quinta-feira, 1 de março de 2012
O Poder e a Lei
"The Lincoln Lawyer" tem um bom elenco mas infelizmente há um sério problema na dupla central de atores. Matthew McConaughey apresenta um bom trabalho, inclusive trazendo para sua atuação vários maneirismos de advogados que quem atua na área conhece muito bem. A advocacia não consiste apenas em um bom desempenho processual mas também em um fino tato para lidar com todos os tipos de clientes. Nesse ponto Matthew se saí muito bem. O problema de "O Poder e a Lei" no quesito atuação tem nome: Ryan Phillippe. Sua caracterização do cliente em cena é pobre e medíocre. Esse papel que deveria ser um dos trunfos do roteiro, por causa de sua complexidade, não encontra nenhum respaldo na fraca interpretação de Ryan Phillippe. Sem profundidade, vazio em sua performance o ator quase leva tudo a perder. Fiquei imaginando Kevin Spacey nesse tipo de papel, certamente assim teríamos uma pequena obra prima em mãos mas infelizmente não é isso que acontece. De qualquer forma, mesmo com esse sério problema, o filme consegue prender a atenção, mesmo que tenha um clímax um pouco apressado - e mal direcionado. Certamente "O Poder e a Lei" não pode ser comparado com os grandes filmes de tribunal do passado mas de maneira em geral pode se tornar um bom entretenimento caso você não exija muito.
O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer, Estados Unidos, 2011) Direção: Brad Furman / Roteiro: John Romano baseado no livro de Michael Connelly / Elenco: Matthew McConaughey, Marisa Tomei, Ryan Phillippe / Sinopse: Mick Haller (Matthew McConaughey) é um advogado criminalista que é contratado para defender o jovem Louis Roulet (Ryan Phillippe) de família rica e tradicional na cidade.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Blade Runner - O Caçador de Andróides
Não poderia deixar passa em branco o aniversário de lançamento de Blade Runner. O filme estreou há exatos 30 anos. É assustador como o tempo passa rápido! E é justamente sobre o tempo que Blade Runner lida em seu roteiro. Na trama um grupo de Replicantes (seres artificiais que são criados para os trabalhos pesados que os humanos não querem mais fazer) se revoltam e tentam fugir. Seu tempo de vida (ou existência) é muito curto, eles possuem uma consciência e se ressentem pelo fato de que em breve simplesmente deixarão de existir. Harrison Ford (no auge de sua popularidade) interpreta um Blade Runner, uma espécie de caçador futurista desses seres que ousam se rebelar contra seus mestres (e criadores) humanos. O filme foi um fracasso de bilheteria em sua estréia e aos poucos foi ganhando o status que hoje possui. Na época não tive a oportunidade de assistir Blade Runner nos cinemas (era jovem demais para isso) mas ainda alcancei sua repercussão quando foi lançado com grande pompa no mercado de vídeo (ainda no sistema do antigo VHS). É engraçado porque aluguei o filme mesmo sendo aconselhado a não fazer por amigos que tinham achado o filme "chato" demais. Uma opinião bem normal para um grupo de garotos da década de 80. Mesmo assim assisti e tive uma boa impressão.
Claro que por ser muito jovem não consegui na época compreender e captar todas as nuances do roteiro, seu aspecto existencial e sua carga filosófica mas não esqueci do impacto das belas imagens e da estória pouco convencional. Seu clímax também me impressionou bastante. Era algo realmente novo, diferente e aquilo tudo me marcou, ficando em meu inconsciente por anos e anos. Só muito tempo depois quando revi a produção numa idade mais adulta pude entender o excelente subtexto do filme, sua mensagem intrínseca sobre a efemeridade da vida, do dilema de sabermos sobre a finitude de nossa existência e a passageira experiência que no fundo se resume a nossa vida material. Quando se é muito jovem a questão da brevidade de nossas vidas é algo completamente sem importância. Os jovens realmente possuem essa idéia vaga de que são eternos e indestrutíveis. Isso só vai ganhando maior foco depois com o passar dos anos, quando a morte e sua possibilidade vai ficando cada vez mais presente. O que antes era algo muito remoto começa a rondar, inclusive no cessar de vidas de nossos parentes mais próximos e queridos. E isso é algo que os Replicantes do filme entendem bem pois sua existência é muito curta e eles convivem com isso desde muito cedo. Retratados como vilões os Replicantes de Blade Runner lutam apenas por uma existência digna no pouco tempo que lhes restam. De certo modo eles são mais virtuosos e profundos que os humanos que os perseguem. A proximidade com a finitude de suas existências leva ao enriquecimento interior. E no meio de todas essas questões metafísicas e existenciais está o tempo, implacável. Philip K. Dick, morto antes da finalização do filme, sabia muito bem disso e tentou passar através de seus escritos essa mensagem. Essa é em essência a grande mensagem do filme. A vida é um presente, um singular momento dentro da existência do universo, mas ao mesmo tempo é muito efêmera, passageira, fugaz. Embora cruel o fato é que todos devem aproveitar cada minuto de suas vidas pois ele pode ser o último. Assista Blade Runner e reflita sobre isso.
Blade Runner (Blade Runner, Estados Unidos, 1982) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Hampton Fancher, David Webb Peoples baseado na novela "Do Androids Dream of Electric Sheep?" de Philip K. Dick / Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Daryl Hannah, Sean Young / Sinopse: Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de andróides que sai no encalco de Roy (Rutger Hauer), um Replicante fugitivo.
Pablo Aluísio.
Entre Dois Amores
Completando o clima de nostalgia só mesmo um grande cineasta do porte de Sydney Pollack poderia se sair tão bem com um material como esse. Sua direção me lembrou das técnicas de Howard Hawks ou John Ford. Tanto cuidado em sua produção se refletiu imediatamente na noite do Oscar. O filme venceu nas categorias Melhor Filme, Diretor, Roteiro Adaptado, Fotografia, Trilha Sonora Original, Direção de Arte e Som. Como se não bastasse a fita teve ótimo resultado comercial com uma bilheteria que ultrapassou os 200 milhões de dólares (um excelente número para a década de 1980). "Entre dois Amores" é isso, um filme contemporâneo com o charme e o estilo dos antigos clássicos. O resultado final é não menos do que ótimo.
Entre Dois Amores (Out Of Africa, Estados Unidos, 1985) Direção de Sydney Pollack / Roteiro de Kurt Loedtka baseado no livro de memórias de Karen Blixen e Judith Thurman / Elenco: Robert Redford, Meryl Streep, Klaus Maria Brandauer / Sinopse: Karen Blixen (Meryl Streep) vai até a distante África administrar e gerir uma fazenda de café. Para isso terá que enfrentar inúmeras adversidades no local. Lá conhece e se apaixona por Denys (Robert Redford) um aventureiro e caçador que atua próximo de sua plantação.
Pablo Aluísio.
Albert Nobbs
Se não fosse por essa infeliz coincidência Glenn Close certamente teria levado o prêmio da Academia. Seria mais do que merecido uma vez que o projeto da produção foi fruto de muito empenho pessoal da própria atriz. Lutando por financiamento ela foi à luta para levar esse texto para as telas. Está inclusive creditada como uma das roteiristas. Sua história com Albert Nobbs vem de longe pois há muitos anos Close interpretou o mesmo papel no teatro. Certamente pela riqueza do texto ela sabia que tinha uma potencial obra prima em mãos. Seus esforços são dignos de aplausos. Tudo é de muito bom gosto no filme - figurinos, reconstituição de época, cenários, tudo impecável. O elenco de apoio também está brilhante com destaque para Janet McTeer que também recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor atriz coadjuvante por seu papel de Mr. Page. Em conclusão é isso, "Albert Nobbs" traz excelentes questões sobre identidade sexual, abandono, sonhos, projetos de vida, pobreza e de quebra mostra que a estratificada sociedade britânica pode ser tão cruel como a de qualquer outro país periférico do terceiro mundo. Está mais do que recomendado.
Albert Nobbs (Albert Nobbs, Reino Unido / Irlanda, 2012) Direção: Rodrigo García / Roteiro: Glenn Close, John Banville baseado no conto de George Moore / Elenco: Glenn Close, Mia Wasikowska, Aaron Johnson, Janet McTeer / Sinopse: No Século XIX Albert Nobbs (Glenn Close) é um garçom de um hotel na cidade de Dublin. Lá conhece Hubert Page (Janet McTeer), um trabalhador que eventualmente faz serviços no hotel onde trabalha. Para sua surpresa descobre que assim como si próprio o Sr. Page também tem um grande segredo a esconder.
Pablo Aluísio.
Rango
De qualquer forma o que me fez mesmo gostar de Rango são as várias citações e referências aos clássicos filmes de western. Não é segredo para ninguém que sou fã do gênero, então ver todos aqueles personagens e cenas que nada mais são do que homenagens aos grandes flmes de faroeste me fez manter ainda mais o interesse no que viria a acontecer. A estorinha obviamente é bobinha, derivativa mas mesmo assim mantive a atenção. Enfim, Rango é um ótimo passatempo para a criançada e servirá até mesmo para apresentar os pequenos aos ícones dos antigos bang bangs. Só por isso já vale a pena.
Rango (Rango, Estados Unidos, 2011) Direção: Gore Verbinski / Roteiro: John Logan, John Logan / Elenco: Johnny Depp, Isla Fisher, Timothy Olyphant / Sinopse: Rango (voz de Johnny Depp) é um réptil de estimação que após um acidente vai parar numa estrada no meio do deserto. Lutando pela sobrevivência vai parar em uma cidadezinha habitada por pequenos animais como ele. Todos são controlados por um poderoso manda chuva local que detém o bem mais precioso de lá: a água!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
A Lenda de Billie Jean
Título Original: The Legend of Billie Jean
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Gomillion Studios
Direção: Matthew Robbins
Roteiro: Mark Rosenthal, Lawrence Konner
Elenco: Helen Slater, Peter Coyote, Christian Slater, Keith Gordon, Richard Bradford, Martha Gehman
Sinopse:
Uma adolescente americana do estado do Texas decide radicalizar na vida, corta o cabelo curto e se torna uma mártir fora da lei com seu irmão e amigos.
Comentários:
Quando se fala em Billie Jean nos anos 80 o que vem à sua mente? Claro que a famosa música do Michael Jackson. Só que esse filme aqui não tem nada a ver com isso. É um filme que virou famosinho entre os jovens dos anos 80, mas que revisto hoje em dia mostra muito bem como era fraquinho. Com roteiro boboca e situações totalmente falsas e nada convincentes, procurava mostrar jovens bonitos de classe média entrando no mundo do crime mais por diversão radical do que por qualquer outra coisa; Pode uma coisa dessas? Claro que não! Nenhum dos atores adolescentes fizeram carreira depois dessa produção. E o nome mais conhecido do elenco vem do veterano Peter Coyote. O resto é bobagem e tome perseguições nos corredores dos shopping centers. Ah, que tédio!
Pablo Aluísio.
Loucademia de Polícia 2
Título Original: Police Academy 2 - Their First Assignment
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jerry Paris, James Signorelli
Roteiro: Neal Israel, Pat Proft
Elenco: Steve Guttenberg, Bubba Smith, David Graf, Michael Winslow, Bruce Mahler, Marion Ramsey
Sinopse:
Quando uma nova gangue se muda para a cidade, cabe à equipe policial mais maluca de todos os tempos detê-los. E agora, eles são policias de verdade (ou quase isso). Filme premiado pelo festival alemão de cinema Golden Screen.
Comentários:
A franquia "Loucademia de Polícia" fez muito sucesso nos anos 80. O interessante é que seu humor era bem antigo, algo escrachado, do tipo pastelão. Conforme os anos foram se passando os executivos da Warner perderam completamente a vergonha e começaram a fazer uma série infinita de continuações, cada uma pior do que a outra. Coisa de gente cara de pau mesmo. Esse segundo filme aqui ainda mantinha uma certa (pouca, mas certa) dignidade. O ator Steve Guttenberg ainda estava no elenco, porque ele iria pular fora desse barco em poucos anos. O resto do elenco, comediantes que nunca fizeram sucesso fora desses filmes, continuaram por anos na mesma. É um trabalho para se viver, afinal de contas.
Pablo Aluísio.
Confiar
A pedofilia e o aliciamento de menores, inclusive sua exploração sexual está na ordem do dia atualmente. Os jornais diários sempre trazem notícias relacionadas ao tema. É complicado até mesmo entender como no atual estágio de nossa sociedade ainda se encontra espaço para esse tipo de crime tão terrível que atinge todas as camadas sociais. Diante dessa situação o cinema não tardaria a tratar do tema. "Confiar" é um desses filmes que tratam da delicada questão. Adianto que gostei bastante do resultado final. O filme mantém uma postura inteligente, não caindo nem no dramalhão e nem na violência gratuita como solução para toda aquela situação (algo que poderia transformar o argumento em um tipo de "Desejo de Matar contra pedófilos"). Um dos maiores destaques dessa produção ao meu ver foi a forma extremamente realista em que a personagem vítima do pedófilo foi retratada. Definitivamente um dos melhores retratos de adolescentes que já vi no cinema ultimamente pois ela não é mostrada nem como uma garota completamente ingênua e nem como uma pessoa que possa lidar com uma situação barra pesada daquela de forma adulta.
Aliás é bom destacar o trabalho da atriz que interpreta Annie, chamada Liana Liberato, pois apesar da pouca idade já demonstra ser muito talentosa e segura de si em cena. Já Clive Owen finalmente dá uma pausa nos abacaxis que andou fazendo e entrega aqui uma interpretação bem digna, nada canastrona e no tom certo. Parabenizo também o diretor David Schwimmer (ex-astro de Friends) pelas opções que tomou ao rodar o filme. Nenhum personagem em cena é estereotipado ou raso, pelo contrário, todos são mostrados como pessoas inseridas dentro de sua comunidade, pessoas produtivas que desempenham suas funções, mesmo que sejam no fundo e em segredo predadores ou maníacos sexuais (nesse ponto a cena final fecha com chave de ouro o filme). Enfim, recomendo bastante, pois “Confiar” trata um tema sério e delicado de forma adulta e livre de soluções fáceis. É uma produção para assistir e se debater depois.
Confiar (Trust, Estados Unidos, 2010) Direção: David Schwimmer / Roteiro: Andy Bellin, Robert Festinger / Elenco: Elenco: Clive Owen, Catherine Keener, Viola Davis, Liana Liberato, Noah Emmerich, Jason Clarke / Sinopse: Will (Clive Owen) e sue esposa Lynn (Catherine Keener) presenteiam sua filha Annie (Liana Liberato) com um novo computador. Navegando pela internet Annie conhece um homem que se diz ser um jovem de apenas 16 anos, tal como ela. Ele se identifica como Charlie e marca um encontro com a garota. O que ela não sabe é que na realidade se trata de uma outra pessoa, com intenções criminosas a seu respeito.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
(500) Dias Com Ela
Eu nunca descarto o gênero "comédia romântica" antecipadamente como alguns homens. Como se sabe muitos espectadores masculinos simplesmente odeiam comédias românticas pois as consideram chatas, maçantes, açucaradas, etc. É um estilo de filme que de certa forma foge do universo masculino. O fato é que geralmente quando vão ao cinema assistir a esse tipo de filme o estão lá porque são literalmente levados por suas namoradas, esposas, etc. É uma bobagem descartar um filme apenas por seu gênero. Um exemplo é esse "(500) Dias Com Ela". Sim, é uma comédia romântica mas com bom conteúdo, com bom desenvolvimento do relacionamento mostrado e além disso com um roteiro inteligente que pode dar origem a bons debates com sua companheira. Para começar os papéis estão invertidos aqui. A mulher surge na relação como alguém que quer apenas ter alguns momentos de prazer com seu namorado de ocasião ("ficante" seria um termo mais apropriado). Já o homem é que está apaixonado por ela, querendo algo sério. Isso já é um diferencial e tanto em relação a outras comédias românticas não é mesmo? A estrutura do roteiro também é bem curiosa, com idas e vindas na linha do tempo.
O bom é que esse vai e vem na linha narrativa não chega em momento algum a aborrecer o espectador. Curiosamente o filme traz à tona outra questão que poucos param para pensar sobre ela. O fato é que não importa em que época vivemos ou como os costumes mudaram, a psique do homem resiste a maiores mudanças e ainda idealiza aquela mulher romantizada do passado, que só quer casar e ter filhos em um relacionamento sério. O homem ainda pensa como há dois séculos e esquece que a mulher moderna também quer ter direito a passar por romances casuais sem nada sério pela frente. A figura da "Amélia" resiste e muitos homens ficam desconcertados na presença de mulheres livres, donas de si, de seu destino, sem necessidade alguma de dar satisfações a um homem em suas vidas. Mulheres modernas, admiráveis afinal de contas. É isso, assista "(500) Dias Com Ela" e aproveite para pensar sobre esses temas. Vai ser uma reflexão reconfortante, com certeza.
(500) Dias Com Ela (500 Days Of Summer, Estados Unidos, 2009) Direção: Marc Webb / Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber / Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Zooey Deschanel, Geoffrey Arend, Chloë Grace Moretz, Matthew Gray, Gubler, Clark Gregg, Patricia Belcher, Rachel Boston / Sinopse: Através de uma série de flashbacks conhecemos a estória de Tom (Joseph Gordon-Levitt) e Summer (Zoey Deschanel). Ele é completamente apaixonado por ela e tem um sonho de um dia encatar um romance sério com a garota. Já Summer pensa diferente, quer aproveitar os momentos prazeirosos de sua vida sem o peso de um compromisso sério.
Pablo Aluísio.
Férias Frustradas II
Título Original: National Lampoon's European Vacation
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: National Lampoon, Warner Bros
Direção: Amy Heckerling
Roteiro: John Hughes, Robert Klane
Elenco: Chevy Chase, Beverly D'Angelo, Dana Hill, Jason Lively, John Astin, Sheila Kennedy
Sinopse:
Os Griswolds ganham uma viagem de férias pela Europa, onde ocorre o caos usual de suas vidas completamente patéticas e idiotas. Primeira continuação da comédia de sucesso dos anos 80, "Férias Frustradas". Filme premiado pelo BMI Film & TV Awards na categoria de melhor comédia. Também indicado ao Young Artist Awards.
Comentários:
Só John Hughes mesmo para tornar essa comédia totalmente fast food em algo memorável. Ele é a mente pensante por trás desse filme, que basicamente seguia os passos do primeiro, só que trocando o lugar para onde essa família idiota ia passar suas férias. Hughes demole assim a imagem da típica família norte-americana, os retratando como incultos, constrangedores e, é claro, como verdadeiros idiotas. O pai só fala besteira, o filho nerd é louco para conseguir uma namorada (sem sucesso) e a filhinha está louca para dar para algum jovem francês gostosão. O retrato da estupidez do americano médio, mas com muito bom humor. É aquele tipo de comédia que diverte e demole ao mesmo tempo. Fez sucesso suficiente para gerar mais uma sequência. E conforme o tempo foi passando - e as continuações chegando - a graça também foi indo embora.
Pablo Aluísio.