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sábado, 10 de setembro de 2022

Não! Não Olhe!

Título no Brasil: Não! Não Olhe!
Título Original: Nope
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jordan Peele
Roteiro: Jordan Peele
Elenco: Daniel Kaluuya, Keke Palmer, Brandon Perea, Michael Wincott, Steven Yeun

Sinopse:
Dois irmãos que herdaram a criação de cavalos no rancho do seu pai, acabam lidando com um estranho fenômeno no céu em sua propriedade. Uma nuvem que parece nunca sair do lugar. Pessoas desaparecendo no meio do nada. O que estaria acontecendo? Seria algum tipo de invasão extraterrestre? Ou apenas um estranho evento da natureza, desconhecido da ciência?

Comentários:
Do ponto de vista do roteiro. o filme até que começa bem. Entretanto é bem o tipo do caso em que o filme começa bem e depois desaba no final. Não me convenceu nem um pouco a explicação do que seria aquele estranho fenômeno que surge sobre o rancho do protagonista. Seria um disco voador ou seria algum tipo de fenômeno natural? E aí, quando surge finalmente a explicação, vem a decepção. Uma bobagem enorme! A sensação que tive foi que havia perdido meu tempo. Eu até me lembrei de uma recente pesquisa feita por cientistas que afirmaram que poderia existir vida sobre a atmosfera de Vênus. Estranhos seres totalmente desconhecidos, pairando sobre aquele planeta. Só que é melhor esquecer isso. O roteiro não é tão inteligente. O que me surpreende é que esse filme acabou sendo o mais assistido em sua semana de estreia nos Estados Unidos. Não deixa de ser um sintoma bem visível da crise de criatividade que se abate sobre o cinema americano nos dias atuais.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de março de 2021

Judas e o Messias Negro

Esse filme está bem cotado ao Oscar nesse ano, concorrendo em diversas categorias. A história é baseada em fatos reais acontecidos no final da década de 1960. Naquela época o grupo Panteras Negras começava a chamar a atenção do FBI porque alguns de seus líderes começaram a pregar ideais revolucionários, inclusive com sugestão de luta armada. Dentro do discurso também havia claros elementos socialistas, o que naquele período histórico conturbado era visto com extrema cautela pelo governo americano, afinal não podemos esquecer que aqueles eram tempos de guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética.

E entre os líderes dos Panteras Negras começou a se destacar um jovem chamado Fred Hampton (Daniel Kaluuya). Com apenas vinte e poucos anos ele inflamava as multidões que chegavam para ouvir seus discursos. Com receios que ele se tornasse um novo Malcolm X, o FBI resolveu infiltrar um informante dentro dos Panteras Negras, um sujeito chamado Bill O'Neal (LaKeith Stanfield). Ele tinha histórico de roubo de carros, com passagem pela polícia. O mais curioso é que ele também fingia ser um agente do FBI, o que era claramente uma mentira e um crime. O agente Roy Mitchell (Jesse Plemons) passaria então a coordenar esse esquema de infiltração dentro do grupo. E assim o roteiro se desenvolve, sempre com O'Neal passando diversas informações dos Panteras Negras para o FBI, agindo como se diz na gíria policial americana, como um "rato".

"Judas e o Messias Negro" é um ótimo filme. Ele me lembrou em diversas ocasiões desse outro clássico moderno desse estilo, o hoje ainda cultuado "Mississípi em Chamas". É curioso perceber nesses filmes como o FBI poderia ficar de um lado ou de outro no que diz respeito às lutas pelos direitos civis pela população negra. Ora os agentes estavam garantindo os direitos constitucionais dessa parcela da população americana, ora estava combatendo certos grupos mais radicais envolvidos nessa questão. Agora, o que realmente deixa perplexo um observador mais atento é perceber que após mais de 5 décadas a questão racial nos Estados Unidos ainda segue sem resolução. O clima de racismo e segregação ainda persiste e piorou muito nos últimos anos. Terá algum dia uma solução?

Judas e o Messias Negro (Judas and the Black Messiah, Estados Unidos, 2021) Direção: Shaka King / Roteiro: Will Berson, Shaka King / Elenco: Daniel Kaluuya, LaKeith Stanfield, Jesse Plemons, Dominique Fishback, Algee Smith / Sinopse: Agente do FBI coordena um esquema de infiltração de um informante da agência dentro do grupo negro radical Panteras Negras, durante a década de 1960. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor ator coadjuvante (Daniel Kaluuya), melhor ator coadjuvante (LaKeith Stanfield), melhor música original ( "Fight for You" de H.E.R, D'Mile e Tiara Thomas), melhor roteiro original e melhor direção de fotografia (Sean Bobbitt). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Daniel Kaluuya).

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Corra!

Há filmes inegavelmente medianos concorrendo ao Oscar de melhor filme nesse ano, porém esse "Corra!" é francamente ruim! As coisas começam a ficar estranhas logo quando o filme começa. Você vê a abertura com a marca da Blumhouse Productions e fica desconfiado porque essa companhia cinematográfica é especializada na produção de filmes B de terror e suspense. Ora, o que um filma da Blumhouse estaria fazendo entre os concorrentes ao principal prêmio da academia? Quando a estória começa você chega a pensar que está enganado, que vem boa coisa por aí. Um casal formado entre uma garota branca e um cara negro decide ir visitar os pais dela. Já começa a tensão porque todos sabemos como funciona a sociedade americana (impossível negar que há muito racismo dentro dela).

Até ai tudo bem, você começa a pensar que está para ver um bom drama discutindo a questão racial, porém esqueça. Não vem pela frente um filme como aqueles clássicos com Sidney Poitier, não vem um bom drama sobre esse tema sempre relevante e polêmico. Nada disso. O filme faz jus à marca da Blumhouse e assim começa mais um daqueles roteiros B, sem pé e nem cabeça, que junta em um mesmo balaio temas que ficariam até legais em um trash, mas não em uma produção que absurdamente foi indicada ao Oscar de melhor filme do ano! O que exatamente estou falando? Sem querer dar spoilers, você encontrará pela frente negros sendo submetidos a uma hipnose para se tornarem zumbis, escravos sexuais ou empregados escravos, de seus algozes brancos. Tudo feito com aquela áurea de argumento vagabundo que estamos acostumados a ver em filmes B ou Z que de vez em quando pipocam nos cinemas de tempos em tempos. No fim de tudo, depois de um banho de sangue ao mais fiel espírito trash dos anos 80, você fica se perguntando o que se passou na cabeça dos membros da Academia para indicarem um filminho desses para o prêmio de melhor do ano? Será que foram hipnotizados e viraram zumbis psíquicos como os personagens bobocas desse filme? Só pode ser isso...

Corra! (Get Out, Estados Unidos, 2017) Direção: Jordan Peele / Roteiro: Jordan Peele / Elenco:  Daniel Kaluuya, Allison Williams, Bradley Whitford / Sinopse: Rapaz negro que namora garota branca descobre ao visitar os pais dela que há algo de errado acontecendo naquele lugar sinistro! O que se esconderá por trás de todos aqueles falsos sorrisos? Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Daniel Kaluuya), Melhor Direção e Melhor Roteiro Original (Jordan Peele).

Pablo Aluísio.