segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Espionagem Internacional

Título no Brasil: Espionagem Internacional
Título Original: Triple Cross
Ano de Produção: 1966
País: Inglaterra, França
Estúdio: Cineurop
Direção: Terence Young
Roteiro: René Hardy, baseado no livro de Frank Owen
Elenco: Christopher Plummer, Yul Brynner, Romy Schneider, Trevor Howard
  
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial o ladrão de cofres inglês Eddie Chapman (Christopher Plummer) é preso na França e condenado a 14 anos de prisão. Quando a França é invadida por tropas nazistas ele propõe um acordo com o diretor da prisão onde está encarcerado: como inglês ele pode facilmente se infiltrar nas linhas inimigas, espionando para o Terceiro Reich. Após forjarem sua morte - para evitar futuras suspeitas - Chapman acaba sendo submetido a um intenso treinamento para em breve sair em campo, espionando sua antiga nação em prol da Alemanha de Hitler. Roteiro baseado em fatos reais. Filme premiado pela Bambi Awards na categoria de Melhor Ator coadjuvante (Gert Fröbe). 

Comentários:
"Espionagem Internacional" é um filme de guerra que tenta fugir um pouco do óbvio. Ao invés de mostrar a guerra dos campos de batalha, do front, seu roteiro se concentra em explorar a intensa guerra de espionagem que se criou entre países aliados e países do eixo. Entre as armas usadas nessa linha de frente havia a procura pelo recrutamento de nacionais das nações inimigas. É justamente isso que ocorre quando o serviço de inteligência da Alemanha Nazista resolve trazer para suas fileiras um inglês, o ladrão de cofres Eddie Chapman (Christopher Plummer). Para ele seria uma troca interessante: condenado a 14 anos de prisão nada poderia cair melhor do que começar uma carreira de espião para os alemães, sendo devidamente pago com isso, além da possibilidade de ir embora da prisão de uma vez por todas. Então Chapman começa seu treinamento. Inicialmente ele é submetido a vários testes de lealdade, para só depois ser enviado em uma missão para valer. Acontece que Eddie não se furta a também começar a trabalhar para os ingleses, se tornando dessa maneira um agente duplo, sempre caminhando no fio da navalha. 

Ora parece passar planos e informações importantes dos britânicos para os nazistas, ora realiza a direção inversa, entregando os alemães para os ingleses. Coisas de alguém que precisa ser muito sutil (e nada ético) para sobreviver naquele meio insano, perigoso e altamente violento. Acaba se saindo tão bem que é condecorado até mesmo com uma Cruz de Ferro, a mais alta condecoração militar alemã. O filme como um todo é muito bom, com boa trama (obviamente focada no mundo da espionagem) e luxos de produção, como por exemplo, contar com os famosos Yul Brynner e Romy Schneider como meros coadjuvantes. Mesmo sendo dirigido por um especialista nesse tipo de produção (o diretor Terence Young que dirigiu vários filmes da franquia James Bond) temos também que admitir que existem certos problemas, principalmente de ritmo e desenvolvimento. A todo momento ficamos torcendo para que uma edição mais eficiente surja, embora depois tenhamos a consciência que isso realmente nunca vai acontecer. Mesmo assim, com eventuais falhas, o filme como um todo é plenamente indicado, principalmente para quem curte esse estilo de história. Uma visão diferente da II Guerra Mundial que certamente agradará aos fãs do tema.

Pablo Aluísio.

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