segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Encontro Marcado

Título no Brasil: Encontro Marcado
Título Original: Meet Joe Black
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal
Direção: Martin Brest
Roteiro: Ron Osborn, Jeff Reno
Elenco: Brad Pitt, Anthony Hopkins, Claire Forlani

Sinopse: 
William Parrish (Anthony Hopkins) é um homem extremamente bem sucedido no mundo dos negócios. Magnata das comunicações ele acaba conhecendo um estranho sujeito chamado simplesmente de Joe Black. É uma figura estranha, que causa terror e curiosidade em Parrish. O tal estranho está particularmente interessado em entender a natureza humana e por isso propõe um estranho e inusitado pacto com seu anfitrião.

Comentários:
A morte sempre foi um mistério para o homem. Assim não é de se admirar que aqui ela (ou ele) ganhe carne e osso e vire um personagem de ficção. "Meet Joe Black" é justamente isso. Quando assisti ao filme pela primeira vez (no cinema) eu realmente achei o argumento muito sombrio, de complicado desenvolvimento e entendimento para o grande público. É um texto com muito simbolismo e poucas pessoas realmente perceberam as nuances do roteiro na época. Anthony Hopkins representa a futilidade e a frivolidade da vida. Dinheiro, poder, sucesso financeiro, será que isso tudo leva alguém a algum lugar? Será que traz mesmo felicidade? Brad Pitt, por outro lado, representa o grande mistério, o vácuo, o abismo. Verdade seja dita, um ator como ele, que na época estava desfrutando do auge de sua popularidade, estrelando um sucesso de bilheteria atrás do outro, ter a coragem de aceitar o papel de Joe Black é realmente algo digno de admiração. Ele não se importou com sua imagem ou nem mesmo com suas fãs adolescentes (que muito provavelmente não captaram a verdadeira mensagem do filme) e resolveu arriscar, ser ousado. Isso de certa forma já provava que ele não era apenas um galã como tantos outros. Era de fato um ator talentoso - algo que provaria nos anos seguintes. Confesso que na primeira vez que assisti a essa produção não consegui gostar muito. Certamente entendi o texto subliminar mas para um jovem aquilo não tinha tanta importância. Revendo agora pude perceber que esse é um daqueles casos em que apenas a maturidade e a experiência de vida conseguem fazer o espectador enxergar além do que é visto na tela. Em meu caso pude perceber isso muito bem. Os anos vividos fizeram com que a mensagem do roteiro ganhasse uma outra dimensão agora. Se é o seu caso reveja, certamente o filme mostrará detalhes que passaram despercebidos anteriormente.

Pablo Aluísio.

Resgate em Alta Velocidade

Título no Brasil: Resgate em Alta Velocidade
Título Original: Getaway
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Bulgária
Estúdio: Warner Bros
Direção: Courtney Solomon
Roteiro: Sean Finegan, Gregg Maxwell Parker
Elenco: Ethan Hawke, Selena Gomez, Jon Voight

Sinopse: 
Brent Magna (Ethan Hawke) é um piloto de automobilismo aposentado que se vê alvo de uma chantagem. Um criminoso sequestra sua esposa e o coloca contra a parede. Ele deve pilotar um carro pelas ruas de Sofia obedecendo todas as suas instruções, caso contrário ele a matará. No fundo tudo se resume a um grande roubo de bancos, usando Magna como peça de manobra para seus planos.

Comentários:
É uma espécie de filho bastardo da franquia "Velozes e Furiosos". Toda a ação se passa com o personagem de Ethan Hawke e Selena Gomez dentro do carro possante enquanto a polícia de Sofia, na Bulgária, tenta colocar as mãos neles. Roteiro mínimo, com forte enfase mesmo em velocidade, efeitos sonoros e muitos acidentes e perseguições. Selena Gomez é aquela atriz do canal Disney que ficou conhecida por ter namorado o "cantor" Justin Bieber por um tempo. Já Ethan Hawke tenta trazer adrenalina para seu personagem mono temático. Pior se sai Jon Voight que mal aparece. Na verdade na maior parte do tempo tudo o que ouvimos é sua voz em off dando instruções para Hawke. Como não poderia deixar de ser o roteiro tem muitos furos de lógica. A intenção é mesmo através de uma edição alucinada dar ao espectador uma sucessão de sequências de carros e motos em alta velocidade se enfrentando pelas ruas da cidade. Há um grande e longo plano sequência no final onde o público fica o tempo todo vendo a perspectiva de visão do personagem de Hawke no volante. Você provavelmente vai ficar tonto ou enjoado de ver tantos carros voando pelos ares enquanto Hawke pisa fundo no acelerador. Em determinado momento ficamos até mesmo na dúvida se estamos vendo um filme ou um game de carros! Enfim, só recomendado para fanáticos de carros velozes... e é só!

Pablo Aluísio.

Cloverfield - Monstro

Título no Brasil: Cloverfield - Monstro
Título Original: Cloverfield
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Matt Reeves
Roteiro: Drew Goddard
Elenco: Mike Vogel, Jessica Lucas, Lizzy Caplan

Sinopse:
Um grupo de jovens acaba gravando por acaso com sua câmera o surgimento de um monstro colossal em uma grande cidade americana. Tentando sobreviver ao desastre eles fazem de tudo para escapar do local enquanto vão filmando todos os acontecimentos por onde passam.

Comentários:
"A Bruxa de Blair", queiram ou não os críticos, fez escola. E criou uma nova linguagem nos filmes de terror e ficção. Nos Estados Unidos esse tipo de estética é chamada de Mockumentary. Tudo surge ao espectador como se fossem imagens captadas de forma amadora mas que registram eventos fantásticos. Esse "Cloverfield" segue essa linhagem, ou seja, tudo aparece na tela como se tivesse sido registrado por uma pessoa comum, por isso os excessos de imagens sem foco, tremidas, sem objetivo. No caso aqui temos, como foi dito muito ironicamente por um observador mais atento, um cruzamento de "Godzilla" com "A Bruxa de Blair". O resultado é bem irregular. Com orçamento muito enxuto (o filme custou meros 25 milhões de dólares rendendo quatro vezes mais apenas no mercado americano), "Cloverfield" nada mais é do que uma tentativa de trazer uma nova visão para uma ideia bem antiga. Afinal já se faziam filmes em série com monstros como esse nos anos 50. Novidade certamente não há nesse aspecto. A produção, é claro, tem seus defensores mas em minha forma de ver, além da falta de novidades, há uma sensação de ausência de direção no que vemos na tela. O filme muitas vezes cai no lugar comum, se perde com momentos sem importância e desnecessários, banais. Um roteiro melhor desenvolvido também cairia muito bem. Do jeito que está não consegue convencer aos fãs do gênero que vão perdendo o interesse gradativamente ao longo do filme. Quando o tal monstrengo finalmente resolve aparecer em close já se perdeu o interesse nele há muito tempo. Game Over.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de novembro de 2013

Família do Bagulho

Título no Brasil: Família do Bagulho
Título Original: We're the Millers
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Rawson Marshall Thurber
Roteiro: Bob Fisher, Steve Faber
Elenco: Jason Sudeikis, Jennifer Aniston, Emma Roberts, Will Poulter

Sinopse: 
David Clark (Jason Sudeikis) é um traficante pé de chinelo que acaba sendo roubado por um bando de adolescentes enfurecidos. Agora, devendo uma fortuna para um chefão do crime ele teme por sua vida. O criminoso porém lhe propõe um trato: ele será perdoado se conseguir trazer um grande carregamento de maconha do México. Para despistar a polícia David então resolve recrutar uma stripper falida (Jennifer Aniston), uma garota sem teto e um vizinho de seu prédio para todos fingirem ser uma grande e feliz família americana! Obviamente isso dará origem a muitas confusões.

Comentários:
Você provavelmente pensava que nunca veria um traficante gente boa numa comédia boboca em sua vida. Pois bem, então se prepare para ver. "Família do Bagulho" é bem isso. O personagem de Jason Sudeikis é mostrado sim como um traficante de maconha mas como na sociedade americana o uso da erva tem sido cada vez mais tolerado e aceito ele consegue até mesmo ganhar a simpatia do público. Bobagens sociológicas à parte temos que reconhecer que apesar do argumento muito bobinho essa comédia consegue divertir bastante. Claro que em certo momento o espectador vai ter que engolir a mensagem subliminar de que a felicidade só existe mesmo dentro de uma típica família suburbana americana mas deixando essa bobagem de lado certamente tudo será bem divertido. O elenco está realmente muito engraçado, especialmente Jason Sudeikis que sai da caracterização de traficante mixuruca para paizão boboca com grande sucesso. Há uma cena final - ao estilo making off - muito divertida quando os atores fazem uma pegadinha em cima de Jennifer Aniston usando a musiquinha de Friends. Consegue ser mais engraçada que muitas cenas do filme. Enfim, dê uma chance a essa comédia ao estilo besteirinha. Desligar o cérebro de vez em quando também é bom e relaxante.

Pablo Aluísio.

Clube dos Cinco

Título no Brasil: Clube dos Cinco
Título Original: The Breakfast Club
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Hughes
Roteiro: John Hughes
Elenco: Emilio Estevez, Judd Nelson, Molly Ringwald, Anthony Michael Hall, Ally Sheedy

Sinopse: 
Cinco jovens são enviados para a detenção em sua escola (um tipo de castigo por terem infringido alguma regra colegial). Presos lá, sem ter muito o que fazer, começam a conversar entre si expondo pensamentos, anseios, dramas e medos de suas vidas pessoais. Um retrato honesto e muito bem realizado pelo diretor John Hughes.

Comentários:
Já que estamos falando da turma do Brat Pack então vamos relembrar esse que é considerado um dos grandes clássicos juvenis da década de 80, "Clube dos Cinco". O grande diferencial começa com a direção do sempre ótimo John Hughes. Ele escreveu um ótimo roteiro que se aproveitava de uma situação básica (cinco jovens são enviados para a detenção de sua escola) para discutir aspectos importantes para a juventude da época, para quem estava vivendo aquele momento em suas vidas. Os cinco personagens são arquétipos comuns da vida colegial. Há o atleta (Emilio Estevez), o bad boy (Judd Nelson), o nerd (Anthony Michael Hall). a esquisita (Ally Sheedy) e a adolescente comum, até sonhadora (Molly Ringwald). Usando desses personagens em ambiente fechado Hughes conseguiu discutir os principais anseios, sonhos, medos e conflitos dos jovens da década de 80. O roteiro, como não poderia deixar de ser, é um primor mas a atuação dos atores também acrescenta muito no resultado final. Ao final da exibição de "The Breakfast Club" você chega em algumas conclusões. A primeira é a de que filmes adolescentes não precisam ser necessariamente idiotas. Em segundo que jovens são bem mais inteligentes do que se pensa, por isso não se deve subestimá-los em nenhum momento. Se nunca viu em sua vida esse filme, se é jovem demais para conhecer, corra para ver. É um dos melhores filmes já feitos sobre aquele período tão complicado da vida de todos nós, a juventude. Uma obra prima com a assinatura de John Hughes.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas

Título no Brasil: O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas
Título Original: St. Elmo's Fire
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Joel Schumacher
Elenco:  Demi Moore, Rob Lowe, Andrew McCarthy, Emilio Estevez, Judd Nelson, Ally Sheedy

Sinopse: 
Um grupo de jovens amigos se reúnem no "St. Elmo's Fire", um misto de bar e casa de shows onde eles trocam experiências, fazem confidências e contam suas desilusões amorosas. No centro de tudo está Billy Hicks (Rob Lowe), um jovem saxofonista que não sabe direito que rumo tomar em sua vida pessoal e sentimental.

Comentários:
Se você é jovem demais para lembrar e deseja saber quem eram os ídolos jovens do cinema na década de 80 então esse "O Primeiro Ano do Resto das Nossas Vidas" se torna o filme ideal. Isso porque nenhum outro reuniu tantos ídolos teens como esse aqui. Todos, sem exceção, eram capas de revistas juvenis e símbolos sexuais para os adolescentes da época. A imprensa americana gostava de chamar essa turma de Brat Pack (algo como bando de fedelhos). Hoje já são todos senhores beirando os 50 anos, quem diria! A produção anda badalada porque foi relembrada nos EUA na celebração de seus 25 anos de lançamento. Uma edição especial em DVD foi lançada e o clima de nostalgia tomou conta da festa! O tempo voa meu caro! Obviamente que o grande atrativo é o elenco. Temos a Demi Moore (jovem e muito linda), o Emilio Estevez (irmão do Charlie Sheen, um bom ator que anda sumido), e o maior sex symbol da fita, o Rob Lowe (também muito jovem e com um penteado pra lá de esquisito, pagando mico em várias cenas ao tentar convencer que realmente toca sax!). É realmente uma galeria de astros adolescentes dos anos 80. A direção é do irregular Joel Schumacher que anos depois mataria o Batman. Essa porém é outra história.
 
Pablo Aluísio.

Contagem Regressiva

Título no Brasil: Contagem Regressiva
Título Original: Hours
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Safran Company, The PalmStar Entertainment
Direção: Eric Heisserer
Roteiro: Eric Heisserer
Elenco: Paul Walker, Genesis Rodriguez, Nick Gomez

Sinopse: 
Nolan (Paul Walker) vê sua vida ruir no mesmo dia em que o furacão Katrina chega em New Orleans. Sua esposa morre em trabalho de parto e sua filhinha recém nascida é colocada numa incubadora. O problema é que a cidade fica sem energia por causa do desastre natural e o hospital é evacuado. Nolan porém resolve ficar e lutar para que sua filha continue viva. Ao lado de uma bateria de curta duração ele tenta manter os aparelhos que garantem a vida do bebê ligados o que não será fácil pois muitos criminosos começam a invadir as ruas, promovendo saques e roubos. Quando chegam no hospital precisam ser detidos por Nolan de qualquer maneira.

Comentários:
"Contagem Regressiva" é um surpresa e tanto! Inicialmente você pensa que o filme não é nada promissor, até porque é estrelado pelo astro de "Velozes e Furiosos", Paul Walker. Ledo engano. O roteiro é extremamente interessante e a situação limite em que tudo se passa mantém a atenção do espectador do começo ao fim. É de fato desesperador, enervante e desgastante. Afinal a qualquer minuto a pequena criança pode morrer por causa da precária bateria que a mantém viva. Não se trata de um filme de pura ação como o poster e o material promocional pode sugerir. No fundo é uma bem escrita trama de sobrevivência e superação. Imagine ficar acordado por mais de 48 horas, sem comida, com pouca água potável e tendo que a cada 2 minutos girar a manivela mecânica que faz a bateria funcionar. Não é nada fácil. A atuação do ator Paul Walker também é digna de elogios pois ele na maioria do tempo não tem com quem contracenar, assumindo o filme completamente sozinho. Enfim, temos aqui um filme que não tem sido muito comentado, o que é uma injustiça pois de fato é mais do que interessante.

Pablo Aluísio.

Maurice

Título no Brasil: Maurice
Título Original: Maurice
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Merchant Ivory Productions, Cinecom Pictures
Direção: James Ivory
Roteiro: Kit Hesketh-Harvey, baseado no romance de E.M. Forster 
Elenco: James Wilby, Rupert Graves, Hugh Grant, Ben Kingsley, Helena Bonham Carter

Sinopse: 
Dois jovens ingleses de classe aristocrática entram em um dilema após descobrirem que estão apaixonados um pelo outro. Além do aspecto moral envolvido eles teriam que agir com muita cautela pois poderiam ser presos por causa de seu afeto homossexual. Essa opção sexual ainda era considerada crime na Inglaterra naquele período histórico.

Comentários:
Não faz muito tempo (em termos históricos) que o homossexualismo era considerado crime grave punido com prisão na Inglaterra. Até nomes famosos como Oscar Wilde foram condenados por sua opção sexual. "Maurice" é um drama histórico que se desenvolve justamente nesse contexto histórico. Antes de mais nada gostaria de dizer que James Ivory sempre foi um dos meus cineastas preferidos de todos os tempos. Poucos diretores foram tão elegantes e finos como ele. Sua filmografia é uma prova dessa afirmação. Curiosamente nunca tinha assistido a essa produção dirigida por Ivory em 1987. A produção, como não poderia ser diferente, é luxuosa e de bom gosto. O elenco é bem acima da média com destaque para um jovem Hugh Grant (antes de virar astro de comédias românticas americanas) e Ben Kingsley esbanjando sofisticação. Também vale lembrar a presença de Helena Bonham Carter, que durante certo tempo foi uma espécie de musa do diretor, participando de vários filmes dirigidos por ele. O roteiro mostra com muita sensibilidade a tumultuada e complicada relação entre dois jovens ingleses ricos durante a primeira década do século passado. Embora apaixonados não podiam exteriorizar esse sentimento pois poderiam ir para a cadeia por isso. "Maurice" é um filme menor de James Ivory mas merece ser redescoberto, principalmente nos dias de hoje pois o tema parece nunca sair da ordem do dia. Conheça e reflita sobre a mensagem proposta por esse grande diretor.

Pablo Aluísio.

Independence Day

Título no Brasil: Independence Day
Título Original: Independence Day
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlin, Roland Emmerich
Elenco: Will Smith, Bill Pullman, Jeff Goldblum

Sinopse: 
Uma raça de extraterrestres resolve invadir o planeta Terra. Pouco se sabe sobre esses invasores, a não ser que estão particularmente interessados nos recursos naturais do nosso mundo. Para combater sua presença as forças armadas americanas enviam um grupo de combatentes corajosos que irão enfrentar a terrível ameaça frente a frente.

Comentários:
Na época de seu lançamento foi uma sensação e tanto. Afinal o filme veio embalado em um marketing agressivo, poucas vezes visto, que o vendia como o "filme definitivo sobre invasões extraterrestres". A intenção era ressuscitar os antigos filmes Sci-fi dos anos 50, que de tão cultuados ao longo do tempo acabaram perdendo sua fama trash para virar cult. Pena que a promessa não se cumpriu. Não estou falando em aspectos comerciais pois o filme foi um grande sucesso de bilheteria mas sim em termos de qualidade cinematográfica. Com toneladas de efeitos digitais e um roteiro bobinho (até o próprio presidente dos EUA pilota um caça para surrar os ETs malvados, vejam só) "Independence Day" dificilmente caiu no gosto de alguém com mais de 14 anos. Era infanto-juvenil demais, derivativo ao extremo, com muita patriotada e ufanismo. Os americanos, como sempre, salvando o mundo apenas com seu heroísmo e força de vontade. Até Will Smith, considerado o "Rei do Verão" na época pouco convencia. As pessoas também pouco conheciam o diretor Roland Emmerich (só por "Stargate" e "Soldado Universal") e apenas alguns anos depois é que iriam entender que ele é um cineasta que só sabe fazer um tipo de filme, de preferência com muitas efeitos digitais e apocalipse (vide "O Dia Depois de Amanhã"). Assim o que temos aqui é cinema chiclete mesmo. Definitivamente nada que vá mudar sua vida ou acrescentar algo em sua cultura cinéfila. Procure rever "Guerra dos Mundos". É mais honesto.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Sem Medo da Morte

Título no Brasil: Sem Medo da Morte
Título Original: The Enforcer
Ano de Produção: 1976
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: James Fargo
Roteiro: Harry Julian Fink, Rita M. Fink
Elenco: Clint Eastwood, Tyne Daly, Harry Guardino

Sinopse: 
A prefeitura de San Francisco resolve mudar sua imagem. Para isso organiza um novo programa de inclusão de mulheres na força policial da cidade. Assim o truculento policial Harry Callahan (Clint Eastwood), vulgo "Dirty Harry", começa a trabalhar pela primeira vez em sua vida com uma parceira na divisão de homicídios. Juntos terão que enfrentar um grupo de ativistas radicais que exigem milhões de dólares após conseguirem sequestrar o próprio prefeito da cidade!

Comentários:
"Sem Medo da Morte" é o terceiro filme da série "Dirty Harry" onde Clint Eastwood volta a interpretar o tira durão que não leva desaforos para casa. Como sempre Harry usa de uma metodologia pouco comum para lidar com criminosos. Ao lado de sua poderosa Magnum 44 ele passa a perseguir todos os bandidos da região sem dó, nem piedade. Aqui temos uma cena que anos depois seria copiada no sucesso "Stallone Cobra". Harry é chamado para resolver uma crise em um mercadinho, uma loja de conveniência. Um grupo de três assaltantes mantém como reféns duas senhoras e exigem um carro e a rua livre para fugirem. A forma como o policial resolve tudo é muito divertido! "Bom, se eles querem um carro vou lhes dar!" - afirma Harry. Imagem o que ele faz. Os vilões da produção são ativistas radicais, apoiados por um grupo negro de San Francisco. A cena final foi filmada na prisão de Alcatraz, que na época já estava desativada e abandonada. O local rende ótimas locações e muita ação. O único ponto a se criticar a mais no roteiro desse filme é o fato dos roteiristas não terem explorado mais a estranha relação entre Harry e sua nova parceira. O personagem, um machista linha dura, poderia dar muito margem para ótimas situações curiosas nesse complicado relacionamento mas o texto do filme perde essa oportunidade. Mesmo assim estamos falando de Dirty Harry, então não há como perder. "Faça o meu dia, Punk!"

Pablo Aluísio.