Após ser preso por corrupção, chantagem e desvios éticos em sua carreira o policial Hank Voight (Jason Beghe) retorna à ativa. Ele sai do departamento de homicídios para assumir a chefia do setor de inteligência da polícia de Chicago onde começa a liderar um grupo de jovens policiais no combate ao tráfico de drogas na grande cidade. Em alguns episódios de "Chicago Fire" um dos bombeiros caía no jogo sujo de um tira corrupto, o dirty cop Hank Voight (Jason Beghe). No final de sua participação lá, sua trama corrupta finalmente era descoberta, e ele acabava sendo preso por isso. Pois bem, esse personagem, apesar de ser um vilão sem ética, acabou chamando a atenção dos espectadores e percebendo isso a NBC resolveu produzir uma série só para ele. Isso é o que os americanos chamam de Spin-off, quando uma série popular dá origem a outra. Em minha opinião ainda era cedo para "Chicago Fire" dar origem a outro seriado mas pelos bons índices de audiência conquistados a diretoria da NBC resolveu apostar alto.
Logo no primeiro episódio o sargento Voight retorna triunfante. Ele consegue sair da prisão e mais do que isso, ganha uma promoção, se tornando chefe da inteligência do departamento de polícia de Chicago (pensou que só no Brasil os corruptos progrediam na vida pública?). Ele se torna o líder de um grupo de jovens policiais que investigam uma rede de tráfico comandado por um traficante latino conhecido como "Pulpo". Para Voight isso é fichinha pois ele não é um tira que segue a cartilha da academia policial ao pé da letra. Gostei do episódio piloto, esse é o tipo de série que tem potencial para crescer. O único porém que salientaria é o elenco dos jovens policiais. As garotas e os rapazes mais se parecem com modelos do que com policiais mas mesmo assim penso que vale a pena dar o benefício da dúvida. A série está começando agora então se você estiver com vontade de acompanhar algum seriado policial americano esse é o momento certo. / Chicago P.D. Distrito 21 (Chicago PD, EUA, 2014 - 2016) Direção: Vários / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas, Matt Olmstead, Dick Wolf /Elenco: Jason Beghe, Jesse Lee Soffer, Don Kress, Andre Bellos.
Episódios Comentados - Primeira Temporada:
Chicago PD 1.10 - At Least It's Justice
Mais um bom episódio de "Chicago PD". É a tal coisa, conforme vamos nos acostumando melhor com todos os personagens a série vai melhorando naturalmente. Aqui temos duas linhas narrativas e dois casos a resolver. O primeiro envolve a morte de um pedófilo das redondezas. O problema é que ele vinha sendo seguido de perto (até extra-oficialmente) pelo detetive Jay Halstead (Jesse Lee Soffer). Quando o criminoso é encontrado morto todas as suspeitas são para o tira que o vinha perseguindo, óbvio. No outro caso policial um renomado perito forense em DNA, responsável pela condenação de dezenas de assassinos, é encontrado morto. Para Voight (Jason Beghe) é um típico caso de vingança por seu trabalho. As investigações porém revelarão muito mais, inclusive o envolvimento de um perigoso traficante de drogas e uma rica advogada criminalista, envolvida até o pescoço com a quadrilha que o matou. Bom, como já tinha escrito antes o grande diferencial de "Chicago PD" é a presença do policial com voz de Pato Donald, Sargento Voight. Ele é um "Dirty Cop", um tanto quanto vilão e ao mesmo tempo o principal personagem da série. Aqui para deixar claro sua personalidade ele resolve dar um tiro em um sujeito desarmado, só para não perder a prática em fazer coisas "fora do livro" como ele gosta de dizer! / Chicago PD 1.10 - At Least It's Justice (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.11 - Turn the Light Off
Ok, nessa altura do campeonato todos os espectadores já sabem que cruzar o caminho de Hank Voight (Jason Beghe) é uma péssima ideia. Agindo fora das regras, ele remove todo e qualquer obstáculo que esteja lhe atrapalhando. Agora imagine mexer com sua cidade! É justamente isso o que ocorre nesse episódio. A bela Chicago é alvo de um ataque terrorista onde vários policiais e bombeiros saem gravemente feridos. Imediatamente Voight entra no caso. Inicialmente todos pensam se tratar de um ataque de terroristas árabes, uma vez que o embaixador da Síria está na cidade em busca de tratamento médico. Seguindo pistas Voight e sua equipe de inteligência logo percebem que a coisa não é bem como todos pensavam. Na verdade se trata de um grupo radical, formado por militantes americanos que desejam desestruturar o governo federal. A partir daí as peças vão se encaixando. Um suspeito leva a outro e Voight monta o quebra-cabeças. Depois que coloca as mãos nos terroristas a coisa fica feia. Como todo tira durão de seriados americanos, ele não se importa em pular fora da lei para arrancar algumas informações daqueles miseráveis quando isso se faz necessário. Como ele próprio comenta tudo o que precisa é mesmo de uns 20 minutos sozinho com os criminosos para descobrir todos os seus planos! Esse episódio além de ser muito bom, tem um atrativo a mais para fãs de "Chicago Fire". Como são séries irmãs muitos dos bombeiros também aparecem aqui. Uma espécie de interligação entre as duas séries da NBC. Não vá perder / Chicago PD 1.11 - Turn the Light Off (EUA, 2014) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.13 - My Way
É a tal coisa, vale (quase) tudo para colocar as mãos nos principais traficantes de Chicago. Agora o grupo do departamento de inteligência da polícia comandado por Hank Voight (Jason Beghe) está disposto a tudo para localizar e prender Gustav Munoz (Gabriel Ellis), um criminoso latino e extremamente perigoso que promoveu uma chacina em um laboratório de produção de cocaína, causando uma grande comoção na opinião pública. Sem pistas concretas, a única maneira de tentar achá-lo é contando com as informações de outro narcotraficante que está cumprindo pena, Adres 'Pulpo' Diaz (Arturo del Puerto). Inicialmente ele dá falsas pistas e usa a polícia para desmantelar os seus próprios inimigos de "mercado". Diante disso Voight resolve jogar duro, usando seu próprio filho e sua esposa como moeda de troca - tudo dentro da maneira de agir do "Dirty Cop" mais infame de Chicago. Enquanto tenta colocar atrás das grades o marginal, Voight também descobre que a velha máxima de que "todos possuem um preço!" é a mais pura verdade ao ser procurado pelo novo chefe da corregedoria, que lhe propõe na cara de pau um acordo ilegal de vinte e cinco por cento de todas as transações de rua do veterano policial. Trato proposto e aceito, embora seja quase certo que Hank Voight vai armar futuramente para cima dele. Então é isso, mais um episódio muito legal de Chicago PD, com direito a Voight fazendo gracinhas e ironias com a famosa canção "My Way", imortalizada por Frank Sinatra e Elvis Presley. / Chicago PD 1.13 - My Way (EUA, 2014) Direção: Karen Gaviola / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.14 - The Docks
O episódio anterior terminou com o policial Antonio Dawson (Jon Seda) atingido e baleado após a fuga do prisioneiro Puipo (Arturo del Puerto). Para Hank Voight (Jason Beghe) as coisas são simples, assassinos de tiras merecem morrer, assim, sem mais nem menos. Nada de levar para a justiça, processos e advogados, não, nada disso. Uma simples bala na nuca resolve tudo de maneira bem mais simples e... eficiente! Assim ele deixa logo claro para seus subordinados que é hora de deixar a lei de lado, esquecer de mandados, ordens de prisão e coisas do tipo. Quem o encontrar deve levá-lo imediatamente para sua presença ou da de Alvin Olinsky (Elias Koteas) pois eles darão um jeito nesse tal de Pulpo. Tudo será resolvido ao velho estilo, de acordo com o modo de agir dos veteranos policiais. O episódio assim se desenvolve com o grupo indo atrás do meliante. Quando finalmente colocam as mãos nele o entregam imediatamente para Voight, que nem perde muito tempo colocando logo um "colar" no pescoço do criminoso (se você ainda não entendeu o que seria um "colar" pense em dois enormes blocos de cimento amarrados em seu pescoço com uma pesada corrente). A ideia é jogar Puipo nas docas com o presentinho em sua nuca! Assim basta pensar em Dexter para lembrar que docas em geral significam a mesma coisa: desova de corpos sem deixar rastros. Tudo caminha de acordo com os planos de Voight quando no último momento acontece um fato que ele não esperava. Mais um bom episódio de "Chicago PD" mostrando aspectos do modo de pensar e agir de Hank Voight, um dos mais interessantes personagens da TV americana atual. Aqui os roteiristas inclusive escreveram uma boa justificativa para essa obsessão do tira em liquidar assassinos de policiais o mais rápido possível, algo que remete imediatamente ao seu passado e a de seu pai. Nem sempre conseguimos enterrar todos os fantasmas dos anos que se foram. / Chicago PD 1.14 - The Docks (EUA, 2014) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Chicago PD 1.15 - A Beautiful Friendship
Episódio final da primeira temporada da série "Chicago PD". O que começou como um Spin-off de "Chicago Fire" acabou trilhando caminho próprio, conquistando seu próprio grupo de fãs. Eu credito esse sucesso de audiência ao trabalho do ator Jason Beghe que na pele do policial Hank Voight tem garantido o interesse, episódio após episódio. E por falar em Voight ele aqui acaba descobrindo a identidade do informante que anda repassando informações do departamento de inteligência para a corregedoria, que por sua vez usa esse material para chantagear Voight em troca de parte de seu "faturamento" nas ruas. Sheldon Jin (Archie Kao) é o dedo duro, algo que já tinha ficado claro nos episódios anteriores. Como era o sujeito responsável pela parte da informática no departamento sua participação no esquema foi ficando cada vez mais clara. Obviamente que para um sujeito durão como Voight algo assim não sairia barato. A cena final do episódio reflete bem isso. Após Jin ser encontrado com uma bala na cabeça no meio das ruas de Chicago, Voight encara o corregedor que o está chantageando de uma forma que já diz tudo, sem usar uma única palavra! Excelente momento dessa série policial que veio realmente para ficar. Ainda bem que já foi renovada para uma segunda temporada pelo canal NBC, lhe dando uma sobrevida na programação aberta nos Estados Unidos. / Chicago PD (EUA, 2014) Direção: Mark Tinker / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Sophia Bush.
Pablo Aluísio.
Muito bom seus resumos! Sabe onde encontro os episódios para ver?
ResponderExcluirObrigado. Procure os episódios no site serieseason.tv
ResponderExcluirExiste o episódio em que hang voight sai da cadeia? E assumi a inteligência?
ResponderExcluirPablo:
ResponderExcluirA premissa de pegar um tira corrupto, e ex-presidiário, para ser o chefe de uma equipe da policia de elite, jovens, não parece uma boa ideia nem no Brasil que tem esse tipo de absurdo, e o próprio chefe do Hank Voigth diz isso a ele nesse episódio. Seria uma outra versão do "cair pra cima" do Tropa de Elite 2?
Essa série não é meio mal pensada, pra dizer o mínimo?
Em tempo: a voz não mimetiza o Pato Donanld, mas sim a rouquidão do Don Corleone, acho que de proposito.
O que aconteceu foi que esse personagem nasce em outra série, "Chicago Fire". O Hank surgia claramente como vilão, um dirty cop. Só que ele acabou agradando tanto ao público que os produtores decidiram criar uma série só para ele, que iria se tornar "Chicago DP". Por isso houve a necessidade de se enquadrar certos aspectos do roteiro, alguns que de fato não iriam fazer muito sentido. Só que o mais importante era colocar esse personagem nesse novo programa e foi o que fizeram.
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ExcluirEntendi. Mas COMANDANTE de um esquadrão de elite da policia? O melhor emprego dali?, alias, como diz o chefe dele.
ResponderExcluirComo já te disse em outro comentário, a nossa moral anda meio oblíqua.
O Elvis sabe sobre oblíquos.
https://www.youtube.com/watch?v=iPfGfPkEupE
Hhahahaha... Sim, é uma forçada de barra do roteiro, mas foi a forma que os roteiristas arranjaram para colocar o Hank no centro da nova série.
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