quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Transformers: O Despertar das Feras

Transformers: O Despertar das Feras
Sempre que a indústria de brinquedos nos Estados Unidos lança uma nova linha, uma nova coleção dos bonecos Transformers, um novo filme dessa franquia chega aos cinemas. Os filmes assim se tornaram peças de promoção dos brinquedos e esses, por sua vez, ajudam a vender entradas de cinema. Uma indústria ajuda à outra nesse processo de publicidade cruzada. Até aí tudo bem, faz parte do jogo capitalista de vendas. Só que dessa vez o incansável Michael Bay jogou a toalha e decidiu que não iria mais dirigir esse novo filme, algo que pegou muita gente de surpresa em Hollywood porque ele topa qualquer parada. Steven Spielberg continua como produtor executivo, mas sem muito envolvimento pessoal. O velhinho está quase aposentado. 

E o que sobra depois de tudo isso? Um filme de rotina, banal, dessa franquia. O roteiro é duplamente convencional, naquela coisa de seres robóticos chegando ao planeta Terra para destruir tudo. Como se a humanidade precisasse de ajuda externa para fazer isso que promove todos os dias com guerras, aquecimento global, poluição industrial, etc. De novo mesmo apenas a presença da cultura woke no filme, pois o protagonista é um jovem latino de periferia. A outra garota é negra e assim por diante. Só faltou a representatividade trans. E claro, não podemos esquecer, agora os robôs do espaço se transformam em bestas selvagens, como gorilas, aves de rapina e até mesmo rinocerontes brancos. Aquela coisa toda de vender novos brinquedos no verão. Boas vendas, enfim...

Transformers: O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts, Estados Unidos, 2023) Direção: Steven Caple Jr / Roteiro: / Elenco: Joby Harold, Darnell Metayer / Sinopse: Um novo grupo de transformers chega ao Planeta Terra. Eles veneram um ser que consideram um deus e que só se satisfaz com a destruição de planetas no universo. Caberá aos transformers que vivem na Terra defender nosso planeta da destruição completa. 

Pablo Aluísio.

Outubro Negro

Título no Brasil: Outubro Negro
Título Original: Cover-Up
Ano de Lançamento: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Capitol Films
Direção: Manny Coto
Roteiro: William Tannen
Elenco: Dolph Lundgren, Louis Gossett Jr, Lisa Berkley, John Finn, Ofer Lehavi, Bruce Daniel Diker

Sinopse:
Despachado para investigar um misterioso e fatal ataque a uma base naval dos EUA no exterior, Mike Anderson (Dolph Lundgren), um jornalista investigativo e ex-fuzileiro naval dos EUA, encontra-se de volta a um terreno familiar. O instinto o faz questionar a explicação oficial da CIA que cita um grupo terrorista desconhecido chamado Outubro Negro. 

Comentários:
Depois do sucesso do filme Rocky 4, o ator Dolph Lundgren lutou para ter sua própria carreira no cinema. Desde os anos 80, ele vem estrelando uma série de filmes de ação ao estilo B. Não são grandes produções, mas de maneira geral, seu público gosta do que assiste, tanto que ele está aí há muitos anos, atuando nesse tipo de produção. Esse filme aqui, lançado nos anos 90, chegou nas locadoras brasileiras. Dentro de seu subgênero, até que não é um filme ruim, pelo contrário, tem suas qualidades. O roteiro procura explorar uma situação mais complexa do que estamos acostumados em ver em filmes de pura ação dos anos 90. O personagem de Dolph Lundgren, por exemplo, é um jornalista, então ele pensa mais antes de agir. Um filme que se tornou até um sucesso mediano quando foi lançado no mercado brasileiro. E fez sucesso no leste europeu.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Sobrenatural: A Porta Vermelha

Sobrenatural: A Porta Vermelha
Uma boa novidade para os fãs de terror que apreciam essa franquia "Sobrenatural". Foi lançado um novo filme e ele é bom, nada mal. Aliás a série de filmes "Insidious" não decaiu ao longo de todos esses anos. O primeiro filme é de 2010 e de lá pra cá não houve nenhum filme realmente muito ruim, daqueles que dão arrependimento de ter assistido. Ao contrário disso, os filmes dessa marca vão mantendo um certo padrão de qualidade, que se não chega a entrar na categoria de filmes excelentes, pelo menos se mantém ali na faixa de bons filmes de terror da atualidade. Nesse novo filme temos uma novidade, o ator Patrick Wilson assumiu a direção e entregou um filme bem redondinho, praticamente sem falhas. Pelo visto ele assumirá a responsabilidade e o controle artistíco da franquia daqui em diante. 

Ele interpreta o mesmo personagem, o pai daquela família que foi vítima de eventos sobrenaturais no passado. Lembram do filho dele, no primeiro filme? Pois é, o garoto cresceu e agora está entrando na universidade. É bom desenhista e entra numa escola de artes bem prestigiada. Só que a nova vida de universitário começa mal, com ele tendo alucinações, visões e pesadelos. Algo que logo começa a interferir em sua arte. Ele não lembra do que lhe aconteceu aos 10 anos de idade, mas sua família, obviamente, lembra de tudo o que sofreram. O pai assim se torna um guardião de proteção contra novos ataques vindos do além. É de se elogiar a tentativa do roteiro de sempre abraçar um certo tipo de suspense psicológico. Em tempois atuais onde filmes de terror estão sempre exagerando na dose de efeitos visuais gratuitos e desnecessários, não deixa de ser algo muito bem-vindo. 

Sobrenatural: A Porta Vermelha (Insidious: The Red Door, Estados Unidos, 2023) Direção: Patrick Wilson / Roteiro: Leigh Whannell, Scott Teems / Elenco: Ty Simpkins, Patrick Wilson, Rose Byrne / Sinopse: O garoto de 10 anos de idade do primeiro filme que sofreu todos aqueles ataques sobrenaturais cresceu. Está entrando na universidade, mas pelo visto os antigos demônios do passado estão de volta na sua vida. 

Pablo Aluísio.

Os Demônios da Noite

Título no Brasil: Os Demônios da Noite
Título Original: Tales from the Crypt: Demon Knight
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ernest R. Dickerson
Roteiro: Mark Bishop
Elenco: Billy Zane, William Sadler, Jada Pinkett Smith, Brenda Bakke, CCH Pounder, Dick Miller

Sinopse:
Brayker é um homem que carrega a última das sete chaves, recipientes especiais que continham o sangue de Cristo e que foram espalhados pelo universo para impedir que as forças do mal assumissem o controle. Se o Demônio conhecido como o Colecionador obtiver a última chave, o universo cairá no caos.

Comentários:
Assisti nos anos 90, em VHS. Não gostei muito. Em minha opinião, esse filme que faz parte da marca e da franquia "Tales from the Crypt", perde por ser muito fraco. Eu estava acostumado alugar fitas da série "Tales from the Crypt" em que vinham 3 histórias diferentes. Então era fácil você gostar de pelo menos uma delas. Não houve isso aqui, é apenas um filme mais previsível mesmo. Não é dos melhores, nem em termos de história e nem em termos de roteiro. Essa coisa toda de sangue de Cristo, quando exageram na fantasia, se torna algo chato. E tem que ter uma certa sutileza para lidar com temas como mitologia e religião. Caso contrário, toda a questão fica muito boba e sem muita noção. Apenas uma perseguição sem fim. E esse demônio da fita chamado O Colecionador não é dos mais assustadores. Assim, o conjunto da obra realmente não me agradou no passado e não me agrada ainda hoje, no presente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Sangue da Terra

Sangue da Terra
Depois do grande sucesso de público e crítica do filme "Matar ou Morrer", o ator Gary Cooper hesitou bastante em voltar ao gênero western. Afinal aquele tinha sido um filme tão marcante que ele só voltaria ao universo do velho oeste se surgisse um roteiro realmente excepcional, acima da média. Em 1953 ele voltaria a vestir seu figurino de cowboy nesse bom filme intitulado "Sangue da Terra". Não era um western psicológico como havia sido "Matar ou Morrer", onde o brilhante roteiro explorava a tensão e o suspense de um único evento, onde um corajoso xerife se via sozinho para defender uma pequena cidade de uma quadrilha de criminosos e foras-da-lei. 

Ese roteiro era bem mais expansivo na história que contava. Mostrava as lutas de um grupo de fazendeiros do Texas que descobriam o ouro negro, o petróleo, em suas terras. Claro que isso despertava a inveja e a cobiça de outros, inclusive bandoleiros e bandidos de todas as ordens que fariam de tudo para expulsar aqueles homens de suas propriedades milionárias. Até mesmo explosivos de grande potência eram usados para destruir as plataformas de extração de petróleo. E quando a lei falhava não existia outro modo a não ser armar seus homens e partir para o acerto de contas pessoal, a vingança privada. Bom filme, com Cooper completamente à vontade em seu papel. Poucos atores foram tão simbólicos dessa era de ouro do western norte-americano como ele. 

Sangue da Terra (Blowing Wild, Estados Unidos, 1953) Direção: Hugo Fregonese / Roteiro: Philip Yordan / Elenco: Gary Cooper, Barbara Stanwyck, Ruth Roman / Sinopse: No Texas do século XIX homens violentos e bravos fazendeiros disputam a posse de grandes propriedades e terras onde foi descoberto petróleo. Apenas os mais fortes e mais bravos irão sobreviver a esse conflito armado. 

Pablo Aluísio.

Mandingo - O Fruto da Vingança

Mandingo - O Fruto da Vingança
Nos tempos da escravidão esse termo Mandingo era usado para designar os escravos pessoais, aqueles mais próximos de seus donos. Inicialmente seriam os escravos vindos das regiões onde no passado havia se edificado o império Mali. No sul dos Estados Unidos essa denominação passou a ser usada para definir os escravos mais próximos aos seus senhores. Eram os escravos preferidos das grandes fazendas de algodão. Havia certamente um determinado ressentimento dos demais escravos, dos negros usados na lavoura de algodão, por exemplo, contra os mandingos, embora todos eles procurassem e desejassem acima de tudo reconquistar suas liberdades pessoais. 

Esse bom filme, atualmente um tanto esquecido, conta uma dessas histórias dos anos em que seres humanos negros traficados da África eram escravizados. O enredo se passa numa fazenda de algodão do sul dos Estados Unidos. Um violento dono de terras e escravos começa a treinar os homens negros mais fortes de seu plantel, para lutarem na arena de luta livre, onde apostas eram feitas por esses escravistas e seres humanos eram mortos em espetáculos de violência insana. É um bom filme, até bem realista, embora o roteiro também apresente um nada saudável sabor de perversidade nas lutas dos escravos. 

Mandingo - O Fruto da Vingança (Mandingo, Estados Unidos, 1975) Direção: Richard Fleischer / Roteiro: Kyle Onstott, Jack Kirkland, Norman Wexler / Elenco: James Mason, Susan George, Perry King / Sinopse: Dono de escravos do século XIX usa um de seus homens negros escravizados na luta de apostas que eram realizados no sul dos Estados Unidos. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Caminhos Sem Fim

Caminhos Sem Fim
Muitos cinéfilos só conhecem Alan Ladd pelo clássico do western "Os Brutos Também Amam". Visão superficial de um bom ator que atuou em diversos gêneros cinematográficos ao longo de sua carreira. E em seus anos de Hollywood ele também fez muitos filmes de gângters. De certa forma sua filmografia estava cheia dessas produções. O típico criminoso que Ladd interpretava porém era diferente daqueles personagens de James Cagney ou Edward G. Robinson. Ao invés do gângster durão que agredia e ameaçava quem cruzasse seu caminho, Ladd estava mais habituado a interpretar o bandido social, que havia entrado no mundo do crime por não ter outra saída a seguir na vida. Havia sempre um misto de decepção consigo mesmo e melancolia nessa trajetória. O arrependimento e a redenção estavam sempre presentes nos roteiros. 

Nesse filme em questão, ele não interpretava um gângster, mas sim um jornalista. seu personagem passa a trabalhar como repórter investigativo no caso de uma mulher que foi assassinada. Seu corpo foi encontrado no lado sul da velha Chicago, em um tempo em que a cidade era infestada e dominada por gângsters como Al Capone. Os policiais parecem não querer solucionar o crime e ele então começa a descobrir que figurões da cidade estariam envolvidos com a morte da vítima. Só que seu personagem era um sujeito frágil, corroído pelo alcoolismo. Sua vulnerabilidade pessoal iria se acentuar ainda mais ao se envolver nesse crime. Um filme muito bom, mostrando toda a sofisticação intelectual que imperava nos roteiros da Hollywood clássica, mesmo em filmes policiais como esse. Bons tempos para o cinema.

Caminhos Sem Fim (Chicago Deadline, Estados Unidos, 1949) Direção: Lewis Allen / Roteiro: Warren Duff, Tiffany Thayer / Elenco: Alan Ladd, Donna Reed, June Havoc / Sinopse: Jornalista investigativo com problemas de alcoolismo descobre o  envolvimento de figurões da cidade na morte de uma jovem na velha Chicago dos anos 1930. 

Pablo Aluísio.

O Fabuloso Ladrão de Bagdá

Título no Brasil: O Fabuloso Ladrão de Bagdá
Título Original: The Thief of Baghdad
Ano de Lançamento: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: Clive Donner
Roteiro: AJ Carothers, Andrew Birkin
Elenco: Peter Ustinov, Roddy McDowall, Ian Holm, Kabir Bedi, Daniel Emilfork, Frank Finlay

Sinopse:
Um ladrão esperto e inteligente ajuda um belo príncipe a lutar contra um bruxo malvado para ganhar a mão de uma linda princesa. Adaptação em filme para um famoso conto das mil e uma noites.

Comentários:
Eu ainda me lembro quando esse filme era reprisado pela antiga sessão da tarde dos anos 70. Era figurinha fácil na programação da rede Globo durante o período da tarde. E nem preciso dizer que era uma aventura imperdível naqueles tempos. Tinha uma boa produção, com efeitos especiais mais do que interessantes. Além disso, para quem gostava de cinema para valer, o filme contava com um elenco de veteranos da velha Hollywood. Todos eles em personagens secundários, mas que tinham grande importância dentro da história que o filme contava. Além do mais, havia um gênio da lâmpada e tudo o que você iria esperar da mitologia do Oriente Médio. Em suma, uma diversão simples e saborosa dos anos 70, que ficou muito conhecida no Brasil durante os anos 80, justamente por causa das reprises que passavam na televisão aberta. Um filme de aventura ao velho estilo com sabor de pura nostalgia. 

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de agosto de 2023

Congo

Título no Brasil: Congo
Título Original: Congo
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Frank Marshall
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Laura Linney, Tim Curry, Dylan Walsh, Ernie Hudson, Grant Heslov, Joe Don Baker

Sinopse:
Um CEO megalomaníaco envia seu filho para o perigoso Congo africano em busca de uma fonte de diamantes. Quando o contato com seu filho e a equipe é perdido, sua nora é enviada atrás deles com um novo grupo de resgate. História original de autoria de Michael Crichton.

Comentários:
O roteiro foi adaptado de um famoso livro do escritor Michael Crichton. Por isso havia uma certa expectativa de que viria um bom filme pela frente. Só que é a tal coisa. Algumas histórias funcionam muito bem na literatura, mas não caem bem numa tela de cinema. É justamente o que aconteceu com essa produção. Outro aspecto digno de nota é que há um excesso de efeitos digitais. Isso foi causado por uma certa explosão de empolgação em relação às possibilidades que os efeitos digitais proporcionariam no mundo do cinema. Então tudo é usado em excesso, criando uma poluição visual na tela. A se lamentar apenas o bom elenco. São bons atores, mas perdidos no meio de uma história confusa envolvendo gorilas, seres humanos e alta tecnologia.

Pablo Aluísio.

À Beira da Loucura

Título no Brasil: À Beira da Loucura
Título Original: In the Mouth of Madness
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: John Carpenter
Roteiro: Michael De Luca
Elenco: Sam Neill, Charlton Heston, Jürgen Prochnow, Julie Carmen, David Warner, John Glover

Sinopse:
Um investigador é enviado para uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos para investigar o desaparecimento de um escritor de livros fantásticos. Ao que tudo indica, algo realmente saiu do normal e não é de se descartar o fato de haver uma outra dimensão paralela atuando em nosso mundo.

Comentários:
Dê a César o que é de César! O diretor John Carpenter foi um dos mais talentosos cineastas do cinema americano. Ele fez ótimos filmes, mas também cometeu seus pequenos e grandes deslizes. Esse filme aqui, não tão conhecido, é um dos pontos baixos de sua carreira. É um filme que começa bem, mas que com o roteiro confuso, logo torna tudo muito complicado de se acompanhar. Em certo momento, o espectador não consegue mais dividir a realidade da pura ilusão. E com isso, o filme perde. De bom mesmo, temos o elenco. Além de sempre muito bom ator de Sam Neill, podemos encontrar um mito da velha Hollywood, o ator Charlton Heston. Como eu escrevi, Dê a César o que é de César! 

Pablo Aluísio.