Título no Brasil: Caçadores de Obras-Primas
Título Original: The Monuments Men
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Fox 2000 Pictures
Direção: George Clooney
Roteiro: George Clooney, Grant Heslov
Elenco: George Clooney, Matt Damon, Bill Murray, Cate Blanchett, John Goodman
Sinopse:
Frank Stokes (George Clooney) é um militar americano encarregado de formar uma equipe de especialistas em arte para achar e recuperar as obras valiosas (pinturas, esculturas e monumentos, etc) roubadas pelas tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Para isso esperam contar com a ajuda de Claire Simone (Cate Blanchett), curadora de artes francesas que trabalhou ao lado dos alemães durante a ocupação de Paris. Em posse de suas informações o grupo começa a rastrear o caminho para onde as obras foram enviadas. O objetivo é recuperar todas elas antes que se cumpra a ordem de Hitler de destruir tudo caso a Alemanha perca a guerra.
Comentários:
Valeu muito a pena assistir a esse "Caçadores de Obras-Primas", isso porque ele resgata um estilo de fazer cinema que anda meio esquecido. É uma produção "Old School" que nos remete principalmente para os filmes de guerra feitos nas décadas de 1950 e 1960. Houve quem reclamasse na crítica brasileira dizendo que o filme não tinha ritmo ou pique. Ora, não é a proposta dessa película ser um filme de ação ou algo que o valha, mas sim retratar um aspecto por demais interessante ocorrido na segunda guerra quando um pequeno grupo de especialistas americanos foram atrás das obras de artes roubadas pelos nazistas. Sob esse ponto de vista o filme é realmente muito bom. Essa operação certamente não foi tão simples como é mostrada em cena - onde por questões de pura dramaturgia, os americanos foram reduzidos a apenas seis homens - mas no geral cumpre muito bem seu objetivo de mostrar o quão foram importantes na recuperação de obras de artes que pertencem à humanidade em geral e não apenas a franceses, italianos ou belgas e que naquele momento estavam sendo literalmente roubadas pelos alemães.
Basta ver o filme para se entender como a Alemanha de Hitler (que era, diga-se de passagem, um pintor frustrado) realizou a maior operação de saque e roubo de obras de arte da história. Quadros famosos de artistas consagrados foram encaixotados e levados para a Alemanha em caminhões militares. Esculturas históricas como a mostrada no filme, de Madona por Michelangelo, acabaram sendo recuperadas em velhas minas abandonadas e outros esconderijos. A intenção de Hitler era levar todas elas para um museu que seria construído em honra dele mesmo! Fez muito bem George Clooney em focar seu interesse nessa história que afinal de contas é a história de todos nós, pois aqueles objetos de artes, muitos deles saqueados de igrejas católicas milenares, representam a evolução e história da própria humanidade como um todo. No final quando a música tema surge e sobem os letreiros ficamos com aquela sensação boa de que o cinema americano ainda consegue entreter mostrando aspectos importantes da história. Não é apenas aquele tipo de cinema chiclete com heróis de quadrinhos que já estamos cansados de ver. Que venham mais filmes como esse - afinal de contas o público adulto também precisa de algo para ver nos cinemas nos fins de semana.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de maio de 2014
O Caminho do Mal
Título no Brasil: O Caminho do Mal
Título Original: La Senda
Ano de Produção: 2012
País: Espanha
Estúdio: Castafiore Films, Era Visual
Direção: Miguel Ángel Toledo
Roteiro: Juan Carlos Fresnadillo, Miguel Ángel Toledo
Elenco: Gustavo Salmerón, Ariel Castro, Raquel Escribano, Javier Montó
Sinopse:
Um casal em crise resolve reconstruir seu casamento. Raul (Gustavo Salmerón) resolve então levar sua esposa e seu filho para uma casa isolada nas montanhas. A intenção é reaproximar o casal, curtir a presença do pequeno filho e recuperar a afeição entre todos. O que começa com um bucólico fim de semana logo se torna um pesadelo após Raul começar a ter algumas estranhas visões no local.
Comentários:
Mais uma oportunidade de sair um pouco do circuito do cinema americano para conhecer outras filmografias mundo afora. Esse filme foi lançado no Brasil classificado no gênero terror mas não concordo completamente com essa denominação. Na verdade "La Senda" tem muito mais de drama psicológico do que terror propriamente em si. Certamente o desfecho é forte, violento mas na verdade o que se sobressai dentro do roteiro é o complicado relacionamento dessa família isolada de tudo. O marido não consegue recuperar completamente o amor de sua esposa, tenta reconquistá-la mas as coisas não saem como esperado. Para piorar ela começa a se interessar pelo caseiro da casa, um sujeito jovem e bonitão, metido a conquistador. Isso desperta toda a ira da personalidade paranóica do marido que definitivamente não quer ser traído pela esposa naquele lugar. Não apostaria minhas fichas de que todos vão gostar da proposta do filme, até porque ele foge e muito do estilo americano de fazer filmes de terror que conhecemos, mas mesmo assim vale a curiosidade de assistir. Sempre é bom conhecer outros pontos de vista cinematográficos, principalmente de outras nacionalidades.
Pablo Aluísio.
Título Original: La Senda
Ano de Produção: 2012
País: Espanha
Estúdio: Castafiore Films, Era Visual
Direção: Miguel Ángel Toledo
Roteiro: Juan Carlos Fresnadillo, Miguel Ángel Toledo
Elenco: Gustavo Salmerón, Ariel Castro, Raquel Escribano, Javier Montó
Sinopse:
Um casal em crise resolve reconstruir seu casamento. Raul (Gustavo Salmerón) resolve então levar sua esposa e seu filho para uma casa isolada nas montanhas. A intenção é reaproximar o casal, curtir a presença do pequeno filho e recuperar a afeição entre todos. O que começa com um bucólico fim de semana logo se torna um pesadelo após Raul começar a ter algumas estranhas visões no local.
Comentários:
Mais uma oportunidade de sair um pouco do circuito do cinema americano para conhecer outras filmografias mundo afora. Esse filme foi lançado no Brasil classificado no gênero terror mas não concordo completamente com essa denominação. Na verdade "La Senda" tem muito mais de drama psicológico do que terror propriamente em si. Certamente o desfecho é forte, violento mas na verdade o que se sobressai dentro do roteiro é o complicado relacionamento dessa família isolada de tudo. O marido não consegue recuperar completamente o amor de sua esposa, tenta reconquistá-la mas as coisas não saem como esperado. Para piorar ela começa a se interessar pelo caseiro da casa, um sujeito jovem e bonitão, metido a conquistador. Isso desperta toda a ira da personalidade paranóica do marido que definitivamente não quer ser traído pela esposa naquele lugar. Não apostaria minhas fichas de que todos vão gostar da proposta do filme, até porque ele foge e muito do estilo americano de fazer filmes de terror que conhecemos, mas mesmo assim vale a curiosidade de assistir. Sempre é bom conhecer outros pontos de vista cinematográficos, principalmente de outras nacionalidades.
Pablo Aluísio.
sábado, 3 de maio de 2014
Aurora Boreal
Título no Brasil: Aurora Boreal
Título Original: Aurora Borealis
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Entitled entertainment, Rick Bieber Productions
Direção: James C.E. Burke
Roteiro: Brent Boyd
Elenco: Joshua Jackson, Donald Sutherland, Juliette Lewis
Sinopse:
Duncan Shorter (Joshua Jackson) é um jovem com muitos problemas. Ele não consegue arranjar um bom emprego com a crise que assola a economia americana. Para piorar também não consegue levar adiante um relacionamento sério. Seus familiares estão passando por sérios problemas de saúde e a convivência com o pai é complicada. Quando ele finalmente morre, Duncan entra em profunda crise existencial.
Comentários:
Um bom filme que se propõe a mostrar as dificuldades pelas quais passam os jovens americanos hoje em dia. Se para um rapaz formado, com nível superior, já é uma dificuldade arranjar um bom emprego naquele país, imagine para uma pessoa como Duncan Shorter (Joshua Jackson) que só tem a formação do ensino médio. Para um cara como ele só sobram os empregos que ninguém mais quer, com péssimos salários. E para complicar ainda mais sua vida ele mora na fria e pouco desenvolvida Minneapolis, no Minnesota. Como se sabe regiões de clima muito frio tendem a piorar a depressão de seus habitantes. Aqui não é diferente, com tantos problemas a enfrentar em sua vida amorosa e profissional o personagem de Joshua Jackson luta para não sucumbir a cada dia. O filme em si é um bom drama, com pinceladas de romance. O ator Joshua Jackson que foi revelado na popular "Dawson's Creek" segura bem as pontas mas quem rouba o show mesmo é o veterano Donald Sutherland. A atriz Juliette Lewis, que acabou se especializando em interpretar garotas louquinhas, está também muito bem e mais contida do que o habitual. É uma produção mais modesta, temos que admitir, mas que no geral vale a pena ser conhecida para quem gosta de dramas e romances.
Pablo Aluísio.
Título Original: Aurora Borealis
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Entitled entertainment, Rick Bieber Productions
Direção: James C.E. Burke
Roteiro: Brent Boyd
Elenco: Joshua Jackson, Donald Sutherland, Juliette Lewis
Sinopse:
Duncan Shorter (Joshua Jackson) é um jovem com muitos problemas. Ele não consegue arranjar um bom emprego com a crise que assola a economia americana. Para piorar também não consegue levar adiante um relacionamento sério. Seus familiares estão passando por sérios problemas de saúde e a convivência com o pai é complicada. Quando ele finalmente morre, Duncan entra em profunda crise existencial.
Comentários:
Um bom filme que se propõe a mostrar as dificuldades pelas quais passam os jovens americanos hoje em dia. Se para um rapaz formado, com nível superior, já é uma dificuldade arranjar um bom emprego naquele país, imagine para uma pessoa como Duncan Shorter (Joshua Jackson) que só tem a formação do ensino médio. Para um cara como ele só sobram os empregos que ninguém mais quer, com péssimos salários. E para complicar ainda mais sua vida ele mora na fria e pouco desenvolvida Minneapolis, no Minnesota. Como se sabe regiões de clima muito frio tendem a piorar a depressão de seus habitantes. Aqui não é diferente, com tantos problemas a enfrentar em sua vida amorosa e profissional o personagem de Joshua Jackson luta para não sucumbir a cada dia. O filme em si é um bom drama, com pinceladas de romance. O ator Joshua Jackson que foi revelado na popular "Dawson's Creek" segura bem as pontas mas quem rouba o show mesmo é o veterano Donald Sutherland. A atriz Juliette Lewis, que acabou se especializando em interpretar garotas louquinhas, está também muito bem e mais contida do que o habitual. É uma produção mais modesta, temos que admitir, mas que no geral vale a pena ser conhecida para quem gosta de dramas e romances.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
A Creche do Papai
Título no Brasil: A Creche do Papai
Título Original: Daddy Day Care
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Steve Carr
Roteiro: Geoff Rodkey
Elenco: Eddie Murphy, Steve Zahn, Anjelica Houston
Sinopse:
Dois amigos desempregados que não podem mais pagar pelas creches de seus filhos resolvem unir o útil ao agradável ao abrir eles próprios uma creche em suas próprias casas. Como marinheiros de primeira viagem no trato com crianças eles logo perceberão que não terão a vida mansa que tanto pensavam mas sim um trabalhão dos diabos!
Comentários:
Diz uma máxima em Hollywood que quando um ator está decadente ele precisa urgentemente fazer algum filme ou com crianças ou com cachorros. Como o público sempre é muito suscetível a esse tipo de companhia certamente o pobre astro em queda pelo menos terá um filme simpático para atrair o público que o abandonou. Pois bem, esse pensamento foi dito por Groucho Marx há muitas décadas mas sua ironia, mesclada com fino humor negro, continua mais atual do que nunca! Que o diga Eddie Murphy que de uns tempos pra cá tem se especializado em colecionar bombas em sua carreira. Esse "Daddy Day Care", como não poderia deixar de ser, se salva por causa da gurizada que está sempre lá ao lado do titio Murphy para salvar seu filme. O roteiro tem algumas piadinhas que até funcionam mas nada demais. Sinceramente só recomendo mesmo para mulheres (afinal elas são maternais por natureza) e fãs talibãs do Eddie Murphy (pois só eles vão aguentar ver algo assim).
Pablo Aluísio
Título Original: Daddy Day Care
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Revolution Studios
Direção: Steve Carr
Roteiro: Geoff Rodkey
Elenco: Eddie Murphy, Steve Zahn, Anjelica Houston
Sinopse:
Dois amigos desempregados que não podem mais pagar pelas creches de seus filhos resolvem unir o útil ao agradável ao abrir eles próprios uma creche em suas próprias casas. Como marinheiros de primeira viagem no trato com crianças eles logo perceberão que não terão a vida mansa que tanto pensavam mas sim um trabalhão dos diabos!
Comentários:
Diz uma máxima em Hollywood que quando um ator está decadente ele precisa urgentemente fazer algum filme ou com crianças ou com cachorros. Como o público sempre é muito suscetível a esse tipo de companhia certamente o pobre astro em queda pelo menos terá um filme simpático para atrair o público que o abandonou. Pois bem, esse pensamento foi dito por Groucho Marx há muitas décadas mas sua ironia, mesclada com fino humor negro, continua mais atual do que nunca! Que o diga Eddie Murphy que de uns tempos pra cá tem se especializado em colecionar bombas em sua carreira. Esse "Daddy Day Care", como não poderia deixar de ser, se salva por causa da gurizada que está sempre lá ao lado do titio Murphy para salvar seu filme. O roteiro tem algumas piadinhas que até funcionam mas nada demais. Sinceramente só recomendo mesmo para mulheres (afinal elas são maternais por natureza) e fãs talibãs do Eddie Murphy (pois só eles vão aguentar ver algo assim).
Pablo Aluísio
Click
Título no Brasil: Click
Título Original: Click
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Frank Coraci
Roteiro: Steve Koren, Mark O'Keefe
Elenco: Adam Sandler, Kate Beckinsale, Christopher Walken, Henry Winkler, David Hasselhoff
Sinopse:
Michael Newman (Adam Sandler) é um arquiteto viciado em trabalho que em determinado momento de sua vida não consegue mais conciliar seus interesses de trabalho com sua família que passa a ser negligenciada. Certo dia se irrita completamente com o controle remoto de sua TV e deseja ter um controle remoto universal que controlasse inclusive o ritmo de sua vida, indo e voltando do passado e futuro de acordo com sua vontade.
Comentários:
Quem acompanha o blog sabe que nunca morri de amores pelo trabalho do comediante Adam Sandler. Agora tenho que admitir que se tivesse que escolher um de seus filmes que fossem minimamente assistíveis acho que escolheria esse Click. Não que seja um filme bom, pelo contrário, mas é um daqueles em que você pelo menos fica interessado em querer saber como tudo vai terminar. Além disso o roteiro dá uma guinada melancólica no final do enredo que nos deixa até mesmo admirados que algo assim esteja em uma fita com Adam Sandler. Outro ponto de interesse vem na presença de Christopher Walken que aqui vira uma caricatura de si mesmo, o que convenhamos não deixa de ser muito divertido. Enfim, arrisque, quem sabe você não tire algo de bom dessa pequena fábula sobre o tempo que nunca pára em nossas vidas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Click
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Frank Coraci
Roteiro: Steve Koren, Mark O'Keefe
Elenco: Adam Sandler, Kate Beckinsale, Christopher Walken, Henry Winkler, David Hasselhoff
Sinopse:
Michael Newman (Adam Sandler) é um arquiteto viciado em trabalho que em determinado momento de sua vida não consegue mais conciliar seus interesses de trabalho com sua família que passa a ser negligenciada. Certo dia se irrita completamente com o controle remoto de sua TV e deseja ter um controle remoto universal que controlasse inclusive o ritmo de sua vida, indo e voltando do passado e futuro de acordo com sua vontade.
Comentários:
Quem acompanha o blog sabe que nunca morri de amores pelo trabalho do comediante Adam Sandler. Agora tenho que admitir que se tivesse que escolher um de seus filmes que fossem minimamente assistíveis acho que escolheria esse Click. Não que seja um filme bom, pelo contrário, mas é um daqueles em que você pelo menos fica interessado em querer saber como tudo vai terminar. Além disso o roteiro dá uma guinada melancólica no final do enredo que nos deixa até mesmo admirados que algo assim esteja em uma fita com Adam Sandler. Outro ponto de interesse vem na presença de Christopher Walken que aqui vira uma caricatura de si mesmo, o que convenhamos não deixa de ser muito divertido. Enfim, arrisque, quem sabe você não tire algo de bom dessa pequena fábula sobre o tempo que nunca pára em nossas vidas.
Pablo Aluísio.
Rock'n'Rolla - A Grande Roubada
Título no Brasil: Rock'n'Rolla - A Grande Roubada
Título Original: RocknRolla
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros., Dark Castle Entertainment
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Guy Ritchie
Elenco: Gerard Butler, Tom Wilkinson, Idris Elba
Sinopse:
Uma enorme transação de dinheiro de um famoso mafioso russo acaba dando errado, fazendo com que toda aquela fortuna circule pelo submundo de Londres. Agora todos os criminosos do Reino Unido pensam em uma forma de colocar as mãos naquela grana preta. Disputando a posse dele surgem todos os tipos de foras-da-lei, desde um chefe criminoso londrino até uma contadora sexy e desonesta. Quem irá conseguir enriquecer da noite para o dia?
Comentários:
Considero um filme menor da carreira de Guy Ritchie. O ex-marido de Madonna parece copiar a si mesmo, só que sem a mesma imaginação e talento. O filme segue o estilo de algumas produções de ação mais recentes, como "Adrenalina" com Jason Statham onde tudo é lançado para o espectador em ritmo alucinante, quase insano. Guy Ritchie, apesar de se repetir em excesso e seguir por essa linha, ainda é um cineasta talentoso e por isso imprime seu próprio modo de ser ao filme em si, o que o salva de ser uma mera banalidade. Mesmo assim não consegue convencer no final das contas, tanto que a produção se torna logo facilmente esquecível, se misturando na memória a outras centenas de filmes de ação ao estilo alucinado. Assim Gerard Butler segue sua sina em busca de se tornar um novo herói dos filmes de ação, muito embora esse dia pareça a cada dia mais distante. Em suma, "Rock'n'Rolla - A Grande Roubada" até pode servir como diversão ligeira mas passa muito longe do passado mais interessante do diretor. Assista, coma pipoca e depois jogue fora!
Pablo Aluísio.
Título Original: RocknRolla
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros., Dark Castle Entertainment
Direção: Guy Ritchie
Roteiro: Guy Ritchie
Elenco: Gerard Butler, Tom Wilkinson, Idris Elba
Sinopse:
Uma enorme transação de dinheiro de um famoso mafioso russo acaba dando errado, fazendo com que toda aquela fortuna circule pelo submundo de Londres. Agora todos os criminosos do Reino Unido pensam em uma forma de colocar as mãos naquela grana preta. Disputando a posse dele surgem todos os tipos de foras-da-lei, desde um chefe criminoso londrino até uma contadora sexy e desonesta. Quem irá conseguir enriquecer da noite para o dia?
Comentários:
Considero um filme menor da carreira de Guy Ritchie. O ex-marido de Madonna parece copiar a si mesmo, só que sem a mesma imaginação e talento. O filme segue o estilo de algumas produções de ação mais recentes, como "Adrenalina" com Jason Statham onde tudo é lançado para o espectador em ritmo alucinante, quase insano. Guy Ritchie, apesar de se repetir em excesso e seguir por essa linha, ainda é um cineasta talentoso e por isso imprime seu próprio modo de ser ao filme em si, o que o salva de ser uma mera banalidade. Mesmo assim não consegue convencer no final das contas, tanto que a produção se torna logo facilmente esquecível, se misturando na memória a outras centenas de filmes de ação ao estilo alucinado. Assim Gerard Butler segue sua sina em busca de se tornar um novo herói dos filmes de ação, muito embora esse dia pareça a cada dia mais distante. Em suma, "Rock'n'Rolla - A Grande Roubada" até pode servir como diversão ligeira mas passa muito longe do passado mais interessante do diretor. Assista, coma pipoca e depois jogue fora!
Pablo Aluísio.
Wolf Creek 2
Título no Brasil: Wolf Creek 2
Título Original: Wolf Creek 2
Ano de Produção: 2013
País: Austrália
Estúdio: Duo Art Productions, Emu Creek Pictures
Direção: Greg Mclean
Roteiro: Greg Mclean, Aaron Sterns
Elenco: John Jarratt, Ryan Corr, Shannon Ashlyn
Sinopse:
Dois mochileiros alemães resolvem conhecer o interior da distante e desertica Austrália tomando carona de um ou outro motorista boa praça. Para azar deles acabam cruzando com um caipirão casca grossa que irá transformar sua viagem de turismo em um terrível pesadelo. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Eis aqui uma boa oportunidade para se inteirar sobre o cinema de terror australiano. Como se sabe a Austrália nada mais é do que uma enorme ilha na Oceania cuja civilização se concentra em seu litoral. O interior do país é um imprestável deserto inabitado. Bom, o lugar ideal para rodar um filme de terror daqueles bem sangrentos. Claro que olhando bem o roteiro não traz nada de muito inovador pois o estilo segue aquela velha situação de jovens que estão no lugar errado, na hora errada, mas toda essa previsibilidade é compensada pela fotografia mais do que interessante. Assim que o filme começou, mostrando aquelas estradas no meio do nada, me lembrei imediatamente do grande clássico Sci-Fi "Mad Max". Agora visualize aquele cenário onde ao invés de termos guerreiros do pós apocalipse temos um caipirão casca grossa em um velho caminhão caindo aos pedaços, com porcos desmembrados na carroceria. E imagine esse mesmo redneck encontrando dois jovens alemães desavisados pegando carona no meio do deserto australiano. Bom, já deu para ter uma ideia do que você vai encontrar pela frente não é mesmo? Terror sanguinário, hardcore e muito sangrento, recheado de excelente maquiagem que torna tudo ainda mais aterrorizador. Além disso de brinde ótimas tomadas da impressionante cratera de Wolf Creek! Enfim, terrorzão radical para fãs do gênero. Assista e se divirta o máximo que puder.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wolf Creek 2
Ano de Produção: 2013
País: Austrália
Estúdio: Duo Art Productions, Emu Creek Pictures
Direção: Greg Mclean
Roteiro: Greg Mclean, Aaron Sterns
Elenco: John Jarratt, Ryan Corr, Shannon Ashlyn
Sinopse:
Dois mochileiros alemães resolvem conhecer o interior da distante e desertica Austrália tomando carona de um ou outro motorista boa praça. Para azar deles acabam cruzando com um caipirão casca grossa que irá transformar sua viagem de turismo em um terrível pesadelo. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Eis aqui uma boa oportunidade para se inteirar sobre o cinema de terror australiano. Como se sabe a Austrália nada mais é do que uma enorme ilha na Oceania cuja civilização se concentra em seu litoral. O interior do país é um imprestável deserto inabitado. Bom, o lugar ideal para rodar um filme de terror daqueles bem sangrentos. Claro que olhando bem o roteiro não traz nada de muito inovador pois o estilo segue aquela velha situação de jovens que estão no lugar errado, na hora errada, mas toda essa previsibilidade é compensada pela fotografia mais do que interessante. Assim que o filme começou, mostrando aquelas estradas no meio do nada, me lembrei imediatamente do grande clássico Sci-Fi "Mad Max". Agora visualize aquele cenário onde ao invés de termos guerreiros do pós apocalipse temos um caipirão casca grossa em um velho caminhão caindo aos pedaços, com porcos desmembrados na carroceria. E imagine esse mesmo redneck encontrando dois jovens alemães desavisados pegando carona no meio do deserto australiano. Bom, já deu para ter uma ideia do que você vai encontrar pela frente não é mesmo? Terror sanguinário, hardcore e muito sangrento, recheado de excelente maquiagem que torna tudo ainda mais aterrorizador. Além disso de brinde ótimas tomadas da impressionante cratera de Wolf Creek! Enfim, terrorzão radical para fãs do gênero. Assista e se divirta o máximo que puder.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de maio de 2014
The Spirit - O Filme
Título no Brasil: The Spirit - O Filme
Título Original: The Spirit
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller, baseado na obra de Will Eisner
Elenco: Gabriel Macht, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Eva Mendes
Sinopse:
Denny Colt (Gabriel Macht) é um policial novato que ainda não aprendeu a manha que impera nas ruas violentas de Central City. Após uma operação completamente mal sucedida ele decide forjar sua própria morte. Assim assume uma nova identidade secreta, e com uma máscara começa a se auto denominar de Spirit. Seu objetivo agora é colocar as mãos no assassino e criminoso Octopus (Samuel L. Jackson), que comanda uma ampla rede de corrupção.
Comentários:
Nem sempre os nerds tem razão. Veja o caso dessa produção "The Spirit". A ideia era ótima, fazer uma adaptação do famoso personagem de quadrinhos Spirit. Para isso nada melhor do que chamar um mago do universo comics, o cultuado Frank Miller. Some-se a isso um elenco bacana com nomes como Samuel L. Jackson e Scarlett Johansson e pronto, você tem a fórmula do sucesso! Todos os ingredientes parecem estar devidamente encaixados. Só que... não deu certo! Para surpresa de muita gente "The Spirit" foi um fracasso monumental. A crítica destruiu o filme e os fãs dos quadrinhos ficaram decepcionados com o resultado final. O filme é em última análise uma quase cópia de "Sin City", só que sem o mesmo talento. Por um desses grandes absurdos do mundo sci-fi nem mesmo a trama aqui consegue decolar. O personagem principal surge sem carisma algum e o roteiro é péssimo. Assim a grande lição que todos aprenderam é que para um filme realmente funcionar tem que haver antes de tudo um grande cineasta por trás das câmeras. Não adianta pincelar um artista de outra área (por mais talentoso que ele seja) como Frank Miller e pensar que algo sairá de bom nisso no mundo do cinema. Frank Miller deve ficar inserido dentro de seu próprio nicho - a das revistas em quadrinhos - porque cinema é outra coisa completamente diferente, outra linguagem, que exige outros talentos, entre eles o domínio da técnica cinematográfica. Miller nunca atendeu a esses requisitos. Esse personagem, Spirit, certamente merecia coisa bem melhor.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Spirit
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Frank Miller
Roteiro: Frank Miller, baseado na obra de Will Eisner
Elenco: Gabriel Macht, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Eva Mendes
Sinopse:
Denny Colt (Gabriel Macht) é um policial novato que ainda não aprendeu a manha que impera nas ruas violentas de Central City. Após uma operação completamente mal sucedida ele decide forjar sua própria morte. Assim assume uma nova identidade secreta, e com uma máscara começa a se auto denominar de Spirit. Seu objetivo agora é colocar as mãos no assassino e criminoso Octopus (Samuel L. Jackson), que comanda uma ampla rede de corrupção.
Comentários:
Nem sempre os nerds tem razão. Veja o caso dessa produção "The Spirit". A ideia era ótima, fazer uma adaptação do famoso personagem de quadrinhos Spirit. Para isso nada melhor do que chamar um mago do universo comics, o cultuado Frank Miller. Some-se a isso um elenco bacana com nomes como Samuel L. Jackson e Scarlett Johansson e pronto, você tem a fórmula do sucesso! Todos os ingredientes parecem estar devidamente encaixados. Só que... não deu certo! Para surpresa de muita gente "The Spirit" foi um fracasso monumental. A crítica destruiu o filme e os fãs dos quadrinhos ficaram decepcionados com o resultado final. O filme é em última análise uma quase cópia de "Sin City", só que sem o mesmo talento. Por um desses grandes absurdos do mundo sci-fi nem mesmo a trama aqui consegue decolar. O personagem principal surge sem carisma algum e o roteiro é péssimo. Assim a grande lição que todos aprenderam é que para um filme realmente funcionar tem que haver antes de tudo um grande cineasta por trás das câmeras. Não adianta pincelar um artista de outra área (por mais talentoso que ele seja) como Frank Miller e pensar que algo sairá de bom nisso no mundo do cinema. Frank Miller deve ficar inserido dentro de seu próprio nicho - a das revistas em quadrinhos - porque cinema é outra coisa completamente diferente, outra linguagem, que exige outros talentos, entre eles o domínio da técnica cinematográfica. Miller nunca atendeu a esses requisitos. Esse personagem, Spirit, certamente merecia coisa bem melhor.
Pablo Aluísio.
Elas Querem é Casar
Título no Brasil: Elas Querem é Casar
Título Original: Ask Any Girl
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Charles Walters
Roteiro: Winifred Wolfe, George Wells
Elenco: David Niven, Shirley MacLaine, Gig Young
Sinopse:
Meg Wheeler (MacLaine), uma jovem ingênua, vai para a cidade grande em busca de um marido, pois tem receios de virar uma solteirona, mas tudo o que ela acaba conseguindo é um emprego em tempo integral em uma empresa de marketing comandada pelos irmãos Miles e Evan Doughton. Não demorará muito para que os sentimentos entre eles aflorem.
Comentários:
Divertida comédia de costumes que contou em seu elenco com alguns dos maiores talentos da história de Hollywood. David Niven, por exemplo, era excelente para interpretar homens finos e elegantes que tinham que lidar com situações pra lá de constrangedoras. Seu humor sempre foi muito sofisticado e cheio de nuances engraçadas e ele está simplesmente hilário em sua caracterização. Shirley MacLaine não fica atrás. Bastante jovem ainda, ela dá vida a uma autêntica garota espevitada daqueles tempos. Embora não seja creditada como a principal do elenco - por causa obviamente do prestígio de David Niven - ela surpreende e rouba todas as atenções para si. Sempre considerei o cineasta Charles Walters muito eclético e talentoso. Ele conseguia realizar filmes como esse, deliciosamente ingênuos, ao mesmo tempo em que realizava obras mais complexas como o clássico western "Cimarron". Em certos aspectos essa produção me lembrou muito de outro filme seu, "Alta Sociedade", um musical visualmente muito bonito estrelado por Bing Crosby, Grace Kelly e Frank Sinatra. O feeling de ambas as produções são bem próximos. Então é isso, deixo a dica para fãs de Shirley MacLaine, sempre muito simpática e radiante nesse período de sua vida.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ask Any Girl
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Charles Walters
Roteiro: Winifred Wolfe, George Wells
Elenco: David Niven, Shirley MacLaine, Gig Young
Sinopse:
Meg Wheeler (MacLaine), uma jovem ingênua, vai para a cidade grande em busca de um marido, pois tem receios de virar uma solteirona, mas tudo o que ela acaba conseguindo é um emprego em tempo integral em uma empresa de marketing comandada pelos irmãos Miles e Evan Doughton. Não demorará muito para que os sentimentos entre eles aflorem.
Comentários:
Divertida comédia de costumes que contou em seu elenco com alguns dos maiores talentos da história de Hollywood. David Niven, por exemplo, era excelente para interpretar homens finos e elegantes que tinham que lidar com situações pra lá de constrangedoras. Seu humor sempre foi muito sofisticado e cheio de nuances engraçadas e ele está simplesmente hilário em sua caracterização. Shirley MacLaine não fica atrás. Bastante jovem ainda, ela dá vida a uma autêntica garota espevitada daqueles tempos. Embora não seja creditada como a principal do elenco - por causa obviamente do prestígio de David Niven - ela surpreende e rouba todas as atenções para si. Sempre considerei o cineasta Charles Walters muito eclético e talentoso. Ele conseguia realizar filmes como esse, deliciosamente ingênuos, ao mesmo tempo em que realizava obras mais complexas como o clássico western "Cimarron". Em certos aspectos essa produção me lembrou muito de outro filme seu, "Alta Sociedade", um musical visualmente muito bonito estrelado por Bing Crosby, Grace Kelly e Frank Sinatra. O feeling de ambas as produções são bem próximos. Então é isso, deixo a dica para fãs de Shirley MacLaine, sempre muito simpática e radiante nesse período de sua vida.
Pablo Aluísio.
Uma Longa Viagem
Título no Brasil: Uma Longa Viagem
Título Original: The Railway Man
Ano de Produção: 2013
País: Inglaterra, Austrália
Estúdio: Lionsgate
Direção: Jonathan Teplitzky
Roteiro: Frank Cottrell Boyce, Andy Paterson
Elenco: Colin Firth, Nicole Kidman, Stellan Skarsgård
Sinopse:
Colin Firth interpreta Eric Lomax, um veterano da segunda guerra mundial que tenta reconstruir sua vida. Introvertido e com estranhos hobbies (como trens e horários de viagem) ele acaba conhecendo a bela Patti (Nicole Kidman) numa dessas viagens que realiza. A aproximação acaba criando um vínculo entre eles mas o relacionamento sofre por causa dos constantes ataques psicológicos que afligem Eric, por causa dos inúmeros traumas de guerra que desenvolveu por ter sido torturado quando se tornou prisioneiro dos japoneses na Birmânia.
Comentários:
Drama baseado em fatos reais cujo tema parecerá bem próximo a certas pessoas no Brasil, especialmente àquelas que foram torturadas durante o regime militar. O roteiro explora um tema que não é tão comum em filmes ultimamente, a dos traumas causados por prisioneiros de guerra que foram brutalmente torturados por japoneses. O argumento mostra um aspecto muito interessante, a das marcas psicológicas profundas que seguem com os torturados mesmo após o fim dos conflitos. As guerras passam mas os traumas ficam. Não é um drama de fácil digestão. O tema é pesado e como a história foi baseada em fatos reais nem sempre as soluções que surgem na tela serão do agrado dos espectadores. O clima é de melancolia e tristeza e os poucos momentos românticos, do envolvimento amoroso do casal Firth e Nicole Kidman, logo passam. Assim temos duas linhas narrativas, uma no presente, onde Colin Firth interpreta Eric na velhice, sofrendo de traumas psicológicos, e outra no passado onde acompanhamos Eric na guerra, como um jovem engenheiro do exército britânico que se torna prisioneiro de guerra e passa a ser usado pelas tropas japonesas na construção de uma estrada de ferro nas selvas da Birmânia. Após ser descoberto um rádio improvisado pelos prisioneiros ingleses ele passa a ser sistematicamente torturado por oficiais japoneses, todos sádicos e brutais. Em suma, um filme por demais interessante que toca em temas importantes. Mostra que a tortura deixa marcas que nem o tempo apaga.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Railway Man
Ano de Produção: 2013
País: Inglaterra, Austrália
Estúdio: Lionsgate
Direção: Jonathan Teplitzky
Roteiro: Frank Cottrell Boyce, Andy Paterson
Elenco: Colin Firth, Nicole Kidman, Stellan Skarsgård
Sinopse:
Colin Firth interpreta Eric Lomax, um veterano da segunda guerra mundial que tenta reconstruir sua vida. Introvertido e com estranhos hobbies (como trens e horários de viagem) ele acaba conhecendo a bela Patti (Nicole Kidman) numa dessas viagens que realiza. A aproximação acaba criando um vínculo entre eles mas o relacionamento sofre por causa dos constantes ataques psicológicos que afligem Eric, por causa dos inúmeros traumas de guerra que desenvolveu por ter sido torturado quando se tornou prisioneiro dos japoneses na Birmânia.
Comentários:
Drama baseado em fatos reais cujo tema parecerá bem próximo a certas pessoas no Brasil, especialmente àquelas que foram torturadas durante o regime militar. O roteiro explora um tema que não é tão comum em filmes ultimamente, a dos traumas causados por prisioneiros de guerra que foram brutalmente torturados por japoneses. O argumento mostra um aspecto muito interessante, a das marcas psicológicas profundas que seguem com os torturados mesmo após o fim dos conflitos. As guerras passam mas os traumas ficam. Não é um drama de fácil digestão. O tema é pesado e como a história foi baseada em fatos reais nem sempre as soluções que surgem na tela serão do agrado dos espectadores. O clima é de melancolia e tristeza e os poucos momentos românticos, do envolvimento amoroso do casal Firth e Nicole Kidman, logo passam. Assim temos duas linhas narrativas, uma no presente, onde Colin Firth interpreta Eric na velhice, sofrendo de traumas psicológicos, e outra no passado onde acompanhamos Eric na guerra, como um jovem engenheiro do exército britânico que se torna prisioneiro de guerra e passa a ser usado pelas tropas japonesas na construção de uma estrada de ferro nas selvas da Birmânia. Após ser descoberto um rádio improvisado pelos prisioneiros ingleses ele passa a ser sistematicamente torturado por oficiais japoneses, todos sádicos e brutais. Em suma, um filme por demais interessante que toca em temas importantes. Mostra que a tortura deixa marcas que nem o tempo apaga.
Pablo Aluísio.
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