sexta-feira, 18 de abril de 2025

Virando a Página

Virando a Página 
Mesmo com uma certa idade o ator Hugh Grant resolveu voltar para a linha dos primeiros filmes que fez em Hollywood. Época de muitos sucessos cinematográficos. Não o culpo. Assim temos aqui uma comédia romântica ao velho estilo de sua própria cinematografia. Grant interpreta um roteirista de Hollywood. No passado ele ganhou o Oscar da categoria. Parecia ter um belo futuro pela frente, mas as coisas não foram muito bem. Após inúmeros fracassos, sua carreira foi pelo ralo. Precisando de trabalho aceita ser professor de uma universidade numa pequena cidade do norte. Nada de muito prestígio, mas pelo menos um trabalho para pagar as contas. Nessa nova cidade ele conhece mulheres bem interessantes. O problema é que elas são suas alunas. Falha grave de ética que o levaria a ser demitido. Não ajuda muito ele ter também problemas com a chefe de seu departamento, uma professora que ama Jane Austen, enquanto o personagem de Grant conta algumas piadas sem graça sobre a escritora do passado vitoriano, logo na primeira vez que a encontra. Saia justa intelectual. 

Assim o filme vai se desenrolando. Ele se apaixona por duas de suas alunas, precisa ter jogo de cintura e aos poucos vai descobrindo o prazer de ensinar, algo que no começo ele achava ser impossível pois sempre acreditou que não havia como ensinar a escrever bons roteiros. Tecnicamente o filme é isso, uma comédia romântica inofensiva. Nem preciso dizer que o Hugh Grant se sente em casa em cada cena. Afinal ele construiu toda a sua carreira fazendo filmes assim. 

Virando a Página (The Rewrite, Estados Unidos, 2014) Direção: Marc Lawrence / Roteiro: Marc Lawrence / Elenco: Hugh Grant, Whit Baldwin, Vanessa Wasche / Sinopse: Roteirista de Hollywood que no passado chegou a vencer o Oscar, passa por dificuldades financeiras e aceita o convite para ensinar numa universidade. E acaba se envolvendo com uma de suas alunas, o que traz muitos problemas em sua vida já bem problemática. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Mickey 17

Título no Brasil: Mickey 17
Título Original: Mickey 17
Ano de Lançamento: 2025
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Bong Joon Ho
Roteiro: Bong Joon Ho, Edward Ashton
Elenco: Robert Pattinson, Mark Ruffalo, Toni Collette, Steven Yeun, Michael Monroe, Patsy Ferran

Sinopse:
Mickey 17 é a décima sétima versão de Mickey Barnes (Robert Pattinson). Tripulante de uma nave espacial rumo a um planeta distante, ele sempre é escalado para tarefas mortais. Quando morre é substituído por uma nova versão, com sua memória reimplantada no novo clone. Só que Mickey 17 sobrevive em sua última missão e ao retornar para sua nave descobre que já existe um Mickey 18. Esse seria seu novo substituto! E isso vai criar muitos problemas para ele daqui em diante. 

Comentários:
Começa como uma ficção bem interessante. Esse sujeito meio perdido na vida, decide entrar na tripulação de uma nave espacial para fugir de um mafioso a quem deve dinheiro. No espaço entra na classificação dos tripulantes "descartáveis". São aqueles que serão enviados para missões mortais. Uma vez morto, passa a ser substituído por um novo clone com sua antiga memória. Sim, essa ideia é interessante, mas o roteiro não leva esse aspecto até as últimas consequências. Ao invés disso, a partir de determinado momento, o filme explora cada vez mais situações de humor, mesmo que muitas delas sejam de humor negro, afinal temos aqui um protagonista picaresco que sempre vai morrer, de um jeito ou outro. Esse estilo me lembrou de certo modo de outro filme, "O Guia do Mochileiro das Galáxias". É bem nessa linha. Esperava mais pelo bom começo, mas depois fui me conformando em ver mais um filme meio engraçadinho, com alguns toques ecológicos. É aquele tipo de fita Sci-Fi que ficamos pensando que poderia render muito mais. Tinha potencial, mas ficou pelo meio do caminho mesmo.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Crime Passional

Título no Brasil: Crime Passional 
Título Original: Loved
Ano de Lançamento: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Clyde Is Hungry Films
Direção: Erin Dignam
Roteiro: Erin Dignam
Elenco: Robin Wright, William Hurt, Sean Penn

Sinopse:
Depois que um marido é acusado de levar sua terceira esposa ao suicídio, sua primeira esposa, Hedda, uma mulher problemática que não consegue odiar ou machucar os outros, mesmo que tenham feito algo errado com ela, é intimada a testemunhar sobre seu comportamento abusivo durante o casamento.

Comentários:
Nos anos 80 o ator Sean Penn foi basicamente o namorado da Madonna que fazia filmes juvenis. Já nos anos 90 ele melhorou muito na escolha de seus filmes, apostando em projetos que não eram assim garantias de sucesso de bilheteria, mas que a despeito disso eram bons filmes, com roteiros mais inteligentes. Esse filme foi realizado justamente nessa fase de sua carreira, quando ele queria mesmo mudar sua imagem, apostando em filmes com temáticas mais adultas. Além disso o Sean Penn justamente nesse filme começou a namorar a atriz Robin Wright com quem ele terminaria se casando. Pelo visto esse thriller dos anos 90 foi duplamente recompensador para o Penn. Mudou sua carreira no cinema e de quebra ainda o fez encontrar uma de suas mais queridas namoradas da época. 

Pablo Aluísio.

Bonecos da Morte

Título no Brasil: Bonecos da Morte
Título Original: Puppet Master
Ano de Lançamento:
País: Estados Unidos
Estúdio: Full Moon
Direção: David Schmoeller
Roteiro: Charles Band
Elenco: Paul Le Mat, William Hickey, Irene Miracle

Sinopse:
Um mestre artesão, que cria bonecos, descobre uma velha oração do Egito Antigo que traz vida para objetos inanimados. E por essa razão é tão perseguido que decide tirar a própria vida. Só que seus bonecos sobrevivem e vão partir para uma sangrenta vingança. Filme também conhecido como "O Mestre dos Brinquedos". 

Comentários:
Charles Band ataca novamente! Nesse filme ele deu a direção para outra pessoa, mas o roteiro é dele, tem a cara dele! A história é fraquinha, mera desculpa para os tais bonecos entrarem em ação. Eles são de tipos diferentes, um tem uma perfuradora na cabeça, outro, grandes mãos e um crânio minúsculo, tem o velho assassino do mar e uma boneca do diabo que vomita vermes devoradores pela boca! São até bem feitos, mas se movem usando a técnica do Stop Motion. Nos anos 80 ainda não havia tecnologia digital à disposição de filmes B como esse! Eu até gostei do filme, mas colocando na balança justamente essa classificação de filme B dos anos 80. Tem que saber o que afinal está se assistindo. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Sam Whiskey, o Proscrito

Título no Brasil: Sam Whiskey, o Proscrito
Título Original: Sam Whiskey
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Arnold Laven
Roteiro: William W. Norton
Elenco: Burt Reynolds, Angie Dickinson, Clint Walker, Ossie Davis

Sinopse:
Uma bonita e jovem senhorita convence um cowboy aventureiro a lhe ajudar no transporte de uma fortuna em ouro. No total mais de 400 quilos do precioso metal que devem ser transportado por regiões infestadas de bandoleiros e bandidos de todos os tipos, em plena corrida ao ouro, no oeste americano.

Comentários:
Um faroeste do final dos anos 1960 com muitas aventuras e bom humor - foi assim que essa produção foi vendida nos cinemas. Estrelada por Burt Reynolds, pouco antes de se tornar um dos maiores campeões de bilheteria do cinema americano na década que viria, e pela veterana (e ainda bela naquela ocasião) Angie Dickinson. A intenção dos produtores era realizar um piloto para uma série de TV que seria exibida pelo canal NBC. O problema é que apesar do bom êxito comercial desse "Sam Whiskey" o ator Burt Reynolds resolveu cair fora do projeto. Obviamente ele ambicionava um sucesso no cinema e não na TV. No final das contas acertou, pois se tivesse assumido o compromisso de ser um astro da telinha certamente jamais se tornaria o astro que foi. Já do filme em si não espere por muita coisa. No fundo é apenas uma bobagem divertida que usa o cenário e o contexto histórico do western americano para entreter, usando de muito humor e romance. Pode ser dispensado sem maiores problemas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Os Gays de Hollywood - Texto V

Os Gays de Hollywood 
Cary Grant era gay! Durante muitos anos ele teve que viver no armário pois se isso viesse ao conhecimento do grande público seria sua ruína como galã! O curioso é que tirando essa questão da imagem pública, Grant era completamente à vontade, na vida privada, com sua orientação sexual. E como gostava de humor chegava a debochar da questão em seus filmes, sugerindo cenas ousadas para os roteiristas de suas produções. Certa vez surgiu em cena vestido de mulher! Flagrado pela mãe de seu personagem assim, ele declamava um diálogo que era pura explosão, dizendo: "Não se preocupe mãe, é que hoje acordei me sentindo muito gay!". Na época a palavra gay ainda não era tão conhecida mundo afora como sinônimo de homossexual, mas em Hollywood todo mundo entendeu a piada! Grant dava grandes risadas quando lembrava desse filme e dessa cena! Foi um de seus clássicos!

Cary Grant teve vários relacionamentos gays ao longo de sua vida, inclusive com um figurão, um executivo da MGM, mas nada poderia se comparar à sua "amizade" com Randolph Scott. Em plenos anos 1930 eles resolveram alugar uma mansão nas colinas de Hollywood e foram morar juntos. Para atiçar ainda mais as fofocas eles fizeram uma célebre sessão de fotos plenamente à vontade na nova casa. Nelas vemos um casal, nadando na piscina, correndo seminus, até trocando olhares de flerte com o sol ao fundo! Eles riram muito das fofocas que surgiram na época, mas pressionados pelos estúdios de cinema, acabaram se afastando. Tanto Grant como Scott tiveram que se casar, para abafar os fuxicos! Eram casamentos falsos, mas que pelo menos rendeu uma filha que Grant realmente adorava. Já Scott resolveu adotar um filho. Dizia-se que sua esposa era lésbica, uma velha conhecida de muitos anos, e para ambos esse acordo viria bem a calhar. 

Montgomery Clift não teve a mesma sorte. Ele também era um gay no armário e relutou durante muitos anos em ir para Hollywood, justamente para evitar que sua vida privada fosse devastada. Depois de um momento embaraçoso em Nova Iorque, onde se apresentava na Broadway, finalmente decidiu ir embora daquela cidade, aceitando finalmente o convite de Hollywood. Ele havia sido flagrado com alguns homens em uma situação de homossexualidade em um club da cidade. Acabou sendo preso! Uma coluna de fofocas publicou que o jovem ator da Broadway havia sido preso ao lado de alguns "boys" (garotos), o que criou uma confusão enorme, pois Clift foi acusado até mesmo de ser um pederasta. Mas na verdade eram homens adultos, apenas a palavra foi usada de forma equivocada, segundo as melhores biografias sobre o ator. 

Em Hollywood foi parar em um filme de western com John Wayne! Republicano, conservador e homofóbico, o ídolo máximo do faroeste não deixou barato para Clift. Logo entendeu que seu novo parceiro de filme era gay. Numa tarde, durante um intervalo, virou-se para Monty, com um cigarro pendente na boca e disparou: "Porque você não toma vergonha na cara?". Clift ficou tão chocado que disse ao seu agente que nunca mais iria fazer outro filme com Wayne na sua carreira, promessa que aliás cumpriu. Já Marilyn Monroe foi mais sincera. Certa vez foi perguntada sobre Monty ela respondeu: "Ele foi a única pessoa que conheci na minha vida que tinha mais problemas emocionais do que eu!".

Montgomery Clift fez parte da trindade sagrada dos rebeldes de Hollywood ao lado de Marlon Brando e James Dean, mas no fundo nunca gostou deles. Chegou a dizer que Dean pessoalmente cheirava mal e que Brando era um egocêntrico incurável. Depois de uma acidente de carro, ao sair tarde da noite da casa de Elizabeth Taylor, sua carreira entrou em declínio. Seu rosto passou por uma terrível cirurgia plástica e ele perdeu a beleza de seus primeiros anos. Morreu bebendo muito e usando drogas em Hollywood. Dizia que o homem que vivia ao seu lado era seu enfermeiro, mas vários relatos que vieram após sua morte mostraram a verdade que aquele era na verdade seu companheiro de muitos anos. Não houve outra alternativa. Clift ficou no armário mesmo até seus últimos dias. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 13 de abril de 2025

Jack, o Estripador

Ele foi certamente o mais infame serial killer da história, notabilizado não apenas pelos crimes bárbaros que cometeu, mas também pelo fato de que sua identidade ficou submersa por uma nuvem de mistérios. Ao longo da história mais de 20 suspeitos foram apontados como Jack, indo desde nobres com ligações à realeza, pintores, escritores e até médicos famosos. Apenas a ciência conseguiu responder a uma pergunta que já durava séculos. Usando os mais modernos métodos forenses de investigação conseguiu-se finalmente revelar a verdadeira face de Jack. Para tanto se utilizou de um xale de uma das prostitutas que foram mortas por ele naqueles distantes dias de puro terror.

A mulher identificada como Catherine Eddowes foi brutalizada por Jack, morta a punhaladas e golpes de faca, sendo que depois o assassino, seguindo seu modus operandi ou ritual, retirou seus órgãos internos. Uma pesquisa de DNA no xale conseguiu localizar traços de sêmen do matador. A partir daí vários parentes de suspeitos do crime doaram voluntariamente suas amostras genéticas para comparação. O DNA bateu com familiares de Aaron Kosminski, um velho conhecido da polícia de Londres que inclusive foi detido e ouvido na época dos crimes. Como não havia provas ele foi liberado. Hoje sabe-se que ele foi o real Jack.

Aaron Kosminski tinha um passado de traumas. Imigrante judeu, presenciou cenas chocantes de perseguição, violência e morte contra pessoas de sua família. Essa teve que fugir das perseguições, indo morar em Londres. Aaron não conseguiu ter boa sorte na grande cidade. Miserável, sem emprego e vivendo de bicos, presume-se que tenha contraído sífilis com prostitutas baratas, as mesmas que mataria depois nos crimes violentos e selvagens de Jack, o Estripador. Ao que tudo indica Aaron estava em sua mente se vingando daquelas mulheres que haviam lhe passado uma doença incurável na época. A loucura dos crimes também condiz com esse quadro já que a sífilis acaba destruindo a mente da pessoa infectada, a levando gradualmente à loucura.

Kosminski escapou da polícia, porém não teve um final feliz. Ele foi enlouquecendo com o passar do tempo e virou praticamente um mendigo de rua com problemas mentais. Os últimos registros dão conta que ele foi recolhido pelo departamento de saúde mental da capital inglesa e internado numa instituição para doentes mentais onde veio a falecer com a idade provável de 53 anos. Os crimes de Jack foram cometidos quando ele tinha entre 25 a 30 anos de idade, não se sabe ao certo. A sífilis destruiu sua mente, porém antes disso ele supostamente matou entre 11 a 25 mulheres, prostitutas que viviam pelas ruas. O mais infame serial killer da história morreu livre, porém de uma forma ou outra acabou pagando pelos seus crimes assustadores.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de abril de 2025

The Beatles - Rubber Soul - Parte 2

Rubber Soul - Parte 2
A música "In My Life" é certamente um dos maiores clássicos dos Beatles nesse álbum. Uma letra nostálgica em que John Lennon procurava relembrar as amizades e amores do passado. Uma letra autoral que de certa forma antecipava o que os Beatles iriam escrever em músicas como "Strawberry Fields Forever" e "Penny Lane", onde o passado surgia como tema principal. Nessa canção o produtor George Martin também colaborou bastante, ajudando ativamente nos belos arranjos finais que ouvimos na gravação oficial que saiu no mercado e que em pouco tempo virou um grande hit nas rádios. 

Se John Lennon apostava na nostalgia, Paul se apoiava em sua própria imaginação. Ele era mestre em criar personagens para suas músicas. Assim para esse disco Paul McCartney criou "Michelle". A música foi composta por Paul quando ele estava em Paris. Inspirado pelas belas melodias francesas que ouviu, ele decidiu seguir naquela mesma linha. Também decidiu incluir na letra alguns versos em francês. Como não sabia falar a língua dos franceses pediu uma ajudinha a um amigo, que lhe trouxe esses pequenos versos. Acho uma balada maravilhosa, simples, mas bem linda. E olha que Rubber Soul foi um disco dos Beatles em que só havia grandes baladas! 

Pouca gente sabia, mas "Norwegian Wood (This Bird Has Flown)" era sobre um caso de infidelidade de John Lennon com uma garota escandinava que ele conheceu. O detalhe é que o Beatle já era casado na época, então teve que usar aquele tipo de letra enigmática, que poucos entenderiam, mas que ele saberia muito bem do que se tratava. Anos depois, John Lennon confidenciaria tudo numa entrevista. Era mesmo sobre essa noite em que ele pulou a cerca com essa loira, enquanto sua esposa Cynthia cuidava do filho Julian. Não era algo para se orgulhar, mas John falou que a mulher era mesmo um monumento, uma loira de parar o trânsito. Quem poderia julgar o Beatle por esse fugaz caso de infidelidade conjugal?

Se as duas músicas anteriores foram clássicos de John Lennon, músicas para se orgulhar até o fim de sua vida, a faixa "Run for Your Life" foi rejeitada por ele alguns anos depois. John chegou até mesmo a dizer que "sempre a detestou" e que a havia criado às pressas, para completar o disco. A letra hoje em dia seria considerada abominável, pois basicamente afirmava, sem nenhuma classe, para uma garota, que ela deveria correr por sua vida... O que sugeria? Que iria bater nela ou até mesmo matá-la? E isso composto por John Lennon, que iria virar um símbolo da paz e amor dos anos que viriam? Realmente não é complicado entender porque John a renegou completamente alguns anos depois. Era uma letra embaraçosa para ele, de puro machismo sem noção.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Indústria Americana

Indústria Americana
Documentário extremamente relevante para os nossos dias. Mostra a implantação de uma fábrica chinesa na cidade de Dayton, nos Estados Unidos. Ela foi levantada no mesmo lugar onde no passado funcionou uma fábrica de automóveis da GM na cidade. Muitos dos empregados já tinham trabalhado na GM, mas agora esses trabalhadores americanos iriam ter que lidar com uma nova realidade. Seus chefes seriam todos chineses. A fábrica funcionaria a partir de agora de acordo com a cultura do grande país asiático. Então, como era de se esperar, se opera um grande choque cultural entre um empregador chinês tentando colocar ordem numa fábrica onde a maioria dos empregados era formada por americanos. Os chineses e os americanos logo entram em choque e tudo é capturado pelo documentário. 

Os chineses acabam achando que os americanos são gordos demais, preguiçosos e sem nenhuma disciplina para o trabalho duro. Na visão da diretoria chinesa a mão de obra americana era pouco produtiva! Os americanos, por sua vez, começam a achar os chineses bem esquisitos, com sua cultura de quase escravidão ao trabalho obsessivo, trabalhando em longas jornadas, sem feriados, sem fins de semana. Quase uma escravidão moderna! O documentário mostra acima de tudo que há uma grande ilusão nessa expectativa toda de estrangeiros se instalando dentro da América, de que alguma fábrica asiática vai dar inteiramente certa se instalada dentro do território dos Estados Unidos. As diferenças culturais entre nações tão diferentes logo se faz sentir, desde os primeiros dias. É algo inclusive que o atual presidente americano tem planejado fazer. É melhor ele rever seus conceitos! 

Indústria Americana (American Factory, Estados Unidos, 2019) Direção: Steven Bognar, Julia Reichert / Roteiro: Steven Bognar, Julia Reichert / Elenco: Junming 'Jimmy' Wang, Sherrod Brown / Sinopse: Documentário da Netflix que mostra a instalação de uma fábrica chinesa nos Estados Unidos. Logo surge um grande choque cultural entre a direção e os empregados, além de problemas financeiros e sociais dentro da indústria. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Galactica: Astronave de Combate

Galactica: Astronave de Combate
Eu realmente não me lembrava mais se tinha assistido esse filme no passado. Claro, conhecia muito de nome, mas reconheço que não me lembrava se havia assistido ou não. Pois bem, em tempos de streaming finalmente fui conferir nessa semana. Gente, que filme ruim! É uma imitação muito barata de "Guerra nas Estrelas" de 1977. Lançado um ano depois do grande sucesso de George Lucas, o filme cheira a picaretagem do começo ao fim. Chega a ser constrangedor de tanto que tenta copiar o filme original. Tudo é ruim, o elenco não convence em nada e a direção é pífia. O enredo não vai para lugar nenhum. Os elementos básicos são todos copiados de Star Wars, sem tirar nem colocar muita coisa de diferente. Chega a aborrecer do tamanho da cara de pau de seus realizadores! 

Basicamente temos apenas um grupo de naves, com seres humanos, que é atacada por uma raça de robôs chamada Cyclons (ou qualquer coisa parecida a isso). Esses "centuriões" robôticos me fez lembrar do filme em certos momentos. São aquelas latas de sardinha que possuem uma luzinha vermelha no visor.  A luz vermelha vai de um lado pro outro do capacete! Nada muito interessante, mas a criançada da época curtiu pelo que me recordo. Pensou que parava por aí a tosqueira? Que nada, tem também um cachorrinho robótico muito mal feito que faz o filme ficar ainda mais ridículo do que já é. Um bichinho muito feio que não servia nem pra vender brinquedos! Enfim, apesar da fama, pois o filme certamente é conhecido por quem gosta de cinema, o fato é que "Galactica - Astronave do Combate" é uma das maiores porcarias já produzidas no universo! 

Galactica: Astronave de Combate (Battlestar Galactica, Estados Unidos, 1978) Direção: Richard A. Colla, Alan J. Levi / Roteiro: Glen A. Larson / Elenco: Richard Hatch, Dirk Benedict, Lorne Greene / Sinopse: Uma caravana de espaçonaves com objetivos de diplomacia é atacada. Estavam em missão de paz. Apenas uma espaçonave escapa da destruição, Galactica. Agora seus tripulantes precisam encontrar um planeta amigo, enquanto tentam descobrir o rumo em direção ao Planeta Terra. 

Pablo Aluísio.