Ouvindo essas faixas hoje em dia, tanto "Devil in Disguise" como "Please Don't Drag String Around", podem ser definidas como canções pop de ótimos arranjos e melodias. A voz de Elvis estava em bom momento, onde ele conseguia imprimir numa mesma faixa grande poder vocal como suavidade extrema. "Devil" teve maior repercussão porque tinha um refrão ao estilo pegajoso que grudava na mente de ouvinte quando a ouvia na rádio e não saia mais de sua cabeça. Obviamente Elvis também estava em sua fase mais açucarada, com o repertório sendo selecionado cuidadosamente para não chocar com sua nova imagem de cantor para toda a família que havia sido cuidadosamente construída por Tom Parker após Elvis retornar do serviço militar. Assim até mesmo canções que ousavam citar "Devil" (diabo) em seus títulos eram em última análise inofensivas e nada ousadas. Rock n roll? Esqueça, por esses anos Elvis havia se transformado no "genro preferido da América". Se antes do exército ele encarnava o rebelde transgressor que aterrorizavam as mães de suas fãs, agora Elvis cantava para garotinhas chinesas em seus filmes, explorando todo o seu suposto bom mocismo. Mais cândido do que isso impossível. "Please Don't Drag String Around" vai pelo mesmo caminho, embora considero essa como uma das mais simpáticas melodias cantadas pelo cantor por essa época. Um single, como já escrevi, muito agradável, embora musicalmente sem grande impacto no mundo da música.
Pablo Aluísio.
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