Esse filme é um suspense psicológico que conta com apenas três personagens. Dois irmãos e a namorada de um deles. Alice (Abbey Lee) acaba indo parar numa distante e isolada casa onde vive seu irmão, Ethan (Caleb Landry Jones). Ele está escrevendo um livro que pretende publicar em breve. Ela não é uma visita bem-vinda. Acontece que no passado Alice resolveu seduzir o segundo marido de sua mãe. Isso a abalou tanto que ela simplesmente sumiu. Alguns boatos dizem que ela teria ido para o mar e lá se cometido suicídio. Outros dizem que ela simplesmente foi embora para nunca mais voltar. Por essa razão Ethan não gosta e nem fica à vontade ao lado de sua irmã. Completando o trio central de personagens surge Misty, a namorada de Ethan. Ela é interpretada por Riley Keough, a neta de Elvis Presley, que tem feito uma carreira interessante em filmes e séries para TV.
Pois bem, desde o primeiro momento Alice e Misty não se dão bem. Alice tem um comportamento possessivo, com nuances de desequilíbrio emocional e Misty é uma jovem atriz que não parece disposta a suportar abusos por parte da irmã de seu namorado. O roteiro vai se desenvolvendo aos poucos, lembrando em certos momentos do ritmo do cinema europeu, mais especificamente dos filmes franceses. Há aquele clima de tensão entre todos que vai desembocar em algo muito mais sério, um crime, que não convém explicar aqui. Um spoiler poderia estragar as surpresas do filme. Então é isso, não é um suspense tradicional ou que siga uma linha narrativa mais previsível. Dentro de sua proposta até que é um filme bem curioso e interessante.
Bem-vinda, estranha (Welcome the Stranger, Estados Unidos, 2018) Direção: Justin Kelly / Roteiro: Justin Kelly / Elenco: Abbey Lee, Caleb Landry Jones, Riley Keough / Sinopse: Apenas três pessoas, a irmã, o irmão e sua namorada, convivem numa casa isolada. A tensão entre eles vai aumentando com o passar do tempo. A irmã não gosta da namorada do irmão, que por sua vez acredita que a presença dela faz mal a ele. As diferenças vão dar origem a algo bem mais sinistro e sombrio.
Pablo Aluísio.