sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O Resgate do Soldado Ryan

Título no Brasil: O Resgate do Soldado Ryan
Título Original: Saving Private Ryan
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks, Paramount Pictures
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Robert Rodat
Elenco: Tom Hanks, Matt Damon, Tom Sizemore, Vin Diesel, Edward Burns, Ted Danson

Sinopse:
Durante a II Guerra Mundial, o capitão Miller (Tom Hanks) recebe ordens para formar um pequeno grupo de soldados para encontrar o soldado Ryan no front de batalha. Ele seria o único sobrevivente de sua família, após seus irmãos terem sido mortos em confronto com os inimigos. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Steven Spielberg), melhor ator (Tom Hanks), melhor direção de fotografia (Janusz Kaminski), melhores efeitos especiais, som e edição.

Comentários:
Esse filme já é considerado um clássico moderno. Dentro da filmografia de Steven Spielberg é certamente um dos cinco melhores momentos da carreira do diretor e dentro do imenso campo de filmes feitos sobre a II Guerra Mundial também se destaca completamente. Eu colocaria facilmente essa produção na seleta lista dos cinco melhores filmes já feitos sobre aquele grande conflito mundial. A cena em que os aliados desembarcam nas praias da Normandia, durante o Dia D, é simplesmente perfeita e irretocável. Ali o cinema de Spielberg atingiu patameres de quailidade cinematográfica e perfeição que nunca mais foi superado, por produção nenhuma após o lançamento desse filme. Eu tive o prazer de assistir a esse espetáculo no cinema e posso dizer que é uma das sequências mais brilhantes da história do cinema americano. Além da qualidade absurda da reconstituição de época, o filme também se destacava por seu bom roteiro, que também priorizava o lado humano dos combatentes e da população civil que era atingida em cheio no meio dessa guerra sem limites. Enfim, falar mais seria desnecessário. Esse é um dos grandes filmes da II guarra já realizados. Nota 10 com louvor!

Pablo Aluísio.

Fronteira da Violência

Título no Brasil: Fronteira da Violência
Título Original: The Border
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Efer Productions,
Direção: Tony Richardson
Roteiro: Deric Washburn, Walon Green
Elenco: Jack Nicholson, Harvey Keitel, Valerie Perrine, Warren Oates, Elpidia Carrillo, Shannon Wilcox

Sinopse:
Filme com roteiro baseado em fatos reais. Charlie Smith (Jack Nicholson) é um agente de fronteira corrupto que acaba se vendo  frente a frente com uma situação terrível. Com crise de consciência ele decide rever seus atos do passado para se redimir quando descobre que o bebê de uma mulher imigrante pobre é colocado à venda no mercado negro, provavelmente para um grupo criminoso de tráfico de órgãos humanos.

Comentários:
Velhos problemas, novos problemas. É incrível como os Estados Unidos não conseguem resolver o problema da imigração ilegal em massa para suas fronteiras. Esse filme é de 1982 e de lá para cá podemos perceber que pouca coisa mudou na realidade. Massas de imigrantes ilegais de países latinos continuam a cruzar a fronteira sem muito controle. E as coisas pioram quando os agentes que deveriam deter esse tipo de coisa começam a aceitar subornos e dinheiro para deixar os imigrantes pularem as cercas da fronteira americana rumo à alguma cidade dos Estados Unidos. Sem controle, sem lei e sem vergonha na cara. Esse é o tipo de tira corrupto que Jack Nicholson interpreta nesse filme, que curiosamente segue pouco conhecido. Apesar de ser um bom filme com Jack, essa produção passou em brancas nuvens no Brasil nos anos 1980. Foi exibido timidamente nos cinemas, não fez qualquer sucesso de bilheteria e sumiu do mapa. Hoje é um filme complicado de achar para assistir. Não lembro sequer de ter visto essa produção sendo lançada no mercado de vídeo VHS no Brasil durante o auge das locadoras. Uma pena, porque seguramente é um bom momento da carreira do bom e velho Jack Nicholson.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Madame Bovary

Título no Brasil: Madame Bovary
Título Original: Madame Bovary
Ano de Produção: 1991
País: França
Estúdio: MK2 Productions
Direção: Claude Chabrol
Roteiro: Claude Chabrol
Elenco: Isabelle Huppert, Jean-François Balmer, Christophe Malavoy, Lucas Belvaux, Jean Yanne, Isabelle Huppert

Sinopse:
Roteiro inspirado no famoso lviro escrito por Gustave Flaubert. Na França do século XIX, a filha romântica de um fazendeiro do campo se casa com um médico. Ela não o ama. Para escapar do tédio, ela se envolve em casos de amor com um gentil proprietário de terras local e um estudante de direito, e contrai dívidas ruinosas.

Comentários:
Clássicos da literatura sempre geram versões de bons filmes no cinema. Essa versão dos anos 90 de "Madame Bovary" sempre foi uma das mais elogiadas. Claro, a beleza de Isabelle Huppert conta muitos pontos a favor, mas o filme é muito mais do que apenas um rosto feminino bonito. Aqui tudo é classe A. A produção é requintada, a direção de arte ficou primorosa e a reconstituição de época surge na tela de forma impecável. O filme, por seus méritos, acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (com indicação para Corinne Jorry). No Globo de Ouro recebeu outra indicação importante, na categoria de melhor filme estrangeiro (entenda-se, de língua não inglesa). Então é isso. Uma bela versão de um clássico da literarura. Se você aprecia o livro, o romance original, não deixe de conferir essa bela adaptação para a sétima arte. A beleza do texto e a força da história ainda hoje soam relevantes e significativas, sem dúvida.

Pablo Aluísio.

Lady Jane

Título no Brasil: Lady Jane - Uma História Verdadeira
Título Original: Lady Jane
Ano de Produção: 1986
País: Inglaterra
Estúdio: Capital Equipment Leasing
Direção: Trevor Nunn
Roteiro: Chris Bryant, David Edgar
Elenco: Helena Bonham Carter, Cary Elwes, John Wood. Michael Hordern, Jill Bennett, Jane Lapotaire

Sinopse:
Após a morte do rei Henrique VIII, o caos se instala na Inglaterra. Há uma crise na sucessão do trono, onde não sabe com certeza quem iria assumir a coroa, entre as pretendentes à rainha e as ex-esposas ainda vivas do monarca.

Comentários:
Henrique VIII tinha mania de mandar matar suas esposas e elas foram muitas. Depois que ele morreu sem deixar um filho homem para herdar o trono criou-se um impasse dentro da monarquia em relação à sua sucessão no poder absolutismo máximo de seu país. Lady Jane Grey acabou sendo conhecida como "a rainha dos nove dias" já que ficou poucos dias como rainha da Inglaterra. Ela tinha diversos laços de parentesco com a dinastia Tudor, era considerada uma mulher inteligente e culta, mas que no final acabou sucumbindo à ferocidade da ganÃncia de seus parentes que também cobiçavam a coroa do reino. Esse é um bom filme que resgata sua história, um dos primeiros a dar o devido destaque para o talento de uma jovem atriz chamada Helena Bonham Carter.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Rogue (2020)

Impossível negar que Megan Fox é uma das mulheres mais bonitas de Hollywood nos dias atuais. Também é inegável que se formos analisar apenas seus talentos dramáticos, prestando a devida atenção exclusivamente em seu trabalho como atriz, a coisa toda deixa a desejar. Megan é linda, mas não é boa atriz. Eis a verdade. Isso fica ainda mais claro nesse seu novo filme chamado "Rogue" onde ela interpreta uma mercenária que vai até um distante país da África para libertar a filha de um governador da região que foi raptada por inimigos políticos. A Megan é justamente a comandante do grupo militar que vai cumprir essa missão. Dá para se convencer que ela é uma mercenária durona? Não, não dá!

E além de enfrentar um grupo inimigo igualmente armado, o pequeno pelotão de mercenários de Megan precisa superar ainda os animais selvagens daquela região, em especial leões famintos. Nesse ponto devo dizer que a leoa que ataca o grupo nas cenas finais do filme não ficou bem feita. Toda criada na base de efeitos digitais, ela vai convencer pouca gente. Ficou mal feito mesmo. O curioso é que os primeiros leões que surgem na tela até que são bem produzidos, depois, conforme o filme avança, os efeitos digitais vão piorando. Algo bem estranho. Será que faltou dinheiro para finalizar o filme adequadamente? A produção foi afetada pela pandemia? Ficam as perguntas no ar...

Para não ficar apenas em comentários negativos vou realçar alguns pontos positivos do filme também. Há pelo menos duas boas cenas de ação. A primeira quando os leões escapam das celas e atacam os criadores naquela fazenda no meio do nada. A segunda, justamente a do resgate da garota pelos mercenários. Boa cena quando eles pulam daquele despenhadeiro. E no final de tudo os produtores ainda acharam espaço para uma pequena mensagem de cunho ecológico. Valeu pelas boas intenções.

Rogue (Rogue, África do Sul, Inglaterra, 2020) Direção:  M.J. Bassett / Roteiro: M.J. Bassett, Isabel Bassett / Elenco: Megan Fox, Philip Winchester, Greg Kriek, Brandon Auret, Jessica Sutton, Isabel Bassett / Sinopse: A bela Megan Fox interpreta a comandante de um grupo de mercenários que tem como missão libertar a jovem filha de um governador da região que é feita refém por grupos paramilitares da África.

Pablo Aluísio. 

As Tartarugas Ninja II

Título no Brasil: As Tartarugas Ninja II
Título Original: Teenage Mutant Ninja Turtles II
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Michael Pressman
Roteiro: Peter Laird
Elenco: Paige Turco, David Warner, Michelan Sisti, Leif Tilden, Mark Caso, Kevin Clash

Sinopse:

As Tartarugas e o Vingador lutam mais uma vez, desta vez pela última vasilha do lodo que criou as Tartarugas, com a qual o vilão quer criar todo um exército de novos mutantes, só que do mal. Filme premiado no Kids' Choice Awards.

Comentários:
Segundo filme das tartarugas adolescentes mutantes. Bem pior do que o primeiro. No Brasil recebeu o pomposo subtítulo de "O Segredo do Ooze". E aqui temos um caso curioso. Tal como aconteceu nos quadrinhos, esses personagens nasceram mais dentro da subcultura do mundo underground e depois que fizeram sucesso trataram logo de adaptar tudo para o cenário mainstrem. Só que obviamente nessa metamorfose se perdeu muito da essência do material original que era bem mais punk, sujo e cheio de situações politicamente incorretas. Depois que as crianças começaram a consumir os personagens e eles se tornaram brinquedos e desenhos animados esse lado marginal ficou para trás, preferindo tornar tudo inofensivo. Esse segundo filme vai mais na linha "para toda a família". Não é grande coisa, mas pelo menos até que vale uma sessão com muita pipoca e pizza.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A Hora do Pesadelo 6

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo 6 - O Pesadelo Final
Título Original: Freddy's Dead - The Final Nightmare
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Rachel Talalay
Roteiro: Rachel Talalay
Elenco: Robert Englund, Lisa Zane, Shon Greenblatt, Lezlie Deane, Ricky Dean Logan, Breckin Meyer

Sinopse:
O psicótico Freddy Krueger retorna mais uma vez para rondar os pesadelos do último adolescente sobrevivente de Springwood e de uma mulher cuja conexão pessoal com Krueger pode significar sua perdição.

Comentários:
Também conhecido como "A Morte de Freddy", esse sexto filme fez a mesma coisa que aconteceu com o Superman nos quadrinhos. Fácil de entender essa comparação. Nos quadrinhos as edições do Superman vendiam cada vez menos a cada ano. Então os editores tiveram a ideia de explorar "A morte do Superman". E assim o personagem voltou a vender bem nas bancas. Com Freddy Krueger aconteceu a mesma coisa. Seus filmes iam apresentando bilheterias cada vez piores com o tempo. Então os produtores decidiram matar o personagem para ver se dava certo, para que o público dos filmes de terror voltassem a ter interesse por ele. Não deu muito certo. O filme não apresentou boa bilheteria e a decisão de transformar os últimos 15 minutos do filme em 3D não foi uma boa ideia. Numa época em que o 3D ainda era muito primitivo, com aqueles óculos de papel, com lentes de plástico azul e vermelha, ninguém conseguia ver nada no cinema. Um desastre. Assim esse sexto filme realmente afundou a franquia. Numa ironia poética, realmente causou a morte de Freddy por vários anos no cinema. Nenhum produtor queria mais financiar novos filmes dessa franquia.

Pablo Aluísio.

O Massacre da Serra Elétrica

Título no Brasil: O Massacre da Serra Elétrica
Título Original: The Texas Chainsaw Massacre
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Marcus Nispel
Roteiro: Kim Henkel, Tobe Hooper
Elenco: Jessica Biel, Jonathan Tucker, Andrew Bryniarski, Mike Vogel, Eric Balfour, R. Lee Ermey

Sinopse:
Depois de pegar carona com um desconhecido, uma jovem traumatizada e outros cinco amigos, são perseguidos e caçados por um psicopata violento e deformado, que usa uma serra elétrica para atacar suas vítimas. Pior do que isso, ele não está sozinho. Na realidade o assassino faz parte de uma família de parentes igualmente psicopatas. Filme indicado ao Fangoria Chainsaw Awards.

Comentários:
O primeiro filme já é considerado um cult movie do estilo gore. Feito com poucos recursos, acabou marcando época por causa da violência de suas cenas, em uma época em que isso não era comum no cinema. Depois de algumas continuações bem fracas, se decidiu voltar para a história original. E assim foi produzido esse remake em 2003. Esse tipo de filme de terror tem de ser bem mais cru, violento, sujo mesmo. O primeiro filme era de uma brutalidade fenomenal. E também era uma produção classe Z, cheirando a filme feito no quintal, o que trazia ainda mais veracidade para as atrocidades que surgiam na tela. Esse remake é, digamos, muito polido, muito bem produzido, limpinho, enfim. Não é o tipo de produção que agradaria aos fãs desse estilo de horror insano. Por isso devo dizer que os produtores erraram a mão nesse aspecto, fazendo uma nova versão muito clean. Por outro lado, se o espectador não é aquele tipo de fã de nicho mais radical, que adora o lema "quanto pior, melhor", quem sabe pode até gostar. É uma questão de ponto de vista mesmo, baseado no gosto pessoal de cada um. De minha parte achei um filme até interessante, até porque o original hoje em dia já não é tão fácil de encontrar. Para quem deseja conhecer a história do assassino Leatherface pode até ser uma boa opção. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Westworld - Terceira Temporada

Westworld - Terceira Temporada
Gostei das duas temporadas anteriores. A primeira é muito superior à segunda, que já demonstrava sinais de desgaste. Agora os produtores resolveram inovar mais. Os "anfitriões" estão fora do parque. Com isso ampliaram-se e muito as possibilidades dos roteiros dos episódios. E muita coisa mudou mesmo, a começar do design de produção (direção de arte) e também do elenco, com a entrada de novos atores, como Aaron Paul (da série "Breaking Bad"). No total para essa terceira temporada, foram produzidos 8 episódios. O primeiro foi exibido no dia 20 de março pelo canal HBO nos Estados Unidos. Segue abaixo resenhas dos episódios. Irei escrevendo conforme for assistindo aos mesmos.

Westworld 3.01 - Parce Domine
Nova temporada, novas mudanças. O massacre dentro do parque fechou a temporada anterior e agora todos os anfitriões estão à solta, no mundo. E o mundo que se apresenta nesse episódio é bem futurista, com prédios de alta tecnologia e carros voadores (lembrando até mesmo clássicos do cinema como "Blade Runner"). Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) quer chegar ao centro de tudo, ao coração do sistema que controlou por anos não apenas o parque de Westworld, mas também de outros setores da sociedade. Caleb Nichols (Aaron Paul) é um novo personagem. Um homem que tenta ser honesto, mas que não consegue arranjar emprego. Pelo visto o desemprego, tal como nos dias de hoje, também será uma chaga social em um futuro de alta tecnologia. Para sobreviver ele então passa a participar de pequenos crimes ao lado de uma quadrilha. Já o personagem Bernard Lowe (Jeffrey Wright), tão importante nas duas primeiras temporadas, também retorna. Ele tenta viver uma existência anônima em um açougue, mas acaba sendo descoberto. Enfim, todos os elementos parecem estar no lugar certo. No final desse primeiro episódio temos um encontro acidental entre Dolores e Caleb. Acredito que eles serão o casal central dessa nova temporada. Vamos aguardar. / Westworld 3.01 - Parce Domine (Estados Unidos, 2020) Direção: Jonathan Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Jeffrey Wright. Thandie Newton.

Westworld 3.02 - The Winter Line 
Esse segundo episódio é bem importante para quem acompanha a série porque traça basicamente o que veremos nessa terceira temporada. É a linha mestre de todos os roteiros que virão. Maeve Millay (Thandie Newton) participa de uma nova narrativa, no WarWorld, onde o cenário de um antigo filme de guerra é encenado pelos anfitriões. Tudo falso, nada acontecendo na realidade. E ela toma consciência disso. Levada ao laboratório ela descobre que tudo ao redor não passa de simulação. E isso a leva finalmente para a presença de um novo personagem, Engerraund Serac (interpretado pelo ótimo ator Vincent Cassel). Ele quer apenas uma coisa dela, que procure e elimine Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). Claro que isso não vai ser fácil de conseguir. Na outra linha narrativa Bernard Lowe (Jeffrey Wright) se convence que Dolores planeja destruir a humanidade ou pelo menos causar o maior caos possível no mundo real. Por isso ele também decide partir em busca dela. Acompanhado de um anfitrião programado para defendê-lo de todas as maneiras possíveis. Assim ele então parte para sua jornada. / Westworld 3.02 - The Winter Line (Estados Unidos, 2020) Direção: Richard J. Lewis / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Vincent Cassel, Rodrigo Santoro.

Westworld 3.03 - The Absence of Field
Esse episódio tem uma revelação importante: Charlotte Hale não é Charlotte Hale! Melhor explicando. A verdadeira Charlotte Hale (Tessa Thompson) morreu no massacre de Westworld. Essa que surge aqui na terceira temporada nada mais é do que uma "anfitriã" controlada por Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). E por falar em Dolores... Ela é resgatada por uma ambulância, mas não consegue chegar ao hospital. O veículo é interceptado. Ela consegue escapar, matando dois homens. De quebra ainda salva a vida de Caleb Nichols (Aaron Paul). Depois, em um momento mais calmo, explica a ele que todas as pessoas no mundo estão com o destino traçado pela companhia. Não apenas os anfitriões, mas as pessoas normais também. Tudo faz parte de um mega banco de dados. O Logaritmo digital reina absoluto! / Westworld 3.03 - The Absence of Field (Estados Unidos, 2020) Direção: Amanda Marsalis / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Tessa Thompson, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.04 - The Mother of Exiles
Em minha opinião a série vai mostrando sinais de desgaste nessa terceira temporada. Já não há muitas novidades nos roteiros. Geralmente o que vemos nos episódios é uma repetição do velho esquema do jogo de gato e rato, onde todos querem pegar Dolores e ela consegue escapar de seus perseguidores, usando inclusive de falsas identidades ou múltiplas manifestações de sua mente em anfitriões dos mais diversos. Sinceramente falando, estou achando bem cansativo. Esse episódio tem duas boas cenas de ação de lutas marciais, com as personagens femininas empoderadas dando cabo de machos tóxicos. Porém a melhor coisa é o retorno do ator Ed Harris. Pena que pelo que acontece ao seu personagem, não vejo muito futuro para ele nessa temporada. Esse é um dos melhores atores da série e poderia ser mais bem explorado, como foi nas duas temporadas anteriores. Ver seu personagem sendo internado em uma instituição para loucos não é algo muito animador para essa temporada de Westworld, vamos ser bem sinceros. / Westworld 3.04 - The Mother of Exiles (Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Cameron / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Ed Harris, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.05 - Genre  
Esse episódio tem uma referência ao Brasil. O personagem de Vincent Cassel aparece logo na primeira cena com o presidente, dizendo a ele que ou faz o que a companhia quer ou então ele deixará o poder. Pois é, o Brasil sendo retratado mais uma vez como uma republica de bananas. No mais o episódio explora o controle. Quem tem o controle nesse mundo de Westworld? O passado é revelado ao espectador, mostrando como foi construída uma grande esfera de inteligência artificial, que se propôs a controlar tudo, evitando o caos completo dentro da sociedade. Interessante e revelador, apresenta também algumas boas cenas de ação. / Westworld 3.05 - Genre (Estados Unidos, 2020) Direção: Anna Foerster / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.06 - Decoherence  
Ed Harris está definitivamente de volta à série. E isso é uma ótima notícia para quem gosta de "Westworld". Inicialmente seu personagem surge em uma espécie de hospital para doentes mentais. Lá ele precisa enfrentar uma série de "Eus", cópias de si mesmo, representando diversas fases de sua vida. E ele, para superar tudo, enfia a porrada em cada um deles. Ficou uma cena bacana. Outra que está de volta é Maeve Millay. Seu objetivo é localizar e destruir Dolores Abernathy. Não vai ser fácil. Na pele de Hale ela praticamente destrói toda a empresa, rouba seu dinheiro, seus dados e foge! A cena de sua fuga é muito boa, com direito a um robô gigante detonando todos os seus perseguidores. Enfim, parece que a série vai melhorando. Assim espero. / Westworld 3.06 - Decoherence (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Ed Harrs, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.07 - Passed Pawn
Esse episódio é importante para conhecer as origens do personagem Caleb (Aaron Paul). De onde veio? Que ligação ele tem com os anfitriões e como o universo de Westworld? O interessante é que pelo roteiro que vemos aqui, ele poderá inclusive se tornar a principal peça nesse xadrez, ou melhor explicando, o principal elemento para destruir tudo. Será que essa ideia vai vingar? Tem que esperar pelos próximos episódios. Outro ponto marcante desse episódio vem com a briga final entre Maeve Millay e Dolores Abernathy. Maeve surge com sua espada samurai (lembra dos episódios que se passavam no Japão medieval? Pois é). É uma boa luta entre elas. Por fim, outro ponto cruacial surge quando o personagem de Ed Harris sai para, segundo suas próprias palavras, matar cada anfitrião da face da Terra que encontrar pela frente! / Westworld 3.07 - Passed Pawn (Estados Unidos, 2020) Direção: Helen Shaver / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.08 - Crisis Theory  
Essa temporada começou mais ou menos, foi piorando com o tempo e terminou de maneira completamente chata. É o que eu sempre digo, algumas séries funcionam apenas por algumas temporadas. Quando tentam acrescentar coisas demais, para alongar uma história que já deu o que tinha que dar, as coisas pioram muito. Eu não gostei dessa terceira temporada, esse é o meu veredito final. Foi tudo tão aborrecido que se houver uma quarta temporada - reforço o "se houver" - eu não vou ter muito interesse em assistir. Afinal se formos espremer o que foi visto nessa temporada vamos perceber que há muito pouco em termos de conteúdo ou enredo. Tudo muito chato, derivativo, cansativo. E esse episódio final com duração de longa-metragem para cinema é ainda mais arrastado e entediante. Sinceramente falando, "Westworld" caiu demais nessa temporada 3. Eu vou parar por aqui, não tenho mais interesse. Para mim ja basta. Chega, chega... / Westworld 3.08 - Crisis Theory (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.
 
Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

A Maldição da Residência Hill

Outra série de terror que merece destaque é essa produção da Netflix com título original de "The Haunting of Hill House". Essa série foi lançada em outubro de 2018 e contou com 10 episódios em sua primeira temporada. É uma maneira de resgatar o clima dos antigos filmes de terror, em especial dos que eram produzidos na Inglaterra. O roteiro explora a vida de uma família que no passado morou em uma velha mansão mal assombrada. O tempo passa e cada um deles leva uma marca psicológica de tudo o que vivenciou naquele lugar sinistro. Criada pelo produtor e roteirista Mike Flanagan, responsável por outros bons momentos do terror no cinema como "Doutor Sono" e "Ouija: Origem do Mal", é um daquelas boas opções da Netflix para quem deseja tomar alguns sustos na madrugada. Segue abaixo comentários sobre os episódios.

The Haunting of Hill House 1.01 - Steven Sees a Ghost 
A família Crain decide mudar de ares. Sair da agitação das grandes cidades para ir morar no campo, em um lugar mais tranquilo. Uma antiga mansão está sendo vendida por um preço muito interessante e eles nem pensam duas vezes, compram o lugar. Só que obviamente por ser uma casa velha ela precisa de muitas reformas. Os piores problemas porém são de outra natureza. Desde as primeiras noites passadas naquele casarão (que mais parece um mausoléu), coisas estranhas começam a acontecer. Passos na velha madeira da casa, sombras escuras nas paredes, vultos sombrios, gritos e sussurros de crianças que não existem. O medo se torna tão grande que o pai simplesmente coloca os filhos no carro e vão embora correndo dali.

Em outra linha temporal, agora no presente, vários membros da família Crain precisam lidar com a herança psicológica de terem vivido naquele lugar sombrio. Steven, o mais velho, agora é um escritor de sucesso de livros de terror e suspense. Só que ele não acredita em nada do que escreve. Não acredita em fantasmas. Seu irmão mais jovem tem problemas com drogas e sua irmã luta contra um problema mental. Pior do que isso, em um surto ela decide voltar para a velha mansão de Hill House, o que colocará todo o ceticismo de Steven em dúvida. Bom episódio inicial, onde se apresenta os personagens e a linha básica da história. Os sustos estão garantidos. / The Haunting of Hill House 1.01 - Steven Sees a Ghost (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan, baseado no livro escrito por Shirley Jackson / Elenco: Henry Thomas, Timothy Hutton, Annabeth Gish, Michiel Huisman, Carla Gugino. 

The Haunting of Hill House 1.02 - Open Casket  
Esse episódio é bem focado em cima da personagem Shirley Crain (Elizabeth Reaser). Ela é a irmã mais velha. Tem um necrotério que administra ao lado do marido. Ela faz o serviço de tanatopraxista. E o que isso significa? São aqueles profissionais que melhoram a aparência dos mortos para o enterro. Nesse episódio ela tem o serviço mais difícil de sua vida, pois vai trabalhar no corpo da própria irmã que se matou. Não é uma coisa fácil de realizar. E nos flashbacks do passado vemos ela e a irmã, ainda crianças, morando na velha casa mal assombrada. Shirley acha uns gatinhos sem mãe no galpão por trás da velha casa e leva para seu quarto. E isso, claro, acaba abrindo portas para o sobrenatural. / (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Shirley Jackson, Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.03 - Touch
Esse episódio é todo focado na personagem Theodora Crain (Kate Siegel). Ela é psicológa infantil e recebe como cliente uma menininha que diz ver um monstro que ela chama de "Senhor Sorriso". Após visitar sua casa, Theodora que é sensitiva, descobre que na verdade o que acontece dentro do porão daquela residência é abuso sexual envolvendo o pai adotivo e a criança. Algo terrível, terrível. Ao mesmo tempos o espectador é transportado para o passado, onde encontramos Theodora na infância. Ela começa a sentir coisas, ver sombras do sobrenatural e descobre que todas as pessoas que toca lhe trazem recordações e vivências de quem tocou. E isso se torna um problema. Por isso o episódio se chama Touch (Toque, em português). Pois sua sensibilidade no sobrenatural se revela mais forte ao toque. Destaque nesse episódio para a cena em que seu pequeno irmão entra em um elevador de comida e vai parar no porão da velha casa, onde uma horrível criatura o aguarda! Bons sustos! / The Haunting of Hill House 1.03 - Touch (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Kate Siegel, Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.04 - The Twin Thing  
Mais um bom episódio dessa série que no Brasil recebeu o título de "A Maldição da Residência Hill". Esse episódio foca na figura do frágil e atormentado Luke. Na infância ele viu diversas aparições paranormais, inclusive um estranho homem vestido de negro, de chapéu escuro, que sempre surgia de costas para ele. O tempo passa, ele vira um adulto com dependência química que tenta superar o vício em drogas. Só que as coisas não são fáceis. Ele não tem emprego, nem dinheiro e nem casa, se tornando praticamente um morador de rua. Ele acaba indo atrás de seu irmão Steven, que vive de escrever livros de terror, mas o reencontro não é dos melhores. Esse informa a Luke que sua irmã se matou. Para Luke porém isso não é a verdade. E o que realmente aconteceu fica para os próximos episódios. / The Haunting of Hill House 1.04 - The Twin Thing (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.05 - The Bent-Neck Lady
Esse episódio é todo centrado em cima da personagem Nell Crain (Victoria Pedretti). Você deve lembrar lá nos primeiros episódios quando os irmãos descobrem que ela morreu enforcada quando voltou mais uma vez para a Hill House. Pois bem, essa história é toda explicada aqui, mostrando momentos de sua vida, seu relacionamento com um especialista de sono, a morte dele, os ataques noturnos de pãnico, os problemas psicológicos, até a terrível noite em que ela decide enfrentar todos os seus medos, visitando as ruínas da velha mansão. Eu achei um dos melhores episódios da série, bem assustador mesmo, principalmente quando se descobre a verdadeira identidade da visão que ela sempre teve, desde criança, da senhora do pescoço torto. Assista e tenha bons sustos (eles estão garantidos nesse episódio). Nota 10. / The Haunting of Hill House 1.05 - The Bent-Neck Lady (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Meredith Averill, Mike Flanagan / Elenco: Victoria Pedretti, Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.06 - Two Storms 
Essa série é excepcionalmente boa! Esse episódio é uma amostra bem disso. O terror mostrado aqui é psicológico, muito profundo e por isso mesmo muito aterrorizante. Tudo se passa no enterro de Nell Crain. Ela se matou na mansão Hill (assista ao excelente episódio anterior). Agora, no funeral, os familiares se reúnem e as coisas começam a sair dos trilhos. Muito ódio, muita raiva represada. Dedo na cara, tomada de satisfações, um clima realmente péssimo. Um ambiente tóxico. E no meio das discussões é mostrado, também em flashback, uma noite na mansão, quando os filhos eram crianças e há uma grande tempestade. Eu digo e repito, se você gosta de terror poucas séries são tão boas quanto essa "The Haunting of Hill House". Simplesmente excelente. Sem mais. / The Haunting of Hill House 1.06 - Two Storms (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.07 - Eulogy
Continua o funeral da irmã que se matou na mansão Hill. E tudo continua confuso e sobrenatural, inclusive com a aparição da falecida nos momentos menos esperados, como na hora que o caixão finalmente desce em sua cova. Ela surge do nada, tentando puxar o irmão para ficar junto dela no caixão, em seu lugar de repouso eterno. O mano, claro, fica mais do que apavorado! No flashback, mostrando o passado, vemos como a mansão Hill ficou assolada de mofo e fungos pelas paredes. Infiltração da chuva? Nada disso, nada mais, nada menos, do que um homem (antigo morador da casa) que foi "emparedado" vivo em uma das salas da velha mansão mal-assombrada. Seus restos mortais são finalmente encontrados, décadas depois. Triste e lamentável fim. / The Haunting of Hill House 1.07 - Eulogy (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Charise Castro Smith, Mike Flanagan / Elenco:  Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.09 - Screaming Meemies
Nesse episódio é contado a história da mãe dessa família tão problemática. O que aconteceu no passado? Somos então levados a um longo flashback. A família acaba de se mudar para Hill House. Tudo parece bom e normal até que mãe começa a ter problemas durante o sono. Ela tem pesadelos horríveis, conhece e interage com seres do mundo sobrenatural. Uma delas mora na casa, lhe dá conselhos para deixar seus filhos protegidos (os piores possíveis). E há também uma garotinha, amiga imaginária do filho mais novo. Todos sabemos que esses amigos imaginários em filmes de terror escondem outra coisa. Na maioria das vezes são almas atormentadas. Enfim, um episódio muito revelador, que ajuda a explicar a fuga da família, às pressas, daquela antiga casa - algo que vemos no primeiro episódio da série, aliás. / The Haunting of Hill House 1.09 - Screaming Meemies (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Meredith Averill / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas. 

The Haunting of Hill House 1.10 - Silence Lay Steadily
Como termina essa série "A Maldição da Residência Hill"? Esse é o último episódio. Quem pensa que a série é simples, está muito enganado. O roteiro complexo desse momento resume bem isso. É um baita de um roteiro bem escrito, baseado em um terror psicológico de extrema qualidade. Poucas vezes vi algo tão coerente nesse sentido. E assim somos apresentados na conclusão da história. A mãe que matou deliberadamente seus filhos para nunca mais se separar deles. A irmã que se matou em uma noite de alucinações. O pai que para salvar os demais filhos aceita viver espiritualmente para todo o sempre e a agonia do ser, do existir. Quando o filho escritor dele fecha às portas atrás de si também deixa uma multidão de seres espirituais perdidos dentro daquela mansão. Foi um final digno de todos os aplausos. Essa série definitivamente não é brincadeira de criança. É melancólico, pesado, amargurante. / The Haunting of Hill House 1.10 - Silence Lay Steadily (Estados Unidos, 2018) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan / Elenco: Michiel Huisman, Carla Gugino, Henry Thomas.

Pablo Aluísio.