quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Arquivo Elvis Presley (EPHP) - Parte 104

G.I. Elvis - Parte II
Data: 12 de outubro de 1958 / Fonte: "Elvis, documento histórico" / Texto: Lu Gomes / Photo: U.S.Army / Local: Bad Nauheim, Alemanha Ocidental. 

Sessões de autógrafos 
Goethhestrasse 14 foi onde os Presleys moraram em Bad Nauheim, por 15 longos meses. A vida nessa casa era uma rotina que nunca variava. Às 4:30 hs da manhã, Lamar acordava para esquentar o motor do carro de Elvis, uma BMW esporte branca. Quando Elvis acordava, todo mundo também tinha que acordar: essa era uma regra não escrita. Vovó e Elizabeth iam para a cozinha preparar a comida que era feita para agradar ao paladar de uma única pessoa, mas que era servida para todos. Bacon e ovos fritos, geléia, manteiga, café e pêssegos em calda. Depois do Breakfast, 

Elvis entrava no carro e dirigia 17km até a base. 
Assim que ele partia, todo mundo voltava para a cama, só acordando mais tarde, no horário normal, para iniciar suas tarefas diárias. O volume de correspondência era enorme, e virtualmente toda pessoa naquela casa aprendeu a falsificar a assinatura de Elvis. O jantar era servido às seis horas e, à noite, acontecia a cerimônia de autógrafos. Elvis estabeleceu esse ritual para que sua família não fosse incomodada em horas impróprias. Assim os autógrafos só eram concedidos durante meia hora, todas as noites. Uma placa na janela da casa, escrita em inglês e alemão avisava: "autógrafos entre 7:30 a 8:00 da noite somente, por favor" Durante o dia, a rua ficava calma e deserta. 

Mas quando a hora mágica se aproximava, uma pequena multidão se formava diante da casa. Elvis aparecia vestindo seu uniforme e assinava capas de discos, retratos, cartões postais, etc. Nunca houve nenhuma desordem ou violência durante essas sessões de autógrafos, mas depois de um tempo elas começaram a aborrecê-lo. Nesse ponto a rotina foi alterada, Lamar ou Red, iam lá fora e explicavam que Elvis estava indisposto, mas mesmo assim fazia questão de assinar os souvenirs das fãs. Lamar e Red coletavam as coisas, entravam na casa, Elvis assinava ou eles mesmos forjavam a assinatura do cantor e voltavam para devolver tudo, enquanto os fãs esperavam pacientemente. Depois dessa cerimônia, a família sentava-se na sala para o balanço do dia. Elvis ia ao piano tocar alguma canção, ou então escutar a estação de rádio das forças armadas ou seus discos preferidos. 

Lá pelas nove horas, Elvis estava com fome novamente e, depois do lanche, subia para seu quarto e dormia dando boas risadas com a revista Mad. Nos fins de semana, Elvis convidava alguns companheiros do exército para irem à sua casa. Rex Mansfield (na foto ao lado de Elvis), Joe Esposito e Charlie Hodge. Lá pela meia noite de Sexta feira todos saíam. Se alguém demonstrasse cansaço ou relutância, em ir, Elvis pegava quatro ou cinco bolinhas, conseguidas com o farmacêutico da base, e fazia o cara tomar. E iam todos para Frankfurt. A diversão favorita de Elvis nessa moderna cidade era uma contorcionista que trabalhava numa boate. Impressionado pela forma que ela contorcia o corpo, Elvis finalmente foi apresentado à dama e saíram algumas vezes. 

Todos os rapazes se deliciavam pensando no que essa garota poderia fazer na cama. Mas The Pelvis nunca divulgou que tipo de relacionamento ele manteve com a "rosquinha", como a moça foi apelidada. Durante esse inverno, Vernon conheceu Dee Stanley, mulher de um sargento que lá servia e com quem tinha três filhos. Dispostos a casar, Dee iniciou a ação de divórcio contra o marido e, em junho, ela e Vernon foram visitar Elvis no hospital militar de Frankfurt, onde ele estava confinado com tonsilite (inflamação das amígdalas) Vernon e Dee queriam a permissão para o casamento. "Senhora Stanley" – disse Elvis deitado na cama – "quero que meu pai seja feliz. Ele é um pai e um marido maravilhoso, e eu sempre quis Ter um irmão. Agora, terei três. Só precisamos acrescentar outro quarto em Graceland"

Textos publicados no site EPHP
Compilação: Pablo Aluísio. 

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