sábado, 8 de julho de 2023

Ultraman

Título no Brasil: Ultraman
Título Original: Ultraman
Ano de Lançamento: 2019 - 2023
País: Japão
Estúdio: Tsuburaya Productions
Direção: Jeff Nimoy
Roteiro: Eiichi Shimizu
Elenco: Flash Bugatti, Josh Hutcherson, D.C. Douglas, Tara Sands, Takuya Eguchi, Cristina Valenzuela

Sinopse:
Situado vários anos após a primeira série Ultraman, Shin Hayata, agora ministro da defesa, não se lembra de como se tornou Ultraman e salvou o mundo dos Kaijus. Matsushiro Ide, seu ex-funcionário da Patrulha Científica, tenta ajudá-lo a recuperar suas memórias para ajudar sua equipe a eliminar novas ameaças dos alienígenas. 

Comentários:
Quem foi criança nos anos 70 e 80 no Brasil lembra do Ultraman. Essa série japonesa foi muito popular em nosso país. Estava sempre sendo reprisada nos canais abertos. Esse novo programa é uma animação feita para serviços de streaming. Está disponível na Netflix. Como eu me lembrava do tratamento do passado, resolvi dar uma olhada. Não gostei da animação. A técnica deixa os personagens em vida, com olhar perdido, fosco. Sem foco. E o roteiro também não me agradou. Só serviu para deixar um pouco mais de nostalgia do primeiro Ultraman. Aquele mesmo dos anos 70, que usava roupas de borracha. Era muito mais legal.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Depois do Casamento

Depois do Casamento
Nesse bom drama a atriz Michelle Williams interpreta uma norte-americana idealista que vai morar na Índia, trabalhando em uma ONG de apoio e ajuda a crianças indianas pobres e órfãs. E surge uma ótima oportunidade quando ela é convidada a retornar aos Estados Unidos por uma grande multinacional que deseja fazer uma excelente ajuda humanitária ao seu projeto social. Essa empresa tem como CEO uma executiva interpretada pela sempre ótima Julianne Moore. Ela então a convida para ficar mais alguns dias na América, para acertar os detalhes dessa doação. Haverá o casamento de sua filha e depois desse fim de semana o dinheiro será doado para a ONG. Só que nem tudo é o que realmente aparenta ser. As duas mulheres possuem um passado em comum e precisam acertar contas com ele. 

Gostei muito desse filme. Sua maior qualidade vem do excelente elenco feminino. Tanto Julianne Moore como Michelle Williams estão muito bem contracenando juntas. Suas personagens parecem ser no exterior mulheres fortes,  idealistas e decididas sobre o seu próprio destino. Só que por trás dessa fachada existem muitos traumas do passado, situações que não se cicatrizam com o passar dos anos. Michelle Williams, por exemplo, é a atriz ideal para interpretar esse tipo de papel, de vulnerabilidade psicológica. Um reflexo dos dramas de sua própria vida pessoal. Enfim, sem querer estragar surpresas que o roteiro traz e salientando a boa história que conta, esse é um filme muito recomendado para quem procura por dramas femininos mais humanos e profundos. 

Depois do Casamento (After the Wedding, Estados Unidos, 2019) Direção: Bart Freundlich / Roteiro: Bart Freundlich / Elenco: Julianne Moore, Michelle Williams, Billy Crudup / Sinopse: Uma empresa multinacional faz uma oferta de ajuda humanitária a um ONG norte-americana que ajuda crianças pobres e abandonadas na Índia. Sendo que as duas mulheres envolvidas nessa negociação possuem um passado traumático em comum. 

Pablo Aluísio.

Truman

Título no Brasil: Truman 
Título Original: Truman 
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Frank Pierson
Roteiro: Thomas Rickman
Elenco: Gary Sinise, Diana Scarwid, Richard Dysart, Colm Feore, James Gammon, Leo Burmester

Sinopse:
Embora considerado desqualificado, Harry S. Truman se torna o 33º presidente após a morte de Franklin D. Roosevelt em abril de 1945. Filme baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
Esse presidente dos Estados Unidos entrou para a história por ter jogado as duas bombas atômicas no Japão. Só isso acabaria com a segunda grande guerra mundial em sua visão. É Claro que, do ponto vista humanitário, foi um desastre completo. Milhares de pessoas inocentes morreram nesses ataques. Coloque aí pessoas doentes, idosos, crianças e mulheres que nada tinham a ver com a guerra. Realmente foi algo lamentável demais. O filme procura celebrar esse homem, mas eu particularmente acho que não há nada para celebrar sobre ele. Chegou ao posto de presidente por um acaso do destino, uma vez que o presidente Roosevelt morreu. Ele era seu vice, assumiu o posto. De qualquer forma, apesar do viés equivocado do roteiro, temos que elogiar pelo menos a boa atuação do ator Gary Sinise. Ele sempre foi um dos mais talentosos atores de Hollywood de sua geração. Um tipo de profissional que, com sua atuação, sempre faz valer qualquer filme.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

A Irmã

A Irmã 
O filme conta a história de uma jovem freira que antes de fazer seus votos definitivos em sua ordem religiosa decide voltar para a sua casa, para reencontrar seus pais e seu irmão mais velho. E como toda família a dela também tem problemas. Os pais foram hippies na juventude, ainda fumam maconha e nunca conseguiram entender porque sua filha decidiu virar freira. Logo a Igreja Católica, uma das instituições mais conservadoras e caretas do mundo... Complicado demais entender algo assim. O irmão mais velho é um veterano da guerra do Iraque. Ele sofreu um ataque a bomba no campo de batalha que deixou seu rosto deformado. Ainda é um homem jovem, mas a guerra acabou com sua vida. Agora vive trancado no quarto de sua casa, com vergonha de sua aparência. Antes da guerra era um jovem bonito, boa pinta e todas as garotas do colégio queriam ser sua namorada. Com a guerra ele perdeu praticamente tudo, a saúde, a imagem e sua auto estima. 

Esse é tipicamente um filme indie norte-americano com tudo o que mais agrada nesse tipo de cinema independente. Os personagens são bem trabalhados pelo roteiro e os dramas humanos são valorizados. A família da jovem freira é um microcosmo da própria sociedade de seu país, onde as guerras trazem dor, sofrimento e feridas que nem o tempo pode curar. Também mostra o choque de valores entre gerações, onde os pais são progressistas enquanto a filha é considerada uma careta a ponto de virar freira. Tudo de cabeça para baixo em um filme muito bom, que vale a pena conhecer. 

A Irmã (Little Sister, Estados Unidos, 2016) Direção: Zach Clark / Roteiro: Zach Clark / Elenco: Addison Timlin, Ally Sheedy, Alex Karpovsky / Sinopse: Uma jovem freira, prestes a fazer seus votos definitivos na vida religiosa, decide passar uma última semana ao lado de sua familia e descobre que a vida fora do convento também tem seus dramas cotidianos. 

Pablo Aluísio.

No Mundo da Lua

Título no Brasil: No Mundo da Lua
Título Original: Pontiac Moon
Ano de Lançamento: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Peter Medak
Roteiro: Finn Taylor, Jeffrey D. Brown
Elenco: Ted Danson, Mary Steenburgen, Ryan Todd, Eric Schweig, Cathy Moriarty, Lisa Jane Persky

Sinopse:
Um pai professor distraído e seu filho se unem durante uma viagem simbólica pelo oeste dos Estados Unidos, enquanto sua esposa tenta superar suas neuroses para salvar a família.

Comentários:
Nos anos 90, com as locadoras de vídeo fazendo muito sucesso e com a produção de filmes em escala industrial, muitas dessas produções foram lançadas. Eram filmes feitos para toda a família, bem inofensivos, que não ousavam levantar temas polêmicos, tudo para serem consumidos nas locadoras nos fins de semana por famílias entediadas. É o que anos depois iria receber o rótulo de Family Friendly. Virou mesmo subgênero cinematográfico! Até mesmo temas que deveriam ser bem dramáticos, são levados com suavidade. Como eu escrevi, são filmes bem inofensivos em todos os aspectos. E aí eu percebo que filmes assim, feitos para não chocar, são também facilmente esquecíveis. O ator Ted Danson era bom ator, mas nunca chegou a ser um astro em Hollywood. Fez algum sucesso em alguns filmes, mas depois sumiu para sempre. Aqui temos uma amostra de que ele também era bom ator, mas também tal como o filme era muito inofensivo para marcar uma época.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de julho de 2023

A Pedreira

A Pedreira 
Um reverendo dirigindo em uma estrada secundária acaba dando carona a um homem andando por ela no meio de um dia particularmente quente. Má ideia. O caronista é na verdade um criminoso fugitivo. O religioso de certa forma percebe isso e começa uma espécie de sermão sobre redenção e toda aquela coisa da doutrina cristã. Arrependa-se de seus pecados e tudo mais. O bandido começa a encher o saco daquela conversa toda e como está planejando roubar o carro do bom homem, nem pensa duas vezes. O mata a sangue frio e depois joga seu corpo em uma pedreira abandonada, seguindo viagem após o assassinato. Vai parar na mesma cidadezinha onde o reverendo era esperado para assumir sua nova paróquia e assim decide assumir sua identidade na maior cara de pau do mundo... 

De certa forma é uma velha tradição de filmes com esse tipo de história, a do criminoso que se faz passar por homem religioso, homem de Deus. Lobo em pele de cordeiro. Claro que nada acaba bem. E há grandes filmes contando esse tipo de enredo. Esse filme aqui, por outro lado, começa muito bem, mas infelizmente derrapa no final por trazer um desfecho muito piegas. Eu tenho particularmente má vontade com esse tipo de coisa de transformar vilões em bons homens. Ora, o sujeito foi criminoso a vida inteira, roubou, matou, cometeu atrocidades e aí vem aquele papo furado do roteiro mostrando redenção pessoal da noite para o dia. Nada convincente. Prefiro que o vilão seja vilão até o fim. As bondades ficam para os mocinhos. E tenho dito. 

A Pedreira (The Quarry, Estados Unidos, 2020) Direção: Scott Teems / Roteiro: Scott Teems / Elenco: Shea Whigham, Michael Shannon, Catalina Sandino Moreno / Sinopse: Um assassino foragido da justiça mata um pregador durante uma carona que esse último lhe deu numa estrada perdida no meio do nada. E o bandido passa então a assumir a identidade do reverendo, inclusive pregando para cristãos em uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos. Até quando sua farsa dará certo?

Pablo Aluísio.

Jade

Título no Brasil: Jade
Título Original: Jade
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Friedkin
Roteiro: Joe Eszterhas
Elenco: David Caruso, Linda Fiorentino, Chazz Palminteri, 
Richard Crenna, Michael Biehn, Donna Murphy

Sinopse:
O filme conta a história de um promotor que se vê envolvido em uma intricada trama de assassinato e corrupção. Tudo começa com a morte de um comerciante de arte e depois o crime vai se revelando de múltiplas faces. Pessoas e figurões como o governador e até mesmo sua antiga amante estão envolvidos, o que irá complicar muito a solução do caso.

Comentários:
Eu não gostei desse filme. Isso, de certa forma me surpreendeu, porque eu geralmente gosto de filmes desse estilo. São filmes que lembram as antigas produções envolvendo os detetives. O problema definitivamente é a falta de um roteiro melhor. A produção é muito boa e a direção de fotografia se destaca. Só que acabou caindo naquela categoria de filmes em que há muito estilo, mas pouca história interessante para se contar. É mais uma tentativa de transformar o ator David Caruso em astro de cinema. Ele era popular na época por causa de uma série de TV que fazia muito sucesso nos Estados Unidos. Sua transição para a tela grande não foi bem sucedida. Esse foi um dos poucos filmes em que ele atuou como ator principal.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de julho de 2023

A Conquista

A Conquista
Eu sou de um tempo em que a simples presença do ator Morgan Freeman no elenco já era garantia de bom filme. O tempo passou e hoje em dia já não podemos pensar dessa forma. O bom e velho Morgan tem aparecido em alguns filmes bem fracos. Um deles é justamente esse aqui. Ele interpreta um policial corrupto, já aposentado e preso em uma cadeira de rodas, que ainda dá as cartas no submundo do crime. Para cobrar velhas dívidas ele mantém como refém uma garotinha para chantagear sua mãe. Ela deve ir, madrugada adentro, para cobrar cinco dívidas vencidas. O problema é que os devedores são todos criminosos e cobrar dinheiro de pessoas desse baixo nível sempre é algo mais do que perigoso. 

E o filme se resume a isso. Cinco cobranças de dívidas na madrugada que terminam em muita violência e cenas de ação. O personagem do Freeman acompanha tudo pela câmera acoplada no capacete de seu cobradora chantageada. Nada mais do que isso. A história se passa em apenas uma madrugada e o roteiro, genérico demais, só desperta bocejos no velho cinéfilo. A única coisa que se salva é justamante o Morgan Freeman. Com dicção perfeita e aquela dignidade toda em cena que percebemos bem, ele salva o filme de ser uma perda de tempo completa. 

A Conquista (Vanquish, Estados Unidos, 2021) Direção: George Gallo / Roteiro: George Gallo / Elenco: Morgan Freeman, Ruby Rose, Patrick Muldoon / Sinopse: A atriz Ruby Rose interpreta Victoria, uma jovem boa de briga que precisa cobrar dívidas em nome de um ex-policial corrupto que mantém sua filha como refém em seu apartamento high-tech. 

Pablo Aluísio.

A Rede

Título no Brasil: A Rede
Título Original: The Net
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Irwin Winkler
Roteiro: John Brancato, Michael Ferris
Elenco: Sandra Bullock, Jeremy Northam, Dennis Miller, Diane Baker, Ray McKinnon, L. Scott Caldwell

Sinopse: 
Especialista em computadores descobre informações secretas em disco que recebeu apenas algumas horas antes de sair de férias. Sua vida então se transforma em um pesadelo, seus registros são apagados e recebe uma nova identidade, com ficha policial. Ela então se esforça para descobrir por que isso aconteceu e quem está por trás de tudo.

Comentários:
Na década de 90, a internet ainda era uma grande novidade. Poucas pessoas tinham acesso ao redor do mundo. O cinema, então, aproveitou para explorar histórias envolvendo essa nova tecnologia. Esse filme vai justamente nessa onda de descobrimento de uma rede mundial de computadores. A história é muito bem desenvolvida e o filme conta com o carisma absoluto da atriz Sandra Bullock. É um thriller de ação com um bom enredo por trás. Em uma época ainda bem primitiva da internet, havia todo tipo de insegurança em relação a vazamento de dados na rede. Algo que iria se revelar justificado nos anos que viriam. O filme acabou fazendo bastante sucesso. Consolidando ainda mais a carreira da atriz entre as mais bem pagas de Hollywood.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Um Ato de Esperança

Um Ato de Esperança
Um filme baseado em fatos reais que conta uma história interessante. Uma juíza precisa decidir sobre a vida e a morte de um jovem. Ele está hospitalizado, precisando urgentemente de uma transfusão de sangue. Só que seus pais fazem parte da religião Testemunhas de Jeové e essa possui uma doutrina que impede que esse procedimento da medicina seja realizado entre os membros dessa igreja. As Testemunhas de Jeová acreditam que o sangue deve continuar puro, tal como dado por Deus. Qualquer transfusão iria romper essa pureza do sangue que na doutrina deles é equivalente à alma humana presenteada pelo ser divino. Então até onde vai o direito de seguir uma doutrina religiosa mesmo que isso signifique a perda da vida de um jovem?

A magistrada é interpretada pela talentosa atriz Emma Thompson. Sua personagem tem problemas na vida pessoal. O casamento vai mal, praticamente está acabado e ela tenta superar essa crise. É uma mulher educada e culta, pianista, que se vê numa situação limite. O filme desenvolve muito bem sua história e seu ponto de vista e só derrapa um pouco ao sugerir uma aproximação romântica entre a juíza e o rapaz hospitalizado que precisa de transfusão. Ainda bem que o roteiro pisa no freio e não estraga o filme indo além do razóavel. 

Um Ato de Esperança (The Children Act, Estados Unidos, 2017) Direção: Richard Eyre / Roteiro: Richard Eyre / Elenco: Emma Thompson, Stanley Tucci, Reena Lalbihari / Sinopse: Juíza culta e experiente precisa decidir entre a vida e a morte de um jovem que precisa de uma transfusão de sangue que seus pais impedem por serem seguidores da religião "As Testemunhas de Jeová". 

Pablo Aluísio.