quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Linhas Cruzadas

Um filme feito por elas e para elas. Aqui a atriz Diane Keaton decidiu adaptar o livro escrito por Delia Ephron para o cinema. O interessante é que o roteiro acabaria sendo escrito também pela autora, o que criou um clima de autenticidade forte para o que se viu na tela depois. E partindo de seu prestígio pessoal Diane Keaton decidiu trazer um bom elenco para seu filme. Tudo feito na base da amizade pessoal. Convite de amigas para amigas. A primeira que aceitou participar foi a "namoradinha da América" (pelo menos até os anos 90) Meg Ryan. Ela já vinha tentando levantar sua carreira que vinha de mal a pior. A segunda a embarcar no projeto foi Lisa Kudrow. Vinda do sucesso da série "Friends" ela procurava consolidar sua carreira no cinema (algo que efetivamente nunca se concretizou, infelizmente).

Elas interpretavam três irmãs que descobriam após alguns anos que seu pai estava passando por inúmeros problemas, inclusive estando internado em um hospital de Los Angeles. Assim a reunião familiar se tornava inevitável. O filme procurou ter humor, mas sem esquecer também de desenvolver a personalidade de cada personagem, tudo colocando em primeiro plano a obsessão delas por longos telefonemas. Funcionou? Mais ou menos. Não é no final das contas um dos filmes mais memoráveis das carreiras delas. Obviamente Ryan e Lisa já fizeram coisas bem melhores. E nem vou falar de Diane Keaton pois seus filmes ao lado de Allen já ficariam anos luz desse filme meio esquecível. Então é isso, se gosta dessas atrizes arrisque, mas vá sabendo que não encontrará nada de muito relevante ou marcante. É um filme que funciona como mero passatempo e nada muito além disso.

Linhas Cruzadas (Hanging Up, Estados Unidos, 2000) Direção: Diane Keaton/ Roteiro: Delia Ephron / Elenco: Diane Keaton, Meg Ryan, Lisa Kudrow / Sinopse: Três irmãs, muitos problemas, vidas sentimentais confusas e um pai em um leito de hospital. Filme baseado no best-seller escrito por Delia Ephron, feito especialmente para o público feminino.

Pablo Aluísio.

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