Título no Brasil: Crown, o Magnífico
Título Original: The Thomas Crown Affair
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Alan Trustman
Elenco: Steve McQueen, Faye Dunaway, Paul Burke
Sinopse:
Thomas Crown (Steve McQueen) é um milionário executivo do mundo financeiro que sob uma fachada de respeito e prestígio organiza bem planejados roubos a banco. A polícia não consegue unir pistas sólidas para chegar até ele, o que faz com que o inspetor resolva contratar os serviços de Vicki Anderson (Faye Dunaway), uma especialista em crimes desse tipo. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Canção Original ("The Windmills of Your Mind"). Também vencedor do Globo de Ouro na mesma categoria.
Comentários:
Steve McQueen se notabilizou em sua carreira ao interpretar homens de ação, sujeitos durões que colocavam a mão na massa sempre que fosse necessário. Nesse "The Thomas Crown Affair" houve uma mudança de paradigma nos personagens interpretados pelo ator. Aqui ele dá vida a um criminoso cerebral que organiza e planeja roubos a banco, mas não participa diretamente de sua execução. De forma muito inteligente move as peças de seu plano sem que ninguém chegue até ele diretamente ou saiba sobre sua verdadeira identidade, assim mesmo que alguém do seu grupo venha a cair ou ser preso jamais se conseguirá chegar até ele, o mentor de tudo. O filme também tem uma narrativa singular, com farto uso de multi-telas, mostrando todos os menores detalhes dos momentos mais importantes da trama. Esse tipo de estética foi muito popular entre o fim dos anos 1960 e começo da década de 1970. A sensação é muito completa, dando um panorama amplo para o espectador de tudo o que está acontecendo, mas que por outro lado também exigia um trabalho extra do diretor e sua equipe, o que contribui para que fosse gradualmente deixado de lado. Assim o filme de certa forma privilegia as tomadas mais impactantes, procurando captar todos os mínimos detalhes. Em termos de trilha sonora se encontra outro diferencial, com farto uso de jazz e canções mais sofisticadas, tudo para acompanhar a suposta finesse do personagem principal. Por fim e não menos importante, temos a tensão sexual entre Thomas Crown (Steve McQueen) e Vicki Anderson (Faye Dunaway) que o diretor Norman Jewison soube muito bem explorar, em especial na famosa cena do jogo de xadrez onde as conotações sexuais se tornam óbvias. Em suma, um momento diferente na carreira de Steve McQueen, que aqui demonstra que também poderia interpretar personagens sofisticados, finos e elegantes, sem o menor problema.
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
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