domingo, 5 de fevereiro de 2023

Dupla Jornada

Título no Brasil: Dupla Jornada
Título Original: Day Shift
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Impossible Dream Entertainment
Direção: J.J. Perry
Roteiro: Tyler Tice
Elenco: Jamie Foxx, Snoop Dogg, Scott Adkins, Dave Franco, Natasha Liu Bordizzo, Karla Souza

Sinopse:
Bud Jablonski (Jamie Foxx) tem uma dupla jornada de trabalho todos os dias. Pelas manhãs, trabalha limpando piscinas de pessoas ricas e de noite caça vampiros pelas ruas escuras e sombrias de Los Angeles.

Comentários:
Eu não tenho nada contra filmes que trazem os vampiros para os nossos dias, para o cotidiano atual. Excelentes filmes já foram feitos nesse estilo, usando essa premissa, inclusive em um passado recente. O que eu não gosto é quando usam vampiros como monstros idiotas, como no caso desse filme. O modo em que agem, o jeito que se comportam, está mais para zumbis. Sejamos sinceros, que roteiro fraco! Parece que alguém de LA teve uma ideia estúpida qualquer e a vendeu para uma companhia cinematográfica. E sabe se lá a razão caiu nas graças do ator Jamie Foxx, o que trouxe o orçamento e financiamento para o filme ser produzido. Onde ele estava com a cabeça? Um ator tão bom, tão respeitado, se meter numa fria dessas? O problema é que o roteiro continua idiota e não tem salvação. É um filme ruim, sem graça, em que nem as cenas de ação importam. E no critério terror pode esquecer, porque esses vampiros não vão dar medo em absolutamente ninguém! Em conclusão, temos aqui um filme muito ruim. Tem um roteiro muito mal feito. Não vá perder seu tempo assistindo essa bela porcaria.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Elvis Presley - Elvis' Christmas Album - Parte 1

Elvis Presley - Elvis' Christmas Album - Parte 1
Imagine hoje em dia um empresário colocando o roqueiro mais popular do mundo para gravar um disco apenas com músicas natalinas! Soaria para muitas pessoas, como algo fora do normal, algo até mesmo esdrúxulo. Pois foi exatamente isso que o Coronel Parker fez com Elvis Presley em 1957. Temos que ter em mente que os tempos eram os outros. Os anos 50 traz outro contexto histórico. Então não soava tão estranho assim, até porque muitos cantores populares da época também gravavam discos de Natal. Parker não precisou de muito trabalho para convencer Elvis a gravar um disco apenas com músicas de conteúdo natalino. E lá foi o jovem cantor, o rockstar, gravar esse tipo de música.  

Comercialmente, era algo muito vantajoso, porque as vendas do fim de ano estavam logo ali e era o forte do comércio. Pensando bem, um disco natalino com o jovem Elvis Presley era realmente um produto comercial muito viável. E isso se provaria com os números. Esse acabou sendo um dos álbuns mais vendidos da vida de Elvis. Colecionou discos de Platina e continuou vendendo Natal após Natal durante muitos anos. Nesse aspecto, o Coronel Parker havia acertado em cheio, até porque foi muito lucrativo para ele e seu cliente, Elvis. A gravadora também agradeceu. As cópias do disco não paravam de ser vendidas nas lojas. Foi um sucesso realmente espetacular.

E se engana quem acha que é um disco ruim, muito pelo contrário. Eu vejo muita qualidade nessas gravações. Elvis conseguiu gravar blues, rock e outros estilos usando letras natalinas. É um feito e tanto. Até hoje, ao ouvir essas faixas, eu fico admirado com a versatilidade desse jovem cantor de rock. Era um artista acima da média. Realmente surpreende a qualidade de seu trabalho dentro dos estúdios. 

Elvis Presley não chegou a gravar músicas natalinas suficientes para completar um álbum, mas a RCA daria um jeito nisso. No lado B, colocaria músicas religiosas que ele havia gravado para o EP "Peace in the Valley". As músicas tinham semelhanças de temas, afinal o Natal não deixava de ser um feriado religioso. E assim foi elaborado esse disco que trouxe muito êxito comercial para Elvis e principalmente para o velho Coronel Parker, que não perdia mesmo uma chance de  ter bons lucros!

Pablo Aluísio.

The Beatles - From Me to You / Thank You Girl

The Beatles - From Me to You / Thank You Girl
As coisas começaram a melhorar para os Beatles nesse single. Foi o primeiro do grupo a chegar em primeiro lugar na parada britânica. Saiu-se também muito bem nas demais paradas de toda a Europa. Os Beatles começavam a chamar atenção por causa do sucesso de suas músicas. As letras, como podemos ver nesse compacto, eram simples, basicamente temas de amor adolescente. E não havia nada de errado nisso, fazia parte da cultura musical jovem da época. 

A música "From Me to You" era basicamente uma cartinha de amor. Caiu rapidamente no gosto do público alvo. O lado B "Thank You Girl", por sua vez, não chamou muita atenção e ficou fora da discografia oficial dos Beatles por longos anos. Só ficou mais conhecida dos fãs atuais por causa de sua inclusão na coleção "Past Masters". Boa faixa com clara valorização da percussão executada por Richard Starkey, o Ringo Starr.

A imagem dos Beatles também começava a ser mais conhecida. O empresário do grupo havia suavizado a imagem deles, tirando os rapazes dos casacos de couro negro e os colocando em ternos refinados bem cortados. E também tirou toda aquela brilhantina do cabelo dos jovens músicos. Eles passaram a usar o cabelo liso, em franjas. Estilo francês.

Por que um homem rico e bem sucedido como Brian Epstein perdia tanto tempo se preocupando com aqueles jovens desconhecidos de Liverpool? Algumas biografias dizem que ele era apaixonado por John Lennon, mas essa é uma fofoca de bastidores, nunca confirmada. O que vale, no final das contas, é a música realmente fascinante que eles estavam produzindo naquela época.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 1

Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 1 
Em sua longa carreira o ator Gary Cooper atuou em 117 filmes. Hoje em dia isso jamais se repetiria. Geralmente atores da atualidade atuam em um ou no máximo dois filmes por ano. Só que na época de Cooper o mundo do cinema era bem diferente. Não era raro fazer dez filmes por ano ou até mais do que isso. Conforme o tempo foi passando, realmente o próprio mercado foi regulando esse avalanche de filmes. Os estúdios perceberam que lançar muitos filmes poderia desgastar ou saturar a imagem de seus principais astros. Por isso aos poucos a estratégia foi mudando. De dez filmes / ano, grandes atores como Cooper faziam no máximo quatro ou três anualmente. Ao invés de aparecer em dez filmes B, era melhor fazer apenas dois em produções classe A.

Voltando no tempo vemos que Gary Cooper viveu dois períodos bem distintos em sua carreira, um no cinema mudo, outro no falado. Ele conseguiu romper essa barreira porque tinha uma excelente voz e uma dicção perfeita. Sabe-se que muitos astros e estrelas do cinema mudo não conseguiram sobreviver essa fase de transição na história do cinema. O próprio Charles Chaplin foi um grande opositor da chegada do cinema falado, porque para ele isso tirava a essência da sétima arte. Cooper jamais pensou assim. Ele apenas embarcou nas mudanças e conseguiu ser tão ou mais popular do que antes. O cinema falado não lhe trouxe nenhum problema em sua carreira.

A estreia de Cooper no cinema se deu em 1923 em um filme chamado "The Last Hour". Estrelado por Milton Sills e Carmel Myers, com direção de Edward Sloman, esse era um drama mudo, com toques de filme policial. Nada muito relevante. Cooper foi apenas um extra, um sujeito grandalhão, com cara de mau, cujo personagem sequer tinha nome. Todo mundo precisa começar de algum ponto, não é mesmo? Em 1925 Gary Cooper faria seu primeiro western! Isso mesmo, já na sua segunda aparição no cinema ele já abraçava o gênero cinematográfico que iria consagrá-lo no anos seguintes. O filme se chamava "O Bandido Mascarado" e era estrelado pelo maior cowboy do cinema na época, o popular Tom Mix.

Mix era um sujeito exagerado e esbanjador que acreditava em seu próprio mito. Tinha um enorme carrão com grandes chifres de touro na frente. Sempre se vestindo de forma espalhafatosa, com enormes chapéus brancos, ele soube muito bem se vender para os estúdios de cinema de Hollywood. Em pouco tempo virou um astro dos mais populares. Se dedicando completamente a filmes de faroeste ele foi uma das primeiras lendas do cinema americano. Atuar ao seu lado foi importante para Cooper porque afinal de contas ele se tornou popular para o grande público. Aparecer em um filme de western com Tom Mix era garantia de ser visto pelo público e pelos produtores, sempre em busca de novos astros para esse tipo de produção. Foi o primeiro grande passo de Cooper rumo ao sucesso.

Pablo Aluísio.

O Mais Bandido dos Bandidos

Título no Brasil: O Mais Bandido dos Bandidos
Título Original: Dirty Dingus Magee
Ano de Lançamento: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Burt Kennedy
Roteiro: David Markson
Elenco: Frank Sinatra, George Kennedy, Anne Jackson, Lois Nettleton, Jack Elam, Harry Carey Jr

Sinopse:
Dirty Dingus Magee e seu antigo rival Hoke Birdsill se revezam em ser homem da lei ou fora da lei e rivais ou parceiros no crime, dependendo das circunstâncias, tudo acontecendo nos tempos do velho oeste. E no final de tudo, quem vai vencer esse duelo de vigaristas?

Comentários:
Frank Sinatra tinha que cumprir contrato com a MGM após ter trabalhado muito no estúdio durante os anos 60. A verdade é que nessa época ele estava mais empenhado em suas temporadas anuais em Las Vegas, onde se apresentava em cassinos luxuosos da cidade. Sinatra não estava muito interessado em voltar ao cinema, mas com medo de sofrer uma multa milionária, aceitou trabalhar nesse faroeste mais leve, quase em tom de comédia. O interessante é que Frank Sinatra tinha realmente um bom dedo para escolher roteiros. Apesar da leveza que não vai satisfazer muito aos fãs dos filmes de faroeste mais tradicionais, esse western tem muito charme e muito carisma. É uma produção para se encarar como puro divertimento, pura diversão. O estúdio queria que ele cantasse nas cenas, mas houve resistência por parte do cantor. Ele estava para lançar um novo disco e não queria que músicas de filmes atrapalhassem suas vendas nas lojas de discos. De qualquer forma, apesar das várias resistências, o resultado se mostra muito bom. É um faroeste divertido, acima de tudo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Trem-Bala

Esse filme teve uma certa repercussão quando chegou aos cinemas. A crítica, de modo em geral, até gostou. O público foi conferir, o que rendeu uma boa bilheteria. Brad Pitt ainda é um grande chamariz de bilheteria. De minha parte achei o filme apenas apropriado, regular, nada demais. O estilo tenta imitar Tarantino, mas fracassa monumentalmente nesse objetivo. O filme mostra um grupo de assassinos e criminosos disputando uma mala com milhões de dólares dentro de um trem-bala no Japão. Brad Pitt interpreta um criminoso que tem, pelo menos a primeira vista, um objetivo simples, roubar a tal mala e descer na próximo parada. Só que a mala está sendo protegida por dois assassinos profissionais. Então o jogo vira meio do avesso, se tornando um banho de sangue. 

O filme exagera nas cenas de ação e assume aquele tom excessivo, que eu muitas vezes não suporto muito bem. Os personagens são fracamente desenvolvidos, até porque o que importa aqui é ação. São tipos clichês apenas. Também há toques de humor, mas em piadas que eu não considerei particularmente engraçadas, só deslocadas no contexto do filme, de uma forma em geral. Brad Pitt está no controle remoto. Como parece ser o seu modo de operar e atuar nos seus últimos filmes. Parece que perdeu a vontade de fazer bons filmes ou se importar com o que está atuando. Parece estar sempre no controle remoto, o que é uma pena. Deixou de ser um ator em busca de desafios, de bons roteiros, de filmes relevantes. Hoje em dia, também atuando como produtor, só aposta no banal e no previsível. 

Trem-Bala (Bullet Train, Estados Unidos, 2022) Direção: David Leitch / Roteiro: Zak Olkewicz, Kôtarô Isaka / Elenco: Brad Pitt, Michael Shannon, Sandra Bullock, Joey King, Aaron Taylor-Johnson / Sinopse: O filme mostra um grupo de assassinos e criminosos disputando uma mala com milhões de dólares dentro de um trem-bala no Japão.

Pablo Aluísio.

Medieval

Este é um filme ruim. Isso me surpreendeu muito. Veja, aqui todos os elementos importantes para se fazer um bom filme estavam presentes, pelo menos em tese. Havia um elenco muito bom, acima da média. Uma história muito interessante para se contar e, além de tudo, o filme se passava na idade média. Filmes medievais costumam ser muito interessantes. Só que o resultado de tantos elementos certos deram origem a um filme errado. O problema maior vem de um roteiro truncado, que não explica direito as questões históricas que o filme desenvolve. O espectador fica com a impressão de que, na maioria das vezes, as situações não são plenamente justificadas porque o roteiro não as explica de forma adequada. Sabe-se, muito por cima, que há uma cisão entre dois papas, uma situado na França e outro em Roma. E que, para as coisas se equilibrarem, deve-se raptar uma nobre. 

Uma relação delicada. Tudo isso é muito mal passado para quem assiste ao filme. A impressão que eu tive ao assistir essa produção é que se trata de uma versão editada de uma versão maior, que deve ter sido a escolhida pelo diretor. Realmente, essa versão deve ter ficado muito longa e comercialmente não pouco agradável ao estúdio. Então, tudo foi pessimamente editado. Uma daquelas situações em que usam um machado pesado para editar o filme. O resultado é um filme sem graça, sem explicação adequada, sem rumo e sem contexto histórico devidamente exposto a quem assiste. E para piorar o que já era ruim, as cenas de ação não empolgam. Com tudo isso, não existe outro veredito para Medieval. É um filme ruim e ponto final.

Medieval (Medieval, República Tcheca, 2022) Direção: Petr Jákl / Roteiro: Petr Jákl, Marek Dobes / Elenco: Ben Foster, Sophie Lowe, Michael Caine / Sinopse: O filme se passa na idade média, quando Nobres e soldados se unem para evitar que haja um golpe de estado contra um rei que está fraco e vulnerável. E sua deposição também vai influir no cisma papai. Com dois papas sentados em um suposto trono de Pedro.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

M3gan

Quando eu soube da existência desse filme, realmente não fiquei nada ansioso para assistir. Essa coisa de um brinquedo que sai do controle é antiga. Basta lembrar de Brinquedo Assassino. Entretanto, esse filme traz boas surpresas. Não apenas do conceito inicial, mas também do uso e da discussão sobre a perigosa Inteligência artificial. Um ser robótico, com inteligência artificial, poderia tomar suas próprias decisões e, mesmo que fossem tomadas por pura lógica, elas não deixariam de ser perigosas. Então o roteiro do filme aproveita essa premissa muito bem. Deveria ser um brinquedo para servir de companhia para crianças que ficam muitas horas longe dos pais. Só que esse brinquedo é, na realidade, um robô com inteligência artificial. Conforme ele vai reunindo dados e informações sobre a humanidade, as coisas podem sair facilmente de controle. 

M3gan foi um tremendo sucesso nos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, a bilheteria já está chegando na marca dos 200 milhões de dólares! Para um filme de terror com uma protagonista que é uma boneca / brinquedo, não deixe de ser um número fenomenal. E para falar a verdade, eu gostei bastante do filme. A atriz mirim Amie Donald que interpreta a M3gan, é um tremendo achado. E os efeitos digitais que surgem no filme são muito bem realizados. São pontuais e eficazes em detalhes mínimos, como os olhos da boneca e suas mãos. O filme já virou franquia, pois os produtores já anunciaram a continuação para breve. O cinema tem uma nova máquina de fazer dinheiro no gênero terror. O primeiro filme é bom, então pode ser que os próximos venham a complementar o que já era bem satisfatório nesse filme original.

M3gan (M3GAN, Estados Unidos, 2022) Direção: Gerard Johnstone / Roteiro: Akela Cooper, James Wan / Elenco: Amie Donald, Allison Williams, Violet McGraw, Jenna Davis, Ronny Chieng / Sinopse: Especialista em alta tecnologia, acaba criando uma boneca, um brinquedo para ser vendido nas lojas e se tornar um grande sucesso comercial. Só que o produto é, na realidade, um robô com inteligência artificial. Algo que logo se revela ser muito perigoso para todos.

Pablo Aluísio.

Halloween Ends

Mais um filme da franquia Halloween. Nos últimos anos os produtores dessa série de filmes andam exagerando na quantidade de produções lançadas. Nos últimos 4 anos, saíram 3 filmes novos!. É um pouco demais, até mesmo para filmes de terror caça-níqueis como esse. E os filmes de modo em geral, são bem fracos e derivativos sem nenhuma novidade digna de nota. Tudo pela bilheteria fácil mesmo. Afinal, o feriado de Dia das Bruxas é muito popular nos Estados Unidos, então nada mais conveniente do que um filme dessa marca sendo lançado nos cinemas nessas datas. O aspecto artistico, obviamente, fica em segundo plano. O importante é faturar ao máximo com a marca registrada nos cinemas. Algo que vem de longe. Desde os anos 70, com o primeiro filme. 

Esse aqui é bem ruim. Não traz nada de muito relevante. O assassino Michael Myers agora vive escondido nos esgotos da cidade. E um improvável seguidor de seus métodos cruéis e violentos surge. Nada mais do que o namorado da filha da personagem interpretada por Jamie Lee Curtis. É um gancho narrativo bobo e forçado para tentar trazer alguma novidade para essa história que já deveria ter terminado há muitos anos. Para se ter uma ideia, o assassino, se fosse uma pessoa real, estaria com mais de 80 anos de idade. Não iria conseguir matar mais ninguém! Então esse Mike Myers dos filmes virou uma espécie de super-vilão imortal. Enfim, várias ideas ruins em um filme igualmente muito ruim.

Halloween Ends (Estados Unidos, 2022) Direção: David Gordon Green / Roteiro: David Gordon Green / Elenco: Jamie Lee Curtis, Andi Matichak, Blaque Fowler / Sinopse: Após anos desaparecido, o assassino Mike Myers retorna para mais uma série de matanças na noite do Dia das Bruxas. E ele agora tem um seguidor. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O Mensageiro da Morte

Nesse faroeste clássico dos anos 50, o ator Robert Taylor interpreta um delegado federal. Como Marshall, ele deve ir atrás de fugitivos da lei. Encontrar os criminosos para levá-los a julgamento. Seu próximo alvo é um desertor da cavalaria americana. Um soldado que, após deixar o exército, se envolveu em um grande assalto com vítimas fatais. O sujeito está desaparecido há algum tempo e fica complicado achá lo, pois o Marshall não consegue colaboração de testemunhas. Os próprios militares que serviram ao seu lado não querem colaborar na sua busca. Acaba encontrando uma velha conhecida do foragido, que pode lhe reconhecer. O delegado acredita que o procurado esteja trabalhando como condutor de carroças no interior de uma pequena cidade do velho Oeste. Para prendê-lo, será preciso reconhecimento. E essa jovem vai fazer esse trabalho sujo. 

A primeira coisa que chama atenção nesse western é a direção do aclamado Michael Curtiz. Ele foi um grande cineasta da era de ouro de Hollywood. Tendo dirigido alguns dos grandes clássicos do cinema americano, como Casablanca. Aqui ele fez um filme mais convencional, não tão marcante, mas ainda muito bom em méritos cinematográficos. Há uma certa nuance psicológica entre os personagens principais. O delegado federal quer prender o criminoso que dentro de sua comunidade é um sujeito até bem visto, cheio de amigos. A única maior crítica que teria para fazer ao filme seria o desfecho da história. Acredito que o personagem de Robert Taylor deveria ter ido até o fim, sem medir consequências. Só que os roteiristas não pensaram dessa maneira. Foi uma escolha narrativa que eu não faria, mas tudo bem, tudo faz parte dentro de seu contexto histórico.

O Mensageiro da Morte (The Hangman, Estados Unidos, 1959) Direção: Michael Curtiz / Roteiro: W.R. Burnett, Dudley Nichols / Elenco: Robert Taylor, Tina Louise, Fess Parker / Sinopse: O delegado federal Bovard chega em uma pequena cidade fronteiriça para identificar e prender um fugitivo, mas toda a cidade parece determinada a impedir que o Marshal faça seu trabalho.

Pablo Aluísio.