Título no Brasil: O Príncipe Negro
Título Original: The Dark Avenger
Ano de Produção: 1955
País: Inglaterra
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Henry Levin
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Errol Flynn, Joanne Dru, Peter Finch, Yvonne Furneaux, Michael Hordern, Moultrie Kelsall
Sinopse:
Idade Média. Durante a Guerra dos Cem Anos entre Inglaterra e França, após uma violenta batalha em solo francês, o Rei Edward VIII (Michael Hordern) resolve voltar para a Inglaterra, pois seu reino também está sofrendo com rebeliões internas. Para cuidar, proteger e administrar de seus territórios franceses recém conquistados o Rei resolve deixar seu filho, o Príncipe de Gales (Flynn), responsável por tudo. Não será algo fácil. Os senhores feudais franceses querem a expulsão dos ingleses a todo custo e farão de tudo para reconquistarem suas terras e castelos.
Comentários:
Produção medieval B ao estilo capa e espada dos estúdios ingleses Allied Pictures. O grande destaque vem da presença do antigo astro da Warner Errol Flynn. No passado ele havia estrelado algumas das mais caras e ricas produções de Hollywood, muitas sob direção de Michael Curtiz. Quando realizou esse filme porém Flynn já estava em fim de carreira. O ator havia destruído parte de sua fama nos Estados Unidos por causa de bebidas, drogas e mulheres. Além disso, como foi descoberto depois por alguns biógrafos, ele também colaborou com os nazistas durante a II Guerra Mundial, se tornando um espião de Berlim em Hollywood. Tudo isso obviamente colaborou para que ele entrasse em decadência. Quando foi para Inglaterra atuar nesse "O Príncipe Negro" ele já estava praticamente acabado. E isso se nota bem no filme. Flynn está com um aspecto envelhecido, fora de forma (inchado para falar a verdade), com pouca disposição em atuar bem. Pior do que isso, ele está muito velho no papel, pois no roteiro o príncipe que interpreta era apenas um jovem inexperiente que acaba causando surpresa em todos por causa de sua coragem e valentia. Ora, o personagem deveria ter no máximo 20 anos de idade, mas quando Flynn o interpretou já estava com 45! Assim tudo soa pouco convincente. Outro aspecto que chama a atenção nesse filme é que a fotografia é bem mais escura do que o habitual, tudo para esconder o orçamento limitado da própria produção. Um velho artifício dos filmes noir que foi usado por essa produção de aventuras medievais. Em suma, um momento menor de um grande astro do cinema clássico em Hollywood que deixou tudo lhe escapar por causa dos excessos que cometeu em sua breve e conturbada vida. Vale porém pela curiosidade histórica, especialmente indicado para os fãs de Errol Flynn.
Pablo Aluísio.
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