quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Tudo Pela Arte

Tudo Pela Arte
Filme dos mais interessantes. Um professor de arte e jornalista é contratado por um comerciante de obras de arte para ir em sua casa, passar alguns dias de descanso e lazer. Chegando lá, ele é sondado para um serviço bem peculiar. Ele entrará em contato com um pintor veterano que há muitas décadas vive isolado e longe do fervor do mundo das artes. No passado ele pintou um quadro que foi considerado uma verdadeira obra-prima da pintura. Um marco da arte dos Estados Unidos. Depois disso se isolou, virou um homem recluso. Nunca mais lançou nenhuma obra nova. Claro que para esse comerciante passa a ser bem interessante que ele volte a pintar, para ganhar alguns milhões com seus novos quadros. Só que para isso acontecer tem que acontecer alguma coisa que o faça mudar de ideia. O professor tem que se aproximar desse pintor, fazer amizade, para quem sabe o convencer a voltar para a ativa. 

O elenco é muito bom e traz algumas surpresas. A maior delas é a presença de Mick Jagger interpretando o merchand de artes. Um tipo bem ganancioso e astuto, que precisa de novas pinturas daquele velho artista que preferiu a reclusão e o isolamento social. Esse personagem do pintor trágico é interpretado pelo veterano Donald Sutherland em um dos seus últimos trabalhos para o cinema. Por fim, para não deixar passar em branco, só deixo uma ressalva em relação à história que o filme conta. O final vai surpreender muita gente e penso que de forma negativa. É um final pouco ético que vai na contramão daquela famosa frase que diz que o crime não compensa. Assista e tire suas próprias conclusões. 

Tudo pela Arte (The Burnt Orange Heresy, Estados Unidos, 2019) Direção: Giuseppe Capotondi / Roteiro: Charles Willeford, Scott B. Smith / Elenco: Donald Sutherland, Claes Bang, Elizabeth Debicki, Mick Jagger / Sinopse: Um jornalista e professor de arte é contratado por um merchand de quadros caros para fazer amizade e se aproximar de um pintor veterano que não pinta há muitas décadas. Ele tentará convencer o recluso artista à voltar para o mercado. 

Pablo Aluísio.

Adam Sandler: Love You

Adam Sandler: Love You 
Essa apresentação ao vivo do Adam Sandler chegou há poucos dias na Netflix. Vale como curiosidade em ver como se sai um ator de Hollywood em um show solo, diante de uma plateia pequena em um teatro, tudo feito praticamente sozinho, sendo apoiado apenas por um músico no palco. Como ele é um comediante, obviamente seu (curto) show se apoia no humor. Entre as histórias engraçadas e divertidas que conta ele vai cantando uma ou outra musiquinha, também todas de humor, com letras ora divertidas, ora meio sem graça e algumas realmente constrangedoras pelo mau gosto. O uso de baixarias também está presente no repertório, embora muitas vezes mais suavizadas, para se enquadrar no estilo do próprio Sandler. 

Como é de praxe eu gostei de algumas coisas e de outras não. A melhor coisa do show vem na última canção quando ele faz uma até bonita homenagem aos comediantes do presente e do passado. Cita Jerry Lewis, seu colega Jim Carrey e por aí vai. A música que canta é no fundo um agradecimento sincero a todos esses artistas. Imagens deles são exibidas em um telão no fundo do palco. O comediante Rob Schneider faz uma engraçada performance de Elvis cantando Its Now or Never. É uma piada em cima dos covers de Elvis, mas também em cima do próprio artista. Ficou divertido, não há como negar. De ruim mesmo temos algumas histórias sem graça, com desfechos fracos e outras que até começam bem, mas perdem o rumo. No saldo final vale a pena conhecer, embora passe longe de ser uma apresentação memorável. 

Adam Sandler: Love You (Estados Unidos, 2024) Direção: Josh Safdie / Roteiro: Adam Sandler / Elenco: Adam Sandler, Rob Schneider / Sinopse: Apresentação do ator Adam Sandler em um pequeno teatro de Nova Iorque. Nessa apresentação o comediante canta algumas canções e conta histórias e piadas divertidas baseadas em sua própria vida. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

O Inferno de Dante

O Inferno de Dante 
Nos anos 90 o chamado Cinema Catástrofe ganhou uma sobrevida. Com a chegada dos efeitos digitais os produtores viram uma boa oportunidade para explorar novamente esse filão dos Disaster Movies que tanto sucesso de bilheteria havia feito nos anos 70. E dentro desse nicho surgiu um tipo de filme que na época virou modinha, mostrando grandes cidades sendo tragadas por enormes vulcões. Basta lembrar de outro filme dessa mesma época, chamado Volcano, para bem lembrar desse período no cinema americano. O Inferno de Dante veio nessa mesma onda, pegando carona no fugaz interesse que o público tinha nesse tipo de produção cinematográfica. Até porque agora a computação gráfica tornava possível qualquer cena imaginada pelos roteiristas e quando mais catastrófica fosse, melhor! 

Esse filme tive a oportunidade de ver no cinema. Naqueles tempos os efeitos especiais realmente impressionavam, mas devo avisar que vistos hoje em dia surgem mais do que datados. normal de acontecer com filmes que se sustentam apenas em efeitos especiais. O problema é que desde o seu surgimento os técnicos sabiam que os dois elementos da natureza mais complicados de se reproduzir digitalmente eram justamente o fogo e a água. E aqui temos rios de larvas vulcânicas que hoje em dia não parecem nada convincentes! De qualquer forma, no meio do pânico de um vulcão explodindo, ainda havia um bom elenco, encabeçado pelo "James Bond" Pierce Brosnan. E claro, ele interpreta o herói da história. Não poderia ser mesmo diferente. 

O Inferno de Dante (Dante's Peak, Estados Unidos, 1997) Direção: Roger Donaldson / Roteiro: Leslie Bohem / Elenco: Pierce Brosnan, Linda Hamilton, Jamie Renée Smith, Jeremy Foley / Sinopse: Um especialista em vulcões descobre que há um enorme vulcão adormecido nos Estados Unidos que está prestes a entrar em erupção, o que vai colocar em risco a vida de milhões de pessoas. 

Pablo Aluísio.

Poltergeist III

Poltergeist III
Depois de muitos nos acabei revendo esse terceiro e último filme da franquia original de Poltergeist. Sempre considerei o mais fraco filme e depois de todo esse tempo ele não melhorou em nada. Aqui o problema foi de conceito. Não tem como fazer um filme de assombração dentro de um prédio high tech de Chicago. Esse tipo de filme só funciona bem em velhas casas, mansões escuras, com sombras por todos os lados. Tem que ter um elemento gótico envolvido. Não se faz um filme bom de terror com elevadores e tecnologia de última geração. Chega a ser bizarro fazer um filme desse tipo com muita luz envolvida. Até os efeitos especiais ficam ruins no meio de tanta luminosidade. Então o roteiro já começou errado da página um. 

Agora triste mesmo é saber que a garotinha Heather O'Rourke nem chegou a assistir ao filme pronto. Ela morreu antes desse terceiro Poltergeist chegar aos cinemas. Morreu com apenas 12 anos, vítima de um erro médico. Uma tragédia enorme. E pensar que mesmo com pouca idade ela já tinha uma extensa filmografia. Além dos filmes dessa franquia ainda havia feito bastante televisão, aparecendo inclusive na popular série CHIPs. Infelizmente não teve oportunidade de crescer e quem sabe ser uma grande atriz quando adulta. Seu falecimento precoce foi mais uma crônica trágica na história do cinema. 

Poltergeist III (Estados Unidos, 1988) Direção: Gary Sherman / Roteiro: Gary Sherman, Brian Taggert / Elenco: Heather O'Rourke, Tom Skerritt, Nancy Allen / Sinopse: A gaortinha Carol Anne vai morar com seus tios em um arranha-céu de Chicago após os trágicos acontecimentos dos filmes anteriores. O problema é que os fantasmas também a seguem, procurando a menina como uma ponte para que eles escapem de sua tormenta espiritual. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Um Dia Voltarei

Título no Brasil: Um Dia Voltarei
Título Original: Flame of Barbary Coast
Ano de Lançamento: 1945
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Joseph Kane
Roteiro: Borden Chase, Prescott Chaplin
Elenco: John Wayne, Ann Dvorak, Joseph Schildkraut

Sinopse:
Em San Francisco, no crepúsculo do velho oeste, um cowboy chamado Duke Fergus (John Wayne) se apaixona por uma bela dançarina e cantora de saloon conhecida como Ann 'Flaxen' Tarry (Ann Dvorak). Só que conquistar seu coração não vai ser tão fácil pois ele terá que disputá-la contra o magnata corrupto Tito Morell (Joseph Schildkraut). Filme indicado ao Oscar nas categoria de Melhor Som e Melhor Música Original (R. Dale Butts e Morton Scott). 

Comentários:
A Segunda Guerra Mundial estava chegando ao seu final quando John Wayne decidiu voltar aos filmes de faroeste. Só que dessa vez ele optou por um roteiro bem leve, quase uma comédia romântica passada nos tempos do velho oeste. Nada de muita ação envolvida, a história se concentrava mais nessa cantora e bailarina, cujo coração era disputada por dois homens, um magnata rico e sem escrúpulos e o cowboy de Wayne, trabalhador, de bom coração, muito ético e tudo mais. O fato curioso é que o próprio Wayne escolheu a atriz que iria trabalhar nesse papel da dançarina de saloon. E ele escolheu Ann Dvorak. Os críticos da época do lançamento original do filme criticaram a escolha pois ela já tinha passado da idade certa para interpretar essa personagem. Para Wayne isso entretanto era irrelevante. Ele estava interessado mesmo em seus talentos como cantora e dançarina. E nesse aspecto a veterana realmente não deixou nada a desejar. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Charada

Charada
Nesse filme a atriz Audrey Hepburn interpreta uma norte-americana em Paris que precisa lidar não apenas com a morte misteriosa de seu marido, mas também com um grupo de homens desconhecidos que passam a lhe perseguir pelas ruas da capital francesa. Eles parecem querer alguma coisa, a localização de uma fortuna que teria sido roubada por seu marido quando ele estava prestando serviço militar durante a segunda guerra mundial. Na época um pelotão de soldados americanos decidiu roubar uma fortuna que havia sido deixada pelos nazistas. Depois do fim da guerra houve uma série de traições entre eles, ficando todo o dinheiro nas mãos desse que foi morto. Só que o mistério persiste: onde foi parar todo aquele dinheiro roubado pelos militares americanos?

Um bom filme clássico. Durante todo o tempo fiquei imaginando essa história nas mãos de Alfred Hitchcock. Certamente isso teria resultado em um dos melhores filmes de suspense da história, afinal a trama que move o filme é muito boa. Só que isso não aconteceu. O filme foi dirigido pelo cineasta Stanley Donen, que até fez um bom filme, mas sem nunca sair do comum, do banal. Sobra de bom mesmo as sempre carismáticas presenças de Audrey Hepburn (sempre elegante) e Cary Grant, aqui interpretando um sujeito que muda de identidade como quem muda de roupa. O elenco coadjuvante também é muito interessante. Walter Matthau interpreta um agente da CIA (mas não vá confiar muito nisso!) e James Coburn surge como um dos ex-militares que vai usar de tudo, inclusive de violência, para colocar as mãos no dinheiro roubado dos nazistas. Enfim, bom filme, gostei, mas devo confessar que poderia ser bem melhor. 

Charada (Charade, Estados Unidos, 1963) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Peter Stone, Marc Behm / Elenco: Cary Grant, Audrey Hepburn, Walter Matthau, James Coburn, George Kennedy / Sinopse: Uma jovem viúva norte-americana passa a ser perseguida pelas ruas de Paris por um grupo de ex-militares que estão em busca de uma fortuna nazista que teria sido roubada pelo seu marido falecido durante a guerra mundial. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor música original. 

Pablo Aluísio.

Marujos do Amor

Título no Brasil: Marujos do Amor
Título Original: Anchors Aweigh
Ano de Produção: 1945
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George Sidney
Roteiro: Isobel Lennart, Natalie Marcin
Elenco: Frank Sinatra, Gene Kelly, Kathryn Grayson, José Iturbi, Dean Stockwell, Pamela Britton

Sinopse:
O marujo Clarence Doolittle (Frank Sinatra) se une ao colega de marinha Joseph Brady (Gene Kelly) para aproveitar um fim de semana de folga na maravilhosa Nova Iorque, com todas as suas atrações e pontos turísticos. Filme premiado pelo Oscar na categoria de Melhor Música (George Stoll). Também indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Comentários:
Esse musical foi produzido e lançado na primeira fase da carreira de Frank Sinatra, quando ele ainda era um dos cantores mais populares do mundo. Como se sabe em pouco tempo sua carreira iria entrar em declínio por causa de problemas pessoais e de saúde e ele ficaria um tempo em baixa, só voltando ao sucesso alguns anos depois quando apareceu em "A Um Passo da Eternidade". Aqui Sinatra contracenou com o dançarino Gene Kelly. Como Sinatra cantava muito, mas dançava pouco e Kelly não era o melhor dos cantores, mas dançava como ninguém, a MGM pensou que a união de dois talentos diferentes iria encaixar bem. Um iria suprir as deficiências do outro em cena. E a dupla deu realmente muito certo. O filme tem aquele estilo muito utópico dos antigos musicais, focando a vida de dois marujos aproveitando a folga em Nova Iorque. Uma das cenas mais lembradas é aquela em que Gene Kelly dança ao lado do ratinho Jerry do desenho animado "Tom e Jerry". Um primor de técnica misturando animação com atores reais. Eu me recordo muito bem que o filme foi bastante exibido nas madrugadas da extinta Rede Manchete no Brasil. Depois disso sumiu da programação. Uma pena porque é divertido, bem coreografado e apresenta excelentes canções.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de setembro de 2024

Imperador Romano Décio

Imperador Romano Décio
Em junho do ano 251 uma notícia abalou o Império Romano. O imperador Caio Méssio Quinto Trajano Décio havia sido morto no campo de batalha! Ele foi atravessado por uma espada bárbara enquanto lutava contra os Godos em uma província distante. Era a primeira vez na história que um imperador romano era morto dessa maneira, lutando contra invasores Godos que tinham cruzado as fronteiras do Império, causando morte e destruição por onde passavam. Seu filho mais velho, Felipe, também havia sido morto alguns dias antes. Mesmo com a morte daquele que seria o herdeiro do trono, o Imperador não se abalou e continuou na luta, até ser ele mesmo morto em combate. No dia em que morreu, o Imperador e seus legionários foram surpreendidos ao descobrirem que o exército inimigo contava com mais de 100 mil homens, enquanto as legiões romanas tinham em suas fileiras apenas 70 mil para o combate! 

Esse fato demonstrava bem que Roma já não conseguia mais parar as invasões de povos vindos do norte da Europa, povos esses que os romanos chamavam de bárbaros, pois não falavam nenhuma língua clássica (latim ou grego) e tampouco tinham os costumes e a cultura do povo romano. Foi um choque saber que a legião comandada pelo Imperador havia sido derrotada e dizimada. Isso mostrava acima de tudo que o Império estava sem forças militares para deter esses povos que viviam além da fronteira romana. 

O Imperador Décio decidiu seguir com suas legiões para deter os Godos após pedidos de socorro alarmantes chegarem em Roma. Várias cidades e vilas romanas tinham sido saqueadas e brutalizadas por esses bárbaros. Os Godos eram saqueadores. Eles entravam dentro do Império Romano para invadir suas cidades para roubar, matar e escravizar. Não tinham a intenção de viver dentro do Império, mas apenas em saquear essas regiões. Por essa razão era complicado combater esses bárbaros que viviam em movimento, sem parar em lugar nenhum. Após saquear uma região iam para outra, para promover novos saques e crimes diversos. 

Por esses tempos o Império passava por várias crises. Há anos os romanos combatiam os Germanos em terras distantes. Já havia perdido grande parte de seu território contra povos bárbaros que viviam na Britânia (atualmente Reino Unido), na Hispânia (atual Espanha) e na Gália (atual França). Até mesmo em províncias distantes, como no Norte da África e na Judéia explodiam rebeliões cada vez mais violentas e duradouras. Parecia haver guerras por todos os lados e o exército romano já não dava mais conta de tantas invasões e conflitos. A morte do Imperador Décio só aprofundou ainda mais essa crise que parecia não ter mais fim dentro do maior império que a humanidade já havia visto em sua história. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 31 de agosto de 2024

The Beatles - Help! - Parte 2

Eu sempre gostei de "It's Only Love". Pena que John Lennon não apreciava e ele tinha composto a faixa. Lennon considerava a letra muito fraca. O tema mostrava um sujeito tímido e apaixonado que ficava feliz apenas em ver a amada passar ao seu lado. Um caso exemplar de amor platônico. Anos depois John diria que havia composto essa música romântica apenas para completar o lado B do álbum "Help!". Paul McCartney, por outro lado, defendeu "It's Only Love", dizendo que era uma boa canção pop e que os Beatles na época não faziam literatura, mas apenas boas músicas populares.

A música "I Need You" foi composta por George Harrison. Também é cantada por ele nessa versão oficial do disco. Uma canção simples, mas bem arranjada e executada. George, como era de se esperar, colocou a guitarra em evidência em toda a música e isso acabou se tornando a maior característica dessa faixa. Já era um sinal do potencial do músico, algo que só iria crescer nos anos que viriam. Esse ainda não era o George Harrison de "Here Comes The Sun" ou "Something", mas já demonstrava que estava no caminho certo.

"Ticket to Ride" foi um dos grandes hits desse disco, uma das músicas mais tocadas nas rádios na época de lançamento original do LP. Há muitas histórias envolvendo o real significado dessa letra, desde as mais pueris, até mesmo as mais, digamos, picantes, onde os Beatles estariam falando na verdade dos clubes noturnos de Hamburgo, na Alemanha, quando eles passaram por aquele país. Qual seria a versão verdadeira? Isso se perdeu nas areias do tempo. É uma letra que pode ter vários significados diferentes, como era bem ao gosto de John Lennon quando escrevia suas composições.

"Act Naturally" não foi composta pelos Beatles, mas sim pela dupla formada por Johnny Russell e Voni Morrison. É uma música country, muito agradável aos ouvidos, escolhida especialmente para o timbre vocal de Ringo Starr.  Na década de 1970 John Lennon iria dar algumas declarações indelicadas em relação ao Ringo, dizendo que ele não era o maior cantor do mundo. Bom, Lennon poderia passar sem essa, afinal para que atacar o companheiro de banda, não é mesmo? De qualquer forma Ringo passou por cima de tudo isso e aqui soa perfeito em meu ponto de vista. A música é simples, mas igualmente um dos bons momentos do disco.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Com Quem Será?

Título no Brasil: Com Quem Será? 
Título Original: Destination Wedding
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Elevated Films
Direção: Victor Levin
Roteiro: Victor Levin
Elenco: Keanu Reeves, Winona Ryder, DJ Dallenbach

Sinopse:
Frank (Keanu Reeves) e Lindsey (Winona Ryder) se conhecem enquanto viajam para a mesma festa de casamento. Ele é o irmão do noivo. Ela é a ex-namorada dele. Inicialmente eles tratam tudo com extrema ironia e cinismo, só que aos poucos vão se atraindo, afinal ambos possuem muito em comum, inclusive a mesma visão do mundo. 

Comentários:
Filme simpático e simples que tenta a todo tempo não cair na vala comum dos filmes românticos. Aliás o roteiro tenta mesmo se dissociar desse tipo de história de amor mais convencional. Entretanto, temos que admitir, que fugir de certos clichês desse tipo de filme é simplesmente impossível. Por exemplo, todo mundo sabe que aqueles dois cínicos vão acabar se apaixonando! Isso é um clichê, obviamente. A despeito disso é um bom filme. Tem ótimos diálogos entre os dois. E isso é ao mesmo tempo uma qualidade e um defeito. Qualidade porque as falas do casal passam longe do banal. Defeito porque ninguém fala daquele jeito no dia a dia. Ficou um pouco teatral demais,  o roteirista aparece em cena, na boca dos atores, por causa disso. Ficamos com uma sensação estranha por causa disso. De qualquer maneira, entre mortos e feridos, problemas e boas saídas, eu ainda deixo a recomendação desse filme romântico (um tanto) diferente! 

Pablo Aluísio.