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sábado, 1 de outubro de 2011

Beethoven - Bernard Fauconnier

Algumas vezes as pessoas se esquecem que até mesmo os maiores gênios da humanidade também foram seres humanos. Pessoas que tinham problemas com dívidas, brigas familiares, falta de emprego, incompreensão de seus financiadores, patrocinadores, etc. Por essa razão gostei bastante dessa biografia de Beethoven. Aqui surge seu lado mais humano, mais controverso. O músico que vemos nessas páginas não é o compositor magistral, genial, inalcançável. O que vemos aqui é acima de tudo uma história de um ser humano, com falhas, problemas, vitórias e derrotas, como todos nós.

E como Beethoven tinha problemas... Ele tinha problemas familiares, com um sobrinho que sempre estava lhe trazendo dores de cabeça. Tinha problemas financeiros pois nem sempre tinha dinheiro suficiente para saldar suas dívidas, afinal ele era um trabalhador como qualquer outro de seu tempo. Tinha problemas emocionais, pois não conseguia ter um relacionamento longo, firme e duradouro com nenhuma mulher e, como se tudo isso não fosse o bastante, ainda tinha problemas de saúde. O pior deles era a perda de sua audição. Criador de algumas das músicas mais belas de todos os tempos, em determinado momento de sua vida ele não conseguia mais ouvi-las.

Outro aspecto a se considerar é que o escritor Bernard Fauconnier escreveu uma biografia bem objetiva. Veja, não é um livro para se emocionar com o estilo da escrita. Não, longe disso. É um livro para reter informações sobre o compositor, tudo absorvido de forma rápida, sem maiores delongas. O conhecimento é passado ao leitor, mas sem rodeios, sem palavras desnecessárias. Assim se você estiver em busca de alguma biografia de Ludwig van Beethoven que vá direto ao ponto, não teria nenhuma outra recomendação melhor a lhe passar.

Por essa razão também sou defensor que biografias como essa sejam lançadas em formato de livro de bolso. Qualquer um, em seus pequenos momentos de folga, poderá folhear o livro, conhecendo sua história, absorvendo conhecimento histórico. Simples e prático. Por fim, uma pequena dica de leitura. Leia ao livro ouvindo a música de Beethoven em fones de ouvido. A imersão será muito boa e você irá receber cultura em dose dupla, tanto das páginas de literatura, como também da música clássica que estará absorvendo naquele momento. Algo muito gratificante, para engrandecer a alma.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Robert Schumann

Robert Schumann foi um dos grandes pianistas e compositores da história. Ele nasceu em Zwickau, no antigo Reino da Saxônia (hoje Alemanha) no dia 8 de junho de 1810. Desde jovem mostrou paixão e aptidão para a música Seu pai o incentivava muito, pois também tinha alma de artista. Depois com os anos de estudo ele foi se tornando um maravilhoso pianista, apesar da pouca idade. A vida de Robert Schumann foi repleta de tragédias, sendo a primeira delas a morte de seu querido pai. Sem ele, o jovem pianista se viu sem seu maior incentivador.

A mãe de Schumann não via a vida de artista com bons olhos. Para ela os músicos não tinham grande futuro, sendo que muitos deles morriam na maior miséria. Por isso fez de tudo para proibir que seu filho seguisse por esse caminho. Para ela o importante era ir para uma universidade de direito, para se tornar advogado. Esse era um grande futuro para o seu filho.

Mesmo a contragosto Schumann foi cursar direito. Só que seu velho sonho de ser um pianista não o deixava. Assim ele acabou conhecendo um grande professor que ficou admirado por seu talento. Ao jovem pupilo o mestre disse: "Largue o curso de direito e venha estudar comigo. Eu vou lhe transformar no maior pianista do mundo!". Com esse inventivo o ele simplesmente largou tudo e foi buscar o sonho de ser um músico profissional. E se deu muito bem, pelo menos nos primeiros anos, quando deu concertos por toda a Alemanha, se tornando celebrado e admirado.

Porém seu destino quase sempre caminhava para a tragédia. Ele teve um problema sério nas mãos que liquidou sua carreira de concertista. Sem conseguir tocar piano, ele foi para o lado de composição, se tornando um grande criador. Também se destacou no jornalismo, onde se tornou crítico de arte de um jornal de sua cidade. Só que nada disso impediu que Robert Schumann tivesse um sério problema mental que o deixou incapaz de trabalhar. Acabou sendo internado em uma instituição psiquiátrica, onde veio a falecer ainda muito moço, na idade de apenas 46 anos de idade. Sua adorada esposa Clara reuniu todos os seus trabalhos e conseguiu levar para a posteridade todo o seu grande trabalho de compositor. Sua obra chegou intacta até nós, graças a ela. Especialistas atuais e estudiosos em geral colocam o músico como um dos mais importantes na história do piano, lado a lado com Chopin e Franz Liszt.

Pablo Aluísio.