Eu sou de um tempo em que a simples presença do ator Morgan Freeman no elenco já era garantia de bom filme. O tempo passou e hoje em dia já não podemos pensar dessa forma. O bom e velho Morgan tem aparecido em alguns filmes bem fracos. Um deles é justamente esse aqui. Ele interpreta um policial corrupto, já aposentado e preso em uma cadeira de rodas, que ainda dá as cartas no submundo do crime. Para cobrar velhas dívidas ele mantém como refém uma garotinha para chantagear sua mãe. Ela deve ir, madrugada adentro, para cobrar cinco dívidas vencidas. O problema é que os devedores são todos criminosos e cobrar dinheiro de pessoas desse baixo nível sempre é algo mais do que perigoso.
E o filme se resume a isso. Cinco cobranças de dívidas na madrugada que terminam em muita violência e cenas de ação. O personagem do Freeman acompanha tudo pela câmera acoplada no capacete de seu cobradora chantageada. Nada mais do que isso. A história se passa em apenas uma madrugada e o roteiro, genérico demais, só desperta bocejos no velho cinéfilo. A única coisa que se salva é justamante o Morgan Freeman. Com dicção perfeita e aquela dignidade toda em cena que percebemos bem, ele salva o filme de ser uma perda de tempo completa.
A Conquista (Vanquish, Estados Unidos, 2021) Direção: George Gallo / Roteiro: George Gallo / Elenco: Morgan Freeman, Ruby Rose, Patrick Muldoon / Sinopse: A atriz Ruby Rose interpreta Victoria, uma jovem boa de briga que precisa cobrar dívidas em nome de um ex-policial corrupto que mantém sua filha como refém em seu apartamento high-tech.
Pablo Aluísio.