Filme que segue inédito no Brasil. Inclusive não possui ainda título em português. O tema central é a eutanásia e o direito dos pacientes em estado terminal de decidirem se querem colocar um fim em suas vidas, tudo feito de forma assistida por profissionais de saúde. O personagem principal é um octogenário interpretado pelo excelente Frank Langella. Ele acaba de fazer uma complicada cirurgia de coração, mas a esperança se vai porque seu médico lhe informa que mais cirurgias serão necessárias, cada vez mais incisivas e traumáticas, sem garantia de melhora. Ele então decide de forma consciente que não quer mais passar por tudo isso. Morando com a filha e um genro que não se dá bem com ele, decide de uma vez por todas viajar até o Oregon, onde a eutanásia seria permitida.
A viagem até lá se torna a espinha dorsal da história do filme. É um road movie em direção à eutanásia. O grande destaque, que não poderia deixar de ser, vem da interpretação de Frank Langella. Dito como levemente canastrão em sua juventude, quando chegou a interpretar Drácula e Zorro, o velho ator conseguiu finalmente dar a volta por cima, se tornando hoje em dia um dos mais respeitados profissionais do cinema americano. O ponto de inversão parece ter sido a indicação ao Oscar por "Frost / Nixon". De lá para cá ele só tem colecionado elogios por seu trabalho. Nesse filme aqui em particular ele continua ótimo. Mesmo debilitado pela doença cardíaca ainda consegue se impor ao resto de sua família com o poder de sua presença, de sua voz firme. Claro que numa jornada rumo à morte ele precisa também aparar as arestas do passado com seus filhos, o que rende os melhores momentos dramáticos do roteiro. Enfim, mais um belo momento da carreira de Frank Langella, demonstrando que os anos só lhe fizeram bem.
Juventude no Oregon (Youth in Oregon, Estados Unidos, 2017) Direção: Joel David Moore / Roteiro: Andrew Eisen / Elenco: Frank Langella, Billy Crudup, Christina Applegate / Sinopse: Aos 80 anos de idade Raymond (Frank Langella) após uma desgastante cirurgia do coração, percebe que continua tão doente como antes. As previsões de seu médico, caso ele se submeta a uma nova cirurgia, também não são nada boas. Não existem garantias de que um dia vai melhorar. Assim decide ir para o Oregon, onde o procedimento de eutanásia ou suicídio assistido é plenamente aceito pelas leis locais. Isso claro causa uma grande comoção entre seus familiares.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.8
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
Esse negócio, sim, está se tornando um negócio, de eutanásia está ficando sério. Está na internet uma noticia que um cientista famoso de 104 anos, australiano, cansado de viver essa vida, está indo pra Suíça pra cometer suicídio assistido por uma empresa especializada. Já viu no que isso ainda vai dar não é? Lembra-se do filme do Charlton Heston, da década de setenta, e que se passa em 2020!, Soylent Green?
ResponderExcluirBem lembrado. Em um mundo onde tudo pode virar uma oportunidade de faturar bem, era mesmo de se esperar que a vontade de acabar com a própria vida também iria virar um negócio. Penso que tudo ainda precisa passar por um grande debate, inclusive se discutindo sobre a ética de algo assim se tornar mero business.
ResponderExcluirEsse filme que eu citei, você já viu?
ResponderExcluirEsse não vi Serge. Conheço por resenhas, mas não por ter assistido.
ResponderExcluirIntitulado no Brasil de "No Mundo de 2020"
ResponderExcluirSegue o link; vale a pena pelo momento atual e pelos atores Charlton Heston e, principalmente, pelo Edward G. Robinson em seu último trabalho, já que morreria um mês depois.
ResponderExcluirhttps://ok.ru/video/293641194044
Obrigado pela dica!
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