(Los Angeles) - Em badalado leilão ocorrido no sábado (21/6) no Planet Hollywood Resort and Casino, em Las Vegas (EUA), foi vendido - dentre outros 400 objetos cinematográficos - o vídeo feito por um cinegrafista amador com imagens de Marilyn Monroe nos bastidores do último filme completo pela musa de Hollywood, Os Desajustados (1961). Este também foi o último trabalho de Clark Gable no cinema, que teve um ataque cardíaco logo após o fim das filmagens e morreu em 16 de novembro de 1960, dois meses antes do lançamento do longa dos EUA. Marilyn morreu em 5 de agosto de 1962. Os dois rolos de filme em 8mm foram vendidos por US$ 60 mil, com lances iniciais de US$ 10 mil. Nas imagens, também aparecem Clark Gable, que protagoniza o longa dirigido por John Houston, e o próprio cineasta. Com 47 minutos, On the Set with The Misfits foi filmado pelo extra Stanley Floyd Kilarr. Outro item marcante leiloado sábado foi um globo de espelhos originalmente utilizado nas filmagens do clássico Os Embalos de Sábado à Noite, além de um roteiro original de O Poderoso Chefão autografado por Marlon Brando. Um terno vestido por Elvis Presley em Viva Las Vegas (1956) foi vendido por US$ 36 mil; a carteira de motorista do mestre do suspense Alfred Hitchcock foi arrematada por US$ 8 mil e um pôster francês original de King Kong (1933) foi vendido por US$ 40 mil.
Americano coleciona cabelos de celebridades mortas - Junho de 2008
(Los Angeles) - No quarto embolorado dos fundos de sua loja de antiguidades, junto a uma cópia da Declaração de Independência americana e uma antiga máquina de escrever de Ernest Hemingway, John Reznikoff guarda uma pasta de ouro contendo seu bem mais valioso. Dentro de um vidro, o cacho negro parece uma esponja de aço velha e sem valor. Mas Reznikoff, 48 anos, diz que a preciosidade de US$ 500 mil é muito mais valiosa: um fio de cabelo de Abraham Lincoln, coletado no leito de morte do 16º presidente americano. Reznikoff explica que as partículas presas ao cabelo, parecidas com pedaços de ovo em uma frigideira, são restos cerebrais ressecados. Ele possui fios de cabelo de inúmeras figuras históricas, como George Washington, John F. Kennedy, Napoleão, Beethoven e Chopin. Embora anuncie com entusiasmo sua coleção de selos, autógrafos e antigüidades da tradição americana, que movimentam um negócio de US$10 milhões anuais, Reznikoff é discreto quando o assunto é sua estimada coleção de cabelos. Ele não anuncia, vende ou compra cabelos de pessoas vivas. "Tenho medo de que os clientes não me levem a sério se me virem vendendo um fio de cabelo de Charles Dickens," Reznikoff disse. O que um dia foi um mero passatempo de algumas dezenas de entusiastas na virada do século XX, se transformou em uma indústria multimilionária de colecionadores profissionais e grandes farsantes. A coleção de cabelos sobreviveu os tempos modernos, trazendo consigo o ar de bizarrice que envolve qualquer passatempo relacionado à perseguição de celebridades, bem como uma série de controvérsias sobre invasão de privacidade. Colecionar cabelos teve seu auge na era vitoriana, quando os notáveis costumavam dar a seus admiradores fios de seus cabelos, ao invés de autógrafos "Mais do que um autógrafo, era um sinal de afeto", disse Harry Rubenstein, curador do Museu Smithsonian de História Americana. Hoje em dia, pequenos colecionadores se debatem junto a representantes de grandes casas de leilão como Sotheby's e Christie's para conseguir restos dos cachos de Marilyn Monroe (raro), tranças de Audrey Hepburn (muito raro) e do cabelo de Elvis Presley (raríssimo). A demanda é insaciável, disse Brian Marren, vice-presidente das aquisições da casa de leilão Mastro, que vende cerca de US$ 100 mil em cabelos por ano. "É uma cultura movida a celebridade", Marren disse, "então qualquer coisa que tenha a ver com uma celebridade vende". Em outubro, um colecionador pagou US$ 119,5 mil por um tufo de cabelo de Che Guevara. Guerras de leilão ocorreram na disputa pelo cabelo de Babe Ruth (vendido por US$ 38 mil) e de John Lennon (US$ 48 mil). Além de parecer um passatempo um tanto nojento, colecionar cabelos é também um facilitador da invasão de privacidade, visto que os colecionadores usam o DNA dos fios de cabelos para investigar as vidas de celebridades do passado e do presente. Será que Lincoln tinha sífilis? Será que Beethoven transava com prostitutas? Para solucionar estes mistérios, fãs alucinados e historiadores obcecados em teorias de conspiração visitam a loja de Reznikoff, a University Archives, instalada em uma fábrica reformada. Lá eles encontram pequenos pedaços das lembranças foliculares de Reznikoff. Na loja, há uma foto emoldurada de Elvis depois de adquirir seu famoso corte estilo soldado, junto a um chumaço de seu cabelo colado em uma camurça azul. "Sempre fui um colecionador", ele disse. "Acredito mesmo que isso seja genético. Ou você é colecionador, ou não é." Ao sair do quarto dos fundos de sua loja, Reznikoff disse: "Estou agora pensando em colecionar vinhos". Ele então apontou para uma prateleira de garrafas antigas e empoeiradas, cortesia da adega de Eduardo VIII. (fonte: Vanity Fair)
Texto inédito analisa a ultima trilha sonora de Elvis, Speedway - maio de 2008
(São Paulo) - Nesse mês de maio de 2008 se completam 40 anos do lançamento da última trilha sonora dos anos 60 da carreira de Elvis Presley. Era o fim de uma era na trajetória do cantor. Em texto inédito, escrito por Pablo Aluísio e Erick Steve, analisamos todos os fatores que levaram a gravadora de Elvis a simplesmente decretar o fim desse tipo de disco na carreira de Elvis Presley. Leia um pequeno trecho do texto: "Em meados de 1968, a ano que não acabou, o novo projeto de Elvis, intitulado Speedway (O Bacana do Volante) foi lançado. Aqui Elvis contracena com a filha de Frank Sinatra, Nancy. Na direção mais uma vez Norman Taurog. Novamente outro filme sem grandes novidades, com Elvis novamente interpretando um piloto de corridas. Nancy Sinatra por sua vez interpreta uma fiscal da receita federal que vai atrás do personagem de Elvis para lhe cobrar impostos sonegados. O filme se tornou um dos últimos de Elvis na MGM pois seu contrato com a empresa estava chegando ao final. Apesar do otimismo sobre a carreira de Elvis no começo dos anos 60, em 1968 todos já estavam conscientes que dificilmente Elvis decolaria nas telas trabalhando com material tão ruim. Seu desânimo chega a ser notado durante a projeção do filme pois ele apenas passeia entre as cenas, visivelmente entediado" Leia a íntegra do texto clicando na foto acima.
Pablo Aluísio.
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