terça-feira, 17 de agosto de 2021
Cemitério Maldito
Título Original: Pet Sematary
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mary Lambert
Roteiro: Stephen King
Elenco: Dale Midkiff, Denise Crosby, Fred Gwynne
Sinopse:
Pai de família tem que consolar seu pequeno filho após a morte do animal de estimação da família. Seguindo os passos de uma antiga lenda que afirma que todo animal enterrado em um velho cemitério de índios retorna à vida ele leva o cãozinho para lá. O problema é que o animal realmente retorna mas como um ser horrível, em decomposição. Depois disso algo inesperado volta a ocorrer com a família mas a vítima é seu próprio filho. E agora? Terá coragem de levar seu filho morto para o cemitério de animais?
Comentários:
Vem remake novo por aí. Esse aqui tive a oportunidade de assistir no cinema que inclusive hoje em dia não existe mais, virou uma loja de sapatos - que pena! Pois bem, como todos sabemos o texto é do sempre ótimo Stephen King. Como sempre ele foca em uma típica família americana do meio oeste que acaba entrando em contato com eventos fantásticos. No caso o tal Pet Cemitery (ou Cemitério de animais de estimação, muito comuns nos Estados Unidos). O ator Dale Midkiff que faz o pai de família que toma uma decisão muito errada tinha acabado de fazer Elvis Presley na versão do livro "Elvis e Eu" na TV (essa série chegou a ser exibida várias vezes no SBT). O clima do filme em si é dos melhores. King prepara bem seu suspense, criando todo um clima, familiarizando sem pressa todos os personagens para o público que está acompanhado tudo. Na época que o filme foi realizado não havia ainda efeitos digitais e tudo é baseado em maquiagem (muito bem feita por sinal) e efeitos em animatronics. Confesso que sempre gostei muito mais da primeira parte do filme, quando os acontecimentos vão sendo preparados para o terrível grand finale. Em seu lançamento houve quem criticasse por colocar uma criança como um terrível ser do mal mas Stephen King está realmente acima desse tipo de coisa. Hoje em dia "Cemitério Maldito" é um pequeno clássico da obra de King e mostra que não envelheceu. Nem era preciso remake para dizer a verdade. Prefira sempre conhecer esse original.
Pablo Aluísio.
Trocas Macabras
O grande trunfo de "Trocas Macabras" é seu elenco que dá vida a essas peças do xadrez manipuladas por Stephen King. Embora a direção seja apenas mediana os atores se destacam, a começar pelo grande Max von Sydow. Seu papel ajuda muito, é verdade, mas o mérito é realmente dele. O fato de apenas instigar os demais a cometerem certos atos, ao invés dele mesmo promover o mal, vai muito de encontro ao que diz as próprias escrituras. Livre arbítrio, acima de tudo. Achei esse aspecto muito inteligente por parte do texto de King, tudo devidamente aproveitado por Sydow. Ed Harris também é um ator muito bom, embora aqui esteja um pouco histérico demais. Faltou um pouco mais de sutileza e sensibilidade em sua atuação. Enfim, "Trocas Macabras" não figura entre os melhores filmes baseados nos livros de Stephen King mas mantém o interesse, mesmo que não leve até as últimas consequências sua premissa inicial. Vale ser conhecido seja você fã de King ou não.
Trocas Macabras (Needful Things, Estados Unidos, 1993) Direção: Fraser Clarke Heston / Roteiro: W.D. Richter baseado em uma livro de Stephen King / Elenco: Max von Sydow, Ed Harris, Bonnie Bedelia, Amanda Plummer / Sinopse: Um forasteiro misterioso chega numa pequena cidade do interior dos EUA e lá abre uma pequena loja de antiguidades. Aos poucos sua presença no local começa a influenciar na vida dos moradores da cidadezinha.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
De-Lovely
O enredo criado pelo roteiro também é um primor. Ele mescla momentos reais da vida do compositor com pura ficção, tudo para encaixar em harmonia as músicas de Porter. Aliás o próprio compositor certa vez disse que a vida não passava de uma grande harmonia. No caso desse filme temos um roteiro que fez jus a esse pensamento pois todos os elementos estão harmonizados em cena. Por fim, a título de curiosidade, deixo aqui registrado que esse foi o último filme que aluguei na minha vida. Infelizmente as locadoras de vídeo já estavam morrendo no Brasil quando o filme foi lançado em DVD.
De-Lovely - Vida e Amores de Cole Porter (De-Lovely, Estados Unidos, 2004) Direção: Irwin Winkler / Roteiro: Jay Cocks / Elenco: Kevin Kline, Ashley Judd, Jonathan Pryce, Elvis Costello, Alanis Morissette, Diana Krall / Sinopse: Ajudando na montagem de um musical de palco biográfico baseado em suas músicas, o compositor Cole Porter revê sua vida e carreira ao lado de sua esposa, Linda. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator em comédia ou musical (Kevin Kline) e melhor atriz em comédia ou musical (Ashley Judd).
Pablo Aluísio.
Mulan
Na época de seu lançamento muito se comentou sobre o fato de que essa animação "Mulan" foi concebida e criada justamente para isso, para faturar no mercado consumidor da China, o que de certa forma deu certo já que a partir desse filme as produções americanas começaram a ser lançadas no circuito comercial daquele país. Já sobre a animação em si não há o que criticar. De fato mais uma vez a Disney mostra porque é sem dúvida o maior estúdio de cinema do setor de animações. Tudo é realizado com um primor técnico simplesmente impossível de se igualar. Isso fica mais do que claro em uma das melhores cenas já realizadas quando parte dos exércitos imperiais vão surgindo no horizonte. Embora "Mulan" seja feita na técnica tradicional dos desenhos animados a Disney usou vasto recurso tecnológico digital para dar um realismo fantástico nas cenas. E para completar o que já era excepcional o filme ainda traz uma das mais inspiradas trilhas sonoras do estúdio. "Mulan" é uma pequena obra prima com a marca Disney.
Mulan (idem, Estados Unidos, 1998) Direção: Tony Bancroft, Barry Cook / Roteiro: Robert D. San Souci, Rita Hsiao / Elenco: Ming-Na Wen, Eddie Murphy, BD Wong, Pat Morita / Sinopse: Jovem chinesa rouba a armadura e as armas de seu pai, um velho doente, para ir para a guerra contra as forças do império Mongol em seu lugar.
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de agosto de 2021
O Esquadrão Suicida
Essa então é a segunda tentativa da DC com o Esquadrão Suicida no cinema. O primeiro filme, como todos sabemos, não foi bem. A boa notícia é que as coisas melhoraram. Essa sequência acertou em apostar mais no material original, nas histórias em quadrinhos. Nunca se leva muito à sério, o que garante boas cenas. O próprio monstro aliens que surge no filme parece ter saído de uma revistinha em quadrinhos dos anos 50 ou então de um filme Sci-fi B dessa mesma década. É ultra colorido, bem no clima das velhas matinês. E o roteiro é ágil, esperto e diverte como nunca. A única crítica pontual que faria a esse novo filme vem de sua violência que em alguns momentos extrapola, ainda mais em se tratando de um filme como esse, feito basicamente para a garotada. Deveriam ter amenizado mais nesse aspecto. Fora isso, é muito melhor do que o primeiro filme. Eu particularmente gostei bastante.
O Esquadrão Suicida (The Suicide Squad, Estados Unidos, 2021) Direção: James Gunn / Roteiro: James Gunn / Elenco: Margot Robbie, Viola Davis, Idris Elba, John Cena, Joel Kinnaman, Michael Rooker / Sinopse: O Esquedrão Sucida é enviado para um país da América do Sul que sofreu um golpe militar. Na republiqueta bananeira eles tentam resgatar planos de encobrimento do envolvimento do governo americano em um experimento que mantém prisioneiro um aliens gigantesco.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
Eu Sou a Lenda
Título no Brasil: Eu Sou a Lenda
Título Original: I Am Legend
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: Mark Protosevich, Akiva Goldsman
Elenco: Will Smith, Alice Braga, Charlie Tahan, Salli Richardson-Whitfield, Willow Smith, Darrell Foster
Sinopse:
Anos depois de um grande apocalipse que praticamente varreu a humanidade da face da Terra, um último sobrevivente tenta se adaptar e achar a cura em uma Nova Iorque desolada. O que ele não sabe é que não está sozinho no meio daquela grande cidade em ruínas. Roteiro baseado no livro "I Am Legend" de Richard Matheson.
Comentários:
Mais uma ficção estrelada por Will Smith. Durante certo tempo ele foi o rei do verão americano, conseguindo vencer a batalha pela maior bilheteria por anos seguidos mas como tudo que sobe, desce, ele também entrou em declínio após um certo tempo. "Eu Sou Uma Lenda" tem uma boa premissa, ótimas cenas de impacto (as ruas vazias chamam a atenção), mas de maneira em geral se mostra abaixo das expectativas principalmente quando resolve esconder as falhas de roteiro com muitos efeitos digitais de última geração que curiosamente não tiveram o tratamento adequado, pois houve problemas durante a produção do filme. De qualquer maneira ainda há pontos positivos. O terço inicial do filme é bastante interessante, a ideia do isolamento, o suspense que se cria com toda aquela situação. Achei bastante satisfatório. O filme só perde mesmo nos dois terços finais onde o diretor esquece a sutileza e se entrega aos efeitos especiais gratuitos e desnecessários. E olha que muitos deles nem foram finalizados a tempo para o lançamento do filme! O clímax então deixa muito a desejar. No apagar das luzes é apenas um filme mediano.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 12 de agosto de 2021
O Golpe
Você esperaria mesmo ver Morgan Freeman e Gary Sinise em um filme como "O Golpe"? Certamente não! Eles são de outro estilo, de outro escalão. Comédias espertinhas não são nada comuns em sua filmografia. De qualquer forma esses atores dramáticos parecem se divertir muito, em especial Morgan Freeman. Ele parece estar naquela fase em que se olha para o passado, vê os filmes que fez, como se tudo já tivesse sido feito de bom e agora prefere mais se divertir do que se levar muito à sério. Por isso a cena dele tomando um drink caribenho na praia não poderia resumir melhor sua presença por aqui. E para completar o clima de festa na praia o filme ainda tem "A Little Less Conversation" de Elvis Presley, versão remix, na trilha sonora. Pronto, com isso o cardápio ficou completo.
O Golpe (The Big Bounce, Estados Unidos, 2004) Direção: George Armitage / Roteiro: Sebastian Gutierrez, baseado no livro de Elmore Leonard / Elenco: Owen Wilson, Morgan Freeman, Gary Sinise, Sara Foster / Sinopse: Um pequeno vigarista e a amante empreendedora e perversa de um incorporador imobiliário havaiano se unem para ganhar uma pequena fortuna com um golpe.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 11 de agosto de 2021
Lancelot, o Primeiro Cavaleiro
Título Original: First Knight
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jerry Zucker
Roteiro: Lorne Cameron, David Hoselton
Elenco: Sean Connery, Richard Gere, Julia Ormond, Ben Cross, Liam Cunningham, Christopher Villiers
Sinopse:
Na Inglaterra medieval, durante a subida ao trono do lendário Rei Arthur (Sean Connery), o cavaleiro Lancelot (Richard Gere), um dos membros da famosa Távola Redonda, acaba se apaixonando pela bela Guinevere (Julia Ormond). O problema é que ela é esposa do Rei.
Comentários:
Mais uma adaptação das antigas lendas Arturianas. Na verdade até mesmo nos dias de hoje é ardente o debate sobre se esse monarca realmente existiu ou se é apenas fruto de lendas e cantigas medievais, uma espécie de símbolo do que seria um Rei perfeito e íntegro - coisa rara naqueles tempos. De qualquer forma as lendas da Távola Redonda chegaram até nós e sua mitologia só tem crescido com o tempo. Esse "Lancelot" de 1995, infelizmente, deixa muito a desejar. É complicado aceitar que um filme que traga Sean Connery como o Rei Arthur seja realmente ruim mas é um fato. Pouca coisa realmente funciona. A reconstituição histórica de um Arthur medieval, cheio de pompa e luxo não convence muito. Para piorar Richard Gere não parece se importar nem um pouco em estar interpretando um cavaleiro medieval, cheio de códigos de honra. Com cabelos esvoaçantes ao vento ele mais parece um playboy saindo de uma discoteca dos anos 70. Só falta mesmo mascar chicletes. Julia Ormond até que era bem bonita mas do ponto de vista dramático inexpressiva. Curiosamente o diretor Jerry Zucker, das comédias malucas ao estilo "Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu", está no comando. Será que ele não quis mesmo tirar uma onda da nossa cara? É possível...
Pablo Aluísio.
terça-feira, 10 de agosto de 2021
A Duquesa
Título no Brasil: A Duquesa
Título Original: The Duchess
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Saul Dibb
Roteiro: Saul Dibb, Anders Thomas Jensen
Elenco: Keira Knightley, Ralph Fiennes, Charlotte Rampling, Dominic Cooper, Hayley Atwell, Simon McBurney
Sinopse:
Baseado em fatos reais, o filme narra a história de Georgiana Spencer, nobre inglesa que se destacou por romper com os modelos femininos que se esperavam de uma mulher da nobreza como ela. Casada com o Duque de Devonshire, que estava interessado apenas em um herdeiro, a jovem duquesa resolveu romper os laços mais tradicionais da sociedade britânica da era vitoriana. Roteiro baseado no livro escrito por Amanda Foreman.
Comentários:
Filme muito bom, com excelente reconstituição de época e história mais do que interessante dessa nobre inglesa que estava além de seu tempo. Criada para ser uma dondoca palaciana, para dar um herdeiro ao seu riquíssimo marido e nada mais, ela resolveu ir além. Mulher inteligente se engajou em lutas feministas da época e se aliou ao Partido Liberal, o que era algo completamente escandaloso para uma mulher de sua posição social. Também não se furtou de abraçar suas paixões, se envolvendo inclusive em vários romances extraconjugais já que seu marido, um tanto afetado, não parecia lhe dispensar maior atenção. Outro fato curioso digno de nota é que a verdadeira Georgiana Spencer foi uma das mulheres da família Spencer, linhagem essa que décadas depois daria origem a parte da sucessão ao trono da Inglaterra dos dias atuais, pois uma de suas descendentes foi nada mais, nada menos do que Diana Spencer, a Lady Di, a muito querida pelos ingleses, Princesa Diana. Assim os futuros reis da Inglaterra serão descendentes da revolucionária Georgiana, quem diria! No mais vale registrar elogios para todo o elenco principal. Keira Knightley, Ralph Fiennes e Charlotte Rampling estão perfeitos em cena, recriando todo o clima de sofisticação e refinamento que imperava na casas nobres daquela época. Um belo retrato de um tempo em que a mulher tinha que abrir seus próprios caminhos com muita luta, garra e vontade. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor figurino (Michael O'Connor).
Pablo Aluísio.
Viagem a Darjeeling
Eu não sou muito fã do diretor Wes Anderson. Aqui entretanto ele fez um bom filme. É engraçado e divertido, mas numa levada mais intelectual. Não há piadas para rolar pelo chão e nada parecido. Tudo se baseia numa certa ironia do absurdo de ver três americanos viajando pela Índia, se envolvendo em coisas absurdas, como comprar uma serpente venenosa do deserto, por exemplo. E parte do roteiro se apoia nisso mesmo, no choque cultural de pessoas ocidentais no meio de uma cultura tão diferente como a indiana. Filme bom, não me aborreceu, pelo contrário, até que gostei do resultado.
Viagem a Darjeeling (The Darjeeling Limited, Estados Unidos, 2007) Direção: Wes Anderson / Roteiro: Wes Anderson, Roman Coppola, Jason Schwartzman / Elenco: Owen Wilson, Adrien Brody, Jason Schwartzman, Anjelica Huston, Bill Murray / Sinopse: A viagem fora do comum e exótica de três irmãos americanos pelo interior da Índia em busca da mãe e da elevação espiritual. Filme premiado no Venice Film Festival.
Pablo Aluísio.