas Lorraine ainda vive em sua casa, onde mantém até mesmo um museu de artefatos coletados nos vários casos de que participaram (a boneca Annabelle inclusive faz parte dessa coleção e está em exposição nesse lugar). Convenhamos que é no mínimo tudo muito curioso para simplesmente se ignorar.
Invocação do Mal 2 (EUA, 2016)
The Conjuring 2
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe
Pablo Aluísio.
Pois bem, Ed e Lorraine Warren participaram de muitos casos, alguns bem notórios como as assombrações em Amityville (que inclusive é mostrado no começo desse filme). Um dos casos mais curiosos envolvendo o casal aconteceu na Inglaterra quando uma família começou a ser supostamente assombrada pela alma torturada de um senhor idoso que parecia fazer de tudo para expulsar os moradores de sua antiga casa. O problema é que Lorraine parecia ter ficado com um "encosto" após Amityville, uma entidade demoníaca que surgia a ela na forma e imagem de uma monstruosa freira (uma maneira de blasfemar símbolos religiosos católicos). Quando ela foi para a Inglaterra as duas atividades paranormais acabaram se fundindo, criando algo realmente fora do comum.
Claro que os casos reais foram menos espetaculares do que vemos nos filmes. Aí entra o elemento dramático e cinematográfico de cada caso sobrenatural, mas mesmo assim as premissas básicas dos acontecimentos foram mantidos pelos roteiristas. No primeiro filme, por exemplo, o casal Warren investigava fenômenos paranormais numa velha casa do sul, onde no passado tinha acontecido casos terríveis envolvendo a odiosa instituição da escravidão negra. Naquele primeiro caso não havia apenas um espírito atormentado, mas sim uma coletividade deles. Já naquela primeira produção havia gostado de tudo, da forma como o diretor James Wan havia conduzida seu enredo. Agora ele acertou de novo - e em minha opinião de forma ainda mais acertada.
O casal Warren segue sendo motivo de controvérsias dentro e fora dos Estados Unidos. A Igreja Católica nunca assumiu de forma oficial sua associação com eles (muito embora os vários exorcismos praticados por membros da Igreja provem o contrário) e não faltam acusadores contra eles, principalmente de grupos céticos que nunca acreditaram na existência de um mundo sobrenatural. Ed Warren faleceu ainda jovem, mas Lorraine ainda vive em sua casa, onde mantém até mesmo um museu de artefatos coletados nos vários casos de que participaram (a boneca Annabelle inclusive faz parte dessa coleção e está em exposição nesse lugar). Convenhamos que é no mínimo tudo muito curioso para simplesmente se ignorar.
Invocação do Mal 2 (EUA, 2016)
The Conjuring 2
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de julho de 2016
Invocação do Mal 2
Título no Brasil: Invocação do Mal 2
Título Original: The Conjuring 2
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O'Connor
Sinopse:
Logo após participar das investigações paranormais na mansão em Amityville, onde toda uma família foi assassinada, o casal Warren é contactado pelas autoridades da Igreja Católica. Eles desejam que Ed (Patrick Wilson) e sua esposa Lorraine (Vera Farmiga) viajem até o norte de Londres para descobrirem se uma série de acontecimentos estranhos e misteriosos são verdadeiros ou uma fraude. A Igreja evita se envolver em casos que chamem muito a atenção da mídia e por essa razão antes de entrarem no caso querem sondar o que realmente estaria acontecendo. A garota Janet (Madison Wolfe) supostamente estaria possuída por uma entidade do mal. Nada porém poderia preparar para o que os Warren encontrariam naquela casa londrina sombria.
Comentários:
Sem fazer favor algum esse segundo filme da franquia "The Conjuring" é seguramente o melhor de toda a série. Um dos melhores filmes de terror que assisti recentemente. Inicialmente o roteiro se divide em duas linhas narrativas bem separadas. Na primeira, Lorraine Warren (Vera Farmiga) percebe que uma entidade demoníaca a seguiu até sua casa após ela participar das investigações envolvendo aquele crime horrendo ocorrido na casa de Amityville, um caso sinistro que deu origem a sua própria série de filmes de terror de sucesso. Pois bem, a tal entidade estaria se utilizando de uma imagem de blasfêmia justamente para corroer a fé de Lorraine - uma católica devota. Aparecendo como um freira amaldiçoada o demônio parece querer algo do casal. Na outra linha narrativa uma típica família londrina sofre um forte abalo quando a garotinha Janet (Madison Wolfe) começa a manifestar estranhos sinais de possessão. Ao que tudo indica sua casa estaria sendo assombrada pelo espírito de um velho que lá havia morado no passado. Quando a Igreja Católica entra no caso resolve enviar antes o casal Warren para investigar os fenômenos sobrenaturais que se manifestam, ligando as duas linhas narrativas. A partir daí temos um dos melhores roteiros dos últimos tempos no cinema americano. Tudo muito bem narrado, atuado e dirigido. Um dos aspectos mais curiosos vem da cena final, um clímax realmente de arrepiar. Até chegar lá porém o espectador não precisa se preocupar pois os sustos são muitos - e todos muito bem feitos, preferindo sempre valorizar o suspense. O diretor australiano James Wan não costuma errar pois já havia dirigido o primeiro filme "Invocação do Mal", "Jogos Mortais", o filme original e "Sobrenatural". Esse entende bem desse tipo de produção. Nota dez para ele e todos os envolvidos na realização desse ótimo terror.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Conjuring 2
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O'Connor
Sinopse:
Logo após participar das investigações paranormais na mansão em Amityville, onde toda uma família foi assassinada, o casal Warren é contactado pelas autoridades da Igreja Católica. Eles desejam que Ed (Patrick Wilson) e sua esposa Lorraine (Vera Farmiga) viajem até o norte de Londres para descobrirem se uma série de acontecimentos estranhos e misteriosos são verdadeiros ou uma fraude. A Igreja evita se envolver em casos que chamem muito a atenção da mídia e por essa razão antes de entrarem no caso querem sondar o que realmente estaria acontecendo. A garota Janet (Madison Wolfe) supostamente estaria possuída por uma entidade do mal. Nada porém poderia preparar para o que os Warren encontrariam naquela casa londrina sombria.
Comentários:
Sem fazer favor algum esse segundo filme da franquia "The Conjuring" é seguramente o melhor de toda a série. Um dos melhores filmes de terror que assisti recentemente. Inicialmente o roteiro se divide em duas linhas narrativas bem separadas. Na primeira, Lorraine Warren (Vera Farmiga) percebe que uma entidade demoníaca a seguiu até sua casa após ela participar das investigações envolvendo aquele crime horrendo ocorrido na casa de Amityville, um caso sinistro que deu origem a sua própria série de filmes de terror de sucesso. Pois bem, a tal entidade estaria se utilizando de uma imagem de blasfêmia justamente para corroer a fé de Lorraine - uma católica devota. Aparecendo como um freira amaldiçoada o demônio parece querer algo do casal. Na outra linha narrativa uma típica família londrina sofre um forte abalo quando a garotinha Janet (Madison Wolfe) começa a manifestar estranhos sinais de possessão. Ao que tudo indica sua casa estaria sendo assombrada pelo espírito de um velho que lá havia morado no passado. Quando a Igreja Católica entra no caso resolve enviar antes o casal Warren para investigar os fenômenos sobrenaturais que se manifestam, ligando as duas linhas narrativas. A partir daí temos um dos melhores roteiros dos últimos tempos no cinema americano. Tudo muito bem narrado, atuado e dirigido. Um dos aspectos mais curiosos vem da cena final, um clímax realmente de arrepiar. Até chegar lá porém o espectador não precisa se preocupar pois os sustos são muitos - e todos muito bem feitos, preferindo sempre valorizar o suspense. O diretor australiano James Wan não costuma errar pois já havia dirigido o primeiro filme "Invocação do Mal", "Jogos Mortais", o filme original e "Sobrenatural". Esse entende bem desse tipo de produção. Nota dez para ele e todos os envolvidos na realização desse ótimo terror.
Pablo Aluísio.
Wynonna Earp
Título no Brasil: Wynonna Earp
Título Original: Wynonna Earp
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Syfy Television
Direção: Paolo Barzman, Ron Murphy
Roteiro: Emily Andras, Beau Smith
Elenco: Melanie Scrofano, Shamier Anderson
Sinopse:
Depois de longos anos longe de sua terra natal, Wynonna Earp (Melanie Scrofano) retorna para acompanhar o funeral de seu tio, morto em circunstâncias misteriosas. Logo na viagem seu ônibus é atacado por estranhas criaturas da noite, o que leva Wynonna a pensar que os acontecimentos tenham a ver com uma maldição supostamente atribuída aos membros de sua família. Tataraneta do lendário xerife e pistoleiro Wyatt Earp, ela traz a sina de enfrentar muitos demônios em sua vida, inclusive alguns deles bem reais.
Comentários:
Mais uma adaptação de quadrinhos para a TV. Essa aqui não é tão conhecida. De qualquer forma a ideia até parecia bacana, mostrar uma descendente do grande Wyatt Earp enfrentando todos os tipos de vilões nos dias atuais. A questão é que tudo se passa em um universo de realismo fantástico, ou seja, onde realidade e fantasia se misturam. Assim Wynonna Earp precisa não apenas lidar com problemas familiares típicos de uma garota de sua idade (como ter uma irmã mais jovem se envolvendo em as pessoas erradas) como também enfrentar criaturas demoníacas que querem sua destruição. Como se trata de uma série do canal Syfy (bem conhecido por produzir filmes e séries ao estilo B), não convém esperar por muita coisa. Os efeitos especiais, por exemplo, são bem ruinzinhos e o elenco surge em certos momentos com uma canastrice de dar vergonha alheia. Inicialmente a primeira temporada terá 13 episódios, mas de acordo com a recepção bem morna que teve em sua estreia nos Estados Unidos, muito provavelmente não passará disso. Vale como curiosidade e apenas isso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wynonna Earp
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Syfy Television
Direção: Paolo Barzman, Ron Murphy
Roteiro: Emily Andras, Beau Smith
Elenco: Melanie Scrofano, Shamier Anderson
Sinopse:
Depois de longos anos longe de sua terra natal, Wynonna Earp (Melanie Scrofano) retorna para acompanhar o funeral de seu tio, morto em circunstâncias misteriosas. Logo na viagem seu ônibus é atacado por estranhas criaturas da noite, o que leva Wynonna a pensar que os acontecimentos tenham a ver com uma maldição supostamente atribuída aos membros de sua família. Tataraneta do lendário xerife e pistoleiro Wyatt Earp, ela traz a sina de enfrentar muitos demônios em sua vida, inclusive alguns deles bem reais.
Comentários:
Mais uma adaptação de quadrinhos para a TV. Essa aqui não é tão conhecida. De qualquer forma a ideia até parecia bacana, mostrar uma descendente do grande Wyatt Earp enfrentando todos os tipos de vilões nos dias atuais. A questão é que tudo se passa em um universo de realismo fantástico, ou seja, onde realidade e fantasia se misturam. Assim Wynonna Earp precisa não apenas lidar com problemas familiares típicos de uma garota de sua idade (como ter uma irmã mais jovem se envolvendo em as pessoas erradas) como também enfrentar criaturas demoníacas que querem sua destruição. Como se trata de uma série do canal Syfy (bem conhecido por produzir filmes e séries ao estilo B), não convém esperar por muita coisa. Os efeitos especiais, por exemplo, são bem ruinzinhos e o elenco surge em certos momentos com uma canastrice de dar vergonha alheia. Inicialmente a primeira temporada terá 13 episódios, mas de acordo com a recepção bem morna que teve em sua estreia nos Estados Unidos, muito provavelmente não passará disso. Vale como curiosidade e apenas isso.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Dança Comigo?
Título no Brasil: Dança Comigo?
Título Original: Shall We Dance?
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Peter Chelsom
Roteiro: Masayuki Suo, Audrey Wells
Elenco: Richard Gere, Jennifer Lopez, Susan Sarandon, Stanley Tucci
Sinopse:
John Clark (Richard Gere) é um advogado que, cansado da rotina de sua vida, resolve, às escondidas, se matricular numa academia de dança que ele viu durante uma viagem de metrô. Paulina (Jennifer Lopez) é a professora da academia, uma mulher muito sensual e atenciosa que acaba atraindo John, embora ele tenha um casamento feliz ao lado de Beverly (Susan Sarandon). Filme indicado ao Satellite Awards na categoria de Melhor Música Original ("The Book of Love").
Comentários:
Tive a oportunidade de conferir no cinema. É um filme romântico até simpático, que lida com um personagem que cansado de uma rotina tediosa e massacrante, resolve fazer algo diferente. Tão reprimido ele é, que sequer confessa para a própria esposa que está frequentado aulas de dança de salão (afinal que mal haveria em algo assim?). Isso claro cria uma certa desconfiança nela, que acaba sufocando ainda mais o relacionamento, chegando ao ponto extremo de contratar um detetive particular para seguir seus passos. Sua válvula de escape assim acaba sendo aquelas poucas horas onde ele aprende a dançar com uma bonita professora (com Jennifer Lopez esbanjando charme, carisma e sensualidade, bem no auge de sua beleza). É de se espantar como o ator Richard Gere conseguiu, ano após ano, reinventar-se na tela, nunca caindo no marasmo completo em sua filmografia. Aqui ele exercita mais uma vez sua personalidade de galã maduro, algo que deu muito certo, principalmente depois que seus cabelos ficaram grisalhos e ele ganhou um certo charme natural com isso. No geral é isso, um filme que no fundo não é nada demais, mas que no final das contas agrada, se tornando um entretenimento elegante.
Pablo Aluísio.
Título Original: Shall We Dance?
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Peter Chelsom
Roteiro: Masayuki Suo, Audrey Wells
Elenco: Richard Gere, Jennifer Lopez, Susan Sarandon, Stanley Tucci
Sinopse:
John Clark (Richard Gere) é um advogado que, cansado da rotina de sua vida, resolve, às escondidas, se matricular numa academia de dança que ele viu durante uma viagem de metrô. Paulina (Jennifer Lopez) é a professora da academia, uma mulher muito sensual e atenciosa que acaba atraindo John, embora ele tenha um casamento feliz ao lado de Beverly (Susan Sarandon). Filme indicado ao Satellite Awards na categoria de Melhor Música Original ("The Book of Love").
Comentários:
Tive a oportunidade de conferir no cinema. É um filme romântico até simpático, que lida com um personagem que cansado de uma rotina tediosa e massacrante, resolve fazer algo diferente. Tão reprimido ele é, que sequer confessa para a própria esposa que está frequentado aulas de dança de salão (afinal que mal haveria em algo assim?). Isso claro cria uma certa desconfiança nela, que acaba sufocando ainda mais o relacionamento, chegando ao ponto extremo de contratar um detetive particular para seguir seus passos. Sua válvula de escape assim acaba sendo aquelas poucas horas onde ele aprende a dançar com uma bonita professora (com Jennifer Lopez esbanjando charme, carisma e sensualidade, bem no auge de sua beleza). É de se espantar como o ator Richard Gere conseguiu, ano após ano, reinventar-se na tela, nunca caindo no marasmo completo em sua filmografia. Aqui ele exercita mais uma vez sua personalidade de galã maduro, algo que deu muito certo, principalmente depois que seus cabelos ficaram grisalhos e ele ganhou um certo charme natural com isso. No geral é isso, um filme que no fundo não é nada demais, mas que no final das contas agrada, se tornando um entretenimento elegante.
Pablo Aluísio.
Short Cuts - Cenas da Vida
Título no Brasil: Short Cuts - Cenas da Vida
Título Original: Short Cuts
Ano de Produção: 1993
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Fine Line Features, Spelling Films International
Direção: Robert Altman
Roteiro: Raymond Carver, Robert Altman
Elenco: Andie MacDowell, Jennifer Jason Leigh, Tim Robbins, Madaleine Stowe, Matthew Modine, Jack Lemmon
Sinopse:
Vencedor do Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza, "Short Cuts" traz um panorama amplo de várias estórias paralelas que convergem para um evento em comum. É um retrato de Los Angeles visto sob a visão desse talentoso diretor onde relacionamentos amorosos, paternais e proibidos entram em ebulição numa cidade que parece nunca parar.
Comentários:
Para muitos Robert Altman é um gênio, já para outros ele sempre foi muito super valorizado pela crítica especializada. Seja você adepto da primeira corrente ou da segunda, o fato é que Altman conseguiu imprimir seu estilo, seu modo muito peculiar de realizar filmes e obras cinematográficas marcantes. Um exemplo vem desse "Short Cuts - Cenas da Vida". O roteiro, como já era bem comum na obra de Altman nos anos 90, é bem fragmentado, ao estilo mosaico, onde estórias aparentemente independentes vão seguindo por um caminho até se encontrarem em algum evento em comum. Aqui o ponto de fusão de tudo o que acontece em cena é o triste atropelamento de uma garotinha na caótica e turbulenta Los Angeles. Por falar na cidade Altman parece querer retratar - de uma forma nada lisonjeira - essa cidade no qual foi morar por questões profissionais, afinal todos os grandes estúdios de Hollywood se encontram por lá. É uma declaração de amor e ódio para a cidade no qual ele vivia mas que nunca se apaixonou, como bem deixou claro em entrevistas. De qualquer maneira fica a recomendação desse "Short Cuts", um bom exemplo da arte de Robert Altman, queira você goste ou não!
Pablo Aluísio.
Título Original: Short Cuts
Ano de Produção: 1993
País: França, Estados Unidos
Estúdio: Fine Line Features, Spelling Films International
Direção: Robert Altman
Roteiro: Raymond Carver, Robert Altman
Elenco: Andie MacDowell, Jennifer Jason Leigh, Tim Robbins, Madaleine Stowe, Matthew Modine, Jack Lemmon
Sinopse:
Vencedor do Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza, "Short Cuts" traz um panorama amplo de várias estórias paralelas que convergem para um evento em comum. É um retrato de Los Angeles visto sob a visão desse talentoso diretor onde relacionamentos amorosos, paternais e proibidos entram em ebulição numa cidade que parece nunca parar.
Comentários:
Para muitos Robert Altman é um gênio, já para outros ele sempre foi muito super valorizado pela crítica especializada. Seja você adepto da primeira corrente ou da segunda, o fato é que Altman conseguiu imprimir seu estilo, seu modo muito peculiar de realizar filmes e obras cinematográficas marcantes. Um exemplo vem desse "Short Cuts - Cenas da Vida". O roteiro, como já era bem comum na obra de Altman nos anos 90, é bem fragmentado, ao estilo mosaico, onde estórias aparentemente independentes vão seguindo por um caminho até se encontrarem em algum evento em comum. Aqui o ponto de fusão de tudo o que acontece em cena é o triste atropelamento de uma garotinha na caótica e turbulenta Los Angeles. Por falar na cidade Altman parece querer retratar - de uma forma nada lisonjeira - essa cidade no qual foi morar por questões profissionais, afinal todos os grandes estúdios de Hollywood se encontram por lá. É uma declaração de amor e ódio para a cidade no qual ele vivia mas que nunca se apaixonou, como bem deixou claro em entrevistas. De qualquer maneira fica a recomendação desse "Short Cuts", um bom exemplo da arte de Robert Altman, queira você goste ou não!
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Chicago PD - Primeira Temporada
Após ser preso por corrupção, chantagem e desvios éticos em sua carreira o policial Hank Voight (Jason Beghe) retorna à ativa. Ele sai do departamento de homicídios para assumir a chefia do setor de inteligência da polícia de Chicago onde começa a liderar um grupo de jovens policiais no combate ao tráfico de drogas na grande cidade. Em alguns episódios de "Chicago Fire" um dos bombeiros caía no jogo sujo de um tira corrupto, o dirty cop Hank Voight (Jason Beghe). No final de sua participação lá, sua trama corrupta finalmente era descoberta, e ele acabava sendo preso por isso. Pois bem, esse personagem, apesar de ser um vilão sem ética, acabou chamando a atenção dos espectadores e percebendo isso a NBC resolveu produzir uma série só para ele. Isso é o que os americanos chamam de Spin-off, quando uma série popular dá origem a outra. Em minha opinião ainda era cedo para "Chicago Fire" dar origem a outro seriado mas pelos bons índices de audiência conquistados a diretoria da NBC resolveu apostar alto.
Logo no primeiro episódio o sargento Voight retorna triunfante. Ele consegue sair da prisão e mais do que isso, ganha uma promoção, se tornando chefe da inteligência do departamento de polícia de Chicago (pensou que só no Brasil os corruptos progrediam na vida pública?). Ele se torna o líder de um grupo de jovens policiais que investigam uma rede de tráfico comandado por um traficante latino conhecido como "Pulpo". Para Voight isso é fichinha pois ele não é um tira que segue a cartilha da academia policial ao pé da letra. Gostei do episódio piloto, esse é o tipo de série que tem potencial para crescer. O único porém que salientaria é o elenco dos jovens policiais. As garotas e os rapazes mais se parecem com modelos do que com policiais mas mesmo assim penso que vale a pena dar o benefício da dúvida. A série está começando agora então se você estiver com vontade de acompanhar algum seriado policial americano esse é o momento certo. / Chicago P.D. Distrito 21 (Chicago PD, EUA, 2014 - 2016) Direção: Vários / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas, Matt Olmstead, Dick Wolf /Elenco: Jason Beghe, Jesse Lee Soffer, Don Kress, Andre Bellos.
Episódios Comentados - Primeira Temporada:
Chicago PD 1.10 - At Least It's Justice
Mais um bom episódio de "Chicago PD". É a tal coisa, conforme vamos nos acostumando melhor com todos os personagens a série vai melhorando naturalmente. Aqui temos duas linhas narrativas e dois casos a resolver. O primeiro envolve a morte de um pedófilo das redondezas. O problema é que ele vinha sendo seguido de perto (até extra-oficialmente) pelo detetive Jay Halstead (Jesse Lee Soffer). Quando o criminoso é encontrado morto todas as suspeitas são para o tira que o vinha perseguindo, óbvio. No outro caso policial um renomado perito forense em DNA, responsável pela condenação de dezenas de assassinos, é encontrado morto. Para Voight (Jason Beghe) é um típico caso de vingança por seu trabalho. As investigações porém revelarão muito mais, inclusive o envolvimento de um perigoso traficante de drogas e uma rica advogada criminalista, envolvida até o pescoço com a quadrilha que o matou. Bom, como já tinha escrito antes o grande diferencial de "Chicago PD" é a presença do policial com voz de Pato Donald, Sargento Voight. Ele é um "Dirty Cop", um tanto quanto vilão e ao mesmo tempo o principal personagem da série. Aqui para deixar claro sua personalidade ele resolve dar um tiro em um sujeito desarmado, só para não perder a prática em fazer coisas "fora do livro" como ele gosta de dizer! / Chicago PD 1.10 - At Least It's Justice (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.11 - Turn the Light Off
Ok, nessa altura do campeonato todos os espectadores já sabem que cruzar o caminho de Hank Voight (Jason Beghe) é uma péssima ideia. Agindo fora das regras, ele remove todo e qualquer obstáculo que esteja lhe atrapalhando. Agora imagine mexer com sua cidade! É justamente isso o que ocorre nesse episódio. A bela Chicago é alvo de um ataque terrorista onde vários policiais e bombeiros saem gravemente feridos. Imediatamente Voight entra no caso. Inicialmente todos pensam se tratar de um ataque de terroristas árabes, uma vez que o embaixador da Síria está na cidade em busca de tratamento médico. Seguindo pistas Voight e sua equipe de inteligência logo percebem que a coisa não é bem como todos pensavam. Na verdade se trata de um grupo radical, formado por militantes americanos que desejam desestruturar o governo federal. A partir daí as peças vão se encaixando. Um suspeito leva a outro e Voight monta o quebra-cabeças. Depois que coloca as mãos nos terroristas a coisa fica feia. Como todo tira durão de seriados americanos, ele não se importa em pular fora da lei para arrancar algumas informações daqueles miseráveis quando isso se faz necessário. Como ele próprio comenta tudo o que precisa é mesmo de uns 20 minutos sozinho com os criminosos para descobrir todos os seus planos! Esse episódio além de ser muito bom, tem um atrativo a mais para fãs de "Chicago Fire". Como são séries irmãs muitos dos bombeiros também aparecem aqui. Uma espécie de interligação entre as duas séries da NBC. Não vá perder / Chicago PD 1.11 - Turn the Light Off (EUA, 2014) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.13 - My Way
É a tal coisa, vale (quase) tudo para colocar as mãos nos principais traficantes de Chicago. Agora o grupo do departamento de inteligência da polícia comandado por Hank Voight (Jason Beghe) está disposto a tudo para localizar e prender Gustav Munoz (Gabriel Ellis), um criminoso latino e extremamente perigoso que promoveu uma chacina em um laboratório de produção de cocaína, causando uma grande comoção na opinião pública. Sem pistas concretas, a única maneira de tentar achá-lo é contando com as informações de outro narcotraficante que está cumprindo pena, Adres 'Pulpo' Diaz (Arturo del Puerto). Inicialmente ele dá falsas pistas e usa a polícia para desmantelar os seus próprios inimigos de "mercado". Diante disso Voight resolve jogar duro, usando seu próprio filho e sua esposa como moeda de troca - tudo dentro da maneira de agir do "Dirty Cop" mais infame de Chicago. Enquanto tenta colocar atrás das grades o marginal, Voight também descobre que a velha máxima de que "todos possuem um preço!" é a mais pura verdade ao ser procurado pelo novo chefe da corregedoria, que lhe propõe na cara de pau um acordo ilegal de vinte e cinco por cento de todas as transações de rua do veterano policial. Trato proposto e aceito, embora seja quase certo que Hank Voight vai armar futuramente para cima dele. Então é isso, mais um episódio muito legal de Chicago PD, com direito a Voight fazendo gracinhas e ironias com a famosa canção "My Way", imortalizada por Frank Sinatra e Elvis Presley. / Chicago PD 1.13 - My Way (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.14 - The Docks
O episódio anterior terminou com o policial Antonio Dawson (Jon Seda) atingido e baleado após a fuga do prisioneiro Puipo (Arturo del Puerto). Para Hank Voight (Jason Beghe) as coisas são simples, assassinos de tiras merecem morrer, assim, sem mais nem menos. Nada de levar para a justiça, processos e advogados, não, nada disso. Uma simples bala na nuca resolve tudo de maneira bem mais simples e... eficiente! Assim ele deixa logo claro para seus subordinados que é hora de deixar a lei de lado, esquecer de mandados, ordens de prisão e coisas do tipo. Quem o encontrar deve levá-lo imediatamente para sua presença ou da de Alvin Olinsky (Elias Koteas) pois eles darão um jeito nesse tal de Pulpo. Tudo será resolvido ao velho estilo, de acordo com o modo de agir dos veteranos policiais. O episódio assim se desenvolve com o grupo indo atrás do meliante. Quando finalmente colocam as mãos nele o entregam imediatamente para Voight, que nem perde muito tempo colocando logo um "colar" no pescoço do criminoso (se você ainda não entendeu o que seria um "colar" pense em dois enormes blocos de cimento amarrados em seu pescoço com uma pesada corrente). A ideia é jogar Puipo nas docas com o presentinho em sua nuca! Assim basta pensar em Dexter para lembrar que docas em geral significam a mesma coisa: desova de corpos sem deixar rastros. Tudo caminha de acordo com os planos de Voight quando no último momento acontece um fato que ele não esperava. Mais um bom episódio de "Chicago PD" mostrando aspectos do modo de pensar e agir de Hank Voight, um dos mais interessantes personagens da TV americana atual. Aqui os roteiristas inclusive escreveram uma boa justificativa para essa obsessão do tira em liquidar assassinos de policiais o mais rápido possível, algo que remete imediatamente ao seu passado e a de seu pai. Nem sempre conseguimos enterrar todos os fantasmas dos anos que se foram. / Chicago PD 1.14 - The Docks (EUA, 2014) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.15 - A Beautiful Friendship
Episódio final da primeira temporada da série "Chicago PD". O que começou como um Spin-off de "Chicago Fire" acabou trilhando caminho próprio, conquistando seu próprio grupo de fãs. Eu credito esse sucesso de audiência ao trabalho do ator Jason Beghe que na pele do policial Hank Voight tem garantido o interesse, episódio após episódio. E por falar em Voight ele aqui acaba descobrindo a identidade do informante que anda repassando informações do departamento de inteligência para a corregedoria, que por sua vez usa esse material para chantagear Voight em troca de parte de seu "faturamento" nas ruas. Sheldon Jin (Archie Kao) é o dedo duro, algo que já tinha ficado claro nos episódios anteriores. Como era o sujeito responsável pela parte da informática no departamento sua participação no esquema foi ficando cada vez mais clara. Obviamente que para um sujeito durão como Voight algo assim não sairia barato. A cena final do episódio reflete bem isso. Após Jin ser encontrado com uma bala na cabeça no meio das ruas de Chicago, Voight encara o corregedor que o está chantageando de uma forma que já diz tudo, sem usar uma única palavra! Excelente momento dessa série policial que veio realmente para ficar. Ainda bem que já foi renovada para uma segunda temporada pelo canal NBC, lhe dando uma sobrevida na programação aberta nos Estados Unidos. / Chicago PD (EUA, 2014) Direção: Mark Tinker / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Pablo Aluísio.
Logo no primeiro episódio o sargento Voight retorna triunfante. Ele consegue sair da prisão e mais do que isso, ganha uma promoção, se tornando chefe da inteligência do departamento de polícia de Chicago (pensou que só no Brasil os corruptos progrediam na vida pública?). Ele se torna o líder de um grupo de jovens policiais que investigam uma rede de tráfico comandado por um traficante latino conhecido como "Pulpo". Para Voight isso é fichinha pois ele não é um tira que segue a cartilha da academia policial ao pé da letra. Gostei do episódio piloto, esse é o tipo de série que tem potencial para crescer. O único porém que salientaria é o elenco dos jovens policiais. As garotas e os rapazes mais se parecem com modelos do que com policiais mas mesmo assim penso que vale a pena dar o benefício da dúvida. A série está começando agora então se você estiver com vontade de acompanhar algum seriado policial americano esse é o momento certo. / Chicago P.D. Distrito 21 (Chicago PD, EUA, 2014 - 2016) Direção: Vários / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas, Matt Olmstead, Dick Wolf /Elenco: Jason Beghe, Jesse Lee Soffer, Don Kress, Andre Bellos.
Episódios Comentados - Primeira Temporada:
Chicago PD 1.10 - At Least It's Justice
Mais um bom episódio de "Chicago PD". É a tal coisa, conforme vamos nos acostumando melhor com todos os personagens a série vai melhorando naturalmente. Aqui temos duas linhas narrativas e dois casos a resolver. O primeiro envolve a morte de um pedófilo das redondezas. O problema é que ele vinha sendo seguido de perto (até extra-oficialmente) pelo detetive Jay Halstead (Jesse Lee Soffer). Quando o criminoso é encontrado morto todas as suspeitas são para o tira que o vinha perseguindo, óbvio. No outro caso policial um renomado perito forense em DNA, responsável pela condenação de dezenas de assassinos, é encontrado morto. Para Voight (Jason Beghe) é um típico caso de vingança por seu trabalho. As investigações porém revelarão muito mais, inclusive o envolvimento de um perigoso traficante de drogas e uma rica advogada criminalista, envolvida até o pescoço com a quadrilha que o matou. Bom, como já tinha escrito antes o grande diferencial de "Chicago PD" é a presença do policial com voz de Pato Donald, Sargento Voight. Ele é um "Dirty Cop", um tanto quanto vilão e ao mesmo tempo o principal personagem da série. Aqui para deixar claro sua personalidade ele resolve dar um tiro em um sujeito desarmado, só para não perder a prática em fazer coisas "fora do livro" como ele gosta de dizer! / Chicago PD 1.10 - At Least It's Justice (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.11 - Turn the Light Off
Ok, nessa altura do campeonato todos os espectadores já sabem que cruzar o caminho de Hank Voight (Jason Beghe) é uma péssima ideia. Agindo fora das regras, ele remove todo e qualquer obstáculo que esteja lhe atrapalhando. Agora imagine mexer com sua cidade! É justamente isso o que ocorre nesse episódio. A bela Chicago é alvo de um ataque terrorista onde vários policiais e bombeiros saem gravemente feridos. Imediatamente Voight entra no caso. Inicialmente todos pensam se tratar de um ataque de terroristas árabes, uma vez que o embaixador da Síria está na cidade em busca de tratamento médico. Seguindo pistas Voight e sua equipe de inteligência logo percebem que a coisa não é bem como todos pensavam. Na verdade se trata de um grupo radical, formado por militantes americanos que desejam desestruturar o governo federal. A partir daí as peças vão se encaixando. Um suspeito leva a outro e Voight monta o quebra-cabeças. Depois que coloca as mãos nos terroristas a coisa fica feia. Como todo tira durão de seriados americanos, ele não se importa em pular fora da lei para arrancar algumas informações daqueles miseráveis quando isso se faz necessário. Como ele próprio comenta tudo o que precisa é mesmo de uns 20 minutos sozinho com os criminosos para descobrir todos os seus planos! Esse episódio além de ser muito bom, tem um atrativo a mais para fãs de "Chicago Fire". Como são séries irmãs muitos dos bombeiros também aparecem aqui. Uma espécie de interligação entre as duas séries da NBC. Não vá perder / Chicago PD 1.11 - Turn the Light Off (EUA, 2014) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.13 - My Way
É a tal coisa, vale (quase) tudo para colocar as mãos nos principais traficantes de Chicago. Agora o grupo do departamento de inteligência da polícia comandado por Hank Voight (Jason Beghe) está disposto a tudo para localizar e prender Gustav Munoz (Gabriel Ellis), um criminoso latino e extremamente perigoso que promoveu uma chacina em um laboratório de produção de cocaína, causando uma grande comoção na opinião pública. Sem pistas concretas, a única maneira de tentar achá-lo é contando com as informações de outro narcotraficante que está cumprindo pena, Adres 'Pulpo' Diaz (Arturo del Puerto). Inicialmente ele dá falsas pistas e usa a polícia para desmantelar os seus próprios inimigos de "mercado". Diante disso Voight resolve jogar duro, usando seu próprio filho e sua esposa como moeda de troca - tudo dentro da maneira de agir do "Dirty Cop" mais infame de Chicago. Enquanto tenta colocar atrás das grades o marginal, Voight também descobre que a velha máxima de que "todos possuem um preço!" é a mais pura verdade ao ser procurado pelo novo chefe da corregedoria, que lhe propõe na cara de pau um acordo ilegal de vinte e cinco por cento de todas as transações de rua do veterano policial. Trato proposto e aceito, embora seja quase certo que Hank Voight vai armar futuramente para cima dele. Então é isso, mais um episódio muito legal de Chicago PD, com direito a Voight fazendo gracinhas e ironias com a famosa canção "My Way", imortalizada por Frank Sinatra e Elvis Presley. / Chicago PD 1.13 - My Way (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.14 - The Docks
O episódio anterior terminou com o policial Antonio Dawson (Jon Seda) atingido e baleado após a fuga do prisioneiro Puipo (Arturo del Puerto). Para Hank Voight (Jason Beghe) as coisas são simples, assassinos de tiras merecem morrer, assim, sem mais nem menos. Nada de levar para a justiça, processos e advogados, não, nada disso. Uma simples bala na nuca resolve tudo de maneira bem mais simples e... eficiente! Assim ele deixa logo claro para seus subordinados que é hora de deixar a lei de lado, esquecer de mandados, ordens de prisão e coisas do tipo. Quem o encontrar deve levá-lo imediatamente para sua presença ou da de Alvin Olinsky (Elias Koteas) pois eles darão um jeito nesse tal de Pulpo. Tudo será resolvido ao velho estilo, de acordo com o modo de agir dos veteranos policiais. O episódio assim se desenvolve com o grupo indo atrás do meliante. Quando finalmente colocam as mãos nele o entregam imediatamente para Voight, que nem perde muito tempo colocando logo um "colar" no pescoço do criminoso (se você ainda não entendeu o que seria um "colar" pense em dois enormes blocos de cimento amarrados em seu pescoço com uma pesada corrente). A ideia é jogar Puipo nas docas com o presentinho em sua nuca! Assim basta pensar em Dexter para lembrar que docas em geral significam a mesma coisa: desova de corpos sem deixar rastros. Tudo caminha de acordo com os planos de Voight quando no último momento acontece um fato que ele não esperava. Mais um bom episódio de "Chicago PD" mostrando aspectos do modo de pensar e agir de Hank Voight, um dos mais interessantes personagens da TV americana atual. Aqui os roteiristas inclusive escreveram uma boa justificativa para essa obsessão do tira em liquidar assassinos de policiais o mais rápido possível, algo que remete imediatamente ao seu passado e a de seu pai. Nem sempre conseguimos enterrar todos os fantasmas dos anos que se foram. / Chicago PD 1.14 - The Docks (EUA, 2014) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.15 - A Beautiful Friendship
Episódio final da primeira temporada da série "Chicago PD". O que começou como um Spin-off de "Chicago Fire" acabou trilhando caminho próprio, conquistando seu próprio grupo de fãs. Eu credito esse sucesso de audiência ao trabalho do ator Jason Beghe que na pele do policial Hank Voight tem garantido o interesse, episódio após episódio. E por falar em Voight ele aqui acaba descobrindo a identidade do informante que anda repassando informações do departamento de inteligência para a corregedoria, que por sua vez usa esse material para chantagear Voight em troca de parte de seu "faturamento" nas ruas. Sheldon Jin (Archie Kao) é o dedo duro, algo que já tinha ficado claro nos episódios anteriores. Como era o sujeito responsável pela parte da informática no departamento sua participação no esquema foi ficando cada vez mais clara. Obviamente que para um sujeito durão como Voight algo assim não sairia barato. A cena final do episódio reflete bem isso. Após Jin ser encontrado com uma bala na cabeça no meio das ruas de Chicago, Voight encara o corregedor que o está chantageando de uma forma que já diz tudo, sem usar uma única palavra! Excelente momento dessa série policial que veio realmente para ficar. Ainda bem que já foi renovada para uma segunda temporada pelo canal NBC, lhe dando uma sobrevida na programação aberta nos Estados Unidos. / Chicago PD (EUA, 2014) Direção: Mark Tinker / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Pablo Aluísio.
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