Frances McCullen (Chloë Grace Moretz) trabalha como garçonete em Nova Iorque. Certo dia encontra uma bolsa perdida no metrô. Então resolve procurar por sua dona. Acaba levando a bolsa na casa dela. Greta Hideg (Isabelle Huppert) parece ser uma pessoa bem elegante. Fica muito agradecida a Frances por encontrar sua bolsa perdida. Então as duas começam uma amizade. Greta por ser bem mais velha que Frances cria um sentimento maternal em relação a jovem. Só que há algo errado em tudo o que está acontecendo. Greta logo passa a demonstrar um comportamento fora dos padrões, obsessivo e perigoso. E vira uma stalker na vida de Frances.
É um bom filme, embora o roteiro tenha seus clichês. Entretanto se tratando de um diretor como Neil Jordan eu esperava mais, muito mais. Em minha opinião o diretor perdeu a mão na construção do suspense desse thriller. A amizade entre as duas mulheres poderia ter sido melhor desenvolvido. Esse é um caso em que o roteiro se apressou demais. Situações de suspense devem ser desenvolvidas de forma gradual, aos poucos. Não pode passar logo para as situações de violência e crimes. Tem que ir devagar para funcionar. Então, apesar de não considerar esse um filme ruim devo dizer que lhe faltou mais calma. E o mais curioso é que Neil Jordan sempre apresentou todas essas nuances em seus filmes anteriores. Aqui surgiu com uma direção ansiosa e apressada demais.
Obsessão (Greta, Estados Unidos, 2018) Direção: Neil Jordan / Roteiro: Ray Wright / Elenco: Isabelle Huppert, Chloë Grace Moretz, Maika Monroe, Stephen Rea / Sinopse: Depois de entregar uma bolsa perdida para uma mulher mais velha e solitária, uma jovem garçonete de Nova Iorque passa a ser alvo de um jogo perigoso e insano.
Pablo Aluísio.
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quinta-feira, 5 de agosto de 2021
quinta-feira, 3 de setembro de 2020
Madame Bovary
Título no Brasil: Madame Bovary
Título Original: Madame Bovary
Ano de Produção: 1991
País: França
Estúdio: MK2 Productions
Direção: Claude Chabrol
Roteiro: Claude Chabrol
Elenco: Isabelle Huppert, Jean-François Balmer, Christophe Malavoy, Lucas Belvaux, Jean Yanne, Isabelle Huppert
Sinopse:
Roteiro inspirado no famoso lviro escrito por Gustave Flaubert. Na França do século XIX, a filha romântica de um fazendeiro do campo se casa com um médico. Ela não o ama. Para escapar do tédio, ela se envolve em casos de amor com um gentil proprietário de terras local e um estudante de direito, e contrai dívidas ruinosas.
Comentários:
Clássicos da literatura sempre geram versões de bons filmes no cinema. Essa versão dos anos 90 de "Madame Bovary" sempre foi uma das mais elogiadas. Claro, a beleza de Isabelle Huppert conta muitos pontos a favor, mas o filme é muito mais do que apenas um rosto feminino bonito. Aqui tudo é classe A. A produção é requintada, a direção de arte ficou primorosa e a reconstituição de época surge na tela de forma impecável. O filme, por seus méritos, acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (com indicação para Corinne Jorry). No Globo de Ouro recebeu outra indicação importante, na categoria de melhor filme estrangeiro (entenda-se, de língua não inglesa). Então é isso. Uma bela versão de um clássico da literarura. Se você aprecia o livro, o romance original, não deixe de conferir essa bela adaptação para a sétima arte. A beleza do texto e a força da história ainda hoje soam relevantes e significativas, sem dúvida.
Pablo Aluísio.
Título Original: Madame Bovary
Ano de Produção: 1991
País: França
Estúdio: MK2 Productions
Direção: Claude Chabrol
Roteiro: Claude Chabrol
Elenco: Isabelle Huppert, Jean-François Balmer, Christophe Malavoy, Lucas Belvaux, Jean Yanne, Isabelle Huppert
Sinopse:
Roteiro inspirado no famoso lviro escrito por Gustave Flaubert. Na França do século XIX, a filha romântica de um fazendeiro do campo se casa com um médico. Ela não o ama. Para escapar do tédio, ela se envolve em casos de amor com um gentil proprietário de terras local e um estudante de direito, e contrai dívidas ruinosas.
Comentários:
Clássicos da literatura sempre geram versões de bons filmes no cinema. Essa versão dos anos 90 de "Madame Bovary" sempre foi uma das mais elogiadas. Claro, a beleza de Isabelle Huppert conta muitos pontos a favor, mas o filme é muito mais do que apenas um rosto feminino bonito. Aqui tudo é classe A. A produção é requintada, a direção de arte ficou primorosa e a reconstituição de época surge na tela de forma impecável. O filme, por seus méritos, acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhor figurino (com indicação para Corinne Jorry). No Globo de Ouro recebeu outra indicação importante, na categoria de melhor filme estrangeiro (entenda-se, de língua não inglesa). Então é isso. Uma bela versão de um clássico da literarura. Se você aprecia o livro, o romance original, não deixe de conferir essa bela adaptação para a sétima arte. A beleza do texto e a força da história ainda hoje soam relevantes e significativas, sem dúvida.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de março de 2017
Elle
A atriz Isabelle Huppert concorreu ao Oscar pela sua atuação nesse filme "Elle". Não deixou de ter sido uma surpresa porque o roteiro desse filme é um tanto incomum. Isabelle Huppert interpreta uma mulher madura chamada Michèle Leblanc. Divorciada, morando sozinha, ele é a executiva de uma empresa que produz jogos de videogames. Ao abrir a porta de sua sala para seu gato entrar em casa ela acaba sendo surpreendida pela entrada de um criminoso, um estuprador. Depois de ser violentada ela tenta superar o trauma e descobre, tempos depois, que o estuprador na verdade é alguém bem próximo dela. Michèle Leblanc tem um passado a esconder. Ela é filha de um dos mais infames serial killers da história da França, um homem que está prestes a morrer na cadeia. Mesmo assim ela se recusa a vê-lo pela última vez. Pior acontece em relação ao seu relacionamento com sua mãe, que está pensando em se casar com um rapaz bem mais jovem, um explorador de mulheres mais velhas, um escroque. Como se vê a protagonista tem muitos problemas em sua vida pessoal, mas mesmo assim tenta seguir em frente, levando sua vida.
Devo antecipar que o roteiro de "Elle" tem algumas coisas que fogem completamente do padrão desse tipo de drama francês. A personagem Michèle Leblanc é mais do que uma mulher forte, ela na verdade é uma mulher racional, diria até fria ao extremo. Será que o argumento quis fazer algum tipo de ligação com o fato dela ser filha de um psicopata? É possível. Ao longo da trama Michèle acabará descobrindo a identidade do criminoso que a estuprou, mas ao invés de denunciá-lo para as autoridades policiais acaba desenvolvendo uma doentia relação com ele. Essa parte da estória (que foi baseada no romance escrito por Philippe Djian) certamente deixará muitas feministas de cabelo em pé! Isabelle Huppert tem uma atuação corajosa. Encarnar cenas fortes, de estupro e violência extrema, com cenas de nudez, exige uma postura de coragem de uma atriz como ela, já consagrada em sua carreira. Talvez essa postura tenha lhe valido a indicação ao Oscar (que diga-se de passagem foi bem merecida). Agora, curioso mesmo é reencontrar o diretor holandês Paul Verhoeven (de filmes como "Instinto Selvagem", "Robocop" e "O Vingador do Futuro"), que andava bem sumido, ressurgir com uma obra cinematográfica como essa! Fora dos padrões de sua carreira ele acabou surpreendendo de forma bem positiva.
Elle (Elle, França, Alemanha, Bélgica, 2016) Direção: Paul Verhoeven / Roteiro: David Birke / Elenco: Isabelle Huppert, Laurent Lafitte, Anne Consigny / Sinopse: Michèle Leblanc (Isabelle Huppert) é uma executiva de uma empresa de games que acaba sendo estuprada em sua própria casa. O crime acaba sendo o estopim de uma série de acontecimentos em sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz (Isabelle Huppert). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Drama (Isabelle Huppert). Filme indicado à Palma de Ouro do Cannes Film Festival.
Pablo Aluísio.
Devo antecipar que o roteiro de "Elle" tem algumas coisas que fogem completamente do padrão desse tipo de drama francês. A personagem Michèle Leblanc é mais do que uma mulher forte, ela na verdade é uma mulher racional, diria até fria ao extremo. Será que o argumento quis fazer algum tipo de ligação com o fato dela ser filha de um psicopata? É possível. Ao longo da trama Michèle acabará descobrindo a identidade do criminoso que a estuprou, mas ao invés de denunciá-lo para as autoridades policiais acaba desenvolvendo uma doentia relação com ele. Essa parte da estória (que foi baseada no romance escrito por Philippe Djian) certamente deixará muitas feministas de cabelo em pé! Isabelle Huppert tem uma atuação corajosa. Encarnar cenas fortes, de estupro e violência extrema, com cenas de nudez, exige uma postura de coragem de uma atriz como ela, já consagrada em sua carreira. Talvez essa postura tenha lhe valido a indicação ao Oscar (que diga-se de passagem foi bem merecida). Agora, curioso mesmo é reencontrar o diretor holandês Paul Verhoeven (de filmes como "Instinto Selvagem", "Robocop" e "O Vingador do Futuro"), que andava bem sumido, ressurgir com uma obra cinematográfica como essa! Fora dos padrões de sua carreira ele acabou surpreendendo de forma bem positiva.
Elle (Elle, França, Alemanha, Bélgica, 2016) Direção: Paul Verhoeven / Roteiro: David Birke / Elenco: Isabelle Huppert, Laurent Lafitte, Anne Consigny / Sinopse: Michèle Leblanc (Isabelle Huppert) é uma executiva de uma empresa de games que acaba sendo estuprada em sua própria casa. O crime acaba sendo o estopim de uma série de acontecimentos em sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz (Isabelle Huppert). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Drama (Isabelle Huppert). Filme indicado à Palma de Ouro do Cannes Film Festival.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Sem Perdão
Ainda sem titulo em português esse é o novo filme do ator Colin Farrell. Ele interpreta Victor, um sujeito de poucas palavras que trabalha para Alphonse (Terrence Howard), líder de um grupo de criminosos que vem sem ameaçado através de cartas anônimas e pistas deixadas que no fundo não levam a lugar nenhum. As coisas pioram quando um de seus capangas é encontrado morto dentro de um freezer com mais uma mensagem enigmática para ele. Apesar de ter vários inimigos, que foram surgindo ao longo de muitos anos de atividades criminosas ele sinceramente não tem a menor idéia de quem seja o autor das ameaças. Nervoso e paranóico com a situação acaba matando sem muitas provas um membro de uma gangue rival, sem autorização dos grandes chefes do crime. Enquanto seu chefe entra nesse beco sem saída Victor acaba encontrando o amor numa vizinha de prédio, a delicada Beatrice (Noomi Rapace), uma jovem que teve seu rosto desfigurado em um acidente de carro. Solitário, Victor acaba vendo nela uma possibilidade de redenção pessoal, afinal há muitos anos não se envolve com ninguém.
“Dead Man Down” é interessante porque sua trama vai se desvencilhando aos poucos na tela. Não caberia aqui lançar textos entregando as surpresas dos acontecimentos mas cabe o aviso de que o filme se desenvolve muito além da sinopse exposta acima. De fato nem o personagem do ator Colin Farrell é o que aparenta ser e nem a sua vizinha Beatrice é de fato a doce e sofrida garota que ele pensa que ela é. Também não se trata de um filme em que a ação seja o centro de tudo, há uma preocupação até louvável do roteiro em desenvolver bem todos os personagens em cena, muito embora o seu clímax mais pareça retirado de um action movie da década de 80, com muitos tiros e sangue espalhados para todos os lados. O diretor sueco Niels Arden Oplev é o mesmo do sucesso recente “Os Homens Que Não Amavam as Mulheres” mas esse filme é bem menos sofisticado do que aquele. No fundo “Dead Man Down” é apenas um bom entretenimento com seqüências interessantes e trama que prende a atenção. Se for isso que você estiver procurando então encontrará uma boa opção para seu fim de noite.
Sem Perdão (Dead Man Down, Estados Unidos, 2013) Direção: Niels Arden Oplev / Roteiro: J.H. Wyman / Elenco: Colin Farrell, Noomi Rapace, Terrence Howard, Dominic Cooper, Isabelle Huppert / Sinopse: Membro de uma quadrilha de criminosos se apaixona por sua vizinha de prédio ao mesmo tempo em que esconde terríveis eventos de seu passado.
Pablo Aluísio.
“Dead Man Down” é interessante porque sua trama vai se desvencilhando aos poucos na tela. Não caberia aqui lançar textos entregando as surpresas dos acontecimentos mas cabe o aviso de que o filme se desenvolve muito além da sinopse exposta acima. De fato nem o personagem do ator Colin Farrell é o que aparenta ser e nem a sua vizinha Beatrice é de fato a doce e sofrida garota que ele pensa que ela é. Também não se trata de um filme em que a ação seja o centro de tudo, há uma preocupação até louvável do roteiro em desenvolver bem todos os personagens em cena, muito embora o seu clímax mais pareça retirado de um action movie da década de 80, com muitos tiros e sangue espalhados para todos os lados. O diretor sueco Niels Arden Oplev é o mesmo do sucesso recente “Os Homens Que Não Amavam as Mulheres” mas esse filme é bem menos sofisticado do que aquele. No fundo “Dead Man Down” é apenas um bom entretenimento com seqüências interessantes e trama que prende a atenção. Se for isso que você estiver procurando então encontrará uma boa opção para seu fim de noite.
Sem Perdão (Dead Man Down, Estados Unidos, 2013) Direção: Niels Arden Oplev / Roteiro: J.H. Wyman / Elenco: Colin Farrell, Noomi Rapace, Terrence Howard, Dominic Cooper, Isabelle Huppert / Sinopse: Membro de uma quadrilha de criminosos se apaixona por sua vizinha de prédio ao mesmo tempo em que esconde terríveis eventos de seu passado.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de abril de 2013
Amor
Esse é um filme muito humano, muito digno, que retrata os últimos dias
de vida em comum do casal formado por Anne (Emmanuelle Riva) e Georges
(Jean-Louis Trintignant). São músicos talentosos, pianistas,
intelectuais, que vivenciam a velhice, as doenças e os problemas
inerentes à sua idade. O filme adota um tom melancólico, triste, em que a
câmera do diretor atesta a decadência física dos protagonistas que vão
aos poucos tomando consciência do fim mas que se recusam a perder a
dignidade, mesmo sob condições completamente adversas. A filha é também
uma música erudita, como os pais, mas mantém uma vida independente e
também distante deles. A família que sempre adotou uma postura racional e
até mesmo distante sente o peso da nova situação quando a mãe Anne
sofre um grave acidente que lhe coloca em risco sua vida. A partir daí
os laços emocionais e afetivos da família são colocados à prova.
O diretor Michael Haneke, com raro talento, conseguiu captar toda a sensibilidade que o tema exige e extraiu de seus atores atuações simplesmente perfeitas. De fato esse é um dos poucos filmes que assisti recentemente que conseguiram lidar com os desafios próprios da terceira idade de seus personagens com o devido respeito e sensibilidade. O roteiro foge da armadilha fácil de cair em um dramalhão pesado para propor uma reflexão mais profunda sobre os caminhos da vida e os lugares para onde um dia todos nós iremos. Por essa razão não é surpresa nenhuma a coleção de prêmios e indicações que o filme vem recebendo desde o seu lançamento. Além de ter vencido o Oscar de Mlehor filme estrangeiro também recebeu indicações nas categorias de Melhor Filme, Atriz (Emmanuelle Riva), Diretor e Roteiro Original. Também se tornou vencedor na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro, Bafta e César (O Oscar do cinema francês). Assim fica a dica mais do que preciosa: “Amor”, um filme delicado, especialmente indicado para pessoas sensíveis e emotivas.
Amor (Amour, França, 2012) Direção: Michael Haneke / Roteiro: Michael Haneke / Elenco: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert, Alexandre Tharaud / Sinopse: “Amor” narra os desafios, lutas e batalhas de um casal de idosos na terceira idade.
Pablo Aluísio.
O diretor Michael Haneke, com raro talento, conseguiu captar toda a sensibilidade que o tema exige e extraiu de seus atores atuações simplesmente perfeitas. De fato esse é um dos poucos filmes que assisti recentemente que conseguiram lidar com os desafios próprios da terceira idade de seus personagens com o devido respeito e sensibilidade. O roteiro foge da armadilha fácil de cair em um dramalhão pesado para propor uma reflexão mais profunda sobre os caminhos da vida e os lugares para onde um dia todos nós iremos. Por essa razão não é surpresa nenhuma a coleção de prêmios e indicações que o filme vem recebendo desde o seu lançamento. Além de ter vencido o Oscar de Mlehor filme estrangeiro também recebeu indicações nas categorias de Melhor Filme, Atriz (Emmanuelle Riva), Diretor e Roteiro Original. Também se tornou vencedor na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro, Bafta e César (O Oscar do cinema francês). Assim fica a dica mais do que preciosa: “Amor”, um filme delicado, especialmente indicado para pessoas sensíveis e emotivas.
Amor (Amour, França, 2012) Direção: Michael Haneke / Roteiro: Michael Haneke / Elenco: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert, Alexandre Tharaud / Sinopse: “Amor” narra os desafios, lutas e batalhas de um casal de idosos na terceira idade.
Pablo Aluísio.
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