segunda-feira, 3 de julho de 2023

A Cor da Fúria

Título no Brasil: A Cor da Fúria
Título Original: White Man's Burden
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Desmond Nakano
Roteiro: Desmond Nakano
Elenco: John Travolta, Harry Belafonte, Kelly Lynch, Margaret Avery, Tom Bower, Andrew Lawrence

Sinopse:
Em uma América com claras mudanças dentro da sociedade, onde afro-americanos e americanos brancos inverteram os papéis culturais, um operário branco sequestra um dono de fábrica negro por demiti-lo.

Comentários:
O filme tem bom elenco. Tanto John Travolta como Harry Belafonte estão muito bem em seus papéis. O roteiro subverteu o que geralmente acontece dentro de uma sociedade racista como a dos Estados Unidos. Travolta é o homem branco, operário, pobre, em situação complicada. Belafonte é o executivo negro, rico e bem sucedido. E quando ele demite o operário Travolta, as coisas fogem do controle. Mesmo sendo bem intencionado no quadro geral, um roteiro como esse iria levantar muitas polêmicas se fosse lançado nos dias atuais. Será que a questão racial seria entendida e interpretada de forma correta? Eu penso que haveria, sim, algum tipo de mal entendido, e isso iria trazer muitos problemas para essa produção. De qualquer forma, o filme vale a pena. Não acredito que atores desse tipo iriam se envolver em algo que estaria de alguma forma e até mesmo de forma subliminar exaltando qualquer tipo de discurso de racismo reverso, como foi cogitado em seu lançamento original.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de julho de 2023

Cinema News - Edição XIX

Novo Indiana Jones não empolga...
O Novo filme do personagem Indiana Jones não anda empolgando nem o público e nem muito menos a crítica. Ao custo de quase 300 milhões de dólares o filme "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" precisa de uma bilheteria robusta nos próximo dias para ser considerado um sucesso cinematográfico lucrativo. A crítica norte-americana não gostou do filme. Ele é quase sempre citado como sem novidades, morno e genérico demais. Muitos consideram o filme completamente decepcionante. Para o público mais jovem também não há maiores atrativos. Jovens demais para terem visto o auge do personagem nos cinemas, muitos ignoram o lançamento. De uma forma ou outra uma coisa é certa: o filme marca a despedida de Harrison Ford ao papel. Talvez a Disney tenha planos de renovação completa para as próximas produções, se é que serão produzidos e lançados novos filmes no futuro. Tudo depende da bilheteria final desse novo Indiana Jones.  

O Sucesso de "Guardiões da Galáxia Vol. 3"
Ao custo de 250 milhões de dólares e lançado há algumas semanas nos cinemas dos Estados Unidos, o filme "Guardiões da Galáxia Vol. 3" segue firme nas bilheterias. Para se ter uma ideia o filme ultrapassou os 840 milhões de dólares de receita nesse fim de semana. Assim é provável que chegue e rompa a marca do 1 bilhão de dólares de bilheteria ao redor do mundo com o faturamento do streaming. Vai entrar em um seleto grupo de sucessos cinematográficos absolutos. Mais uma franquia de enorme sucesso da Marvel nos cinemas. 

"Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" no Top 1
A Bilheteria de "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" surpreendeu todos em Hollywood. Depois de ficar semanas no topo das maiores bilheterias dos Estados Unidos, a animação Marvel "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" bateu até mesmo o novo filme dos Transformers. Pois é, eu mesmo fiquei surpreso com o sucesso dessa produção. Até o momento o novo filme do Homem-Aranha em sua versão animada com o personagem Morales faturou algo em torno de 575 milhões de dólares. Nada mal para uma animação feita digitalmente. Também mostra que a Marvel ainda tem muito fôlego para segurar as pontas e fazer bonito nas bilheterias de cinema ao redor do mundo. 

A polêmica da Pequena Sereia
Mais um filme baseado nos clássicos da animação Disney. Esse aqui levantou uma grande polêmica porque a atriz que interpreta a protagonista é negra. No original a sereia seria ruiva. Pronto, isso foi o bastante para levantar uma grande polêmica em todo o mundo pois muitas pessoas interpretaram o filme como mera lacração. Será mesmo? Penso de outra forma. Essa escalação foi baseada na política de inclusão que a Disney vem seguindo à risca nos últimos anos. Não tem nada de errado nisso, penso ser positivo. Claro que algo assim também vai levantar polêmica, como levantou e a Disney também vai surfar nessa onda de publicidade gratuita. Por outro lado uma sereia negra não é nada fiel ao material original. Então há razões para ambos os lados e seus argumentos. O filme rendeu até o momento 507 milhões de dólares. Para uns isso foi a prova do fracasso da lacração, enquanto para outros é a prova do sucesso. Como o filme custou 250 milhões penso que o meio termo seja o mais adequado. A tal lacração ajudou a promoção do filme, faturando meio bilhão nas bilheterias. E também afastou outra parcela do público. 

Pablo Aluísio.

O Passageiro do Futuro 2

Título no Brasil: O Passageiro do Futuro 2
Título Original: Lawnmower Man 2: Beyond Cyberspace
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Farhad Mann
Roteiro: Farhad Mann
Elenco: Patrick Bergin, Matt Frewer, Austin O'Brien, Patrick LaBrecque, Camille Cooper, Crystal Celeste Grant

Sinopse:
Após a destruição da Virtual Space Industries no final do primeiro filme, Jobe é descoberto nos escombros e levado às instalações de Jonathan Walker, um poderoso magnata corporativo, onde seu rosto é reconstruído e trazido de volta através da realidade virtual.

Comentários:
Filme bem ruim. O primeiro filme até que teve uma repercussão quando foi lançado. Tudo por causa do uso intensivo da computação gráfica no cinema, que era novidade na época. Esse aqui foi feito apenas para ganhar um dinheiro a mais em cima do nome do primeiro filme. Só que esqueça qualquer tipo de qualidade nesta segunda produção. Tudo é muito fraco, roteiro, direção e, principalmente, a atuação. Fiquei com a impressão de que os produtores se confiaram apenas nos efeitos especiais e não em um elenco realmente empenhado em atuar bem. O resultado se vê na tela. Curiosamente, a única coisa em que esse filme sustentava, que era os efeitos digitais, não sobreviveram ao tempo. Aqui tudo soa muito velho, antiquado e ultrapassado. Cinema que arrisca e aposta apenas na tecnologia acaba se dando mal com o tempo. Essa é uma regra não escrita da sétima arte.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de julho de 2023

Peaky Blinders - Primeira Temporada

Peaky Blinders - Primeira Temporada 
Dentro do catálogo da Netflix atualmente essa série sem dúvida é uma das mais consistentes em termos de roteiro, produção e atuação. A história se passa na Inglaterra quando uma gangue de origem familiar chamada de Peaky Blinders atuava no submundo do crime de Londres e regiões próximas, principalmente no setor de apostas ilegais. De forma em geral eles seriam considerados na época como marginais de baixo clero, mas isso aos poucos passa a mudar quando eles ficam sob liderança de Thomas Shelby, um sujeito com uma inteligência acima da média, bom senso de oportunidades e um instinto certeiro para jogar naquele ambiente hostil e perigoso. 

Nessa primeira temporada a polícia local ganha um novo comandante, um veterano experiente e linha dura escolhido pessoalmente pelo primeiro-ministro. O que está em jogo é um carregamento de armas das forças armadas inglesas que foram parar nas mãos do IRA, o exército revolucionário irlandês. E por um lance de sorte parte das armas acaba indo para os Peaky Blinders. Assim a questão passa a ser de interesse de segurança nacional e não da criminalidade comum, do dia a dia. A série é muito bem produzida, contando com um elenco acima da média, com destaque para o antagonismo entre os personagens interpretados por Cillian Murphy e Sam Neill. Eles andam na tênue linha que separa o crime da lei e em muitos momentos o espectador vai ficar na dúvida sobre quem seria o criminoso e quem seria o representante da lei. Enfim, uma série muito recomendada. 

Peaky Blinders - Primeira Temporada (Reino Unido, Estados Unidos, 2013) Direção: Otto Bathurst, Tom Harper / Roteiro: Steven Knight, Stephen Russell / Elenco: Cillian Murphy, Sam Neill, Annabelle Wallis, Charlie Creed-Miles / Sinopse: Primeira temporada da série "Peaky Blinders: Sangue, Apostas e Navalhas" contando com seis episódios, sendo exibida originalmente na Inglaterra entre os meses de setembro a outubro de 2013. 

Pablo Aluísio.

Ilusões Perigosas

Título no Brasil: Ilusões Perigosas
Título Original: Haunted
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Lumière Pictures
Direção: Lewis Gilbert
Roteiro: James Herbert
Elenco: Aidan Quinn, Kate Beckinsale, Anthony Andrews, John Gielgud, Anna Massey, Geraldine Somerville

Sinopse:
Um professor cético visita uma remota propriedade britânica para desmascarar alegações de fenômenos psíquicos, mas logo se vê assombrado por um fantasma de seu próprio passado.

Comentários:
Eu gostei bastante desse filme quando o assisti pela primeira vez nos anos 90. Poderia definir essa produção como um filme de fantasmas, com o sabor dos antigos filmes de terror ingleses, mas com um roteiro mais de acordo com os tempos atuais, os tempos modernos. O personagem principal, um professor cético que tenta desvendar e desmascarar eventos sobrenaturais, é um grande achado dessa roteiro. Interpretado pelo ator Aidan Quinn, ele está realmente no centro dos acontecimentos. Outro destaque é a atriz Kate Beckinsale, que depois iria se consagrar numa longa série de filmes de terror sobre vampiros chamado "Anjos da Noite". Com um elegante fotografia e cenas externas muito bem construídas, essa produção de horror dos anos 90 é um grande achado. Infelizmente, anda meio esquecida nos dias atuais, mas ainda vale muito a pena conhecer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 30 de junho de 2023

O Terror Da Guerra

O Terror Da Guerra
Quando o filme começa vemos dois veteranos da guerra do Afeganistão andando em uma cidade dos Estados Unidos que parece ter sido devastada. Imediatamente somos levados a pensar que estamos assistindo a um daqueles filmes pós-apocalipse. Séries como "The Last of Us" também nos vem a mente. Só que não se engane sobre o que se vê na tela. O roteiro guarda diversas surpresas ao longo do desenvolvimento da história. Enquanto os veteranos andam e tentam sobreviver, vemos em flashbacks o passado do soldado Gabriel Drummer, interpretado pelo ator Shia LaBeouf. Casado, pai de uma filhinha, ele encara um treinamento pesado para se tornar um fuzileiro naval e depois é enviado para o campo de batalha no Oriente Médio onde presencia a violência irracional da guerra. De volta aos Estados Unidos, tudo o que ele deseja é reencontrar sua família, mas no meio de toda aquela devastação fica cada dia mais improvável. 

As duas primeiras partes desse filme enganam o espectador. Você pensa estar assistindo a um tipo de filme, mas ele na realidade é bem outro. Nesse aspecto achei o roteiro muito criativo e bem escrito. Veja que o uso de reviravoltas, ou plot twist, como os americanos gostam de chamar, pode ser algo inteligente, coerente com a história que se está contando. Exatamente o que temos aqui. O que você não pode esquecer é que existem mentes perturbadas. E esse é o ponto central da mensagem que esse filme quer passar. O tema no fundo é sério e importante, lidando com a saúde mental de veteranos que voltam de campanhas com graves problemas de traumas de guerra. Nesse aspecto pode-se dizer que o filme é de um raro brilhantismo. 

O Terror Da Guerra ( Man Down, Estados Unidos, 2015) Direção: Dito Montiel / Roteiro: Dito Montiel / Elenco: Shia LaBeouf, Gary Oldman, Jai Courtney / Sinopse: Dois veteranos de guerra retornam aos Estados Unidos e encontram uma América pós-apocalíptica. Um deles deseja apenas reencontrar sua família, mas no meio da loucura e do caos se vê cada vez mais distante da realidade do mundo que o cerca. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Até o Limite

Até o Limite
Recentemente assisti a um filme com Mel Gibson chamado "Panamá" que era bem ruim. As coisas não melhoram muito nesse suposto thriller de suspense. Gibson interpreta um radialista chamado Elvis. Ele apresenta um programa nas madrugadas de Los Angeles. Enquanto toca algumas músicas, ele interage com seus ouvintes que ligam para contar seus problemas. Isso vai normalmente até o dia em que um sujeito, visivelmente perturbado, liga para a estação de rádio. Ele diz que está invadindo a casa do radialista e que pretende fazer de sua esposa e sua filhinha de seis anos como reféns. A situação parece muito tensa e Elvis agora vai precisar usar de toda a sua lábia e poder de convencimento para que um crime que vai destruir sua vida não chegue a se consumar. Pois é, a premissa do filme é bacana, mas é bom não ir se animando muito...

O filme se sustenta bem até o final, mas infelizmente esse é um daqueles desfechos de história que estragam tudo. Completamente sem noção. O Mel Gibson atualmente atua como o próprio produtor de seus filmes. Ele se queimou em Hollywood depois que deu declarações infames sobre os judeus. Depois disso nenhum grande estúdio de Hollywood banca mais seus filmes. Agora o ator se resume a produzir esses pequenos filmes B onde atua. Só que um produtor experiente, um bom agente e um estúdio grande por trás faz falta mesmo. Livre desse tipo de controle, Gibson tem a tendência de surtar e errar feio... É o que acontece nesse filme que apresenta não apenas um plot twist, mas dois. Reviravoltas na história que só estragam o filme como um todo. Quando chegamos ao final nos sentimos enganados por uma piada sem graça. Francamente, a decadência do Mel Gibson desse modo parecer ser algo mesmo irreversível. 

Até o Limite (On the Line, Estados Unidos, 2022) Direção: Romuald Boulanger / Roteiro: Romuald Boulanger / Elenco: Mel Gibson, William Moseley, Alia Seror-O'Neill / Sinopse: Elvis (Mel Gibson) é um radialista de Los Angeles que recebe a ligação de um psicopata que lhe avisa que vai entrar em sua casa para sequestrar sua esposa e sua filha. Ele quer se vingar de algo que aconteceu no passado. Assim Elvis precisará evitar que o mal aconteça com sua família de todas as formas. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

The Last of Us

The Last of Us
Ontem terminei de assistir à primeira leva de episódios dessa série "The Last of Us" (O Último de Nós, em tradução livre). Quando eu soube dessa série pela primeira vez nem quis assisti-la. Esse tema envolvendo fim do mundo, zumbis, etc, já me parecia saturado demais. Não achava que seria grande coisa. Entretanto a hype dos fãs foi tão grande e a repercussão gerada foi tão ampla que decidi dar um voto de confiança. Fui ver, pelo menos, o primeiro episódio para ver se valia mesmo a pena ou se era tudo aquilo que se dizia por aí da série pela internet. Bom, gostei a ponto de ver todos os episódios dessa que provavelmente será apenas a primeira temporada. A HBO é conhecida por produzir material de qualidade e aqui realmente não seria diferente. 
 
Concordo que a premissa não vai animar muito os mais veteranos cinéfilos pois é uma coisa antiga, que já aparecia em velhos filmes com Vincent Price. Walking Dead também é uma referência óbvia. A história se passa em um mundo que foi devastado por uma pandemia. Um fungo mortal começou a contaminar a população mundial. A partir do momento em que se ficava contaminado o tal fungo passaria a controlar o sistema nervoso central do doente. Viram zumbis em busca de carne, inclusive carne humana. Aquela bestialidade toda que bem conhecemos do universo de filmes desse tipo. O caos se instala. Assim acompanhamos essa dupla inusitada formada por um homem adulto (interpretado pelo bom ator de séries Pedro Pascal) e uma adolescente que parece ser a chave da cura, pois é imune ao fungo. É uma série realmente muito boa, extremamente bem produzida, com roteiros caprichados. E o final? Achei um pouco melancólico demais. Tem uns deslizes aqui e acolá, mas o conjunto ida obra é realmente muito boa. Vale a pena conferir, sem dúvida alguma. 

The Last of Us (Estados Unidos, 2023) Direção: Craig Mazin, Ali Abbasi, Jeremy Webb / Roteiro: Neil Druckmann, Craig Mazin / Elenco: Pedro Pascal, Bella Ramsey, Anna Torv / Sinopse: Em um mundo devastado por uma pandemia de fungos, Joey e Ellie tentam sobreviver, atravessando os Estados Unidos em busca de um grupo de seres humanos sobreviventes. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de junho de 2023

O Monge e a Filha do Carrasco

Título no Brasil: O Monge e a Filha do Carrasco
Título Original: O Monge e a Filha do Carrasco
Ano de Lançamento: 1996
País: Brasil
Estúdio: KCK Productions & JBR Filmes
Direção: Walter Lima Jr.
Roteiro: Ambrose Bierce, Toby Coe
Elenco: Patricia Pillar, Murilo Benício, Rubens de Falco, José Lewgoy, Karina Barum, Maria Gladys

Sinopse:
No século 18, em uma cidade esquecida, a jovem Benedicta é a bela filha do carrasco. Ainda assim não consegue um bom pretendente pois as pessoas da vila onde mora tem preconceito sobre ela por causa de seu pai. O monge Ambrosius, recém-chegado à aldeia, sente pena da moça, mas seu interesse por ela desencadeia o ciúme do pai da donzela e começa um grande conflito entre a sua paixão e o celibato que deve cumprir como membro da Igreja Católica.

Comentários:
Assisti nos anos 90 em VHS. É um filme brasileiro, mas feito para o mercado externo, contando inclusive com a produção em parte da norte-americana Miramax. Eles queriam que o filme fosse considerado para o Oscar, mas não deu certo. De qualquer forma é sim um bom filme, valorizado pela boa produção onde tudo está nos lugares certos. Nisso me refiro a cenários, figurinos e reconstituição histórica. A atriz Patrícia Pillar é, além de bonita, muito talentosa. Murilo Benício como o monge está meio fake, não muito convincente, mas ainda assim não compromete em nada o resultado final do filme. De todo modo é um filme brasileiro sob uma nova perspectiva, produzido para ser consumido no exterior, contando com capital de uma grande produtora de cinema dos Estados Unidos. Sem dúvida uma mudança e tanto em nosso cinema nacional. Em suma, um bom momento da cinematografia brasileira nos anos 90. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Invasão de Discos Voadores

Invasão de Discos Voadores
Uma série de aparições de discos voadores acontecem em todo o paneta Terra. Após o pouso de uma dessas espaçonaves em um campo militar do exército dos Estados Unidos incidentes violentos são registrados. A partir desse momento o que parecia ser uma visita pacífica de uma civilização extraterrestre em nosso planeta se torna algo violento, muito complicado de se controlar. Em pouco tempo começa uma verdadeira guerra entre os discos voadores e forças militares terrestres. E enquanto a guerra vai se tornando mais violenta, um professor e sua esposa tentam entender os mecanismos e a ciência que poderia explicar a presenças de seres de outros planetas na Terra e a forma deles interagirem com os seres humanos. 

Esse filme hoje em dia é considerado um clássico Sci-fi do cinema norte-americano dos anos 1950. Bem sabemos que por essa época a paranoia da guerra fria estava em alta e a ficção baseada em livros de bolso invadiu o cinema da época. A ciência era ciência de gibi e não havia aquele tom pacifista daquele que é considerado o melhor filme sobre o tema, o também clássico "O Dia em que a Terra Parou". Aqui a tônica era a pura diversão mesmo de acompanhar uma guerra entre mundos. O destaque absoluto vai para os efeitos especiais assinados pelo mestre em stop-motion Ray Harryhausen. As cenas dos discos voadores atacando a capital americana, caindo sobre o Capitólio, são antológicas. Puro charme nostálgico! 

Invasão de Discos Voadores (Earth vs. the Flying Saucers, Estados Unidos, 1956) Direção: Fred F. Sears / Roteiro: Bernard Gordon, George Worthing Yates / Elenco: Hugh Marlowe, Joan Taylor, Donald Curtis / Sinopse: O Planeta Terra passa a ser atacado por discos voadores vindos de outro planeta. Os seres humanos se defendem como podem, sem saber de onde aqueles aliens estao vindo e nem a razão de tentarem destruir a  humanidade. 

Pablo Aluísio.