segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 35

Marilyn Monroe na Columbia Pictures
Assim como aconteceu com os Beatles, que foram esnobados pela gravadora Decca, antes de se tornarem famosos, Marilyn Monroe também foi desprezada pela Columbia Pictures, antes de se tornar a estrela de cinema mais popular de sua época. De fato Marilyn Monroe começou sua carreira na Columbia, onde apareceu nos primeiros filmes, ainda como uma garota bonita, uma extra, sem diálogos para falar para as câmeras.

Na verdade a Columbia não soube aproveitar Marilyn. Havia centenas e centenas de moças jovens e bonitas andando pelos estúdios em busca de uma chance e os diretores de elenco da Columbia não entenderam que tinham uma jóia em mãos. Isso porque apesar de Marilyn ser sim uma starlet, como todas as outras, ela tinha um natural talento para comédias e isso nunca foi enxergado pelos executivos da Columbia.

Assim, mais ou menos um ano depois de ter assinado seu primeiro e único contrato com a Columbia ela foi demitida sem maiores explicações. Simplesmente o estúdio lhe avisou que não tinha mais interesse nela. E como há mudanças que levam para novos caminhos, Marilyn saiu da Columbia e assinou com a Fox, onde iria se tornar a mais popular atriz de Hollywood de seu tempo. Imagine a cara dos diretores da Columbia ao perceberem que tinham dispensado uma mina de ouro em bilheterias!

Dos quatro grandes estúdios de Hollywood, a Columbia era a que tinha mais problemas de caixa e orçamento. Em determinado momento o estúdio ficou prestes a falir e assim, numa tentativa de evitar o fechamento, demitiu dezenas de atrizes, entre elas Marilyn. A jovem loira havia percebido que as garotas bonitas eram bem desprezadas na Columbia, pois não tinham direito a camarins próprios e muitas vezes tinham que levar sua própria maquiagem, pois o estúdio não iria fornecer esse tipo de coisa para elas. Anos depois Marilyn Monroe lembraria em entrevistas que as atrizes eram mal tratadas na Columbia. Quando foi demitida ela ficou bem chateada, pois iria voltar para a fila do desemprego, mas depois de poucos dias esse desânimo passou e ela voltou pra luta. Assim Marilyn não lamentou deixar a Columbia. Pelo menos na Fox ela teria melhor tratamento. Além disso a Fox estava no topo dos grandes estúdios. De certa maneira foi a sorte grande dela, embora não soubesse disso na época. 

Pablo Aluísio.

A Verdadeira História de Marilyn Monroe

Título no Brasil: A Verdadeira História de Marilyn Monroe
Título Original: Norma Jean & Marilyn
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Tim Fywell
Roteiro: Anthony Summers, Jill Isaacs
Elenco: Ashley Judd, Mira Sorvino, Josh Charles

Sinopse:
Este filme segue Norma Jean desde sua juventude simples e ambiciosa até seu auge de estrela em Hollywood, onde se torna a atriz mais popular do cinema em sua época de ouro. Marilyn passa assim de amante em amante. Ela encontra a fama, mas nunca a felicidade, apenas conhece a sedução, mas não o amor pleno que tanto procurava. 

Comentários:
Telefilme feito para a HBO, naquela época ainda em seus primórdios nos Estados Unidos. É tecnicamente bem realizado, com Marilyn sendo interpretada, em fases diferentes de sua vida, por duas boas atrizes. Isso porém não livra o filme de também apresentar defeitos e problemas, principalmente em seu roteiro que derrapa muito cedo no dramalhão, ficando bem parecido com uma novelona da Globo. Eu pude perceber também que o filme tampouco faz jus ao verdadeiro sucesso que Marilyn Monroe alcançou em sua carreira em Hollywood. De uma forma ou outra o filme foi lançado em uma época em que não havia muitos filmes sobre Marilyn no mercado. Anos depois seriam lançados filmes bem melhores sobre sua história, isso sem contar com os ótimos documentários que existem hoje em dia. Para os anos 90, vamos colocar nesses termos, até que era um bom filme. 

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Imperador Romano Domiciano

Imperador Romano Domiciano
Domiciano era filho do imperador Vespasiano e irmão do imperador Tito. Quando esse último morreu de forma inesperada, rumores se espalharam por toda a Roma afirmando que Domiciano havia matado o irmão Tito para assumir o poder e se declarar imperador. Algo que nunca foi provado, mas que iria cobrar seu preço pois o povo de Roma jamais iria gostar de Domiciano. Além disso o novo imperador era introspectivo, não parecia gostar do povo e poucas vezes aparecia em público. O que sempre ganhavam destaque eram seus atos de violência e terror contra inimigos, reais ou imaginários. Ele havia tido uma educação privilegiada, mas o mundo em que vivia era realmente muito solitário. Mal chegou a conhecer direito seus familiares que viviam no exterior em campanhas militares. Quando Tito morreu, Domiciano não aparentou nenhum sentimento de dor ou sofrimento pela morte dele, sendo essa mais uma causa para o povo desconfiar de seus atos. Como consequência foi o mais impopular imperador da história de Roma. Para a plebe ele seria incapaz de mostrar afeto por qualquer pessoa, seja do povo, seja da elite romana. 

Muitos imperadores romanos demonstravam claros sinais de psicopatia, mas Domiciano certamente foi um dos mais cruéis ao subir no poder máximo do Império Romano. Ele se tornou imperador por um lance de sorte ou de crime, uma daquelas circunstâncias que pareciam nunca se cumprir, mas que se cumpriram. Filho de um grande imperador, ele foi imperador por quinze anos, mas nunca conquistou a afeição dos romanos. Pelo contrário, era odiado em Roma, tanto pelos Patrícios como pelos Plebeus. E motivos não faltavam para justificar todo esse ódio. 

Logo ficou claro que ele odiava religiões e pessoas religiosas, a começar pela própria religião romana. Domiciano passou a perseguir e matar diversas virgens vestais. Essas eram mulheres que viviam nos principais templos de Roma. Elas tinham que viver uma vida de castidade e santidade, para agradar aos Deuses. Caso fossem pegas se envolvendo com algum homem eram punidas e expulsas do templo. Ele afirmava que estava reformando a religião romana, mas na verdade estava perseguindo as pessoas que se dedicavam à ela. 

Para Domiciano isso era pouco. Ele logo criou decretos que condenavam à morte as virgens vestais que traíssem os seus votos de castidade. Matou centenas delas com acusações dos mais diversos tipos de perversões sexuais. Para historiadores, eram julgamentos forjados em mentiras. Ao que tudo indica ele era mesmo um imperador que odiava mulheres em geral. Tanto que também inovou nos jogos de gladiadores, fazendo com que elas fossem martirizadas e mortas nas arenas, algo que chocou a população romana. Ver uma mulher sendo morta por um gladiador era demais, até mesmo na violenta Roma antiga. 

Para os cristãos, Domiciano determinou que todos fossem condenados a morrer na cruz, tal como seu estranho deus judeu. Também determinou que os líderes religiosos cristãos fossem queimados no momento em que eram pendurados nas cruzes romanas. Eles deveriam virar tochas humanas, tal como fazia Nero. E por falar em judeus, Domiciano os odiava em especial, criando uma série de leis que oprimiam e confiscavam bens e propriedades de judeus, que formavam uma das comunidades mais ricas e prósperas de toda a Roma. Os que resistiam e enfrentavam o imperador eram mandados para a morte no Coliseu, onde eram devorados por feras selvagens. 

Com o passar dos anos o imperador foi ficando paranóico. Dizia-se em Roma que ele era a reencarnação do pérfido Tibério que voltara do mundo dos mortos para se vingar da elite romana. Domiciano realmente tinha bastante em comum com o velho imperador, tanto que chegara a admitir que via nele uma espécie de modelo. Só que seu governo tirânico começou a criar muito ódio entre os patrícios, a elite romana, que logo começou a planejar uma maneira de eliminar o tirano imperial. 

E assim foi feito. Domiciano foi morto a punhaladas, na emboscada, durante uma noite de lua cheia em Roma. Para eliminá-lo foi contratado um famoso matador romano, um sujeito que se infiltrou nos aposentados do imperador e o apunhalou de surpresa. Domiciano ainda reagiu, conseguindo lutar com seu assassino, dando-lhe facadas de vingança, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer em 18 de setembro de 96. O Povo de Roma não lamentou sua morte. Ao contrário disso, todos pareciam felizes. Dizia-se nas ruas que esse imperador jamais havia gostado de qualquer ser vivo, seja um ser humano, seja um animal. Sempre foi considerado um imperador arrogante e frio, sem qualquer traço de bondade ou piedade com o sofrimento alheio, principalmente dos mais pobres, que desprezava. Nas ruas gritavam: "Morreu o imperador que nunca gostou de ninguém em sua vida!". Com a morte de Domiciano também chegou ao fim a curta história da dinastia Flaviana que no final das contas só contou com 3 imperadores romanos. 

Pablo Aluísio. 

Egito Antigo - Faraó Quéops

Quéops é o nome em grego do faraó Khufu, que reinou no século 26 antes de Cristo no Egito Antigo. Khufu foi o segundo faraó da quarta dinastia. Ele herdou o trono de seu possível pai, o faraó Sneferu. Seu nome poderia ter sido apagado nas areias do tempo se não fosse pela famosa pirâmide construída em Gizé. A maior pirâmide leva justamente seu nome. Uma das sete maravilhas do mundo antigo se tornou o maior monumento construído pela humanidade por séculos. Até hoje se debate como construções daquelas proporções foram possíveis em uma era tão remota da história, onde a tecnologia e os conhecimentos ainda eram rudimentares.

Infelizmente por ter reinado em um tempo muito remoto da história pouco sobrou sobre sua verdadeira biografia. Existem algumas tradições e lendas, mas nenhum documento verdadeiramente importante comprovando aspectos biográficos de sua vida e seu reinado.Até mesmo sua tumba, localizada no centro da grande pirâmide foi encontrada sem pinturas ou escritos que trouxessem maiores informações sobre esse faraó.

A única imagem de sua vida provém de uma pequena estatueta de marfim de apenas 3 polegadas que foi encontrada em um templo em ruínas localizado em Abydos no ano de 1903 (foto acima). Todas as demais estátuas e relevos desse faraó não sobreviveram ao tempo. Algumas foram encontradas destruídas, com pequenos fragmentos impossíveis de serem restauradas. Assim as poucas informações sobre esse monarca do Egito Antigo foram encontradas em sua necrópole em Gizé. Documentos antigos, de complicada comprovação histórica também trazem pequenas historietas sobre Khufu. 

Esses registros datam de aproximadamente 300 antes de Cristo. Os historiadores romanos e gregos Manetho, Diodoro e Heródoto o descrevem como um tirano sanguinário. Um assassino de massas que usou seu poder sem limites para aniquilar os povos inimigos e quaisquer tipo de oposição interna ao seu reino. Ele teria sido pouco misericordioso, promovendo decapitações em centenas de inimigos. Curiosamente os textos também trazem pequenos elogios à administração do faraó, afirmando que ele procurou preservar o maravilhoso patrimônio histórico cultural do Egito durante seu longo reinado que teria durado de 16 a 27 anos - a data precisa também se perdeu nas areias do tempo.De uma forma ou outra seu nome ficou eternizado mesmo pela grande pirâmide, essa um monumento da grandeza do homem em realizar obras magníficas.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

O Caso Collini

Título no Brasil: O Caso Collini
Título Original: Der Fall Collini
Ano de Lançamento: 2019
País: Alemanha
Estúdio: Constantin Film
Direção: Marco Kreuzpaintner
Roteiro: Christian Zübert, Robert Gold
Elenco: Elyas M'Barek, Franco Nero, Manfred Zapatka

Sinopse:
Um jovem advogado passa a defender um caso envolvendo a morte de um rico empresário alemão. Na ocasião do crime, um senhor entrou em seu escritório afirmando ser um jornalista. Assim que se viu frente a frente com seu alvo, disparou três tiros fatais em sua cabeça. E ao que tudo indica a motivação do crime teria relação com algo acontecido em um passado que pensava estar esquecido por todos. 

Comentários:
O passado parece sempre voltar e no que se refere aos crimes de guerra e atrocidades nazistas cometidas durante a segunda guerra mundial, ele parece mesmo eternizado. Esse filme é muito bom e recria na tela um caso real envolvendo um oficial SS e um garoto, que viu seu pai ser morto por um pelotão nazista durante a segunda guerra mundial. A guerra acabou, os anos se passaram e ninguém mais lembrava de nada, exceto quem viu seu pai ser morto de forma tão covarde. E o oficial SS saiu ileso, impune de tudo. Esse oficial nazista foi justamente o homem assassinado. Ele já estava idoso e tinha se tornado um rico empresário que de repente vê o passado voltar com toda a força em seu próprio escritório. O interessante nesse caso é que o assassino, um senhor italiano também já idoso, praticamente se recusava a conversar e expor seu ponto de vista para seu próprio advogado de defesa. E quando esse foi buscar as razões do crime em um passado distante tudo voltou com força total no tribunal. Um filme que também mostra em seu roteiro que as leis e o direito também podem servir de ferramentas para a promoção da mais forte impunidade e injustiça. Algo muito presente na vida de juristas e profissionais do direito, algo que sentimos na pele em determinados casos, infelizmente. 

Pablo Aluísio.

Moulin Rouge

Título no Brasil: Moulin Rouge - Amor em Vermelho
Título Original: Moulin Rouge
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce
Elenco: Nicole Kidman, Ewan McGregor, John Leguizamo

Sinopse:
O ano é 1899. Christian (Ewan McGregor), um jovem escritor Inglês, vai até Paris para conhecer e usufruir tudo o que a cidade-luz tem a oferecer de melhor aos seus visitantes. E é na famosa casa de shows Moulin Rouge que ele acaba se apaixonando pela linda cortesã e estrela do clube, Satine (Nicole Kidman). Uma paixão que vai virar sua vida de cabeça para baixo!

Comentários:
Não é um musical para todos os tipos de público. Para gostar de "Moulin Rouge" você também precisa gostar dos grandes musicais da Broadway e mais especificadamente da chamada cultura Vaudeville do século XIX. De minha parte gostei muito da proposta e do resultado geral desse musical. Realizar algo assim, na atualidade, é de fato uma ousadia já que a época de ouro dos musicais há muito ficou para trás. Particularmente gosto do estilo barroco do cineasta Baz Luhrmann. Muitos o acusam de ser kitsch ou de mau gosto, mas esse tipo de visão é bem tacanha. Seu estilo é assumidamente exagerado e despudorado, sendo que isso é um reflexo de sua opção estética e não um mero erro na dosagem de seus trabalhos cinematográficos. E no meio de tudo isso brilha mais uma vez o talento da diva Nicole Kidman, aqui ao lado do também talentoso Ewan McGregor. Eles dançam e cantam e para surpresa geral em nenhum momento decepcionam. Um trabalho do tipo "ame ou odeie" que poderá ser tudo em sua vida de cinéfilo, menos ser ignorado. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Nicole Kidman) e Melhor Canção Original.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Mussum: O Filmis

Título no Brasil: Mussum: O Filmis
Título Original: Mussum: O Filmis
Ano de Lançamento: 2023
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Silvio Guindane
Roteiro: Paulo Cursino
Elenco: Ailton Graça, Cacau Protásio, Yuri Marçal, Neusa Borges, Gero Camilo

Sinopse:
Cinebiografia do humorista brasileiro Antônio Carlos Bernardes Gomes. Assumindo o personagem Mussum, ele se tornou um dos mais populares comediantes da história do Brasil. Ao lado dos seus companheiros Didi, Dedé e Zacarias, fez parte dos Trapalhões que fez muito sucesso na televisão e no cinema. 

Comentários:
Quem foi criança nos anos 1970 e 1980 lembra com carinho do Mussum. É um daqueles nomes da história do humor em nosso país que dispensa maiores apresentações. Sua história também foi muito interessante e esse cativante filme acerta em cheio ao mostrar a vida do menino negro pobre da Mangueira que foi abrindo os caminhos de sua trajetória pessoal, primeiro pelos estudos que o levariam até mesmo a ser da FAB, depois passando pelo samba, sua grande paixão, onde criou o grupo popular Os Originais do Samba, chegando até sua carreira como humorista. Ele foi da primeira Escolinha do Professor Raimundo e depois tirou a sorte grande entrando para os Trapalhões. Uma bela história de vida resultando no filme nacional mais premiado do ano, algo raro de acontecer pois geralmente filmes desse estilo quase sempre nunca são premiados em importantes e prestigiados festivais de cinema. Com o Mussim isso não foi problema. E o filme mereceu todos os prêmios que venceu. É muito bem realizado e com aquele sabor de nostalgia da infância que vai agradar aos mais velhos que viveram os tempos em que ele estava em pleno auge de seu sucesso. 

Pablo Aluísio.

Anjo Loiro

Título no Brasil: Anjo Loiro
Título Original: Anjo Loiro
Ano de Lançamento: 1973
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Alfredo Sternheim
Roteiro: Heinrich Mann, Juan Siringo
Elenco: Mário Benvenutti, Vera Fischer, Célia Helena

Sinopse:
Armando, um professor solteiro de 40 anos, leva uma vida metódica, segura e tranquila. Não tem envolvimentos, apenas algumas aventuras românticas e é muito dedicado ao trabalho. Na escola, ele percebe que um de seus alunos, Mário, apresenta queda no desempenho. Ele tenta descobrir o que houve e acaba se apaixonando perdidamente por um mulherão, loira e sensual! 

Comentários:
A Vera Fisher foi uma das mulheres mais belas do cinema nacional. Isso em uma época em que os cinemas lotavam apenas para ver essa deusa loira em trajes sumários, nas famosas pornochanchadas dos anos 70. Hoje em dia esses filmes soam quase como ingênuos, alguns nada ousados, mas para aqueles tempos de ditadura militar era algo muito liberal. E o título do filme caiu muito bem porque a Vera naquela época era mesmo um anjo loiro! Uma bela mulher, pura sensualidade! Não espere por muita nudez e nem cenas de sexo. Naquela época tudo era muito mais suave mesmo.  E a atriz logo iria deixar esse seu passado no cinema brasileiro para trás, pois ela iria se tornar uma estrela de novelas na Rede Globo, fazendo muito sucesso, se transformando em uma autêntica estrela global, com todo o glamour e fama a que tinha direito. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Agente Stone

Título no Brasil: Agente Stone
Título Original: Heart of Stone
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix, Skydance Media
Direção: Tom Harper
Roteiro: Greg Rucka, Allison Schroeder
Elenco: Gal Gadot, Jamie Dornan, Alia Bhatt, Jing Lusi, 
Paul Ready, Matthias Schweighöfer

Sinopse:
Rachel Stone (Gal Gadot), uma jovem agente, novata no serviço secreto inglês, guarda um segredo de seus companheiros de trabalho. Na realidade ela é uma super agente de uma organização internacional de espionagem que procura salvar o mundo. E o mundo, pelo visto, precisa ser salvo todas as semanas! 

Comentários:
Esse filme foi massacrado pela crítica em seu lançamento. Tudo bem, não se trata de nenhuma maravilha da sétima arte, mas penso que exageraram um pouco na dose. Concordo com as críticas que disseram que o roteiro era muito vazio e sem conteúdo. De fato é. Nada muito original e completamente derivativo de outros filmes de ação, inclusive a tentativa de imitar os filmes de 007 soam como um constrangimento completo. Parece mesmo que os roteiristas quiseram fazer uma espécie de James Bond, versão feminina. De qualquer forma, tecnicamente falando, em termos de cenas de ação, o filme é plenamente bem realizado. Pena que mais uma vez não prestaram atenção no desenvolvimento dos personagens principais que mais parecem bonecos de computação gráfica para essas mesmas cenas de ação e nada mais. Além disso essa coisa de super agência de espionagem pelo bem do mundo soa mais do que bobinho, tolinho mesmo. Como diria o Chuck Berry, isso é coisa de gente que ainda não chegou na fase adulta. Eu já sou crescido! Fora isso, tudo bem. Assista, nem que seja apenas pelas boas cenas de ação e lutas. 

Pablo Aluísio.

A Ilha

Título no Brasil: A Ilha
Título Original: The Island
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Warner Bros
Direção: Michael Bay
Roteiro: Caspian Tredwell-Owen, Alex Kurtzman
Elenco: Scarlett Johansson, Ewan McGregor, Michael Clarke Duncan, Djimon Hounsou

Sinopse:
Lincoln Six-Echo (Ewan McGregor) vive no futuro em uma espécie de sociedade ideal, onde tudo parece perfeitamente controlado e limpo. O que ele acabará descobrindo é que seu paraíso artificial não passa de uma ilusão ligada a algo muito mais terrível do que ele possa imaginar. Para lhe ajudar nessa verdadeira aventura de descobrimento ele contará com a preciosa colaboração da jovem e bela Jordan Two-Delta (Scarlett Johansson) que também está imersa nessa verdadeira farsa tecnológica.

Comentários:
Uma tentativa do diretor Michael Bay em trazer algum conteúdo para sua filmografia formada basicamente por filmes com muitas explosões e poucas ideias interessantes. O começo do filme até se mostra promissor, a ideia parece ser boa e até original, o problema é que Bay não consegue se segurar, assim passado a fase em que ele apresenta o contexto de seu enredo para o espectador, tudo novamente voa pelos ares, como é sua marca registrada. Acredito inclusive que Michael Bay tenha algum problema mental, ele deve sofrer de algum distúrbio relacionado à déficit de atenção ou algo assim,  já que o cineasta simplesmente não consegue realizar uma obra mais contemplativa, séria e que desenvolva melhor seus personagens, ele tem que explodir tudo a cada cinco minutos em seus filmes. Assim o espectador acaba apenas com uma bela dor de cabeça ao final de suas produções. Aqui nem o bom elenco ajuda já que basicamente eles ficam apenas correndo de um lado para o outro, ofegantes. Dessa forma não espere por grande cinema mas apenas por grande movimentação como é do feitio do perturbado Bay.

Pablo Aluísio.