segunda-feira, 8 de junho de 2020
Kojak - O Preço da Justiça
Título Original: Kojak - The Price of Justice
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Alan Metzger
Roteiro: Abby Mann, Selwyn Raab
Elenco: Telly Savalas, Kate Nelligan, Pat Hingle, Jack Thompson, Brian Murray, John Bedford Lloyd
Sinopse:
Após a morte de duas crianças, cujos corpos são encontrados à beira do Rio Hudson, o detetive e inspetor Theo Kojak (Telly Savalas) entra no caso para solucionar os crimes. Acaba descobrindo o envolvimento de pessoas poderosas e influentes dentro da sociedade de Nova Iorque.
Comentários:
Kojak protagonizou uma série policial de muito sucesso na década de 1970. Nos anos 80 os produtores resolveram trazer o personagem de volta, mas em um longa-metragem. Depois que o filme ficou pronto eles decidiram lançar na televisão. Uma decisão acertada, uma vez que o filme alcançou boa audiência, sendo elogiado, o levando inclusive a ser indicado ao Emmy Awards (O Oscar da TV americana) na categoria de melhor direção de fotografia (para Victor J. Kemper). Um bom momento para todos os envolvidos. O Kojak foi muito popular, inclusive no Brasil. Um policial careca, sempre chupando um pirulito, enquanto resolvia os piores casos criminais. Foi também o personagem da vida do ator Telly Savalas. Falecido em 1994, ele nunca mais conseguiu se livrar do investigador, sempre sendo apontado como "aquele ator que era o Kojak". No Brasil esse telefilme foi lançado em VHS, pelo selo CIC Vídeo durante os anos 80. Para os fãs saudosistas da antiga série de TV é uma ótima opção para rever o Kojak novamente, em uma de suas últimas aparições.
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de junho de 2020
O Cão e a Raposa
Título Original: The Fox and the Hound
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney
Direção: Ted Berman, Richard Rich
Roteiro: Daniel P. Mannix, Larry Clemmons
Elenco: Kurt Russell, Mickey Rooney, Pearl Bailey, Jack Albertson, Sandy Duncan, Jeanette Nolan
Sinopse:
Após a morte da mãe na floresta, uma pequena raposinha é adotada por uma bondosa velhinha viúva que vive em uma pequena fazenda. Essa raposa filhote acaba se tornando amigo do cão do vizinho, um filhote também. Os anos passam e eles acabam se vendo em lados opostos. O amigo do passado vira um cão de caça e a raposa, claro, acaba se tornando a caça dele.
Comentários:
É uma animação Disney, então não há muito o que se criticar. Roteiro, aspectos técnicos, dublagem, tudo perfeito. Só que esse "O Cão e a Raposa" também é conhecido por outros pontos importantes. Durante a produção do filme houve inúmeros problemas que acabaram adiando a estreia do filme nos cinemas por mais de um ano. A pior situação enfrentada pela Disney foi a saída do animador Don Bluth que decidiu deixar o estúdio para fundar sua própria companhia de desenhos animados. Com ele foi embora um grupo de desenhistas e animadores, bem no meio da produção dessa animação. Claro que isso atrapalhou, trouxe impacto. Mesmo assim não há como negar que a nova equipe que os substituiu trabalhou muito bem. E aqui há um aspecto interessante. Entre os novos contratados da Disney havia um jovem chamado Tim Burton. Isso aí, o mesmo que iria se tornar um conhecido diretor nos anos que viriam. Ele cuidou da animação da jovem raposa da floresta pela qual o protagonista se apaixona. Quem diria, o "Dark" Tim Burton animando uma personagem que era pura fofura e delicadeza. No mais é mais uma animação acima da média com a marca Walt Disney de qualidade. Tudo muito bem feito e realizado, com destaque ainda para a trilha sonora incidental "Hillibilly" com muita banjo e música das montanhas do sul caipira dos Estados Unidos.
Pablo Aluísio.
sábado, 6 de junho de 2020
O Turista Acidental
Título Original: The Accidental Tourist
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Lawrence Kasdan
Roteiro: Frank Galati
Elenco: William Hurt, Kathleen Turner, Geena Davis, Bill Pullman, Amy Wright. David Ogden Stiers,
Sinopse:
Baseado no livro escrito por Anne Tyler, o filme "O Turista Acidental" conta a história de um escritor de guias de viagem que está emocionalmente abalado e deprimido, mas que precisa seguir em frente com sua vida mesmo depois que seu filho morreu e seu casamento desmoronou.
Comentários:
Esse foi o filme mais importante da carreira do ator William Hurt. O filme concorreu ao Oscar em diversas categorias, entre elas a de melhor filme e roteiro adaptado. Levou a estatueta para casa na categoria de melhor atriz, prêmio dado a Geena Davis, quem diria... e ainda foi lembrado pela excelente trilha sonora escrita pelo maestro e mestre John Williams. E como se isso não fosse o bastante ainda foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme, no gênero drama. Ou seja, reconhecimento da crítica e dos grandes festivais de cinema, não faltou. Porém, em minha opinião, para gostar do filme mesmo você precisa estar no estado de espírito certo. Isso porque o roteiro procura seguir os passos dos sentimentos melancólicos do protagonista, que em suma é um homem deprimido, que basicamente odeia aquilo que faz, o seu trabalho. Escrever guias de viagens enquanto está arrasado por dentro, obviamente não é uma coisa fácil. Por isso voltamos ao ponto inicial. Para gostar plenamente do filme você precisa também gostar muito de William Hurt. O filme é dele, feito em cima de sua persona nas telas. É uma obra cinematográfica até mesmo fria, sem muito calor humano. Até porque em crises depressivas a mente age justamente assim, sem encotnrar calor e interesse em nenhum aspecto da vida.
Pablo Aluísio.
Um Hóspede do Barulho
Título Original: Harry and the Hendersons
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment
Direção: William Dear
Roteiro: William Dear, Bill Martin
Elenco: John Lithgow, Kevin Peter Hall, Melinda Dillon, Margaret Langrick, Joshua Rudoy, David Suchet
Sinopse:
A família Henderson resolve adotar Harry. O problema é que ele definitivamente não é um animal de estimação comum, mas sim um Sasquatch amigável, um "Pé Grande" das montanhas geladas. E isso acaba trazendo muitos problemas para eles, ainda mais para manter tudo em segredo.
Comentários:
Steven Spielberg produziu esse filme que tinha semelhanças em seu roteiro até mesmo com "ET - O Extraterrestre". Calma, o grandalhão Harry não era um alien, mas sim um Pé Grande, aquela criatura mitológica que até hoje faz gente jurar que o viu nos Estados Unidos. A semelhança no caso vinha do fato desse bicho esquisito ir morar com uma típica família americana (como também acontecia no clássico Sci-fi de Spielberg). Em termos de maquiagem, não há o que se criticar, inclusive o filme foi premiado na categoria. Quem levou o Oscar para casa foi o famoso maquiador Rick Baker, o mesmo que havia criado o lobisomem de "Um Lobisomem Americano em Londres" e o Predador do filme de mesmo nome. Era um gênio na criação desses monstros. Curiosamente aqui o roteiro pedia não por uma criatura monstruosa, mas sim por um tipo mais amigável, meio bobão. O resultado ficou perfeito. Outra curiosidade é que o Harry Pé Grande foi interpretado pelo grandalhão Kevin Peter Hall, o mesmo que havia vestido a pesada maquiagem do Predador no filme com Arnold Schwarzenegger. Quem poderia imaginar que o Harry teria tanta coisa em comum com o alien predador? Enfim, são coisas de Hollywood...
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de junho de 2020
12 Bucks
Título Original: 12 Bucks
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Kindred Spirits Productions
Direção: Wayne Isham
Roteiro: Sean Graham, Scott Waugh
Elenco: Matthew Fishman, Nick Bentley, Alexandra Paul, Jonathan Silverman, Sean Graham, Finola Hughes
Sinopse:
Dois jovens que fazem parte de uma família disfuncional e violenta, acabam entrando no mundo do crime após uma tragédia terrível que se abate sobre eles e seus familiares.
Comentários:
Assisti há muitos anos, muito provavelmente na TV a cabo (acredito que tenha sido no canal HBO). O tema é interessante. Um filme que alerta sobre o problema de abusos dentro de uma família. Filme que não apenas conta uma boa história, como também funciona como panfleto de alerta ou de denúncia. Outro dia me recordei do filme justamente ao assistir uma matéria policial envolvendo os mesmos temas. Em termos gerais é um filme que pouca gente assistiu, mas que vale ao menos uma sessão para conhecer. Filme independente, pouco conhecido, mas que tem algo a dizer ao espectador. Por essa razão já vale a consideração.
Pablo Aluísio.
Montana, Terra Proibida
O filme é interessante, recomendado principalmente para os fãs do trabalho do ator. Na realidade esse faroeste pode ser considerado uma fita mais leve do que o habitual do gênero. Não há violência excessiva e nem bandidos sanguinários. A disputa na realidade se dá apenas entre dois tipos de criadores no velho oeste. De um lado os fazendeiros que criavam grandes rebanhos de gado. Do outro os que ganhavam a vida tomando conta de rebanhos de ovelhas. Errol Flynn interpreta Morgan Lane, um sujeito que só tem a pretensão de tocar seu rebanho de ovelhas em paz, só que não a encontra, porque criadores de gado acreditam que suas ovelhas acabam com o pasto da região. Assim fica armada a tensão da história.
No meio do filme sobra espaço para uma curiosa cena onde o próprio Flynn canta ao lado da atriz Alexis Smith. Algo bem raro de acontecer. Pessoalmente não lembro de nenhum outro filme com Errol Flynn em que ele cantava. Deve ter sido um momento único na sua carreira. Já a sua companheira de cena, Alexis Smith, interpreta uma personagem forte, de personalidade marcante, coisa também rara de se encontrar em filmes de western dessa época. Para aliviar ainda mais o clima o ator S.Z. Sakall interpreta um mascate fanfarrão e boa praça, servindo principalmente como alívio cômico. Assim "Montana" se revela como um estilo de western mais ameno e romântico. E no final, mostra que Errol Flynn, apesar de já estar descendo a ladeira em sua filmografia, ainda conseguia manter o pique e o interesse nos cinemas.
Montana, Terra Proibida (Montana, Estados Unidos, 1950) Direção: Ray Enright, Raoul Walsh / Roteiro: Ray Enright / Elenco: Errol Flynn, Alexis Smith, S.Z. Sakall, Douglas Kennedy, James Brown, Ian MacDonald, Charles Irwin, Paul E. Burns, Tudor Owen / Sinopse: Morgan Lane (Errol Flynn) é um humilde pastor australiano de carneiros e ovelhas que resolve dar uma reviravolta em sua vida, indo morar nas planícies de Montana, nos Estados Unidos. Porém no lugar da tranquilidade que ele esperava encontrar, Morgan acaba tendo que lidar com problemas envolvendo os rancheiros da região, inclusive com uma bela e rica criadora de gado chamada Maria Singleton (Alexis Smith).
Pablo Aluísio.
The Twilight Zone
The Twilight Zone (no Brasil, "Além da Imaginação") é um verdadeiro marco na história das séries americanas. O programa original foi exibido há décadas, ainda na era da TV preto e branco nos Estados Unidos. Fez grande sucesso, inclusive no Brasil. Porém como o tempo deixou suas marcas em termos de produção, efeitos especiais, etc, os produtores decidiram fazer um remake, que caiu muito bem, principalmente para quem nunca assistiu a um episódio da série original. Por falar nisso é bom explicar que todos os episódios são independentes entre si, cada um contando uma história, mesclada com ficção, terror ou fantasia. O público dos anos pioneiros obviamente adorava tudo, principalmente entre os jovens. E o mais interessante de tudo é que essa série acabou formando uma geração inteira de cineastas que adoravam seu estilo Sci-fi, entre eles Steven Spielberg e George Lucas. Nessa postagem foi comentar os novos episódios, do remake. Aos poucos irei publicando aqui breves resenhas sobre cada um desses "contos filmados" de The Twilight Zone.
The Twilight Zone 1.01 - The Comedian
Episódio curioso. Um comediante, desses que se apresenta em shows de stand up não consegue muito sucesso na carreira. Ele tenta, se esforça, mas na maioria das vezes não consegue agradar. Falando francamente ele é bem sem graça. Desiludido, quase desistindo de seu antigo sonho, ele descobre que sempre quando fala mal de alguma pessoa a plateia morre de rir, como nunca antes aconteceu. Só que tem um sério problema, essas mesmas pessoas imediatamente morrem depois. Só que ele nem sabe disso, apenas parece ficar bem contente com os risos que ouve do público. Depois quando descobre a verdade surge a dúvida: ele vai continuar usando do mesmo número de humor insano, ainda que sabendo que as pessoas vão morrer depois ou vai largar tudo, deixando sua carreira afundar? Assista para conferir. / The Twilight Zone 1.01 - The Comedian (Estados Unidos, 2019) Direção: Owen Harris / Roteiro: Rod Serling, Simon Kinberg / Elenco: Kumail Nanjiani, Amara Karan, Diarra Kilpatrick.
The Twilight Zone 1.02 - Nightmare at 30,000 Feet
Um jornalista encontra um MP3 player com um podcast sobre crimes reais que detalha como o avião em que ele está atualmente desaparecerá. E isso se transforma em um verdadeiro pesadelo a 30 mil pés de altura. Esse episódio é o mais fraco dessa primeira temporada, isso porque achei bem cansativo. Não me entenda mal, até que tudo é bem feito, a ideia original é bem bolada, tudo nos eixos, mas o desenvolvimento... é lento ao excesso. Cansa. De qualquer forma vale a pena ver, até porque pelo que pude verificar esse enredo foi usado em um episódio da série original. Então tem lá seu valor histórico, não há como negar. / The Twilight Zone 1.02 - Nightmare at 30,000 Feet (Estados Unidos, 2019) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Rod Serling, Simon Kinberg / Elenco: Adam Scott, Chris Diamantopoulos, Dan Carlin.
The Twilight Zone 1.03 - Replay
Uma mãe negra e seu filho se dirigem para a escola, mas algo sai errado. Na viagem eles encontram um policial racista, que vai causar muitos problemas para ela. A questão é que esse mesmo dia parece se repetir sempre, como se todos estivessem em um loop temporal infinito, que se repete, repete, sem cessar... um verdadeiro inferno. Esse episódio tem um roteiro bem parecido com um filme de Bill Murray, onde ele acordava todos os dias, no mesmo feriado da marmota! Quem lembra? E assim ele ia tentando mudar os acontecimentos, baseados no dia anterior, que diga-se de passagem é sempre o mesmo, com desdobramentos diferentes ao longo do dia. Curioso que esse tema de brutalidade policial contra pessoas negras está mais do que na ordem do dia, aqui e nos Estados Unidos. Nesse ponto "Além da Imaginação" acabou sendo até mesmo profético. Quem diria... / The Twilight Zone 1.03 - Replay (Estados Unidos, 2019) Direção: Gerard McMurray / Roteiro: Rod Serling, Simon Kinberg / Elenco: Sanaa Lathan, Damson Idris, Steve Harris.
The Twilight Zone 1.04 - A Traveler
Um xerife, em sua delegacia localizada em uma distante cidade do Alaska, mantém uma tradição. Há mais de 20 anos ele concede um perdão para um prisioneiro durante a noite de natal. Só que esse natal acaba se tornando bem diferente. Um sujeito misterioso é encontrado em uma das celas. Ele parece saber muito sobre todos os moradores daquela cidadezinha, mas ninguém o conhecia antes. De qualquer maneira o xerife simpatiza com ele e lhe dá o tal perdão. Retirado da cela, as coisas começam a ficar bem estranhas. "Além da Imaginação" sempre manteve um pezinho nos antigos contos de Sci-fi dos anos 1950. Esse é um típico caso. O roteiro, que vai tecendo sua trama aos poucos, mistura OVNIs, Aliens e bases secretas da força aérea dos Estados Unidos, em um mesmo caldeirão. O resultado ficou bem legal, muito embora eu ainda ache que uma duração menor, um corte mais ágil, iria melhorar muito no resultado final. / The Twilight Zone 1.04 - A Traveler (Estados Unidos, 2019) Direção: Ana Lily Amirpour / Roteiro: Rod Serling, Simon Kinberg / Elenco: Steven Yeun, Marika Sila, Patrick Gallagher.
The Twilight Zone 1.05 - The Wunderkind
Esse episódio dá muito o que pensar. O que você acharia de um presidente dos Estados Unidos com apenas 11 anos de idade? Absurdo completo, não é mesmo? Só que nesse episódio um especialista em campanhas presidenciais acaba fazendo essa façanha. Ele elege um garoto que gravava vídeos para o Youtube se tornar o novo presidente. Só que o suposto sonho acaba virando um pesadelo completo quando o guri começa a se comportar de forma mesquinha e egoísta, tocando literalmente o terror em todos à sua volta. Em tempos de Trump, que para alguns age como uma criança mimada, esse episódio soa mais do que adequado - e um aviso pertinente para que as pessoas pensem melhor na hora de votar! / The Twilight Zone 1.05 - The Wunderkind (Estados Unidos, 2019) Direção: Richard Shepard / Roteiro: Simon Kinberg / Elenco: John Cho, Jacob Tremblay, Kimberley Sustad.
The Twilight Zone 1.06 - Six Degrees of Freedom
Uma expedição é enviada a Marte. Só que poucos minutos antes da decolagem eles são informados que os Estados Unidos estão sendo atacados por mísseis nucleares russos e norte-coreanos. Mesmo assim a comandante decide que eles devem ir embora da Terra. E na missão surgem muitas dúvidas, entre elas a de que eles estariam apenas em uma simulação e não na verdadeira missão. O que seria verdadeiro no meio daquilo tudo? O curioso é que psicologicamente todos ficam abalados e um dos astronautas se convence da tese de pura simulação. Bom episódio, inclusive envolvendo aliens, o que vai agradar bem aos antigos fãs da série original. Poderia o episódio ser menor, não precisava ter mais de 50 minutos de duração, mas tudo bem, isso também faz parte do jogo. / he Twilight Zone 1.06 - Six Degrees of Freedom (Estados Unidos, 2019) Direção: Jakob Verbruggen / Roteiro: Simon Kinberg / Elenco: DeWanda Wise, Lucinda Dryzek, Jefferson White.
The Twilight Zone 1.07 - Not All Men
Esse episódio é bem bizarro. Começa com um simples encontro entre dois colegas de escritório. Tudo parece promissor, no clima certo. O espectador pensa que vai sair um romance dali. Só que vários meteoritos caem na Terra e a partir daí os homens (apenas os homens) começam a demonstrar uma comportamento estranho, violento, bizarro mesmo. Qualquer coisa é motivo para uma explosão de fúria e ira, com todos eles brigando pelas ruas, se matando, literalmente falando. O insano vira o "novo normal". Esse episódio é interessante porque resgata o clima, o jeito da antiga série de TV. Tudo tem a ver com coisas estranhas vindas do espaço e não há motivo para explicar nada, apenas curtir "Além da Imaginação" por aquilo que a série sempre foi. Assista e se divirta, apenas isso. / The Twilight Zone 1.07 - Not All Men (Estados Unidos, 2019) Direção: Christina Choe / Roteiro: Rod Serling, Simon Kinberg / Elenco: Taissa Farmiga, Rhea Seehorn, Percy Hynes White.
The Twilight Zone 1.08 - Point of Origin
Esse episódio é uma tremenda crítica com a forma que os imigrantes ilegais são tratados nos Estados Unidos. Na trama uma dona de casa que parece ter uma vida perfeita é detida. Ela não sabe o que está acontecendo, do que está sendo acusada, apenas sofre uma barbaridade por ter sido tirada de sua casa, de suas filhas, de seu marido perfeito, para uma realidade bizarra. Ela teria escapado de sua dimensão para a nossa, sem autorização e por isso deve pagar. A simbologia em relação aos imigrantes é bem óbvia. Com roteiro (mais uma vez) bem inteligente, esse episódio surpreende pela mensagem que passa ao espectador. Muito bom. The Twilight Zone 1.08 - Point of Origin (Estados Unidos, 2019) Direção: Mathias Herndl / Roteiro: Simon Kinberg / Elenco: Ginnifer Goodwin, James Frain, Toby Levins.
The Twilight Zone 1.09 - The Blue Scorpion
O Escorpião azul do título do episódio é na verdade o nome de uma arma de fogo. Ela é encontrada por um professor universitário ao lado do corpo de seu pai. Ele havia se matado com um tiro na cabeça, o que não fazia muito sentido porque ele havia sido um homem da paz, um veho hippie que havia tocado baixo em discos importantes do rock dos anos 60. De qualquer forma a arma volta para o filho após o encerramento das investigações e ele começa a desenvolver uma estranha obsessão pela pistola. Uma bonita arma, toda dourada e trabalhada, que no passado havia pertencido a Che Guevara, mas que pode significar seu fim se ele for adiante com isso tudo. / (Estados Unidos, 2019) Direção: Craig William Macneill / Roteiro: Rod Serling, Simon Kinberg / Elenco: Chris O'Dowd, Amy Landecker, Alex Diakun.
The Twilight Zone 1.10 - Blurryman
Último episódio da primeira temporada. É um episódio fraco de uma série fraca. Esse remake oscilou entre episódios medianos e fracos, com poucos momentos realmente bons. Esse aqui usa de uma metalinguagem, indo aos bastidores da série. O apresentador surge aqui como... o apresentador, receoso dos textos ruins que precisa falar. E a roteirista da série tem uma espécie de bloqueio criativo, o que não deixa de ser insanamente irônico, uma vez que os roteiros dessa série são bem "meia boca" mesmo. Enfim, há uma segunda temporada, mas essa não vou assistir mesmo. Basta essa primeira. Aliás nem deveria ter chegado em seu final para falar a verdade. Pensei em abandonar a série várias vezes nesses dez primeiros episódios. Não compensou seguir em frente. Foi perda de tempo! / (Estados Unidos, 2019) Direção: Simon Kinberg / Roteiro: Simon Kinberg / Elenco: Zazie Beetz, Betty Gabriel, Zibby Allen.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de junho de 2020
Amanhecer Violento
Título Original: Red Dawn
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Milius
Roteiro: Kevin Reynolds, John Milius
Elenco: Patrick Swayze, Charlie Sheen, C. Thomas Howell, Lea Thompson, Jennifer Grey, Harry Dean Stanton
Sinopse:
É o alvorecer da Terceira Guerra Mundial. As grandes nações entram em guerra. No centro-oeste da América, um grupo de adolescentes e jovens se une para defender sua cidade e seu país da violência dos invasores comunistas que chegaram do oriente.
Comentários:
Claro que o enredo é completamente absurdo! No filme os soviéticos e os comunistas da Coreia do Norte se unem para invadir os Estados Unidos. E quem vai proteger a grande nação americana? O Exército, a Marinha ou a Força Aérea? Não, claro que não. Mas sim um bando de jovens armados até os dentes que começam uma campanha de guerrilha urbana para matar os inimigos invasores de sua terra natal. Visto sob o ponto de vista atual, o filme é bem esquisito, mas se formos nos colocar dentro do contexto dos anos 80, da era Reagan, tudo era mero pretexto para uma sessão de pura diversão no seu videocassete VHS. Aliás esse tipo de filme não fazia mesmo sucesso nos cinemas, fazendo lucro mesmo nas locadoras de vídeo. E nesse meio, nesse mercado, valia praticamente tudo para vender as fitas. Todo tipo de roteiro valia a pena. Ah, e antes que me esqueça, dê uma olhada no elenco do filme. Praticamente todos esses atores jovens iriam ter uma carreira de sucesso nos anos 80. Muitos deles se tornaram campeões de bilheteria, enquanto outros viraram ídolos adolescentes de sucesso.
Pablo Aluísio.
Joga a Mamãe do Trem
Título Original: Throw Momma from the Train
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Stu Silver
Elenco: Danny DeVito, Billy Crystal, Rob Reiner, Anne Ramsey, Oprah Winfrey, Branford Marsalis, Kim Greist
Sinopse:
Um homem divorciado não aguenta mais a ex-esposa. Um homem que nunca se casou e ainda mora com a mãe, não suporta mais a megera que vive lhe humilhando. Por que eles não decidem resolver o problema um do outro? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz coadjuvante (Anne Ramsey).
Comentários:
Essa fórmula foi muito usada no passado em livros de Agatha Christie e em filmes de Alfred Hitchcock. A coisa pode se resumir na seguinte frase: "Você mata quem eu quero matar e eu mato quem você quer matar". Com a troca de álibis, todo mundo consegue escapar da cadeia. Cruel demais? Não nesse filme onde tudo é levado no humor, na base da comédia. O elenco está ótimo, em uma sincronia incrível. O projeto foi bem pessoal por parte de Danny DeVito, que dirigiu o filme com enorme prazer. Billy Cristal surge em seu tipo habitual, aquele cara comum que se vê em uma enrascada daquelas. Porém o grande nome desse elenco é a atriz Anne Ramsey. Ela foi inclusive indicada ao Oscar por essa atuação, algo bem raro de acontecer em se tratando de comédias. Ela está excelente como a mãe megera do personagem de Danny DeVito. Ele não aguenta mais a mãe rabugenta e quer encontrar um jeito de se livrar dela. As tentativas de matar a senhora ficaram muito engraçadas. Esse aliás era o tipo de personagem mais comum na carreira de Anne Ramsey. Infelizmente esse seria um de seus últimos filmes pois ela morreria um ano depois do lançamento do filme. Enfim, deixc aqui a dica dessa comédia realmente divertida e muito engraçada dos anos 80.
Pablo Aluísio.
A Hora Final
Título Original: On The Beach
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Stanley Kramer
Roteiro: John Paxton, Nevil Shute
Elenco: Gregory Peck, Ava Gardner, Anthony Perkins, Fred Astaire, Donna Anderson, Harp McGuire
Sinopse:
Após uma guerra nuclear global, os residentes da Austrália devem aceitar o fato de que toda a vida será destruída em questão de meses. Nesse pouco tempo que resta um capitão da marinha dos Estados Unidos tenta reconstruir seus relacionamentos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor som e melhor trilha sonora incidental.
Comentários:
Esse filme tem uma proposta bem diferente, eu diria até mesmo estranha. Imagine o mundo após uma guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética. A guerra que era fria se torna absolutamente devastadora. O comandante de submarino, o capitão Dwight Lionel Towers (Gregory Peck) sobrevive por estar em alto-mar. Ele então faz com que o submarino que comanda seja direcionado para a Austrália, um dos poucos lugares do mundo que conseguiu se manter intacto, porém por poucos meses, pois a radiação no planeta se tornou mortal para todos os seres vivos. Pois é, o roteiro foge completamente do padrão. Apenas um estúdio como a United Artists bancaria um projeto cinematográfico como esse. Afinal a companhia havia sido fundada por artistas que queriam justamente fugir do controle dos grandes estúdios de cinema de Hollywood. O resultado dessa ousadia assinada pelo cineasta Stanley Kramer ficou excepcionalmente interessante. A história do filme vai se desenrolando aos poucos, fazendo com que o espectador pense que está vendo um filme normal, até ser completamente surpreendido em seus momentos finais. Uma apoteose digna das grandes reviravoltas da história do cinema.
Pablo Aluísio.