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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Medieval

Este é um filme ruim. Isso me surpreendeu muito. Veja, aqui todos os elementos importantes para se fazer um bom filme estavam presentes, pelo menos em tese. Havia um elenco muito bom, acima da média. Uma história muito interessante para se contar e, além de tudo, o filme se passava na idade média. Filmes medievais costumam ser muito interessantes. Só que o resultado de tantos elementos certos deram origem a um filme errado. O problema maior vem de um roteiro truncado, que não explica direito as questões históricas que o filme desenvolve. O espectador fica com a impressão de que, na maioria das vezes, as situações não são plenamente justificadas porque o roteiro não as explica de forma adequada. Sabe-se, muito por cima, que há uma cisão entre dois papas, uma situado na França e outro em Roma. E que, para as coisas se equilibrarem, deve-se raptar uma nobre. 

Uma relação delicada. Tudo isso é muito mal passado para quem assiste ao filme. A impressão que eu tive ao assistir essa produção é que se trata de uma versão editada de uma versão maior, que deve ter sido a escolhida pelo diretor. Realmente, essa versão deve ter ficado muito longa e comercialmente não pouco agradável ao estúdio. Então, tudo foi pessimamente editado. Uma daquelas situações em que usam um machado pesado para editar o filme. O resultado é um filme sem graça, sem explicação adequada, sem rumo e sem contexto histórico devidamente exposto a quem assiste. E para piorar o que já era ruim, as cenas de ação não empolgam. Com tudo isso, não existe outro veredito para Medieval. É um filme ruim e ponto final.

Medieval (Medieval, República Tcheca, 2022) Direção: Petr Jákl / Roteiro: Petr Jákl, Marek Dobes / Elenco: Ben Foster, Sophie Lowe, Michael Caine / Sinopse: O filme se passa na idade média, quando Nobres e soldados se unem para evitar que haja um golpe de estado contra um rei que está fraco e vulnerável. E sua deposição também vai influir no cisma papai. Com dois papas sentados em um suposto trono de Pedro.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Ghoul

Título no Brasil: Ghoul
Título Original: Ghoul
Ano de Produção: 2015
País: República Tcheca, Ucrânia
Estúdio: J.B.J. Film
Direção: Petr Jákl
Roteiro: Petr Bok, Petr Jákl
Elenco: Jennifer Armour, Alina Golovlyova, Jeremy Isabella
  
Sinopse:
Um grupo de amigos americanos, estudantes de cinema, decide ir até a Ucrânia para filmar um pequeno documentário sobre um homem que ficou vários anos preso após ser condenado por canibalismo. A intenção dos jovens é produzir uma entrevista com o criminoso e depois ligar sua história a várias lendas sobrenaturais da região que nasceram durante a ditadura soviética de Stálin, na década de 1930. Na ocasião se deu um grande surto de fome no país e a população sem ter o que comer começou a praticar em massa o canibalismo. Filme vencedor do Grossmann Fantastic Film and Wine Festival na categoria de Melhor Filme de terror.

Comentários:
Inicialmente você pensa estar assistindo a mais um daqueles filmes ao estilo mockumentary, que anda tão popular nos Estados Unidos. Há diferenças porém. A primeira e mais óbvia é que o filme foi produzido na Europa. Os produtores inclusive fizeram questão de filmar na Ucrânia, algo até perigoso nos dias de hoje por causa dos inúmeros conflitos que existem por lá. A segunda diferença substancial é que o roteiro fez uma bem bolada ligação do enredo com a vida do infame serial killer ucraniano Andrei Chikatilo. Esse foi um dos mais violentos psicopatas da história, acusado de ter matado mais de 50 pessoas e depois praticar canibalismo com seus corpos. Era um louco perigoso que ficou muito conhecido pelas atrocidades que cometeu em sua vida miserável. Tão violento que agora acabou virando vilão de filmes de terror. A ideia não é ruim, embora Chikatilo tenha conseguido ser mais sanguinário e monstruoso do que qualquer tipo de história ficcional que se possa imaginar. Infelizmente a criatividade também não vai muito além disso. Um mockumentary que usa uma história real, a utilizando como ponto de partida para a pura ficção é uma boa sacada, porém seu desenvolvimento fica no lugar comum. As mocinhas gritando, as imagens sem foco, tremendo e o caos e a gritaria imperando de forma banal. Mesmo com tantas ressalvas ainda vale a pena conferir, nem que seja para mudar um pouco, vendo um filme realizado no leste europeu; se bem que na verdade qualquer documentário que conte a história do verdadeiro Chikatilo é bem mais aterrorizante do que esse filme.

Pablo Aluísio.