A Netflix adaptou esse "Death Note" da obra criada pelo artista japonês Tsugumi Ohba. É uma adaptação Made in USA, o que já não é uma boa notícia. Como o material original já tinha uma legião de fãs o esperado aconteceu: choveram críticas e mais críticas dos admiradores do anime. Mais do que isso, muitos ficaram enfurecidos com o que assistiram aqui. O pior para a Netflix é que todas as queixas foram mais do que justificáveis. Realmente essa versão de "Death Note" é bem ruinzinha. Não houve capricho ou cuidado com o material que lhe deu origem. A produção é fraca e o roteiro não ajuda muito. Para quem não conhece o enredo, a trama é até bem interessante. Tudo começa quando um livro obscuro vai parar nas mãos de um jovem estudante, Light Turner (Nat Wolff). Ele é um estudante brilhante, de ótimas notas, que nas horas vagas aproveita para ganhar algum dinheiro, fazendo o trabalho para os outros alunos.
O tal livro tem o poder de ceifar a vida de qualquer pessoa que tenha seu nome escrito em suas páginas. Assim ensina a criatura Ryuk (Willem Dafoe), uma espécie de demônio que começa a aparecer para Light, após ele pegar o livro para si. E então o estudante começa a escrever nomes de criminosos no livro, numa tentativa de limpar a sociedade desses marginais. O que porém começa com boas intenções logo foge do controle, criando um verdadeiro caos em sua vida. Sinceramente, é um caso típico de desperdício de boas ideias. O anime original inclusive sempre foi muito elogiado por público e crítica. Ao tentarem criar uma versão americana da história parece que tudo se perdeu, inclusive o clima e o charme dos personagens japoneses. O elenco também é todo fraco, com jovens sem muito talento. O único que se sobressai, mesmo debaixo de um roupa de monstro, é o veterano Willem Dafoe. Todo o resto sequer é digno de nota. Então é isso, uma versão desnecessária e mal realizada de um material que poderia render muito mais, caso fosse melhor trabalhado pelos produtores americanos.
Death Note (Estados Unidos, 2017) Direção: Adam Wingard / Roteiro: Charley Parlapanides, Vlas Parlapanides / Elenco: Nat Wolff, Willem Dafoe, Lakeith Stanfield, Margaret Qualley, Shea Whigham / Sinopse: Jovem colegial, Light Turner (Wolff) coloca as mãos em um livro obscuro, que tem o poder de acabar com a vida daqueles cujos nomes são escritos em suas páginas. Com ele em seu poder começa a fazer uma espécie de "justiça pelas próprias mãos", em prol da sociedade, mas tudo acaba dando muito errado.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★
Elenco: ★★
Produção: ★★
Roteiro: ★★
Cotação Geral: ★★
Nota Geral: 6.0
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Realmente Pablo, o Willian Dafoe se sair bem fazendo um monstro não chega a ser o máximo para um filme, nem surpreendente; com aquela cara dele 50% já está resolvido, assim com era com o Klaus Kinski
ResponderExcluirPois é, na maioria das vezes as máscaras de monstro que o Dafoe usa são apenas adaptações ao seu próprio rosto... rsrsrs
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