Cimarron é um dos clássicos da literatura de faroeste dos Estados Unidos. O próximo filme de Audie Murphy pegava de certa forma carona no Best-Seller, embora seu roteiro e seus personagens tivessem pouco (ou nada) a ver com o livro escrito por Edna Feber. "The Cimarron Kid" ou "O Último Duelo" como foi chamado no Brasil era um filme de western bem mais convencional, nada muito pretensioso.
Audie Murphy interpretava um cowboy acusado de um crime que não cometeu. Fugindo pelo velho oeste ele acabava entrando numa quadrilha de bandoleiros, os Daltons, para sobreviver e quem sabe recomeçar sua vida em algum lugar. A direção foi entregue ao ótimo Budd Boetticher, mas a crítica em geral considerou o filme sem maiores surpresas, até mesmo um ponto abaixo dos dois anteriores que ele havia feito, um deles, "A Glória de um Covarde", dirigido pelo mestre John Huston, o que complicava bastante em termos de comparação.
Os estúdios Universal não estavam mesmo tentando transformar Audie Murphy em um novo Marlon Brando. Ao contrário disso escalou o ator para interpretar diversos faroestes B, ao estilo Bang-Bang, mais de acordo com o gosto médio do público da época. A ideia era colocar o ator em filmes mais baratos, porém que se tornassem altamente lucrativos para a companhia. Assim seu destino no cinema foi de carta forma selado. Não adiantava gastar muito dinheiro em produções requintadas. Murphy faria mesmo o feijão com arroz dos filmes feitos para as matinês de sábado e domingo. Nada mais.
Onde Impera a Traição (The Duel at Silver Creek, Estados Unidos, 1952) seguia basicamente por essa linha. O filme custou pouco, um autêntico western B, mas rendeu bem, gerou lucro. Era o que importava. Audie Murphy aqui interpretava de certa forma mais um personagem genérico, um pistoleiro chamado The Silver Kid (O garoto de prata). O enredo também não trazia maiores novidades. Ele era o rapaz jovem, rápido no gatilho, que se unia a um xerife contra um bando de assaltantes. A crítica novamente torceu o nariz para o resultado, mas o resultado comercial foi excelente. Todo filmado no rancho da Universal o filme custou meros 10 mil dólares - uma mixaria para os padrões atuais e conseguiu faturar cinco vezes mais nas bilheterias. Era exatamente isso que os produtores procuravam.
Pablo Aluísio.
Audie Murphy interpretava um cowboy acusado de um crime que não cometeu. Fugindo pelo velho oeste ele acabava entrando numa quadrilha de bandoleiros, os Daltons, para sobreviver e quem sabe recomeçar sua vida em algum lugar. A direção foi entregue ao ótimo Budd Boetticher, mas a crítica em geral considerou o filme sem maiores surpresas, até mesmo um ponto abaixo dos dois anteriores que ele havia feito, um deles, "A Glória de um Covarde", dirigido pelo mestre John Huston, o que complicava bastante em termos de comparação.
Os estúdios Universal não estavam mesmo tentando transformar Audie Murphy em um novo Marlon Brando. Ao contrário disso escalou o ator para interpretar diversos faroestes B, ao estilo Bang-Bang, mais de acordo com o gosto médio do público da época. A ideia era colocar o ator em filmes mais baratos, porém que se tornassem altamente lucrativos para a companhia. Assim seu destino no cinema foi de carta forma selado. Não adiantava gastar muito dinheiro em produções requintadas. Murphy faria mesmo o feijão com arroz dos filmes feitos para as matinês de sábado e domingo. Nada mais.
Onde Impera a Traição (The Duel at Silver Creek, Estados Unidos, 1952) seguia basicamente por essa linha. O filme custou pouco, um autêntico western B, mas rendeu bem, gerou lucro. Era o que importava. Audie Murphy aqui interpretava de certa forma mais um personagem genérico, um pistoleiro chamado The Silver Kid (O garoto de prata). O enredo também não trazia maiores novidades. Ele era o rapaz jovem, rápido no gatilho, que se unia a um xerife contra um bando de assaltantes. A crítica novamente torceu o nariz para o resultado, mas o resultado comercial foi excelente. Todo filmado no rancho da Universal o filme custou meros 10 mil dólares - uma mixaria para os padrões atuais e conseguiu faturar cinco vezes mais nas bilheterias. Era exatamente isso que os produtores procuravam.
Pablo Aluísio.