domingo, 11 de setembro de 2011

David Bowie

Eu nunca gostei muito do David Bowie. Uma coisa é admitir a importância de um artista dentro da música internacional. Outra coisa é se tornar fã, comprar discos, etc. Pessoalmente eu não deixei de reconhecer a importância do Bowie, porém nunca consegui gostar de sua música. Nunca fui de entrar numa loja de discos atrás de algum álbum do Bowie para comprar...

Eu não sou da época do auge da carreira do Bowie. Quando fui saber de sua existência ele já estava em sua fase anos 80, que para muitos, é um momento pouco inspirado de sua carreira, onde ele se rendeu demais aos aspectos mais comerciais das gravadoras. Sobre isso não vou opinar, afinal nunca cheguei mesmo a acompanhar sua discografia. Aliás do pouco que ouvi (e não gostei muito) pouca coisa sobreviveu. Lembro do clip que ele fez ao lado do Mick Jagger e de sua peruca no filme "Labirinto". Acredito que sejam dois dos mais manjados momentos de sua vida artística dos 80´s.

De uma coisa posso afirmar com certeza. Ele nunca foi muito popular no Brasil. Eventualmente (muito eventualmente) o Bowie emplacava algum hit nas rádios brasileiras. Seus discos também não vendiam muito por aqui. Sua imagem mais andrógina realmente não conquistou muitos admiradores na terra brasilis. Claro, sempre há o nicho de fãs, isso acontece com todos os grandes nomes da música, mas mesmo esse grupo penso ser bem minoritário aqui em nosso país.

De qualquer forma a principal razão de nunca ter gostado da música do David Bowie foi mesmo o tal gosto pessoal. Sim, já ouvi muitos de seus mais famosos discos, mas não dá liga, não criou empatia comigo. Geralmente chegava no fim do Lado B já com cansaço e tédio. Em muitos aspectos o Bowie dava muito mais valor ao aspecto estético de sua imagem do que à beleza de suas melodias. Como não consigo ser fã de um artista que muitas vezes tem mais pose do que notas musicais acabei me tornando um "não fã", alguém que olha de longe e diz "OK!" sobre algum LP que ouviu, mas sem nunca ter tido vontade de comprar um título com seu nome estampado na capa...

Pablo Aluísio.

Little Richard

Little Richard foi um nome importante no surgimento do rock ´n´roll. Alguns disseram agora, com sua morte, que ele foi um dos nomes fundamentais no surgimento nesse novo gênero musical, que o rock simplesmente não existiria sem ele. Littler Richard teria sido um dos criadores do rock tal como conhecemos.

Não desmerecendo a importância dele como artista, as coisas não são bem assim. O próprio Little Richard sequer considerava o rock como algo novo, que havia sido inventado. Ele costumava dizer que aquilo que passou a ser chamado de rock nada mais era do que o bom e velho conhecido Rhythm and blues. E de certa foram ele tinha uma dose de razão.Os novos artistas jovens apenas aceleraram ainda mais aquela vertente do Blues e nesse processo criaram uma nova linguagem musical. Porém ser considerado o inventor do rock era algo sem sentido, segundo a própria opinião de Richard.

Expulso de casa aos 14 anos, após ser acusado de ser homossexual pelo pai, Richard Wayne Penniman (seu nome real) pegou a estrada e foi viver por conta própria. Imagine ser um negro pobre, homossexual e sem trabalho naqueles anos. Pior ainda, ser uma pessoa nessa situação no sul, a região mais racista dos Estados Unidos. Ele porém era lutador e viveu de pequenos trabalhos (como lavador de pratos) por anos. Ganhando sua sobrevivência na luta do dia a dia foi melhorando na música, estudou piano e mais tarde conseguiu viver da arte.

O surgimento daquele novo estilo, que os radialistas associavam a uma rocha (rock), por causa da pegada forte do ritmo, foi sua salvação pessoal. Dono de um timbre de voz único, inimitável, Little Richard começou a fazer sucesso com músicas como "Tutti Frutti", “Long Tall Sally”, “Rip It Up” e “Good Golly Miss Molly”. Foi justamente nessa fase que ele encontrou o auge comercial de toda a sua carreira. Sua melhor fase foi na gravadora RCA, onde gravou seus maiores e mais lembrados hits. Curiosamente na virada da década de 1950 para 1960 ele passou por uma fase de fervor religioso, largando o rock para se dedicar completamente à religião. Virou um cantor de música religiosa e saiu do foco da parada de sucessos que ele vinha frequentando. Uma opção pessoal dele. De qualquer forma aqueles poucos anos de sucesso, entre 1956 a 1959 o imortalizaram para sempre na história da música, fazendo com que ele jamais seja esquecido.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de setembro de 2011

Astrid Kirchherr

Morreu na última quarta-feira a fotógrafa alemã Astrid Kirchherr. E quem foi ela? Qual sua importância no mundo da música? Ela foi namorada nos anos 1950 e 1960 de um jovem inglês chamado Stuart Sutcliffe. Ele estava em Hamburgo, se apresentando com seus amigos numa banda de rock.

Isso tudo não teria nenhuma importância se os amigos de Stu não se chamassem John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Pete Best. Pois é meus caros, eram os Beatles! E ela foi uma pessoa bem importante nessa época da carreira dos Beatles. Eles eram desconhecidos, apenas um grupo de jovens procurando um lugar ao sol.

Ela adorou os rapazes e os influenciou, inclusive no aspecto visual. Eles copiaram o penteado de franjinha lisa que Astrid usava. Com isso a imagem clássica dos Beatles, tal como conhecemos, nasceu. Ela também tirou uma série de fotos deles em Hamburgo, fotos que até hoje fazem parte da história do rock.

Infelizmente Stu morreu muito jovem. Ele tinha problemas cerebrais e faleceu bem jovem. A amizade com os Beatles porém continuou por anos e anos. John Lennon a contratou depois para tirar novas fotos do grupo, já em sua fase de sucesso internacional e nunca deixou de visitar Astrid quando ia na Alemanha. Afinal Stu havia sido um dos grandes amigos de sua vida. Por fim deixo a dica do filme "Os Cinco Rapazes de Liverpool" que conta a história de Astrid, Stu e os Beatles na Alemanha. Um excelente filme que resgata toda essa história.

Pablo Aluísio.

Silver Beatles na Escócia

Quando Paul e John foram convidados para tocar com o cantor Johnny Gently na Escócia eles não passavam de garotos. Tanto isso é verdade que Paul McCartney precisou enganar ao pai, dizendo que naquela semana não haveria aulas na escola de Liverpool. Ele era apenas um colegial. John, que na época estava morando sozinho em um quartinho, precisou também ligar para a tia Mimi dizendo que ia passar uma semana fora, tentando ganhar alguns trocados na Escócia.

Na época os Beatles nem se chamavam Beatles, mas sim Silver Beatles (ou Silver Beetles, dependendo do dia). Não fazia muito tempo que eles tinham tocado ao vivo com o estranho nome de Johnny and the Moondogs. Na verdade era um bando de fedelhos que mal conseguiam ganhar um refrigerante em troca de algumas notas musicais em qualquer palco que os aceitasse. Eles queriam tocar, acima de tudo, para ganhar experiência.

Ringo ainda não fazia parte da banda e George Harrison ainda era menor de idade. Mesmo assim eles se amontoaram numa van velha e foram para a Escócia, servir de banda de apoio do tal Johnny Gently, que era um ídolo adolescente, teen, uma imitação inglesa barata de Elvis Presley. John Lennon, apesar de ser um notório desconhecido, não baixou a crista para o cantor. Achou suas músicas fracas e até deu uns toques para algumas composições dele. Mal sabia todos que o nome de John Lennon em uma música iria valer milhões de dólares em um futuro próximo.

A excursão foi bem mais ou menos e os Beatles não ganharam bem. Na verdade eles gastaram tudo em alimentação e estadia, nos hotéis mais baratos que tinham a disposição. A turnê também foi em pequenas cidades do interior, nada espetacular. Posters de divulgação dos shows sobreviveram ao tempo, mas o nome dos Silver Beatles nem aparecia neles. Apenas Johnny Gently era anunciado. No mais os Beatles foram indicados apenas como "sua banda". De qualquer maneira valeu a experiência, porque eles tiveram a oportunidade de tocar profissionalmente pela primeira vez, ganhando dinheiro com a música. Algo que eles nem esperavam acontecer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

The Beatles Again (1964)

Para quem gosta de pesquisar sobre a discografia brasileira dos Beatles, não se pode deixar de citar esse "The Beatles Again". Foi o segundo LP dos Beatles a ser lançado em nosso país, isso em setembro de 1964. Não podemos esquecer que em março desse mesmo ano havia chegado ao público brasileiro o tão afamado "Beatlemania". Para quem era fã nacional dos Beatles na época não existia o "Please Please Me" e nem tampouco o "With The Beatles". Esses álbuns, iguais aos originais ingleses, só chegariam em nossas lojas alguns anos depois.

E como um disco 100 por cento Brazuca, podemos bem perceber uma certa confusão em suas faixas, misturando músicas gravadas pelos Beatles para seus primeiros discos. A grande maioria das canções foram retiradas do álbum inglês "Please Please Me", com algumas novidades. Entre elas o fato de que a EMI no Brasil decidiu colocar também canções do filme "A Hard Day´s Night". Isso era surpreendente porque as músicas eram novidade, inclusive na Europa e Estados Unidos. A capa, feinha que só, vinha para completar o quadro bem pouco sofisticado, do ponto de vista fonográfico, desse álbum nacional. Porém para quem queria ouvir os Beatles naqueles tempos, era um alívio ter um disco como esse em mãos. Quem não tinha contatos e nem dinheiro para discos importados, o jeito era se contentar com o nosso mercado mesmo.

Eu tenho uma certa ligação emocional com esse disco porque meu irmão mais velho o tinha desde os anos 70. E foi nessa época em que eu nasci. Assim, muito provavelmente, esse foi um dos primeiros discos que ouvi em minha vida. Mesmo a capa sendo primitiva e tudo mais, eu curti muito esse disco de vinil. O curioso é que apesar de meu irmão ser um grande fã dos Beatles ele não tinha em nossa casa o "Beatlemania" que era figurinha fácil nos lares brasileiros. Ao invés disso ele tinha o "Beatles For Sale" desse mesmo ano de 1964. Depois vieram todos os demais discos. Por volta do começo dos anos 80 já tínhamos praticamente tudo do grupo, até porque a Odeon no Brasil relançou todos os discos oficiais dos Beatles, seguindo à risca a discografia da Inglaterra, que sempre foi considerada a oficial. Esse pacote de discos, lá por volta de 1982, foi um verdadeiro presente para essa geração que não havia vivido a época dos Beatles, mas que agora se interessava por sua maravilhosa obra musical.

Ainda tenho o disco original em minha coleção de discos de vinil. Pois é, muita gente jogou fora seus LPs quando o disco de vinil pareceu morrer ali por volta da virada dos anos 80 para os anos 90. Em minha casa procuramos preservar tudo, não apenas como um item de colecionador, mas também pelo apego emocional a esses discos que fizeram parte da nossa infância e adolescência. É uma questão de preservar aquilo que no passado nos deu muita alegria e diversão.

The Beatles Again (1964)
Please Please Me / Boys / Twist and Shout / From Me Tou You / Baby It´s You / I´ll Get You / Hold Me Tight / Money / Do You Know a Secret? / All My Loving / Love Me Do / Can´t Buy Me Love.

Pablo Aluísio.

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 3

Esse álbum dos Beatles levou muito tempo para ficar pronto. Eles levaram praticamente seis meses para completar o disco. Não que os Beatles tivessem ficado todo esse tempo dentro do estúdio gravando as canções. Pelo contrário. Eles tiveram que cumprir tantos compromissos que ficou complicado para eles terminarem o álbum. Só para se ter uma ideia eles tiveram que interromper as gravações para sua primeira turnê americana, a mesma que deu origem à Beatlemania nos Estados Unidos e no mundo.

E a correria foi tão grande que quando as filmagens de seu primeiro filme terminaram eles não tinham sequer gravado a música título do disco, a canção "A Hard Day's Night". Por essa razão não existe nenhum cena no filme mostrando os Beatles tocando essa música. Eles simplesmente não tinham gravado a faixa durante as filmagens. Só depois de pronta é que os editores a colocaram no filme, mas apenas nos créditos iniciais. Uma loucura incrível. E como todos sabemos a música também foi composta meio às pressas, em quartos de hotel das turnês. Quem deu a dica foi Ringo, exausto de tantos compromissos. Ele apenas fez um trocadilho espirituoso em cima da maneira de falar e pensar de John Lennon. Deu certo.

"You Can't Do That" também foi gravada na pressa. A EMI queria lançar um single o mais rapidamente possível. Já que o disco não conseguia ficar pronto era necessário colocar alguma coisa nova no mercado para faturar em cima da imensa popularidade dos Beatles. Assim eles se reuniram de forma urgente dentro da EMI e gravaram essa música que seria colocada como Lado B de  "Can't Buy Me Love". Como se pode perceber a pressão em cima do grupo era grande, principalmente por parte da gravadora. Eles tinham que compor e gravar em ritmo quase industrial. Manter o pique para tantas solicitações de material era complicado.

Quando chegou em junho de 1964 o filme estava praticamente pronto, mas o disco ainda não. Os Beatles precisavam gravar ainda cinco ou seis faixas para o lado B do disco. John e Paul tinham decidido não colocar nenhum cover no álbum, mas apenas composições próprias. Então eles correram para criar um lado inteiro para o que seria a trilha sonora do filme. "Things We Said Today" foi composta dentro dos estúdios da BBC, onde os Beatles tinham seu próprio programa musical, onde tocavam e conversavam com os ouvintes e o DJ. Enquanto estavam esperando sua vez de entrar, eles apressadamente fizeram a música. Depois foi uma questão de tempo para finalizá-la em Abbey Road, poucos dias depois.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Jim Morrison - Ninguém Sai Vivo Daqui

Essa biografia de Jim Morrison foi um grande sucesso de vendas nos Estados Unidos, vendendo em torno de 2 milhões de cópias, entrando na lista dos best-sellers do New York Times. O autor é bem conhecido para quem gosta de ler sobre música. Jerry Hopkins foi jornalista da revista Rolling Stones no auge de popularidade do rock e já era bem conhecido pelos fãs de Elvis Presley, principalmente pelo ótimo livro que escreveu sobre o Rei do Rock. Nesse aqui ele foi atrás da história do líder dos Doors, Jim Morrison, entrevistando amigos, familiares e namoradas. Acabou escrevendo um livro bem agradável de se ler.

Um dos pontos fortes dessa obra é que o autor foi um dos poucos jornalistas que conseguiram entrevistar Pamela, a musa de Morrison, a garota que o acompanhou até o dia de seu morte em Paris. Aliás foi ela que encontrou o artista morto na banheira de seu apartamento na cidade francesa. Ela não viveu muitos anos além de Morrison, morrendo de uma overdose de heroína em 1974. O fato de ter seu ponto de vista nessa páginas já qualifica o livro como um dos melhores sobre Morrison. A Pamela, infelizmente, teve uma vida tão auto destrutiva como o próprio namorado. Ela terminou seus dias bem pobre, viciada em drogas e dormindo de favor na casa de alguns amigos em Los Angeles. Nunca conseguiu desfrutar da fama e da riqueza gerada pelo nome The Doors.

Agora um fato curioso vem à tona. O escritor afirma com todas as letras que era bem mais admirador de Jim Morrison antes de escrever o livro. Quando foi exposto à verdadeira história do cantor ele ficou um tanto decepcionado com o que encontrou. Nos últimos anos Jim Morrison havia se tornado mesmo uma figura trágica. Estava alcoólatra e vivia perambulando pelas piores espeluncas e bares de Los Angeles. Vivia bêbado, caindo pelas ruas. Isso sem contar as drogas pesadas que tomava quando as encontrava de forma fácil pelos becos da cidade. Em Paris não mudou muito sua rotina. Continuou a ir em bares e boates onde passava o dia bebendo e tomando drogas. Supõe-se que no dia de sua morte injetou um tipo de heroína vinda do Marrocos. Seu organismo que já vinha sofrendo vários abusos ao longo dos anos não suportou mais essa agressão. Ele morreu muito jovem, aos 27 anos, pelos excessos que tinham se tornado rotina em sua vida.

Assim só coube ao autor lamentar a morte de um talento desses, tragado por seus vícios. Ele também descartou em sua biografia todas aquelas loucas teorias de que Morrison teria forjado sua própria morte, indo morar na África, como contrabandista, tal como seu ídolo Rimbaud. Nada dessa bobagem faz sentido para o escritor. Ao adotar esse estilo sóbrio e realista, o livro acaba ganhando mesmo muitos pontos positivos. No fim de tudo sobraram processos judiciais, envolvendo a família de Pamela, de Jim e dos demais membros dos Doors e um busto no cemitério de Père-Lachaise, busto esse inclusive que foi roubado alguns anos atrás. O lugar onde ele foi enterrado acabou se tornando um ponto de encontro de junkies europeus e americanos. Pelo visto os excessos de Jim Morrison não o deixaram nem após sua morte. Realmente não houve salvação para o auto denominado Rei Lagarto.

Pablo Aluísio.

Robert Schumann

Robert Schumann foi um dos grandes pianistas e compositores da história. Ele nasceu em Zwickau, no antigo Reino da Saxônia (hoje Alemanha) no dia 8 de junho de 1810. Desde jovem mostrou paixão e aptidão para a música Seu pai o incentivava muito, pois também tinha alma de artista. Depois com os anos de estudo ele foi se tornando um maravilhoso pianista, apesar da pouca idade. A vida de Robert Schumann foi repleta de tragédias, sendo a primeira delas a morte de seu querido pai. Sem ele, o jovem pianista se viu sem seu maior incentivador.

A mãe de Schumann não via a vida de artista com bons olhos. Para ela os músicos não tinham grande futuro, sendo que muitos deles morriam na maior miséria. Por isso fez de tudo para proibir que seu filho seguisse por esse caminho. Para ela o importante era ir para uma universidade de direito, para se tornar advogado. Esse era um grande futuro para o seu filho.

Mesmo a contragosto Schumann foi cursar direito. Só que seu velho sonho de ser um pianista não o deixava. Assim ele acabou conhecendo um grande professor que ficou admirado por seu talento. Ao jovem pupilo o mestre disse: "Largue o curso de direito e venha estudar comigo. Eu vou lhe transformar no maior pianista do mundo!". Com esse inventivo o ele simplesmente largou tudo e foi buscar o sonho de ser um músico profissional. E se deu muito bem, pelo menos nos primeiros anos, quando deu concertos por toda a Alemanha, se tornando celebrado e admirado.

Porém seu destino quase sempre caminhava para a tragédia. Ele teve um problema sério nas mãos que liquidou sua carreira de concertista. Sem conseguir tocar piano, ele foi para o lado de composição, se tornando um grande criador. Também se destacou no jornalismo, onde se tornou crítico de arte de um jornal de sua cidade. Só que nada disso impediu que Robert Schumann tivesse um sério problema mental que o deixou incapaz de trabalhar. Acabou sendo internado em uma instituição psiquiátrica, onde veio a falecer ainda muito moço, na idade de apenas 46 anos de idade. Sua adorada esposa Clara reuniu todos os seus trabalhos e conseguiu levar para a posteridade todo o seu grande trabalho de compositor. Sua obra chegou intacta até nós, graças a ela. Especialistas atuais e estudiosos em geral colocam o músico como um dos mais importantes na história do piano, lado a lado com Chopin e Franz Liszt.

Pablo Aluísio.