Título no Brasil: Dona Flor e Seus Dois Maridos
Título Original: Dona Flor e Seus Dois Maridos
Ano de Produção: 1976
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Bruno Barreto
Roteiro: Bruno Barreto, baseado na obra de Jorge Amado
Elenco: Sônia Braga, José Wilker, Mauro Mendonça, Nelson Xavier, Dinorah Brillanti, Arthur Costa Filho
Sinopse:
Na história temos Dona Flor (Sônia Braga) que após a morte do marido Vadinho (José Wilker) decide se casar novamente com um respeitável dono de farmácia em Salvador. O problema é que ele é mais velho e um grande chato. Vadinho era pura alegria, farrista, vivia de carnaval em carnaval. Era um cafajeste, mas Flor amava ele. E assim ele retorna, do mundo dos mortos, para tentar de novo a sua antiga esposa. Filme indicado ao Globo de Ouro e ao BAFTA Awards na categoria de melhor filme estrangeiro.
Comentários:
Durante muitos anos esse filme foi a maior bilheteria do cinema brasileiro. As razões são até bem fáceis de entender. A atriz Sônia Braga na época era uma das estrelas mais populares das novelas da Globo. Ela representava a pura sensualidade morena da mulher brasileira. Suas novelas, como Gabriela, estavam entre as mais assistidas do país. O interesse em seu trabalho no cinema era natural. O roteiro era baseado em um dos melhores livros da grande obra literária de Jorge Amado e a direção de Bruno Barreto se mostrou perfeita. Com tantos elementos certos, o filme realmente não poderia dar errado. Um dos aspectos interessantes aqui é que o livro de Jorge Amado conseguia, com rara sensibilidade, unir o lado mais sensual do povo brasileiro com suas crenças místicas, espirituais. Vadinho retorna ao mundo dos vivos através do candomblé, uma das ricas heranças culturas da cultura afro em nosso país. Dois elementos, corpo e alma, unidos em uma história divertida e muito simbólica. A alma do povo brasileiro poucas vezes foi tão bem capturada como nesse clássico do cinema nacional. Houve um remake em 2017, mas esqueça esse novo filme. A versão definitiva é justamente essa da década de 1970, simplesmente insuperável.
Pablo Aluísio.
Cinema Nacional
ResponderExcluirDona Flor e Seus Dois Maridos
Pablo Aluísio.
Essa é uma boa estória. Pena que não é um roteiro original, mas sim um dos melhores livros do Jorge Amado. É claro que o eterno complexo de Macunaíma fica evidente a toda hora, como em todo filme brasileiro. Mas é um dos bons filmes brasileiro no final das contas.
ResponderExcluirNessa época a Sonia Braga era bonita e sensual como poucas estrelas da época e só era acusada de ser meio hippie e não tomar banho, mas não de ser a comunistoide de boutique que resolveu se tornar depois de velha e pouco atraente.
Serge Renine.
ExcluirDom Pablo, eu penso como você. Essa é a adaptação definitiva para o cinema. Não haverá outra. É ponto final, definitivo.
ResponderExcluirSerge,
ResponderExcluirEsse filme é realmente muito bom, inclusive é uma boa amostra do que o cinema brasileiro tinha de melhor naquela época. Sobre a beleza da Sônia Braga o que mais se pode dizer? Era a síntese da beleza da mulher brasileira, tanto que virou a cabeça do gringo Robert Redford, com quem teve um longo caso amoroso que durou anos e anos.
O Clint Eastwood parece que também nadou nessa praia, por cauda daquele filme com o Charlie Sheen.
ExcluirLord Erick,
ResponderExcluirNada será produzido de melhor. Podem fazer remakes e mais remakes, não acontecerá de novo. É questão de ter o elenco certo, o clima certo, até mesmo a trilha sonora certa (do Chico Buarque). Sem esses elementos não funcionará de novo. Eu assisti o remake, achei fraco e sem alma. Esse aqui tem alma que sobra, um filme com muita alma humana.