Título no Brasil: A Guerra das Flechas
Título Original: Choi-jong-byeong-gi hwal
Ano de Produção: 2011
País: Coreia do Sul
Estúdio: Venture Capital
Direção: Han-min Kim
Roteiro: Han-min Kim
Elenco: Chae-won Moon, Hae-il Park, Seung-ryong Ryu, Mu-Yeol Kim
Sinopse:
Coreia, século XVII. Após a morte de seu pai, assassinado por usurpadores guerreiros que promoveram um golpe de Estado, a jovem Ja-in (Chae-won Moon) e seu irmão fogem e se mudam para terras distantes. Seu martírio porém não chega ao fim. Treze anos após sua chegada no feudo pertencente ao seu tio, toda a região onde vive é invadida por tropas imperiais da Manchúria! Os novos conquistadores espalham teror e morte por onde chegam, causando a chacina e a escravidão do povo local. Filme indicado ao Asian Film Awards e ao Blue Dragon Awards.
Comentários:
Muito boa essa produção coreana sobre um dos períodos mais conturbados da história daquela nação. Como o próprio título da fita indica, o filme mostra os acontecimentos históricos reais quando a península coreana foi invadida pelos povos da Manchúria, uma região ao norte da China. Como era de praxe naqueles tempos obscuros os povos invasores e vitoriosos escravizavam os povos vencidos e conquistados com requintes de crueldade extrema. A personagem principal é um jovem que acaba vivendo todo esse caos e o pior de tudo, a temida invasão ocorre justamente no dia de seu casamento! Apesar de tudo isso não vá pensando que se trata de um drama, daqueles bem tristes e melancólicos. Não é essa a intenção do diretor e roteirista Han-min Kim. Ao invés de investir nessa linha ele preferiu acertadamente realizar um filme de guerra, ação e aventura, com muitas cenas de batalha e conflitos. Embora seja um pouco excessivo em sua duração o filme diverte bastante, sem apelar para exageros ou algo do tipo. A trama central se mantém firme, inclusive sob o ponto de vista histórico, e muitas cenas com muita ação vão se sucedendo. Uma delas é bem interessante, quando um pequeno grupo de soldados da Manchúria, os vilões do filme, acabam cercados por um feroz e selvagem tigre, bem no meio de uma ravina! A atriz Chae-won Moon também se mostra bem talentosa. A produção em si é muito boa, com ótimos figurinos e preciosa reconstituição de época. Tudo de muito bom gosto. Em relação ao nosso mercado deixo um aviso: procure por uma versão legendada, com som original, porque infelizmente a versão dublada no Brasil deixa bastante a desejar. Um trabalho muito mal feito, vamos convir. Então é isso, fica a dica desse filme coreano que vai certamente satisfazer a vontade dos fãs de filmes orientais. Vale a pena.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Tarzan, o Filho das Selvas
Vou fechar o mês falando sobre esse filme que assisti ontem pela primeira vez, isso apesar de ser uma produção antiga, lançada em 1981. É uma espécie de versão mais moderna e sensual de Tarzan (o imortal personagem criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs). O filme na época de seu lançamento causou mais repercussão por causa das cenas de nudez da atriz Bo Derek do que por qualquer outro tipo de qualidade cinematográfica que ele tivesse. Esqueceram (ou ignoraram), por exemplo, a ótima atuação de Richard Harris, que está muito inspirado como um aventureiro meio lunático que avança selva adentro em busca de seus sonhos mais alucinados.Antes de qualquer coisa vamos relembrar a estória. Jane (Bo Derek) é uma linda estrangeira que resolve cruzar a África em busca do seu pai, James Parker (Richard Harris). Ela quer criar novamente um laço com ele, após a morte de sua mãe. James nunca foi um sujeito muito comum ou normal, sempre se dedicou a aventuras pelo mundo afora e essa foi uma das razões que levaram seu casamento ao fim. Agora Jane acredita que poderá se reaproximar dele, mesmo e apesar de suas excentricidades embaraçosas. Assim que chega Jane decide seguir ele numa expedição pelos confins do continente africano. E é justamente nessa jornada que ela toma contato pela primeira vez com a lenda de Tarzan, que os nativos consideram um macaco branco, gigante e de extrema força que habita as florestas.
Como era de esperar logo eles se encontram. Jane, virgem e pura, fica obviamente atraída por aquele homem selvagem, musculoso e másculo. Por falar em Tarzan, o ator que o interpreta chamado Miles O'Keeffe não diz nem uma linha de diálogo sequer durante todo o filme. Ele realmente se comporta como um primata criado nas matas, sem qualquer tipo de traço de civilização. O único som que sai de sua boca é o famoso grito dos tempos ainda dos filmes de Johnny Weissmuller. Fora isso, nem um pio é emitido. De modo em geral acabei gostando do filme. Ele não tem roteiro bem elaborado e seu enredo não tem nada demais, porém também não é pura apelação como alguns críticos chegaram a dizer em seu lançamento original. Bo Derek tem suas cenas de nudez, isso é verdade, mas para os padrões de hoje nada é muito ousado ou fora do normal. Acredito que mesmo sendo até despretensioso esse filme tem seu espaço dentro da vasta mitologia do homem macaco.
Tarzan, o Filho das Selvas (Tarzan the Ape Man, Estados Unidos,1981) Direção: John Derek / Roteiro: Tom Rowe / Elenco: Bo Derek, Richard Harris, Miles O'Keeffe / Sinopse: A jovem loira e aristocrática Jane (Bo Derek) decide ir até a África selvagem para encontrar novamente seu pai, James (Harris), um homem excêntrico e incomum que procura por um cemitério de elefantes, onde ele poderá finalmente ficar rico com o marfim que pretende encontrar. No meio da jornada sua filha Jane acaba conhecendo Tarzan, dito até aquele momento como apenas uma lenda criada pelos nativos da região.
Pablo Aluísio.
Como era de esperar logo eles se encontram. Jane, virgem e pura, fica obviamente atraída por aquele homem selvagem, musculoso e másculo. Por falar em Tarzan, o ator que o interpreta chamado Miles O'Keeffe não diz nem uma linha de diálogo sequer durante todo o filme. Ele realmente se comporta como um primata criado nas matas, sem qualquer tipo de traço de civilização. O único som que sai de sua boca é o famoso grito dos tempos ainda dos filmes de Johnny Weissmuller. Fora isso, nem um pio é emitido. De modo em geral acabei gostando do filme. Ele não tem roteiro bem elaborado e seu enredo não tem nada demais, porém também não é pura apelação como alguns críticos chegaram a dizer em seu lançamento original. Bo Derek tem suas cenas de nudez, isso é verdade, mas para os padrões de hoje nada é muito ousado ou fora do normal. Acredito que mesmo sendo até despretensioso esse filme tem seu espaço dentro da vasta mitologia do homem macaco.
Tarzan, o Filho das Selvas (Tarzan the Ape Man, Estados Unidos,1981) Direção: John Derek / Roteiro: Tom Rowe / Elenco: Bo Derek, Richard Harris, Miles O'Keeffe / Sinopse: A jovem loira e aristocrática Jane (Bo Derek) decide ir até a África selvagem para encontrar novamente seu pai, James (Harris), um homem excêntrico e incomum que procura por um cemitério de elefantes, onde ele poderá finalmente ficar rico com o marfim que pretende encontrar. No meio da jornada sua filha Jane acaba conhecendo Tarzan, dito até aquele momento como apenas uma lenda criada pelos nativos da região.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Regras do Jogo
Título no Brasil: Regras do Jogo
Título Original: Rules of Engagement
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Friedkin
Roteiro: Jim Webb, Stephen Gaghan
Elenco: Tommy Lee Jones, Samuel L. Jackson, Guy Pearce, Ben Kingsley, Bruce Greenwood, Anne Archer
Sinopse:
O Coronel Terry Childers (Samuel L. Jackson) é levado para ser julgado em uma corte marcial pela acusação de que teria atirado em civis desarmados durante a tentativa de ocupação da embaixada americana no distante e conturbado Iêmen, no Oriente Médio. O militar se defende da acusação dizendo que tudo foi necessário, diante da gravidade da situação. Filme indicado ao BET Awards na categoria de Melhor Ator (Samuel L. Jackson).
Comentários:
Um filme dirigido pelo cineasta William Friedkin, o mesmo de "O Exorcista". Aqui ele deixou o terror de lado para dirigir um drama de tribunal militar, numa história que foi parcialmente inspirada em fatos reais. O enredo explora um longo flashback mostrando a tentativa de invasão de uma embaixada no Oriente Médio, quando o comandante militar encarregado da segurança do corpo diplomático americano decidiu abrir fogo contra manifestantes civis que tentavam invadir o lugar. Levado à corte marcial se impõe o caso: teria ele cometido algum crime ou apenas se defendeu de uma multidão em delírio? O elenco é bem acima da média, contando não apenas com Samuel L. Jackson (naquela que provavelmente foi sua melhor atuação na carreira), mas também com um inspirado Tommy Lee Jones interpretando um coronel linha dura chamado Hayes 'Hodge' Hodges. Esse tipo de interpretação aliás sempre foi especialidade do durão com cara de poucos amigos Jones. No saldo geral é um filme muito bom, muito coeso, com roteiro extremamente bem escrito. Mesmo que você não goste muito de filmes de tribunais, certamente vai acabar apreciando essa produção por causa de seus méritos cinematográficos. Esse filme é certamente um item para ter em sua coleção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Rules of Engagement
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Friedkin
Roteiro: Jim Webb, Stephen Gaghan
Elenco: Tommy Lee Jones, Samuel L. Jackson, Guy Pearce, Ben Kingsley, Bruce Greenwood, Anne Archer
Sinopse:
O Coronel Terry Childers (Samuel L. Jackson) é levado para ser julgado em uma corte marcial pela acusação de que teria atirado em civis desarmados durante a tentativa de ocupação da embaixada americana no distante e conturbado Iêmen, no Oriente Médio. O militar se defende da acusação dizendo que tudo foi necessário, diante da gravidade da situação. Filme indicado ao BET Awards na categoria de Melhor Ator (Samuel L. Jackson).
Comentários:
Um filme dirigido pelo cineasta William Friedkin, o mesmo de "O Exorcista". Aqui ele deixou o terror de lado para dirigir um drama de tribunal militar, numa história que foi parcialmente inspirada em fatos reais. O enredo explora um longo flashback mostrando a tentativa de invasão de uma embaixada no Oriente Médio, quando o comandante militar encarregado da segurança do corpo diplomático americano decidiu abrir fogo contra manifestantes civis que tentavam invadir o lugar. Levado à corte marcial se impõe o caso: teria ele cometido algum crime ou apenas se defendeu de uma multidão em delírio? O elenco é bem acima da média, contando não apenas com Samuel L. Jackson (naquela que provavelmente foi sua melhor atuação na carreira), mas também com um inspirado Tommy Lee Jones interpretando um coronel linha dura chamado Hayes 'Hodge' Hodges. Esse tipo de interpretação aliás sempre foi especialidade do durão com cara de poucos amigos Jones. No saldo geral é um filme muito bom, muito coeso, com roteiro extremamente bem escrito. Mesmo que você não goste muito de filmes de tribunais, certamente vai acabar apreciando essa produção por causa de seus méritos cinematográficos. Esse filme é certamente um item para ter em sua coleção.
Pablo Aluísio.
O Quarto Poder
Título no Brasil: O Quarto Poder
Título Original: Mad City
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Costa-Gavras
Roteiro: Tom Matthews
Elenco: John Travolta, Dustin Hoffman, Alan Alda
Sinopse:
John Brackett (Dustin Hoffman) é um repórter decadente que ao visitar um museu para uma matéria de rotina acaba tirando a sorte grande. Acontece que o guarda do local, Sam (John Travolta) se revolta ao ser demitido e acaba ameaçando a diretora do museu. Mais do que isso, acidentalmente ele dispara sua arma dentro do lugar. Era tudo o que Brackett precisava para fazer uma reportagem extremamente sensacionalista, chamando a atenção de todo o país.
Comentários:
Essa denominação "Quarto Poder" geralmente é usada para designar os órgãos de imprensa, ou seja, a mídia. Assim foi bem feliz esse título nacional desse filme originalmente chamado "Mad City" (Cidade Louca, em inglês). O roteiro é obviamente uma crítica aos meios de comunicação que geralmente exageram nas matérias jornalísticas, aumentando em muito o real impacto do que está acontecendo. É curioso porque esse filme foi realizado antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, onde acontecimentos assim, de ameaças e terror, eram relativamente bem raros dentro dos Estados Unidos. Depois de 11/9 situações como essa mostrada no filme dificilmente chamariam a atenção de toda a nação como acontece nesse roteiro. No máximo seria tratado como um evento de criminalidade meramente local. Embora até apresente uma boa ideia o fato é que logo o filme se torna cansativo, principalmente porque o antes aclamado diretor Costa-Gavras não parece ir a fundo em praticamente nada, ficando apenas na superficialidade. Assim o cineasta acaba confirmando uma velha máxima que dizia que grande diretores estrangeiros geralmente se tornam medíocres quando vão para Hollywood. A máquina da indústria cinematográfica americana geralmente engole todos eles, sem dó e nem piedade. Enfim, temos aqui um filme até bem banal, apesar dos nomes envolvidos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mad City
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Costa-Gavras
Roteiro: Tom Matthews
Elenco: John Travolta, Dustin Hoffman, Alan Alda
Sinopse:
John Brackett (Dustin Hoffman) é um repórter decadente que ao visitar um museu para uma matéria de rotina acaba tirando a sorte grande. Acontece que o guarda do local, Sam (John Travolta) se revolta ao ser demitido e acaba ameaçando a diretora do museu. Mais do que isso, acidentalmente ele dispara sua arma dentro do lugar. Era tudo o que Brackett precisava para fazer uma reportagem extremamente sensacionalista, chamando a atenção de todo o país.
Comentários:
Essa denominação "Quarto Poder" geralmente é usada para designar os órgãos de imprensa, ou seja, a mídia. Assim foi bem feliz esse título nacional desse filme originalmente chamado "Mad City" (Cidade Louca, em inglês). O roteiro é obviamente uma crítica aos meios de comunicação que geralmente exageram nas matérias jornalísticas, aumentando em muito o real impacto do que está acontecendo. É curioso porque esse filme foi realizado antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, onde acontecimentos assim, de ameaças e terror, eram relativamente bem raros dentro dos Estados Unidos. Depois de 11/9 situações como essa mostrada no filme dificilmente chamariam a atenção de toda a nação como acontece nesse roteiro. No máximo seria tratado como um evento de criminalidade meramente local. Embora até apresente uma boa ideia o fato é que logo o filme se torna cansativo, principalmente porque o antes aclamado diretor Costa-Gavras não parece ir a fundo em praticamente nada, ficando apenas na superficialidade. Assim o cineasta acaba confirmando uma velha máxima que dizia que grande diretores estrangeiros geralmente se tornam medíocres quando vão para Hollywood. A máquina da indústria cinematográfica americana geralmente engole todos eles, sem dó e nem piedade. Enfim, temos aqui um filme até bem banal, apesar dos nomes envolvidos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Anjos da Noite: Guerras de Sangue
Título no Brasil: Anjos da Noite - Guerras de Sangue
Título Original: Underworld - Blood Wars
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Anna Foerster
Roteiro: Cory Goodman, Kyle Ward
Elenco: Kate Beckinsale, Theo James, Tobias Menzies, Lara Pulver, Charles Dance
Sinopse:
A vampira Selene (Kate Beckinsale) agora é uma completa pária, tanto entre os lycans como entre os vampiros. Todos querem vê-la morta! As coisas mudam porém quando se descobre que sua filha poderia ser uma peça chave na guerra entre os clãs. A garotinha, uma híbrida, poderia conter o segredo para a vitória em uma guerra que já atravessa os séculos e não parece ter fim! Selene porém está disposta a defender sua filha a todo custo, sem pensar duas vezes. Após ser contactada para treinar os guerreiros vampiros, ela descobre que caiu em uma armadilha, uma traição que poderá custar sua existência.
Comentários:
Uma das coisas que sempre me irritaram nessa franquia "Underworld" e que em todos os filmes, sem exceção, a fotografia sempre se mostrou extremamente escura, absurdamente negra, onde em determinados momentos o espectador não consegue ver nada - mesmo nas melhores salas de cinema! Aqui o velho problema continua o mesmo, principalmente quando os lobisomens atacam (seria uma forma de esconder o fato de que os efeitos especiais não são assim tão bons?). A única diferença mais notável nesse novo filme vem da direção de arte de uma forma em geral. O velho visual ao estilo Matrix foi substituído por algo mais na linha "Game of Thrones". Já era hora de mudanças! Claro, Selene continua com sua roupa de couro negro, mas fora isso, todos os demais personagens parecem ter saídos da famosa série! E as semelhanças não param por aí, os roteiristas criaram inclusive um clã de vampiros que vive isoladamente em terras do norte, um lugar completamente congelado por um inverno que parece eterno, tudo protegido por uma enorme muralha (uma óbvia referência à Patrulha da Noite). Pois bem, se há inovações nesses aspectos periféricos o mesmo não se pode dizer isso em relação ao roteiro. Eles seguiram na mesma linha, com Selene no meio da guerra entre vampiros e lycans. Esse é o quinto filme da franquia, por isso resolveram apostar no mais do mesmo, no que deu certo antes, sem mudar muitas coisas. Penso que os fãs vão gostar, porém os cinéfilos em geral, aqueles que apenas estão em busca de uma boa diversão, a coisa pode soar bem decepcionante. Além de praticamente não conseguir enxergar quase nada (por causa da escuridão das cenas) corre-se o risco de ficar entediado já nas primeiras sequências. Penso que chegou a hora de encerrar "Underworld" pois já se está andando em círculos há bastante tempo. Melhor encerrar antes de ficar completamente ridículo, não é mesmo? No geral é apenas mais um filme da série, sem nada muito interessante. Nenhum efeito especial exuberante e sem nenhuma mudança mais significativa em termos de roteiro. Enfim, um verdadeiro zero a zero no placar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Underworld - Blood Wars
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Anna Foerster
Roteiro: Cory Goodman, Kyle Ward
Elenco: Kate Beckinsale, Theo James, Tobias Menzies, Lara Pulver, Charles Dance
Sinopse:
A vampira Selene (Kate Beckinsale) agora é uma completa pária, tanto entre os lycans como entre os vampiros. Todos querem vê-la morta! As coisas mudam porém quando se descobre que sua filha poderia ser uma peça chave na guerra entre os clãs. A garotinha, uma híbrida, poderia conter o segredo para a vitória em uma guerra que já atravessa os séculos e não parece ter fim! Selene porém está disposta a defender sua filha a todo custo, sem pensar duas vezes. Após ser contactada para treinar os guerreiros vampiros, ela descobre que caiu em uma armadilha, uma traição que poderá custar sua existência.
Comentários:
Uma das coisas que sempre me irritaram nessa franquia "Underworld" e que em todos os filmes, sem exceção, a fotografia sempre se mostrou extremamente escura, absurdamente negra, onde em determinados momentos o espectador não consegue ver nada - mesmo nas melhores salas de cinema! Aqui o velho problema continua o mesmo, principalmente quando os lobisomens atacam (seria uma forma de esconder o fato de que os efeitos especiais não são assim tão bons?). A única diferença mais notável nesse novo filme vem da direção de arte de uma forma em geral. O velho visual ao estilo Matrix foi substituído por algo mais na linha "Game of Thrones". Já era hora de mudanças! Claro, Selene continua com sua roupa de couro negro, mas fora isso, todos os demais personagens parecem ter saídos da famosa série! E as semelhanças não param por aí, os roteiristas criaram inclusive um clã de vampiros que vive isoladamente em terras do norte, um lugar completamente congelado por um inverno que parece eterno, tudo protegido por uma enorme muralha (uma óbvia referência à Patrulha da Noite). Pois bem, se há inovações nesses aspectos periféricos o mesmo não se pode dizer isso em relação ao roteiro. Eles seguiram na mesma linha, com Selene no meio da guerra entre vampiros e lycans. Esse é o quinto filme da franquia, por isso resolveram apostar no mais do mesmo, no que deu certo antes, sem mudar muitas coisas. Penso que os fãs vão gostar, porém os cinéfilos em geral, aqueles que apenas estão em busca de uma boa diversão, a coisa pode soar bem decepcionante. Além de praticamente não conseguir enxergar quase nada (por causa da escuridão das cenas) corre-se o risco de ficar entediado já nas primeiras sequências. Penso que chegou a hora de encerrar "Underworld" pois já se está andando em círculos há bastante tempo. Melhor encerrar antes de ficar completamente ridículo, não é mesmo? No geral é apenas mais um filme da série, sem nada muito interessante. Nenhum efeito especial exuberante e sem nenhuma mudança mais significativa em termos de roteiro. Enfim, um verdadeiro zero a zero no placar.
Pablo Aluísio.
Boca do Inferno
Título no Brasil: Boca do Inferno
Título Original: Nothing Left to Fear
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Anchor Bay Films / Slasher Films
Direção: Anthony Leonardi III
Roteiro: Jonathan W.C. Mills
Elenco: Anne Heche, Clancy Brown, Jennifer Stone
Sinopse:
Um pastor da cidade grande aceita o convite para assumir uma pequena igreja no interior dos Estados Unidos. O antigo pastor está se aposentando e assim ele se muda para a comunidade para conhecer todos. É uma cidade pacata, onde todos os moradores se conhecem entre si. Inicialmente todos os recebem muito bem mas o local guarda um terrível segredo que vai se revelar aos poucos para todos os membros de sua família.
Comentários:
Esqueça o horrível título nacional (que de certa forma acaba entregando parte da trama). Para surpresa geral esse "Nothing Left to Fear" é realmente bom! O grande diferencial vem no roteiro. De forma bem inteligente e criativa o texto explora um trecho por demais conhecido do velho testamento para trazer uma realidade sobrenatural aos dias atuais. E isso funciona muito bem. As referências bíblicas são utilizadas de forma muito sutil e curiosa. Esse é o tipo de enredo que vai se revelando aos poucos ao espectador que vai montando o quebra-cabeça lentamente. Isso por si só já é um aspecto por demais positivo pois cria um clima muito envolvente mas há mais. Efeitos digitais pontuais e bem realizados garantem a harmonia da produção. Alguns dirão que a trama é bem interessante até o momento em que se revela completamente mas penso um pouco diferente. Mesmo após tudo revelado ainda restam detalhes muito interessantes para chamar a atenção. Assim fica a dica desse "Boca do Inferno", um filme de terror que conseguiu extrair de uma velha história da bíblia um misto de terror e medo que vai agradar aos fãs do gênero.
Pablo Aluísio.
Título Original: Nothing Left to Fear
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Anchor Bay Films / Slasher Films
Direção: Anthony Leonardi III
Roteiro: Jonathan W.C. Mills
Elenco: Anne Heche, Clancy Brown, Jennifer Stone
Sinopse:
Um pastor da cidade grande aceita o convite para assumir uma pequena igreja no interior dos Estados Unidos. O antigo pastor está se aposentando e assim ele se muda para a comunidade para conhecer todos. É uma cidade pacata, onde todos os moradores se conhecem entre si. Inicialmente todos os recebem muito bem mas o local guarda um terrível segredo que vai se revelar aos poucos para todos os membros de sua família.
Comentários:
Esqueça o horrível título nacional (que de certa forma acaba entregando parte da trama). Para surpresa geral esse "Nothing Left to Fear" é realmente bom! O grande diferencial vem no roteiro. De forma bem inteligente e criativa o texto explora um trecho por demais conhecido do velho testamento para trazer uma realidade sobrenatural aos dias atuais. E isso funciona muito bem. As referências bíblicas são utilizadas de forma muito sutil e curiosa. Esse é o tipo de enredo que vai se revelando aos poucos ao espectador que vai montando o quebra-cabeça lentamente. Isso por si só já é um aspecto por demais positivo pois cria um clima muito envolvente mas há mais. Efeitos digitais pontuais e bem realizados garantem a harmonia da produção. Alguns dirão que a trama é bem interessante até o momento em que se revela completamente mas penso um pouco diferente. Mesmo após tudo revelado ainda restam detalhes muito interessantes para chamar a atenção. Assim fica a dica desse "Boca do Inferno", um filme de terror que conseguiu extrair de uma velha história da bíblia um misto de terror e medo que vai agradar aos fãs do gênero.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Kong: A Ilha da Caveira
Esse novo filme do gorilão King Kong não é necessariamente um remake. Na verdade se trata de uma tentativa de se criar uma nova série de filmes. Tanto isso fica óbvio que ao contrário dos anteriores tudo se passa na Ilha da Caveira, sem a ida do gigante para Nova Iorque. De forma geral até gostei dessa nova versão. É um filme de aventuras ao estilo antigo, das matinês dos anos 30, 40... Por isso não espere por um roteiro extremamente bem elaborado e nem por personagens profundos. Esse é na essência um filme de monstros com tudo de bom e ruim que isso possa significar. Em termos de produção não há o que reclamar, com tudo muito bem realizado. O filme é um blockbuster de Hollywood (com financiamento de investidores chineses) e custou absurdos 185 milhões de dólares no total! É dinheiro que não acaba mais...
Um dos melhores aspectos desse novo filme de King Kong é o design do bichão. Os produtores decidiram esquecer o visual dos filmes dos anos 70 e da recente produção dirigida por Peter Jackson. O diretor de "O Senhor dos Anéis" havia optado por um Kong mal encarado, cheio de cicatrizes e com uma face levemente defeituosa por causa dos combates que ele havia travado com dinossauros ao longo dos anos. Aqui não, a inspiração veio mais de longe, do primeiro filme, do clássico original. Por isso seus braços são maiores, numa clara imitação do boneco original (cuja existência hoje em dia se resume a sua carcaça metálica que foi a leilão alguns anos atrás!). O curioso é que apesar de ser um blockbuster o estúdio resolveu confiar o filme a um diretor praticamente novato, o pouco conhecido Jordan Vogt-Roberts, que veio do mundo da TV para o cinema. Ele até que se saiu muito bem, fazendo um filme redondinho que funciona muito bem. No elenco não temos maiores destaques, até porque qualquer personagem humano em um filme de King Kong será sempre um coadjuvante. Os mais conhecidos são Samuel L. Jackson, John Goodman, Tom Hiddleston e John Goodman. Não faz diferença, pois no final das contas todos eles não passam de carne fresca para o Rei Kong.
Kong: A Ilha da Caveira (Kong: Skull Island, Estados Unidos, 2017) Direção: Jordan Vogt-Roberts / Roteiro: Dan Gilroy, Max Borenstein / Elenco: Samuel L. Jackson, John Goodman, Tom Hiddleston / Sinopse: Expedição é enviada para uma remota ilha nos mares do sul. Mal sabem os aventureiros que o lugar é dominado por estranhas criaturas gigantes e mortais.
Pablo Aluísio.
Um dos melhores aspectos desse novo filme de King Kong é o design do bichão. Os produtores decidiram esquecer o visual dos filmes dos anos 70 e da recente produção dirigida por Peter Jackson. O diretor de "O Senhor dos Anéis" havia optado por um Kong mal encarado, cheio de cicatrizes e com uma face levemente defeituosa por causa dos combates que ele havia travado com dinossauros ao longo dos anos. Aqui não, a inspiração veio mais de longe, do primeiro filme, do clássico original. Por isso seus braços são maiores, numa clara imitação do boneco original (cuja existência hoje em dia se resume a sua carcaça metálica que foi a leilão alguns anos atrás!). O curioso é que apesar de ser um blockbuster o estúdio resolveu confiar o filme a um diretor praticamente novato, o pouco conhecido Jordan Vogt-Roberts, que veio do mundo da TV para o cinema. Ele até que se saiu muito bem, fazendo um filme redondinho que funciona muito bem. No elenco não temos maiores destaques, até porque qualquer personagem humano em um filme de King Kong será sempre um coadjuvante. Os mais conhecidos são Samuel L. Jackson, John Goodman, Tom Hiddleston e John Goodman. Não faz diferença, pois no final das contas todos eles não passam de carne fresca para o Rei Kong.
Kong: A Ilha da Caveira (Kong: Skull Island, Estados Unidos, 2017) Direção: Jordan Vogt-Roberts / Roteiro: Dan Gilroy, Max Borenstein / Elenco: Samuel L. Jackson, John Goodman, Tom Hiddleston / Sinopse: Expedição é enviada para uma remota ilha nos mares do sul. Mal sabem os aventureiros que o lugar é dominado por estranhas criaturas gigantes e mortais.
Pablo Aluísio.
O Mal Entre Nós
Título no Brasil: O Mal Entre Nós
Título Original: The Evil in Us
Ano de Produção: 2016
País: Canadá
Estúdio: Sandcastle Pictures
Direção: Jason William Lee
Roteiro: Jason William Lee
Elenco: David Aboussafy, Melanie Joy Adams, Chris Allen, Debs Howard
Sinopse:
Um grupo de jovens resolve passar o fim de semana na cabana do pai de um deles, bem no meio de uma reserva florestal. Lugar bonito e agradável. Juntos eles procuram se divertir, namorando, curtindo e usando drogas! O problema é que dentro dos papelotes de cocaína se encontra um vírus neurológico extremamente poderoso e nocivo que transforma os que o ingere em verdadeiros seres bestiais, sedentos por sangue e tripas!
Comentários:
Filme de terror canadense que pega uma carona na moda dos filmes e séries sobre apocalipse zumbi. Ecos do sucesso de "The Walking Dead". Claro que em um nicho tão saturado fica mesmo complicado fazer algo bom, que seja minimamente original. Vários aspectos do roteiro, como a ideia de levar jovens para uma cabana remota na floresta, são mais do que batidos! Um nível acima do clichê absoluto! Para compensar um pouco a sensação de "mais do mesmo" o roteirista Jason William Lee resolveu tirar uma casquinha, imagine só, do atual presidente Donald Trump! Explico. Nas cenas finais do filme acabamos descobrindo que a proliferação do novo vírus zumbi faz parte dos planos de um político milionário e inescrupuloso que planeja conquistar a presidência dos Estados Unidos! Junte as peças e perceba a nada sutil semelhança com o jeitão de ser de Trump! Pelo visto ele em breve se tornará mais um alvo, um vilão caricato de filmes como esse. Fora isso, nada muito positivo a comentar, a não ser a beleza das atrizes canadenses! Os produtores do filme estão realmente de parabéns pois só há garotas bem bonitas em cena, em especial Debs Howard! Pena que o diretor fugindo de outro clichê bem frequente em filmes como esse não resolveu apostar em cenas de nudez gratuita! Que vergonha sr. Jason William Lee!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Evil in Us
Ano de Produção: 2016
País: Canadá
Estúdio: Sandcastle Pictures
Direção: Jason William Lee
Roteiro: Jason William Lee
Elenco: David Aboussafy, Melanie Joy Adams, Chris Allen, Debs Howard
Sinopse:
Um grupo de jovens resolve passar o fim de semana na cabana do pai de um deles, bem no meio de uma reserva florestal. Lugar bonito e agradável. Juntos eles procuram se divertir, namorando, curtindo e usando drogas! O problema é que dentro dos papelotes de cocaína se encontra um vírus neurológico extremamente poderoso e nocivo que transforma os que o ingere em verdadeiros seres bestiais, sedentos por sangue e tripas!
Comentários:
Filme de terror canadense que pega uma carona na moda dos filmes e séries sobre apocalipse zumbi. Ecos do sucesso de "The Walking Dead". Claro que em um nicho tão saturado fica mesmo complicado fazer algo bom, que seja minimamente original. Vários aspectos do roteiro, como a ideia de levar jovens para uma cabana remota na floresta, são mais do que batidos! Um nível acima do clichê absoluto! Para compensar um pouco a sensação de "mais do mesmo" o roteirista Jason William Lee resolveu tirar uma casquinha, imagine só, do atual presidente Donald Trump! Explico. Nas cenas finais do filme acabamos descobrindo que a proliferação do novo vírus zumbi faz parte dos planos de um político milionário e inescrupuloso que planeja conquistar a presidência dos Estados Unidos! Junte as peças e perceba a nada sutil semelhança com o jeitão de ser de Trump! Pelo visto ele em breve se tornará mais um alvo, um vilão caricato de filmes como esse. Fora isso, nada muito positivo a comentar, a não ser a beleza das atrizes canadenses! Os produtores do filme estão realmente de parabéns pois só há garotas bem bonitas em cena, em especial Debs Howard! Pena que o diretor fugindo de outro clichê bem frequente em filmes como esse não resolveu apostar em cenas de nudez gratuita! Que vergonha sr. Jason William Lee!
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Max Steel
Título no Brasil: Max Steel
Título Original: Max Steel
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Mattel Entertainment
Direção: Stewart Hendler
Roteiro: Christopher Yost
Elenco: Ben Winchell, Andy Garcia, Josh Brener, Maria Bello
Sinopse:
Max McGrath (Ben Winchell) é um adolescente comum de sua idade. Ele mora sozinho com sua mãe, pois seu pai morreu anos atrás em uma explosão no centro de pesquisas onde trabalhava. Aos poucos Max vai percebendo que ele tem um estranho poder de dominar e manipular energias, principalmente envolvendo bizarros fluidos que emanam de suas mãos! Ao mesmo tempo em que vai descobrindo isso, ele começa a perceber que pessoas estão rondado sua vida, querendo colocar as mãos nele! Para Max tudo ainda fica mais confuso quando surge Steel, uma estranha criatura robótica que parece ter (ou não) as respostas para todas as suas perguntas!
Comentários:
Assim como aconteceu com os quadrinhos e os games, a indústria de brinquedos também está de olho no lucrativo mundo do cinema. Dessa maneira temos aqui a adaptação para as telas de uma popular linha de brinquedos chamado Max Steel. Esses bonecos foram lançados nos anos 90 e embora não sejam muito populares nos Estados Unidos, causaram sensação nos países latinos, em especial México, Brasil e Espanha. Com isso a fabricante Mattel resolveu criar um desenho animado em cima da sua linha de produtos e agora tudo chega ao cinema. Não é uma super produção (custou apenas 10 milhões de dólares, valor bem baixo em termos de produções de Hollywood), mas que conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas (chegou a ser lançado recentemente no Brasil). É curioso porque o filme tenta realmente se levar à sério. O protagonista, um jovem em idade colegial, descobre que tem poderes envolvendo manipulação de energia, provavelmente herdados de seu pai (um alienígena!). Como é o primeiro filme (será que virão outros?) o roteiro perde um bom tempo tentando apresentar ao espectador o seu personagem principal. Não funciona muito. Há um robozinho assistente de Max, chamado Steel, que tem a personalidade parecida com a do C3PO de "Star Wars". Aquele mesmo jeitão meio idiota. Embora seja bem feito em termos de efeitos especiais, não ajuda muito no final das contas. O filme piora quando finalmente Max descobre que terá que enfrentar o vilão, um sujeito que ele pensava ser apenas amigo de longa data de seu pai. Esse antagonista é interpretado, sem muita convicção, pelo bom ator Andy Garcia. Na cena final porém a tentativa de se levar muito à sério como filme de ficção vem abaixo, principalmente quando ficamos com aquela sensação de estar assistindo a algum episódio da série "Power Rangers"!. Assim não vejo mesmo muito futuro em Max Steel no cinema. O lugar dele parece mesmo ser nas prateleiras das lojas de brinquedos. É melhor ficar por lá mesmo!
Pablo Aluísio.
Título Original: Max Steel
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Mattel Entertainment
Direção: Stewart Hendler
Roteiro: Christopher Yost
Elenco: Ben Winchell, Andy Garcia, Josh Brener, Maria Bello
Sinopse:
Max McGrath (Ben Winchell) é um adolescente comum de sua idade. Ele mora sozinho com sua mãe, pois seu pai morreu anos atrás em uma explosão no centro de pesquisas onde trabalhava. Aos poucos Max vai percebendo que ele tem um estranho poder de dominar e manipular energias, principalmente envolvendo bizarros fluidos que emanam de suas mãos! Ao mesmo tempo em que vai descobrindo isso, ele começa a perceber que pessoas estão rondado sua vida, querendo colocar as mãos nele! Para Max tudo ainda fica mais confuso quando surge Steel, uma estranha criatura robótica que parece ter (ou não) as respostas para todas as suas perguntas!
Comentários:
Assim como aconteceu com os quadrinhos e os games, a indústria de brinquedos também está de olho no lucrativo mundo do cinema. Dessa maneira temos aqui a adaptação para as telas de uma popular linha de brinquedos chamado Max Steel. Esses bonecos foram lançados nos anos 90 e embora não sejam muito populares nos Estados Unidos, causaram sensação nos países latinos, em especial México, Brasil e Espanha. Com isso a fabricante Mattel resolveu criar um desenho animado em cima da sua linha de produtos e agora tudo chega ao cinema. Não é uma super produção (custou apenas 10 milhões de dólares, valor bem baixo em termos de produções de Hollywood), mas que conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas (chegou a ser lançado recentemente no Brasil). É curioso porque o filme tenta realmente se levar à sério. O protagonista, um jovem em idade colegial, descobre que tem poderes envolvendo manipulação de energia, provavelmente herdados de seu pai (um alienígena!). Como é o primeiro filme (será que virão outros?) o roteiro perde um bom tempo tentando apresentar ao espectador o seu personagem principal. Não funciona muito. Há um robozinho assistente de Max, chamado Steel, que tem a personalidade parecida com a do C3PO de "Star Wars". Aquele mesmo jeitão meio idiota. Embora seja bem feito em termos de efeitos especiais, não ajuda muito no final das contas. O filme piora quando finalmente Max descobre que terá que enfrentar o vilão, um sujeito que ele pensava ser apenas amigo de longa data de seu pai. Esse antagonista é interpretado, sem muita convicção, pelo bom ator Andy Garcia. Na cena final porém a tentativa de se levar muito à sério como filme de ficção vem abaixo, principalmente quando ficamos com aquela sensação de estar assistindo a algum episódio da série "Power Rangers"!. Assim não vejo mesmo muito futuro em Max Steel no cinema. O lugar dele parece mesmo ser nas prateleiras das lojas de brinquedos. É melhor ficar por lá mesmo!
Pablo Aluísio.
Um Príncipe em Minha Vida
Título no Brasil: Um Príncipe em Minha Vida
Título Original: The Prince & Me
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Martha Coolidge
Roteiro: Mark Amin, Katherine Fugate
Elenco: Julia Stiles, Luke Mably, Miranda Richardson, James Fox
Sinopse:
Edward (Luke Mably) é um príncipe da Dinamarca, herdeiro do trono, que vai até os Estados Unidos em busca de uma vida comum, normal. No novo país conhece e se apaixona por Paige Morgan (Julia Stiles), uma jovem americana comum. Ela sonha em um dia se tornar médica. Os dois começam a namorar, porém Edward não diz para sua nova namorada que ele é herdeiro do trono do reino da Dinamarca e que se um dia vierem a se casar ela será a futura rainha daquele país do norte europeu!
Comentários:
Quem diria que esse filme, tão despretensioso, iria dar origem a três sequências, todas feitas para a TV? Virou uma espécie de novelinha para adolescentes, mostrando o romance, namoro e depois casamento de um nobre europeu e uma americana comum - ou seja, o roteiro brinca com o velho sonho de todas as mulheres em um dia encontrar o verdadeiro príncipe encantado de suas vidas! É um romance ao velho estilo, porém com uma edição mais esperta, para agradar às garotas dos dias de hoje. O elenco é bonitinho, esforçado, mas sem nenhum grande talento dramático em cena. Luke Mably mais parece um manequim de exposição de lojas de departamentos, sem qualquer sinal de vida ou carisma. Um pouquinho melhor se sai Julia Stiles, que já naquela época mostrava ter mais futuro no cinema. Curiosamente o filme usou a República Tcheca como cenário para a Dinamarca - complicado entender a razão! Muito provavelmente foi mais barato para a produção fazer o filme por lá, por causa dos impostos. Pena, porque quem conhece a Europa mais a fundo vai logo perceber a diferença de cenários. Enfim, mais um romance adolescente feito especialmente para eles. Se for o seu caso, arrisque!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Prince & Me
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Lions Gate Films
Direção: Martha Coolidge
Roteiro: Mark Amin, Katherine Fugate
Elenco: Julia Stiles, Luke Mably, Miranda Richardson, James Fox
Sinopse:
Edward (Luke Mably) é um príncipe da Dinamarca, herdeiro do trono, que vai até os Estados Unidos em busca de uma vida comum, normal. No novo país conhece e se apaixona por Paige Morgan (Julia Stiles), uma jovem americana comum. Ela sonha em um dia se tornar médica. Os dois começam a namorar, porém Edward não diz para sua nova namorada que ele é herdeiro do trono do reino da Dinamarca e que se um dia vierem a se casar ela será a futura rainha daquele país do norte europeu!
Comentários:
Quem diria que esse filme, tão despretensioso, iria dar origem a três sequências, todas feitas para a TV? Virou uma espécie de novelinha para adolescentes, mostrando o romance, namoro e depois casamento de um nobre europeu e uma americana comum - ou seja, o roteiro brinca com o velho sonho de todas as mulheres em um dia encontrar o verdadeiro príncipe encantado de suas vidas! É um romance ao velho estilo, porém com uma edição mais esperta, para agradar às garotas dos dias de hoje. O elenco é bonitinho, esforçado, mas sem nenhum grande talento dramático em cena. Luke Mably mais parece um manequim de exposição de lojas de departamentos, sem qualquer sinal de vida ou carisma. Um pouquinho melhor se sai Julia Stiles, que já naquela época mostrava ter mais futuro no cinema. Curiosamente o filme usou a República Tcheca como cenário para a Dinamarca - complicado entender a razão! Muito provavelmente foi mais barato para a produção fazer o filme por lá, por causa dos impostos. Pena, porque quem conhece a Europa mais a fundo vai logo perceber a diferença de cenários. Enfim, mais um romance adolescente feito especialmente para eles. Se for o seu caso, arrisque!
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Cães Selvagens
Esse é um filme sobre um grupo de bandidos que após saírem da prisão voltam ao mundo do crime. Até aí nada de muito diferente de várias outras produções com enredos semelhantes. O diferencial vem mesmo da abordagem que o veterano cineasta Paul Schrader usa para contar sua história. Nada é muito convencional nesse aspecto. Com roteiro baseado no conto policial escrito por Edward Bunker, o filme tem um viés que beira o nonsense e o absurdo, causando óbvio desconforto no espectador. Um exemplo disso vem logo na primeira cena. Willem Dafoe interpreta um ex-presidiário que depois de cumprir uma longa pena na prisão ganha a liberdade. Ele vive (ou melhor dizendo, explora) uma mulher, uma mãe solteira com problemas de obesidade. Ele vive em sua casa, cheirando cocaína, ficando o tempo todo doidão. Quando ela não suporta mais essa situação o expulsa de lá, mas isso logo se mostra uma péssima ideia. O sujeito surta completamente e comete um crime horrível. Essa cena, extremamente violenta, foi filmada com fundo musical lúdico, infantiloide, meio bobo, que dá uma sensação de óbvio desconforto em quem assiste. É uma espécie de opereta do absurdo, da violência gratuita!
Paul Schrader porém não desiste. Logo o trio de criminosos em busca de "serviços" vê uma boa chance no horizonte. Por 700 mil dólares eles topam fazer um sequestro, envolvendo um bebê! Lógico que algo assim tão hediondo poderia colocar tudo a perder e conforme vamos acompanhando o crime realmente se torna uma armadilha mortal. É tudo mostrado com toques de insanidade, de puro delírio. O ator Willem Dafoe, que sempre considerei um dos melhores de sua geração, é um dos grandes destaques do filme em termos de atuação, justamente pelo fato de seu personagem ser o mais insano de todos, devidamente conhecido pelo apelido de "cachorro louco"! Claro que a grande estrela do elenco Nicolas Cage está lá, mas diante de Dafoe ele desaparece completamente! A cena final é puro delírio. Paul Schrader saturou a tela com cores fortes e envolveu tudo em uma neblina quase sobrenatural, com resultados muito bons. Admito que não esperava por algo assim tão diferente. Paul Schrader parece ter tido o firme propósito de dirigir o filme mais sui generis de sua longa e extensa filmografia. Acabou atingindo seus objetivos.
Cães Selvagens (Dog Eat Dog, Estados Unidos, 2016) Direção: Paul Schrader / Roteiro: Matthew Wilder, baseado na obra de Edward Bunker / Elenco: Nicolas Cage, Willem Dafoe, Christopher Matthew Cook / Sinopse: Três condenados ganham a liberdade após cumprirem suas penas. De volta às ruas eles retornam para as atividades criminosas, trabalhando para um chefão mafioso conhecido como "El Greggo". Após alguns serviços eles aceitam participar de um crime hediondo, o sequestro de um bebê, filho de um ricaço da cidade.
Pablo Aluísio.
Paul Schrader porém não desiste. Logo o trio de criminosos em busca de "serviços" vê uma boa chance no horizonte. Por 700 mil dólares eles topam fazer um sequestro, envolvendo um bebê! Lógico que algo assim tão hediondo poderia colocar tudo a perder e conforme vamos acompanhando o crime realmente se torna uma armadilha mortal. É tudo mostrado com toques de insanidade, de puro delírio. O ator Willem Dafoe, que sempre considerei um dos melhores de sua geração, é um dos grandes destaques do filme em termos de atuação, justamente pelo fato de seu personagem ser o mais insano de todos, devidamente conhecido pelo apelido de "cachorro louco"! Claro que a grande estrela do elenco Nicolas Cage está lá, mas diante de Dafoe ele desaparece completamente! A cena final é puro delírio. Paul Schrader saturou a tela com cores fortes e envolveu tudo em uma neblina quase sobrenatural, com resultados muito bons. Admito que não esperava por algo assim tão diferente. Paul Schrader parece ter tido o firme propósito de dirigir o filme mais sui generis de sua longa e extensa filmografia. Acabou atingindo seus objetivos.
Cães Selvagens (Dog Eat Dog, Estados Unidos, 2016) Direção: Paul Schrader / Roteiro: Matthew Wilder, baseado na obra de Edward Bunker / Elenco: Nicolas Cage, Willem Dafoe, Christopher Matthew Cook / Sinopse: Três condenados ganham a liberdade após cumprirem suas penas. De volta às ruas eles retornam para as atividades criminosas, trabalhando para um chefão mafioso conhecido como "El Greggo". Após alguns serviços eles aceitam participar de um crime hediondo, o sequestro de um bebê, filho de um ricaço da cidade.
Pablo Aluísio.
Seis Dias, Sete Noites
Título no Brasil: Seis Dias, Sete Noites
Título Original: Six Days Seven Nights
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Caravan Pictures
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Michael Browning
Elenco: Harrison Ford, Anne Heche, David Schwimmer, Danny Trejo
Sinopse:
Quinn Harris (Harrison Ford) é o piloto de um avião bimotor que cai em uma ilha isolada dos mares do sul. Nada poderia ser pior do que sofrer um acidente em uma região tão isolada, mas como diz o ditado nada é tão ruim que não possa piorar. Sua passageira é a antipática Robin Monroe (Anne Heche), uma mulher nervosa e impaciente, editora de moda de uma famosa revista de Nova Iorque. Agora, eles vão precisar esquecer as diferenças em prol de um objetivo comum: sobreviver! Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.
Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que você chegava na locadora no fim de semana, não encontrava nada do que estava procurando, e acabava locando, levando para casa, por causa dos nomes envolvidos. Se não vejamos: o elenco trazia Harrison Ford (da série Indiana Jones e Star Wars, precisa dizer mais alguma coisa?) e a direção era de Ivan Reitman (de Os Caça-Fantasmas). Claro que ao olhar a sinopse, aquele poster muito fraquinho e o jeitão de comédia sem graça, você acabava torcendo o nariz, mas na falta de algo melhor... E ao chegar em casa, já nos primeiros minutos, descobria que tinha locado uma bomba! Sim, o filme é muito fraco, diria mais, é ruinzão mesmo. Complicado entender como um estúdio investiu 70 milhões de dólares em uma coisa dessas, pior é conseguir compreender como tanta gente boa foi se envolver em algo tão péssimo! E quem disse a Harrison Ford que ele sabia fazer filmes como esse? Escolha ruim, do começo ao fim! O troco veio na bilheteria: o filme foi um dos grandes fracassos comerciais do ano nos Estados Unidos, merecidamente aliás. Enfim, bomba tóxica, fuja!
Pablo Aluísio.
Título Original: Six Days Seven Nights
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Caravan Pictures
Direção: Ivan Reitman
Roteiro: Michael Browning
Elenco: Harrison Ford, Anne Heche, David Schwimmer, Danny Trejo
Sinopse:
Quinn Harris (Harrison Ford) é o piloto de um avião bimotor que cai em uma ilha isolada dos mares do sul. Nada poderia ser pior do que sofrer um acidente em uma região tão isolada, mas como diz o ditado nada é tão ruim que não possa piorar. Sua passageira é a antipática Robin Monroe (Anne Heche), uma mulher nervosa e impaciente, editora de moda de uma famosa revista de Nova Iorque. Agora, eles vão precisar esquecer as diferenças em prol de um objetivo comum: sobreviver! Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.
Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que você chegava na locadora no fim de semana, não encontrava nada do que estava procurando, e acabava locando, levando para casa, por causa dos nomes envolvidos. Se não vejamos: o elenco trazia Harrison Ford (da série Indiana Jones e Star Wars, precisa dizer mais alguma coisa?) e a direção era de Ivan Reitman (de Os Caça-Fantasmas). Claro que ao olhar a sinopse, aquele poster muito fraquinho e o jeitão de comédia sem graça, você acabava torcendo o nariz, mas na falta de algo melhor... E ao chegar em casa, já nos primeiros minutos, descobria que tinha locado uma bomba! Sim, o filme é muito fraco, diria mais, é ruinzão mesmo. Complicado entender como um estúdio investiu 70 milhões de dólares em uma coisa dessas, pior é conseguir compreender como tanta gente boa foi se envolver em algo tão péssimo! E quem disse a Harrison Ford que ele sabia fazer filmes como esse? Escolha ruim, do começo ao fim! O troco veio na bilheteria: o filme foi um dos grandes fracassos comerciais do ano nos Estados Unidos, merecidamente aliás. Enfim, bomba tóxica, fuja!
Pablo Aluísio.
sábado, 11 de fevereiro de 2017
O Dia do Juízo Final
Título no Brasil: O Dia do Juízo Final
Título Original: Day of Reckoning
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Epic Pictures Group
Direção: Joel Novoa
Roteiro: Gregory Gieras
Elenco: Jackson Hurst, Heather McComb, Jay Jay Warren
Sinopse:
Durante uma escavação em busca de minérios fósseis, uma abertura nas profundezas abre um portal, de onde saem criaturas aladas monstruosas que invadem o planeta, matando milhões de pessoas ao redor do mundo. Esse dia trágico passa a ser conhecido como o "Dia do Juízo Final". Quinze anos depois, um novo eclipse solar parece determinar a volta de todos esses monstros. Enquanto o governo tenta evacuar as ruas, uma família se vê bem diante de um novo ataque iminente. Agora será preciso correr por suas vidas...
Comentários:
O canal SyFy tem se especializado na produção e exibição desse tipo de produção bem ao estilo B. Bom, não há muito o que esperar de um filme de monstros como esse. O roteiro é primário e o elenco realmente péssimo. É aquele tipo de enredo onde se busca encher linguiça com uma suposta história de uma família com problemas (pai divorciado, mãe tentando recomeçar sua vida amorosa e filho apaixonado pela garota da escola) enquanto se poupa orçamento para o surgimento dos monstros alados (afinal os efeitos especiais parecem ter sido a única coisa para atrair público para uma fita como essa!). É a tal coisa, se ao menos essas criaturas digitais fossem minimamente bem realizadas, mas nem isso! A decepção vem em relação a tudo mesmo, sem exceção! Tudo é muito mal feito, beirando o grotesco! Tudo é absurdamente mal realizado, os monstros que possuem diversas formas, são risíveis. Nem jogos de game, dos mais vagabundos, conseguem recriar digitalmente monstrengos tão desengonçados como esses aqui, que vão aparecendo ao longo do filme. Tudo muito ruim. O conselho final que deixo é: não vá perder seu tempo e procure por coisas melhores. O canal SyFy, pelo visto, vai continuar por um longo tempo nessa sua tradição de decepcionar todos os fãs de filmes de terror e ficção com filmes de quinta categoria! Uma lástima mesmo!
Pablo Aluísio.
Título Original: Day of Reckoning
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Epic Pictures Group
Direção: Joel Novoa
Roteiro: Gregory Gieras
Elenco: Jackson Hurst, Heather McComb, Jay Jay Warren
Sinopse:
Durante uma escavação em busca de minérios fósseis, uma abertura nas profundezas abre um portal, de onde saem criaturas aladas monstruosas que invadem o planeta, matando milhões de pessoas ao redor do mundo. Esse dia trágico passa a ser conhecido como o "Dia do Juízo Final". Quinze anos depois, um novo eclipse solar parece determinar a volta de todos esses monstros. Enquanto o governo tenta evacuar as ruas, uma família se vê bem diante de um novo ataque iminente. Agora será preciso correr por suas vidas...
Comentários:
O canal SyFy tem se especializado na produção e exibição desse tipo de produção bem ao estilo B. Bom, não há muito o que esperar de um filme de monstros como esse. O roteiro é primário e o elenco realmente péssimo. É aquele tipo de enredo onde se busca encher linguiça com uma suposta história de uma família com problemas (pai divorciado, mãe tentando recomeçar sua vida amorosa e filho apaixonado pela garota da escola) enquanto se poupa orçamento para o surgimento dos monstros alados (afinal os efeitos especiais parecem ter sido a única coisa para atrair público para uma fita como essa!). É a tal coisa, se ao menos essas criaturas digitais fossem minimamente bem realizadas, mas nem isso! A decepção vem em relação a tudo mesmo, sem exceção! Tudo é muito mal feito, beirando o grotesco! Tudo é absurdamente mal realizado, os monstros que possuem diversas formas, são risíveis. Nem jogos de game, dos mais vagabundos, conseguem recriar digitalmente monstrengos tão desengonçados como esses aqui, que vão aparecendo ao longo do filme. Tudo muito ruim. O conselho final que deixo é: não vá perder seu tempo e procure por coisas melhores. O canal SyFy, pelo visto, vai continuar por um longo tempo nessa sua tradição de decepcionar todos os fãs de filmes de terror e ficção com filmes de quinta categoria! Uma lástima mesmo!
Pablo Aluísio.
Vale da Luta
Título no Brasil: Vale da Luta
Título Original: Fight Valley
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Cinestyle Media Group
Direção: Rob Hawk
Roteiro: Rob Hawk
Elenco: Susie Celek, Miesha Tate, Erin O'Brien
Sinopse:
Uma jovem mulher é encontrada morta. Tudo leva a crer que ela se envolveu no submundo das lutas clandestinas, com combates realizados em lugares distantes e escondidos, como florestas e propriedades abandonadas. Agora sua irmã Windsor (Susie Celek) decide descobrir o que efetivamente aconteceu. Ela se infiltra nesse mundo para encontrar o assassino de sua querida irmã assassinada.
Comentários:
Filme B de ação que a despeito disso conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas, tanto nos Estados Unidos como no Brasil! Vai entender... O elenco é praticamente todo feminino, o que também não deixa de ser uma surpresa em termos de filmes desse gênero. O diretor e roteirista Rob Hawk claramente não parece preocupado em desenvolver um roteiro minimamente bem escrito. Ao invés disso ele investe mesmo nas cenas de lutas, que chegaram a ganhar elogios entre a imprensa americana. A trama tem inúmeras reviravoltas, mas nenhuma delas chega a funcionar direito. Na verdade o diretor Hawk se empenha mesmo em criar as condições suficientes para o "grande clímax", onde as jovens feministas se encontram para um grande quebra pau! Não acredito que vá interessar a muitos, embora essa coisa de fazer um filme de ação apenas com mulheres vá despertar pelo menos a curiosidade e o apoio dos movimentos mais centrados no fim do machismo no cinema, afinal se eles podem, por que elas não? Em termos puramente cinematográficos, por outro lado, não é muito convincente. Arrisque por sua própria conta e risco. O filme está em cartaz em todo o Brasil nesse fim de semana.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fight Valley
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Cinestyle Media Group
Direção: Rob Hawk
Roteiro: Rob Hawk
Elenco: Susie Celek, Miesha Tate, Erin O'Brien
Sinopse:
Uma jovem mulher é encontrada morta. Tudo leva a crer que ela se envolveu no submundo das lutas clandestinas, com combates realizados em lugares distantes e escondidos, como florestas e propriedades abandonadas. Agora sua irmã Windsor (Susie Celek) decide descobrir o que efetivamente aconteceu. Ela se infiltra nesse mundo para encontrar o assassino de sua querida irmã assassinada.
Comentários:
Filme B de ação que a despeito disso conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas, tanto nos Estados Unidos como no Brasil! Vai entender... O elenco é praticamente todo feminino, o que também não deixa de ser uma surpresa em termos de filmes desse gênero. O diretor e roteirista Rob Hawk claramente não parece preocupado em desenvolver um roteiro minimamente bem escrito. Ao invés disso ele investe mesmo nas cenas de lutas, que chegaram a ganhar elogios entre a imprensa americana. A trama tem inúmeras reviravoltas, mas nenhuma delas chega a funcionar direito. Na verdade o diretor Hawk se empenha mesmo em criar as condições suficientes para o "grande clímax", onde as jovens feministas se encontram para um grande quebra pau! Não acredito que vá interessar a muitos, embora essa coisa de fazer um filme de ação apenas com mulheres vá despertar pelo menos a curiosidade e o apoio dos movimentos mais centrados no fim do machismo no cinema, afinal se eles podem, por que elas não? Em termos puramente cinematográficos, por outro lado, não é muito convincente. Arrisque por sua própria conta e risco. O filme está em cartaz em todo o Brasil nesse fim de semana.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
O Vingador do Futuro
Esse filme já foi lançado há algum tempo, mas até agora nunca tinha assistido. Ontem acabei conferindo. O que me levou a vê-lo foi o fato de que esse roteiro foi adaptado do livro "We Can Remember It for You Wholesale" de Philip K. Dick. Já havia sido filmado antes com Arnold Schwarzenegger em 1990. Assim esse novo é um remake, dessa vez estrelado por Colin Farrell e dirigido por Len Wiseman. Bom, como se trata de uma ficção era realmente de se esperar que novos efeitos especiais, bem mais avançados, se tornassem um dos grandes atrativos da produção. E realmente eles são excelentes. O interessante é que a colônia onde mora o protagonista, um operário chamado Douglas Quaid, me fez lembrar até mesmo das favelas do Rio de Janeiro. É bem nítido que essa foi a intenção dos responsáveis pelo design do filme. Claro, é uma favela high tech, porém ainda uma favela.
Nesse mundo onde Quaid vive só existem dois países restantes: um representando a Inglaterra, como a Metrópole, e outra a colônia, Austrália. Todos os dias Quaid e outros trabalhadores literalmente atravessam o planeta para ir trabalhar em uma Londres suja, escura e pós-apocalíptica. E como toda relação envolvendo colonialismo há uma clara tensão entre os dois polos, um de exploração e o outro de exaustão. É um mundo controlado por um regime autoritário que é combatido por rebeldes. Quaid pensa ser apenas um trabalhador comum, mas ele está enganado. Ao fazer uma visita a uma empresa chamada Total Recall ele acaba descobrindo que sua memória fora apagada e que ele na realidade é um agente federal infiltrado entre os rebeldes. A partir desse ponto o filme não para um só segundo, com ação desenfreada. Esse aliás é um dos pontos que achei mais negativo desse remake. Com tantas boas ideias de Dick a se explorar tudo acaba se resumindo em confrontos violentos entre o regime e a rebelião. Os soldados inclusive em lembraram das tropas imperiais de "Star Wars". É um confronto atrás do outro, sem pausa. Embora com ótima produção e muitos efeitos digitais de última geração esse novo "Vingador do Futuro" é meio decepcionante justamente pela insistência de ganhar o espectador apenas pela violência e ação. Faltou sutileza e paciência para explorar o mundo imaginado por esse excelente autor de ficção científica.
O Vingador do Futuro (Total Recall, Estados Unidos, 2012) Direção: Len Wiseman / Roteiro: Kurt Wimmer, Mark Bomback / Elenco: Colin Farrell, Bryan Cranston, Kate Beckinsale, Jessica Biel / Sinopse: Homem comum, operário da Metropóle, descobre que sua vida é uma grande mentira, pois na verdade ele é um agente duplo infiltrado entre rebeldes para destruir os opositores de um regime ditadorial do futuro. Filme premiado pela Alliance of Women Film Journalists.
Pablo Aluísio.
Nesse mundo onde Quaid vive só existem dois países restantes: um representando a Inglaterra, como a Metrópole, e outra a colônia, Austrália. Todos os dias Quaid e outros trabalhadores literalmente atravessam o planeta para ir trabalhar em uma Londres suja, escura e pós-apocalíptica. E como toda relação envolvendo colonialismo há uma clara tensão entre os dois polos, um de exploração e o outro de exaustão. É um mundo controlado por um regime autoritário que é combatido por rebeldes. Quaid pensa ser apenas um trabalhador comum, mas ele está enganado. Ao fazer uma visita a uma empresa chamada Total Recall ele acaba descobrindo que sua memória fora apagada e que ele na realidade é um agente federal infiltrado entre os rebeldes. A partir desse ponto o filme não para um só segundo, com ação desenfreada. Esse aliás é um dos pontos que achei mais negativo desse remake. Com tantas boas ideias de Dick a se explorar tudo acaba se resumindo em confrontos violentos entre o regime e a rebelião. Os soldados inclusive em lembraram das tropas imperiais de "Star Wars". É um confronto atrás do outro, sem pausa. Embora com ótima produção e muitos efeitos digitais de última geração esse novo "Vingador do Futuro" é meio decepcionante justamente pela insistência de ganhar o espectador apenas pela violência e ação. Faltou sutileza e paciência para explorar o mundo imaginado por esse excelente autor de ficção científica.
O Vingador do Futuro (Total Recall, Estados Unidos, 2012) Direção: Len Wiseman / Roteiro: Kurt Wimmer, Mark Bomback / Elenco: Colin Farrell, Bryan Cranston, Kate Beckinsale, Jessica Biel / Sinopse: Homem comum, operário da Metropóle, descobre que sua vida é uma grande mentira, pois na verdade ele é um agente duplo infiltrado entre rebeldes para destruir os opositores de um regime ditadorial do futuro. Filme premiado pela Alliance of Women Film Journalists.
Pablo Aluísio.
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