Título no Brasil: F.I.S.T.
Título Original: F.I.S.T.
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Norman Jewison
Roteiro: Joe Eszterhas, Sylvester Stallone
Elenco: Sylvester Stallone, Rod Steiger, Peter Boyle, Melinda Dillon, David Huffman, Kevin Conway
Sinopse:
Nesse filme Stallone interpreta Johnny Kovak, um trabalhador braçal que acaba sendo demitido por reivindicar melhores condições de trabalho. Após entrar no sindicato dos caminhoneiros ele acaba subindo na carreira sindical, se tornando um dos principais líderes de sua classe nos Estados Unidos.
Comentários:
Um dos melhores filmes da carreira de Stallone também é um dos menos conhecidos. O roteiro de "F.I.S.T." foi claramente inspirado na vida do líder sindical Jimmy Hoffa que havia desaparecido três anos antes da produção desse filme. E a trajetória do personagem interpretado pelo ator ia bem nessa direção, se tornando quase uma obra didática ao explicar porque homens de sindicatos como Hoffa acabavam caindo nas mãos da máfia. Isso fica bem claro na história de Johnny Kovak (Stallone). No começo ele age por senso de justiça, procurando melhorar mesmo as condições de trabalho dos caminhoneiros. Porém os patrões logo partem para a pura violência física, contratando valentões para espancar os trabalhadores com grandes porretes. Nessa urgência em busca de proteção Kovak acaba aceitando a proteção de chefões mafiosos e uma vez que se tenha feito acordo com esse tipo de criminoso não há mais volta. O roteiro assim procurava justificar pessoas como Hoffa? Em certos aspectos sim. Porém o filme vai muito além disso e se torna uma excelente obra cinematográfica. E olhando para o passado se fica com aquela sensação de que Stallone não deveria ter abandonado esse tipo de cinema para se concentrar apenas em filmes de ação. Ele deveria ter optado por investir mais nesse tipo de filme com mais conteúdo e mensagem. Teria sido muito melhor para sua carreira com o passar dos anos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 26 de maio de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
O Último Pistoleiro
Na década de 1970 o ator John Wayne entrou na fase final de sua longa carreira. Tentando se renovar para o público mais jovem, tentou ir por novos caminhos. Se adequando aos novos tempos, flertou com novos gêneros e estilos. Uma dessas experiências ocorreu com "McQ, Um Detetive Fora da Lei ". Wayne faz o papel de um policial que após a morte de um companheiro, investigava um caso de tráfico de drogas cujas pistas acabavam indicando uma conexão com a própria polícia. O diretor Struges deixou aqui os espaços amplos do faroeste, estilo que o consagrou, para mostrar o mundo da criminalidade no grandes centros urbanos. Apesar da tentativa de mudança, seu lar era mesmo o western e o ator acabou retornando ao personagem que o fez ganhar o Oscar. Assim Wayne estrelou "Justiceiro Implacável" onde a filha de um pastor conta com a ajuda de um delegado federal beberrão para tentar encontrar os homens que mataram seu pai. Era a tão esperada continuação de "Bravura Indômita", com roteiro que lembrava o famoso "Uma Aventura na África". Ao seu lado em cena contracenava uma das atrizes mais premiadas da história, Katherine Hepburn. Este foi o penúltimo filme de John Wayne. Mesmo doente nunca pensou em se aposentar: Sobre isso declarou: "A única que sei fazer é trabalhar. A aposentadoria vai me matar".
Após ser diagnosticado com um câncer agressivo partiu para aquele que seria seu último filme. Novamente um western, novamente a mitologia do pistoleiro famoso que não consegue encontrar paz em sua vida. Antes do começo das filmagens falou sinceramente a um jornalista. Já velho e cansado desabafou: "É possível que não se interessem mais pelos serviços deste cavalo velho e o larguem no pasto, mas trabalharei até isso acontecer" Também brincou com o fato de algumas revistas afirmarem que estava ficando sem cabelos: "Não tenho vergonha da minha careca, mas não vejo por que obrigar as pessoas a vê-la". Em 1976 finalmente John Wayne se despediu das telas e fez sua última aparição nas telas nesse faroeste chamado "O Último Pistoleiro". Era o fim da estrada para o velho cowboy. O mais interessante é que seu personagem também aparecia envelhecido e doente, tentando lutar para se manter vivo com a dignidade que sempre o caracterizou. O roteiro, que tinha muito a ver com a própria vida do ator, trazia a história de um velho e lendário pistoleiro que sofria de câncer e procurava um local onde pudesse morrer em paz. Mas não conseguia escapar de sua reputação. Sempre havia alguém tentando desafiá-lo para um duelo final.
Era baseado em um romance de Glendon Swarthout e caía como uma luva para a despedida do lendário ator. Para contracenar ao seu lado, dois veteranos e amigos de longa data foram contratados pelo estúdio, James Stewart e Lauren Bacall. Velhos mitos do cinema se reencontrando pela última vez. O clima de despedida se torna óbvio ao longo do filme. John Wayne pressentiu que não mais voltaria ao cinema. Ele já estava abatido e abalado pelo tratamento que vinha fazendo e estava pronto para se aposentar definitivamente. Após concluir as filmagens começou uma batalha incansável contra o mal que o abatera. Com coragem ainda conseguiu lutar por heroicos três anos. Isso deixou os médicos surpresos pois seu tumor era bastante agressivo. O velho cowboy não se rendeu facilmente. Infelizmente em 11 de junho de 1979, o homem que melhor se identificou com os heróis da colonização americana e da mitologia do velho oeste, finalmente morreu de câncer nos pulmões. O homem se foi, mas a lenda está imortalizada para sempre em seus filmes. John Wayne, o eterno cowboy, estará para sempre no Olimpo dos deuses da sétima arte.
O Último Pistoleiro (The Shootist, Estados Unidos, 1976) Direção: Don Siegel / Roteiro: Glendon Swarthout, Miles Hood Swarthout / Elenco: John Wayne, James Stewart, Lauren Bacall, Ron Howard, John Carradine / Sinopse: Velho pistoleiro no fim de sua vida tem que enfrentar um último grande desafio. Lutando contra uma doença grave, tem que responder por sua reputação de rápido no gatilho por onde quer que vá. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de arte (Robert F. Boyle e Arthur Jeph Parker). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Ron Howard).
Pablo Aluísio.
Após ser diagnosticado com um câncer agressivo partiu para aquele que seria seu último filme. Novamente um western, novamente a mitologia do pistoleiro famoso que não consegue encontrar paz em sua vida. Antes do começo das filmagens falou sinceramente a um jornalista. Já velho e cansado desabafou: "É possível que não se interessem mais pelos serviços deste cavalo velho e o larguem no pasto, mas trabalharei até isso acontecer" Também brincou com o fato de algumas revistas afirmarem que estava ficando sem cabelos: "Não tenho vergonha da minha careca, mas não vejo por que obrigar as pessoas a vê-la". Em 1976 finalmente John Wayne se despediu das telas e fez sua última aparição nas telas nesse faroeste chamado "O Último Pistoleiro". Era o fim da estrada para o velho cowboy. O mais interessante é que seu personagem também aparecia envelhecido e doente, tentando lutar para se manter vivo com a dignidade que sempre o caracterizou. O roteiro, que tinha muito a ver com a própria vida do ator, trazia a história de um velho e lendário pistoleiro que sofria de câncer e procurava um local onde pudesse morrer em paz. Mas não conseguia escapar de sua reputação. Sempre havia alguém tentando desafiá-lo para um duelo final.
Era baseado em um romance de Glendon Swarthout e caía como uma luva para a despedida do lendário ator. Para contracenar ao seu lado, dois veteranos e amigos de longa data foram contratados pelo estúdio, James Stewart e Lauren Bacall. Velhos mitos do cinema se reencontrando pela última vez. O clima de despedida se torna óbvio ao longo do filme. John Wayne pressentiu que não mais voltaria ao cinema. Ele já estava abatido e abalado pelo tratamento que vinha fazendo e estava pronto para se aposentar definitivamente. Após concluir as filmagens começou uma batalha incansável contra o mal que o abatera. Com coragem ainda conseguiu lutar por heroicos três anos. Isso deixou os médicos surpresos pois seu tumor era bastante agressivo. O velho cowboy não se rendeu facilmente. Infelizmente em 11 de junho de 1979, o homem que melhor se identificou com os heróis da colonização americana e da mitologia do velho oeste, finalmente morreu de câncer nos pulmões. O homem se foi, mas a lenda está imortalizada para sempre em seus filmes. John Wayne, o eterno cowboy, estará para sempre no Olimpo dos deuses da sétima arte.
O Último Pistoleiro (The Shootist, Estados Unidos, 1976) Direção: Don Siegel / Roteiro: Glendon Swarthout, Miles Hood Swarthout / Elenco: John Wayne, James Stewart, Lauren Bacall, Ron Howard, John Carradine / Sinopse: Velho pistoleiro no fim de sua vida tem que enfrentar um último grande desafio. Lutando contra uma doença grave, tem que responder por sua reputação de rápido no gatilho por onde quer que vá. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de arte (Robert F. Boyle e Arthur Jeph Parker). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator coadjuvante (Ron Howard).
Pablo Aluísio.
A Cabana
Título no Brasil: A Cabana
Título Original: The Lodge
Ano de Produção: 2019
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Hammer Films
Direção: Severin Fiala, Veronika Franz
Roteiro: Severin Fiala, Veronika Franz
Elenco: Riley Keough, Alicia Silverstone, Jaeden Martell, Lia McHugh, Richard Armitage, Danny Keough
Sinopse:
No passado Grace (Riley Keough) fez parte de uma seita fanática onde muitos membros cometerem suicídio coletivo. Agora ela tenta reconstruir sua vida, planejando se casar com Richard (Armitage). O problema é que a esposa dele se matou há pouco tempo e seus dois filhos odeiam a nova noiva do pai. Para piorar tudo a sombra da mãe das crianças parece estar sempre presente.
Comentários:
Temos aqui um filme de suspense com o selo histórico da Hammer Films. Para quem conhece a história do cinema de terror inglês sabe muito bem o peso do nome dessa veterana companhia cinematográfica. Só que o roteiro desse filme realmente privilegia o lado mais psicológico dos personagens. Muitos podem pensar que o filme vai trazer almas penadas, assombrações, etc. Isso fica até mesmo um pouco sugerido quando a família vai para uma distante e isolada casa nas montanhas, em pleno inverno. O clima me lembrou até mesmo "O Iluminado", mas com pretensões bem mais modestas. A atriz Riley Keough (neta de Elvis Presley) se sai muito bem em seu papel. Ela precisa trazer muitas emoções e sentimentos para sua personagem. O peso do passado sempre a persegue e ela toma remédios para não perder o controle. Só que nessa nova casa ela passa a enfrentar a antipatia dos filhos menores de seu futuro marido. E se você acredita que ela talvez seja a grande culpada pelos eventos trágicos que se desenvolvem, pense duas vezes. O roteiro, muito bem escrito a quatro mãos, joga o tempo todo com esse tipo de dualidade. Quem é o culpado e quem é a vítima? Depois de assistir cheguei na conclusão de que nem tudo nesse filme parece ser tão óbvio. Ponto positivo. Assim deixo a recomendação desse bom suspense psicológico, que em certas cenas realmente consegue dar nos nervos do espectador.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Lodge
Ano de Produção: 2019
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Hammer Films
Direção: Severin Fiala, Veronika Franz
Roteiro: Severin Fiala, Veronika Franz
Elenco: Riley Keough, Alicia Silverstone, Jaeden Martell, Lia McHugh, Richard Armitage, Danny Keough
Sinopse:
No passado Grace (Riley Keough) fez parte de uma seita fanática onde muitos membros cometerem suicídio coletivo. Agora ela tenta reconstruir sua vida, planejando se casar com Richard (Armitage). O problema é que a esposa dele se matou há pouco tempo e seus dois filhos odeiam a nova noiva do pai. Para piorar tudo a sombra da mãe das crianças parece estar sempre presente.
Comentários:
Temos aqui um filme de suspense com o selo histórico da Hammer Films. Para quem conhece a história do cinema de terror inglês sabe muito bem o peso do nome dessa veterana companhia cinematográfica. Só que o roteiro desse filme realmente privilegia o lado mais psicológico dos personagens. Muitos podem pensar que o filme vai trazer almas penadas, assombrações, etc. Isso fica até mesmo um pouco sugerido quando a família vai para uma distante e isolada casa nas montanhas, em pleno inverno. O clima me lembrou até mesmo "O Iluminado", mas com pretensões bem mais modestas. A atriz Riley Keough (neta de Elvis Presley) se sai muito bem em seu papel. Ela precisa trazer muitas emoções e sentimentos para sua personagem. O peso do passado sempre a persegue e ela toma remédios para não perder o controle. Só que nessa nova casa ela passa a enfrentar a antipatia dos filhos menores de seu futuro marido. E se você acredita que ela talvez seja a grande culpada pelos eventos trágicos que se desenvolvem, pense duas vezes. O roteiro, muito bem escrito a quatro mãos, joga o tempo todo com esse tipo de dualidade. Quem é o culpado e quem é a vítima? Depois de assistir cheguei na conclusão de que nem tudo nesse filme parece ser tão óbvio. Ponto positivo. Assim deixo a recomendação desse bom suspense psicológico, que em certas cenas realmente consegue dar nos nervos do espectador.
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de maio de 2020
Uma Dupla Quase Perfeita
Título no Brasil: Uma Dupla Quase Perfeita
Título Original: Turner & Hooch
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Roger Spottiswoode
Roteiro: Dennis Shryack, Michael Blodgett
Elenco: Tom Hanks, Mare Winningham, Craig T. Nelson, Reginald VelJohnson, Scott Paulin, J.C. Quinn
Sinopse:
Scott Turner (Tom Hanks) é um detetive desastrado que precisa adotar um enorme cão indisciplinado chamado Hooch para ajudá-lo a encontrar um assassino. E as coisas só pioram quando ele sai com seu "parceiro" em busca do criminoso foragido.
Comentários:
Acredite, esse filme foi um tremendo sucesso de bilheteria nos anos 80. Na época se tornou a maior bilheteria da carreira de Tom Hanks... quem diria que algo assim iria acontecer? E qual era o segredo então? Um veterano do cinema certa vez disse que o segredo para qualquer filme fazer sucesso era colocar um cão como protagonista. Havia acontecido com Lessie e com Rin-Tin-Tin no passado... então era até previsível que isso viesse a acontecer de novo. E de fato a fórmula ainda se mostrou certeira. E claro, ter um comediante talentoso como Hanks ajudou ainda mais a vender o filme. Curiosamente o sucesso desse filme deu origem a uma verdadeira fila de filmes que tentavam nadar na onda do sucesso, criando uma série de imitações, algumas bem ruins, que foram direto para o mercado de VHS. Já Tom Hanks recusou uma verdadeira fortuna para fazer uma continuação. Ele queria melhorar sua carreira como ator, ganhar um certo respeito, algo que seria complicado alcançar se contracenasse novamente com um cachorro babão. Acontece em Hollywood. Apesar de tudo isso devo dizer que o filme é bem divertido. Ainda hoje funciona como passatempo leve e inofensivo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Turner & Hooch
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Roger Spottiswoode
Roteiro: Dennis Shryack, Michael Blodgett
Elenco: Tom Hanks, Mare Winningham, Craig T. Nelson, Reginald VelJohnson, Scott Paulin, J.C. Quinn
Sinopse:
Scott Turner (Tom Hanks) é um detetive desastrado que precisa adotar um enorme cão indisciplinado chamado Hooch para ajudá-lo a encontrar um assassino. E as coisas só pioram quando ele sai com seu "parceiro" em busca do criminoso foragido.
Comentários:
Acredite, esse filme foi um tremendo sucesso de bilheteria nos anos 80. Na época se tornou a maior bilheteria da carreira de Tom Hanks... quem diria que algo assim iria acontecer? E qual era o segredo então? Um veterano do cinema certa vez disse que o segredo para qualquer filme fazer sucesso era colocar um cão como protagonista. Havia acontecido com Lessie e com Rin-Tin-Tin no passado... então era até previsível que isso viesse a acontecer de novo. E de fato a fórmula ainda se mostrou certeira. E claro, ter um comediante talentoso como Hanks ajudou ainda mais a vender o filme. Curiosamente o sucesso desse filme deu origem a uma verdadeira fila de filmes que tentavam nadar na onda do sucesso, criando uma série de imitações, algumas bem ruins, que foram direto para o mercado de VHS. Já Tom Hanks recusou uma verdadeira fortuna para fazer uma continuação. Ele queria melhorar sua carreira como ator, ganhar um certo respeito, algo que seria complicado alcançar se contracenasse novamente com um cachorro babão. Acontece em Hollywood. Apesar de tudo isso devo dizer que o filme é bem divertido. Ainda hoje funciona como passatempo leve e inofensivo.
Pablo Aluísio.
O Retorno do Superman
Título no Brasil: O Retorno do Superman
Título Original: Return of Superman
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jake Castorena, Sam Liu
Roteiro: Peter Tomasi
Elenco: Jerry O'Connell, Rebecca Romijn, Rainn Wilson, Rosario Dawson, Nathan Fillion, Christopher Gorham
Sinopse:
Após a morte do Superman uma série de novos "heróis" surgem, todos querendo tomar o lugar do homem de aço. Só que o verdadeiro Clark Kent está se recuperando na fortaleza da solidão para retornar de volta à vida. Animação baseada no personagem de quadrinhos criado por Jerry Siegel e Joe Shuster.
Comentários:
Essa animação é a continuação de "A Morte do Superman". Nos Estados Unidos foi lançado em DVD duplo com as duas animações. O curioso é que essa segunda animação é bem mais completa, mais longa e com mais personagens que o primeiro filme. Isso não significa que seja melhor. Na verdade os roteiristas aqui apenas seguiram os quarinhos originais, quase na íntegra. Eu particularmente não achei tão legal ver um monte de novos aspirantes a Superman, tentando tomar o seu lugar. Há um jovem clone criado por Lex Luthor, um Superman Cyborg, outro todo blindado com aço, um que usa uma espécie de óculos poderoso e por aí vai. Outro aspecto digno de nota é que somando as duas animações temos quase 3 horas de desenho animado! Duração de longa-metragem épico de Hollywood! No geral até curti o conjunto da obra. É interessante dizer também que essa animação compila dezenas e dezenas de edições de quadrinhos do Superman. Assim fica mesmo mais fácil conhecer esse arco narrativo apenas assistindo as animações, até porque os gibis originais lançados lá pelas décadas de 80 e 90 são mais do que raros hoje em dia.
Pablo Aluísio.
Título Original: Return of Superman
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jake Castorena, Sam Liu
Roteiro: Peter Tomasi
Elenco: Jerry O'Connell, Rebecca Romijn, Rainn Wilson, Rosario Dawson, Nathan Fillion, Christopher Gorham
Sinopse:
Após a morte do Superman uma série de novos "heróis" surgem, todos querendo tomar o lugar do homem de aço. Só que o verdadeiro Clark Kent está se recuperando na fortaleza da solidão para retornar de volta à vida. Animação baseada no personagem de quadrinhos criado por Jerry Siegel e Joe Shuster.
Comentários:
Essa animação é a continuação de "A Morte do Superman". Nos Estados Unidos foi lançado em DVD duplo com as duas animações. O curioso é que essa segunda animação é bem mais completa, mais longa e com mais personagens que o primeiro filme. Isso não significa que seja melhor. Na verdade os roteiristas aqui apenas seguiram os quarinhos originais, quase na íntegra. Eu particularmente não achei tão legal ver um monte de novos aspirantes a Superman, tentando tomar o seu lugar. Há um jovem clone criado por Lex Luthor, um Superman Cyborg, outro todo blindado com aço, um que usa uma espécie de óculos poderoso e por aí vai. Outro aspecto digno de nota é que somando as duas animações temos quase 3 horas de desenho animado! Duração de longa-metragem épico de Hollywood! No geral até curti o conjunto da obra. É interessante dizer também que essa animação compila dezenas e dezenas de edições de quadrinhos do Superman. Assim fica mesmo mais fácil conhecer esse arco narrativo apenas assistindo as animações, até porque os gibis originais lançados lá pelas décadas de 80 e 90 são mais do que raros hoje em dia.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de maio de 2020
As Loucuras de Rose
Título no Brasil: As Loucuras de Rose
Título Original: Wild Rose
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Escócia
Estúdio: BFI Film Fund
Direção: Tom Harper
Roteiro: Nicole Taylor
Elenco: Jessie Buckley, Matt Costello, Jane Patterson, James Harkness, Julie Walters, Louise Mccarthy
Sinopse:
Após sair da prisão, a jovem Rose-Lynn (Jessie Buckley) precisa reconstruir sua vida. Ela sonha se tornar cantora country, mas mora em Glasgow, na Escócia, o que torna tudo mais complicado. Para sobreviver acaba trabalhando como diarista, fazendo faxina, mas sem nunca abandonar seu sonho de vida. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor atriz (Jessie Buckley).
Comentários:
O título nacional desse filme é realmente péssimo. Dá a entender que se trata de uma comédia ou algo assim. Nada mais longe da proposta do filme que poderia ser definido, com certas reservas, como um drama musical. A protagonista tem um sonho estranho para uma garota escocesa de sua idade, que é fazer sucesso cantando country music, um tipo de música muito enraizada na cultura dos Estados Unidos. O sonho dela aliás é ir para Nashville onde sonha se tornar uma grande cantora desse estilo musical. Só que há uma diferença entre os sonhos e o mundo real. São coisas bem diferentes. E embora tenha talento, é muito complicado sair do contexto cultural onde ela nasceu e vive para tentar fazer sucesso em um universo que nunca foi o dela. Afinal quem iria comprar um disco de uma cantora country nascida na Escócia? Gostei muito do trabalho da atriz irlandesa Jessie Buckley nesse filme. Ela não apenas dá conta das cenas de palco, como também na parte de dramaturgia do filme. A ruiva trouxe também trejeitos bem comuns de uma garota da classe trabalhadora, com forte sotaque e maneiras mais rudes de ser. E como não poderia deixar de ser em um filme como esse, a trilha sonora também é muito boa, cheia de boas músicas de country, novas e antigas. Tudo muito agradável do ponto de vista puramente musical.
Pablo Aluísio.
Título Original: Wild Rose
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Escócia
Estúdio: BFI Film Fund
Direção: Tom Harper
Roteiro: Nicole Taylor
Elenco: Jessie Buckley, Matt Costello, Jane Patterson, James Harkness, Julie Walters, Louise Mccarthy
Sinopse:
Após sair da prisão, a jovem Rose-Lynn (Jessie Buckley) precisa reconstruir sua vida. Ela sonha se tornar cantora country, mas mora em Glasgow, na Escócia, o que torna tudo mais complicado. Para sobreviver acaba trabalhando como diarista, fazendo faxina, mas sem nunca abandonar seu sonho de vida. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor atriz (Jessie Buckley).
Comentários:
O título nacional desse filme é realmente péssimo. Dá a entender que se trata de uma comédia ou algo assim. Nada mais longe da proposta do filme que poderia ser definido, com certas reservas, como um drama musical. A protagonista tem um sonho estranho para uma garota escocesa de sua idade, que é fazer sucesso cantando country music, um tipo de música muito enraizada na cultura dos Estados Unidos. O sonho dela aliás é ir para Nashville onde sonha se tornar uma grande cantora desse estilo musical. Só que há uma diferença entre os sonhos e o mundo real. São coisas bem diferentes. E embora tenha talento, é muito complicado sair do contexto cultural onde ela nasceu e vive para tentar fazer sucesso em um universo que nunca foi o dela. Afinal quem iria comprar um disco de uma cantora country nascida na Escócia? Gostei muito do trabalho da atriz irlandesa Jessie Buckley nesse filme. Ela não apenas dá conta das cenas de palco, como também na parte de dramaturgia do filme. A ruiva trouxe também trejeitos bem comuns de uma garota da classe trabalhadora, com forte sotaque e maneiras mais rudes de ser. E como não poderia deixar de ser em um filme como esse, a trilha sonora também é muito boa, cheia de boas músicas de country, novas e antigas. Tudo muito agradável do ponto de vista puramente musical.
Pablo Aluísio.
A Embriaguez do Sucesso
Título no Brasil: A Embriaguez do Sucesso
Título Original: Sweet Smell of Success
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Alexander Mackendrick
Roteiro: Clifford Odets, Ernest Lehman
Elenco: Burt Lancaster, Tony Curtis, Susan Harrison, Martin Milner, Jeff Donnell, Sam Levene
Sinopse:
Poderoso, mas antiético, colunista da Broadway J.J. Hunsecker (Burt Lancaster) obriga o inescrupuloso agente de imprensa Sidney Falco (Tony Curtis) a terminar o romance de sua irmã com um músico de jazz. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor ator (Tony Curtis).
Comentários:
Excelente filme clássico onde a dupla central de atores surpreende. Burt Lancaster era visto como um herói dos filmes de aventura. Ele começou sua carreira no circo e se tornou famoso no cinema por causa de seus personagens atléticos, cheios de força e honestidade. Já Tony Curtis foi um dos galãs mais populares de sua época. Ele tinha um raro talento para comédias românticas, onde seu tipo se encaixava perfeitamente bem. Pois tanto Lancaster como Curtis decidiram deixar essas imagens para trás nesse filme. Aqui eles interpretam tipos asquerosos e sem ética, que usam de tudo para manipular as pessoas, atingindo assim seus objetivos nada nobres. É uma disputa de sordidez para ver quem é o mais inescrupuloso, o mais mau-caráter dos dois. Para atores que construíram suas carreiras em cima da imagem de protagonistas bonzinhos foi uma mudança e tanto. O filme também surpreende pela qualidade. A fotografia em bonito preto e branco captou as ruas reais de Nova Iorque, fugindo do esquema de filmagem dentro de estúdios que era tão comum em Los Angeles. Isso trouxe um realismo incrível ao filme. Enfim, uma ótima amostra de ousadia na era de ouro em Hollywood, em um filme onde não havia protagonistas, mas apenas antagonistas. Foi um serviço completo de vilania e bom cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Sweet Smell of Success
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Alexander Mackendrick
Roteiro: Clifford Odets, Ernest Lehman
Elenco: Burt Lancaster, Tony Curtis, Susan Harrison, Martin Milner, Jeff Donnell, Sam Levene
Sinopse:
Poderoso, mas antiético, colunista da Broadway J.J. Hunsecker (Burt Lancaster) obriga o inescrupuloso agente de imprensa Sidney Falco (Tony Curtis) a terminar o romance de sua irmã com um músico de jazz. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor ator (Tony Curtis).
Comentários:
Excelente filme clássico onde a dupla central de atores surpreende. Burt Lancaster era visto como um herói dos filmes de aventura. Ele começou sua carreira no circo e se tornou famoso no cinema por causa de seus personagens atléticos, cheios de força e honestidade. Já Tony Curtis foi um dos galãs mais populares de sua época. Ele tinha um raro talento para comédias românticas, onde seu tipo se encaixava perfeitamente bem. Pois tanto Lancaster como Curtis decidiram deixar essas imagens para trás nesse filme. Aqui eles interpretam tipos asquerosos e sem ética, que usam de tudo para manipular as pessoas, atingindo assim seus objetivos nada nobres. É uma disputa de sordidez para ver quem é o mais inescrupuloso, o mais mau-caráter dos dois. Para atores que construíram suas carreiras em cima da imagem de protagonistas bonzinhos foi uma mudança e tanto. O filme também surpreende pela qualidade. A fotografia em bonito preto e branco captou as ruas reais de Nova Iorque, fugindo do esquema de filmagem dentro de estúdios que era tão comum em Los Angeles. Isso trouxe um realismo incrível ao filme. Enfim, uma ótima amostra de ousadia na era de ouro em Hollywood, em um filme onde não havia protagonistas, mas apenas antagonistas. Foi um serviço completo de vilania e bom cinema.
Pablo Aluísio.
A Rosa
Título no Brasil: A Rosa
Título Original: The Rose
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Mark Rydell
Roteiro: Bill Kerby, Bo Goldman
Elenco: Bette Midler, Alan Bates, Frederic Forrest, Harry Dean Stanton, Barry Primus, David Keith
Sinopse:
Rose (Bette Midler) é uma jovem cantora com vários problemas emocionais que começa a fazer finalmente sucesso em sua carreira. Só que tudo desaba quando ela se envolve com drogas e com pessoas erradas, que apenas querem explorar seu talento musical. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor edição de som e melhor edição.
Comentários:
Esse filme não foi o primeiro filme da carreira de Bette Midler como muitas pessoas pensam. Na realidade ela já havia atuado em outras produções. "A Rosa" foi sim seu primeiro grande filme de sucesso. Lançado no final da década de 1970 era na realidade uma cinebiografia disfarçada da vida da cantora Janis Joplin. Os produtores porém não podiam usar seu nome e com medo de processos produziram esse filme que a despeito de ter um enredo ficcional, trazia mesmo muitos elementos da vida de Joplin, falecida alguns anos antes por overdose de drogas. O grande destaque desse drama foi obviamente a excelente atuação da atriz Bette Midler. Aliás esse é certamente o melhor filme de sua carreira, até porque ele iria abandonar dramas como esse para atuar em comédias, filmes menores e sem muita importância. O resultado de seu esforço foi tão bom que ela foi indicada ao Oscar, assim como seu colega de elenco, Frederic Forrest. No Globo de Ouro ela se saiu melhor, sendo premiada como melhor atriz naquele ano. Nada mais justo, ainda mais sabendo-se que esse foi um verdadeiro desafio que ela conseguiu vencer, com todos os méritos pessoais e profissionais.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Rose
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Mark Rydell
Roteiro: Bill Kerby, Bo Goldman
Elenco: Bette Midler, Alan Bates, Frederic Forrest, Harry Dean Stanton, Barry Primus, David Keith
Sinopse:
Rose (Bette Midler) é uma jovem cantora com vários problemas emocionais que começa a fazer finalmente sucesso em sua carreira. Só que tudo desaba quando ela se envolve com drogas e com pessoas erradas, que apenas querem explorar seu talento musical. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor edição de som e melhor edição.
Comentários:
Esse filme não foi o primeiro filme da carreira de Bette Midler como muitas pessoas pensam. Na realidade ela já havia atuado em outras produções. "A Rosa" foi sim seu primeiro grande filme de sucesso. Lançado no final da década de 1970 era na realidade uma cinebiografia disfarçada da vida da cantora Janis Joplin. Os produtores porém não podiam usar seu nome e com medo de processos produziram esse filme que a despeito de ter um enredo ficcional, trazia mesmo muitos elementos da vida de Joplin, falecida alguns anos antes por overdose de drogas. O grande destaque desse drama foi obviamente a excelente atuação da atriz Bette Midler. Aliás esse é certamente o melhor filme de sua carreira, até porque ele iria abandonar dramas como esse para atuar em comédias, filmes menores e sem muita importância. O resultado de seu esforço foi tão bom que ela foi indicada ao Oscar, assim como seu colega de elenco, Frederic Forrest. No Globo de Ouro ela se saiu melhor, sendo premiada como melhor atriz naquele ano. Nada mais justo, ainda mais sabendo-se que esse foi um verdadeiro desafio que ela conseguiu vencer, com todos os méritos pessoais e profissionais.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 22 de maio de 2020
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford
Olhando para trás descobrimos que na realidade existiram dois Jesse James. O primeiro é fruto da imaginação de dezenas de escritores do século XIX que escrevendo pequenos livros de bolso criaram todo um mito em torno de seu nome. Esse é o Jesse James do imaginário popular, das aventuras mirabolantes e dos feitos épicos. É um personagem de literatura barata. O outro Jesse James é o real, da história. Esse era basicamente um pistoleiro, ladrão de bancos e assaltante de trens. Um sujeito frio, paranoico e martirizado pela constante perseguição que lhe era feita pelos homens da lei na época. Em sua longa trajetória nas telas de cinema, os dois lados de Jesse James raramente se encontraram. Ou ele era retratado de acordo com o personagem de literatura, de ficção, ou ele surgia em filmes numa visão mais realista. O grande mérito dessa produção enfocando Jesse James é que pela primeira vez tomamos consciência dessa dualidade envolvendo seu nome. Isso é bem claro na caracterização de Robert Ford. No começo da história ele é apenas um garoto deslumbrado em fazer parte do bando de Jesse James (naquele momento uma sombra do que era antes, pois todos os membros originais de sua gangue ou estavam mortos ou presos). Bob Ford espera encontrar o Jesse James que lia em seus livros de bolso (aos quais colecionava e adorava). O que encontra porém é apenas um homem frio, bipolar, cismado, que não confia em absolutamente ninguém.
Não tenho receio de afirmar que esse é o filme mais fiel aos acontecimentos históricos já feito sobre Jesse James. Mostrando os últimos momentos do criminoso, vamos acompanhando o caos em que se transformou sua vida. Com a cabeça a prêmio, procurado em vários Estados, mudando de cidade constantemente com sua família, James é apenas um pedaço do que um dia foi. Para piorar, ao seu lado agora, não estão mais seus antigos homens de confiança, mas sim garotos novatos como Bob Ford, pessoas aos quais ele não consegue confiar. A relação de Robert Ford e Jesse James aliás é uma das melhores coisas de todo o filme. Acompanhamos a decepção de Ford, na realidade um fã, com seu ídolo Jesse James. O que começa com desapontamento e decepção, acaba indo para algo bem mais complexo o que culminará nos acontecimentos trágicos que já conhecemos da história do famoso pistoleiro. Os trinta minutos finais do filme são vitais para quem gosta de história do velho oeste pois reconstituem com riqueza de detalhes a morte de Jesse James. Um primor de reconstituição histórica.
A produção aliás é toda do mais alto nível, o uso de bonita fotografia traz muito valor para o resultado final, usando da natureza para criar um clima de fina melancolia e falta de esperança. A produção concorreu aos Oscar de Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck). Para ser sincero deveria ter vencido ambos, pois tanto a atuação de Casey quanto a linda fotografia são realmente impecáveis. Em poucas palavras, “O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford” é uma aula de história que não se aprende na escola. Simplesmente obrigatório para fãs de western.
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, Estados Unidos, 2007) Direção: Andrew Dominik / Roteiro: Andrew Dominik / Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Mary-Louise Parker, Zooey Deschanel, Sam Shepard, Sam Rockwell / Sinopse: Após uma vida de crimes, os irmãos Jesse e Frank James desistem de continuar com seus assaltos a trem e a bancos. Frank se retira e vai morar em outra cidade. Jesse James (Brad Pitt) porém decide executar um último grande assalto ao lado de um grupo de jovens e novatos, entre eles os irmãos Ford. O mais jovem deles, Bob Ford (Casey Affleck) é um fã confesso do famoso pistoleiro. Mal sabiam o que o destino lhes reservavam.
Pablo Aluísio.
Não tenho receio de afirmar que esse é o filme mais fiel aos acontecimentos históricos já feito sobre Jesse James. Mostrando os últimos momentos do criminoso, vamos acompanhando o caos em que se transformou sua vida. Com a cabeça a prêmio, procurado em vários Estados, mudando de cidade constantemente com sua família, James é apenas um pedaço do que um dia foi. Para piorar, ao seu lado agora, não estão mais seus antigos homens de confiança, mas sim garotos novatos como Bob Ford, pessoas aos quais ele não consegue confiar. A relação de Robert Ford e Jesse James aliás é uma das melhores coisas de todo o filme. Acompanhamos a decepção de Ford, na realidade um fã, com seu ídolo Jesse James. O que começa com desapontamento e decepção, acaba indo para algo bem mais complexo o que culminará nos acontecimentos trágicos que já conhecemos da história do famoso pistoleiro. Os trinta minutos finais do filme são vitais para quem gosta de história do velho oeste pois reconstituem com riqueza de detalhes a morte de Jesse James. Um primor de reconstituição histórica.
A produção aliás é toda do mais alto nível, o uso de bonita fotografia traz muito valor para o resultado final, usando da natureza para criar um clima de fina melancolia e falta de esperança. A produção concorreu aos Oscar de Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante (Casey Affleck). Para ser sincero deveria ter vencido ambos, pois tanto a atuação de Casey quanto a linda fotografia são realmente impecáveis. Em poucas palavras, “O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford” é uma aula de história que não se aprende na escola. Simplesmente obrigatório para fãs de western.
O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, Estados Unidos, 2007) Direção: Andrew Dominik / Roteiro: Andrew Dominik / Elenco: Brad Pitt, Casey Affleck, Mary-Louise Parker, Zooey Deschanel, Sam Shepard, Sam Rockwell / Sinopse: Após uma vida de crimes, os irmãos Jesse e Frank James desistem de continuar com seus assaltos a trem e a bancos. Frank se retira e vai morar em outra cidade. Jesse James (Brad Pitt) porém decide executar um último grande assalto ao lado de um grupo de jovens e novatos, entre eles os irmãos Ford. O mais jovem deles, Bob Ford (Casey Affleck) é um fã confesso do famoso pistoleiro. Mal sabiam o que o destino lhes reservavam.
Pablo Aluísio.
Feitiço da Lua
Título no Brasil: Feitiço da Lua
Título Original: Moonstruck
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Norman Jewison
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Cher, Nicolas Cage, Olympia Dukakis, Vincent Gardenia, Danny Aiello, Julie Bovasso
Sinopse:
Loretta Castorini (Cher) é uma mulher viúva que pensa novamente em se casar. Então ela fica noiva de Johnny Cammareri (Danny Aiello), um homem bem mais velho, só que pouco antes de se casar com ele, Loretta acaba se apaixonando pelo padeiro Ronny Cammareri (Nicolas Cage). Uma paixão que vai trazer muitos problemas para ela.
Comentários:
Esse filme era para ser apenas mais uma comédia romântica dos anos 80, mas surpreendeu a todos quando ganhou uma honrosa indicação ao Oscar de melhor filme! Algo realmente inacreditável, já que a academia nunca teve muito apreço por esse gênero cinematográfico. Porém mais incrível de tudo foi que a cantora Cher acabou levando o Oscar de melhor atriz! Ela, em minha opinião, nunca foi uma grande atriz, mas deu muito certo no mundo do cinema, muito mais do que as outras cantoras que tentaram fazer essa transição do mundo da música para o mundo do cinema. O diferencial é que a Cher sempre foi uma daquelas mulheres com personalidade muito marcante e ela sempre levou isso para suas personagens. Acabou que todo mundo acreditou que ela era realmente uma excelente atriz. É a valha fórmula do tipo "se colar, colou". E no caso dela deu certo mesmo. A grande veterana Olympia Dukakis também foi premiada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante, fazendo com que o filme levasse os dois prêmios femininos principais daquela edição do Oscar. Nada mal mesmo. E o Nicolas Cage? Bom, essa foi uma fase em que ele escolhia criteriosamente os filmes em que atuava. Nada parecido com os dias de hoje onde ele atua em qualquer bomba que lhe oferecem. Então é isso, deixo aqui a dica para quem é fã da Cher. Esse foi o maior filme da carreira dela no cinema.
Pablo Aluísio.
Título Original: Moonstruck
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Norman Jewison
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Cher, Nicolas Cage, Olympia Dukakis, Vincent Gardenia, Danny Aiello, Julie Bovasso
Sinopse:
Loretta Castorini (Cher) é uma mulher viúva que pensa novamente em se casar. Então ela fica noiva de Johnny Cammareri (Danny Aiello), um homem bem mais velho, só que pouco antes de se casar com ele, Loretta acaba se apaixonando pelo padeiro Ronny Cammareri (Nicolas Cage). Uma paixão que vai trazer muitos problemas para ela.
Comentários:
Esse filme era para ser apenas mais uma comédia romântica dos anos 80, mas surpreendeu a todos quando ganhou uma honrosa indicação ao Oscar de melhor filme! Algo realmente inacreditável, já que a academia nunca teve muito apreço por esse gênero cinematográfico. Porém mais incrível de tudo foi que a cantora Cher acabou levando o Oscar de melhor atriz! Ela, em minha opinião, nunca foi uma grande atriz, mas deu muito certo no mundo do cinema, muito mais do que as outras cantoras que tentaram fazer essa transição do mundo da música para o mundo do cinema. O diferencial é que a Cher sempre foi uma daquelas mulheres com personalidade muito marcante e ela sempre levou isso para suas personagens. Acabou que todo mundo acreditou que ela era realmente uma excelente atriz. É a valha fórmula do tipo "se colar, colou". E no caso dela deu certo mesmo. A grande veterana Olympia Dukakis também foi premiada com o Oscar de melhor atriz coadjuvante, fazendo com que o filme levasse os dois prêmios femininos principais daquela edição do Oscar. Nada mal mesmo. E o Nicolas Cage? Bom, essa foi uma fase em que ele escolhia criteriosamente os filmes em que atuava. Nada parecido com os dias de hoje onde ele atua em qualquer bomba que lhe oferecem. Então é isso, deixo aqui a dica para quem é fã da Cher. Esse foi o maior filme da carreira dela no cinema.
Pablo Aluísio.
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