Excelente faroeste produzido em meados da década de 1980. "Silverado" surgiu em uma época em que os grandes estúdios tentavam revitalizar o gênero western. É bem sintomático chamar a atenção para o fato do filme ter sido produzido nos anos 80, quando não havia mais regularidade no lançamento de faroestes no cinema. John Wayne havia partido seis anos antes e deixado uma lacuna, um mercado de fãs de western sem novos lançamentos, sem novos filmes. O faroeste italiano ainda produzia filmes com regularidade, mas esses iam ficando cada vez mais baratos ao longo dos anos. A indústria americana de cinema parecia não investir mais em filmes de western, o que era algo a se lamentar.
Como os antigos astros já estavam velhos e aposentados, o jeito foi adaptar todo um elenco de novatos para encarar o desafio. O elenco é liderado por Kevin Kline cuja carreira foi construída em cima de comédias como “Um Peixe Chamado Wanda” e “Será Que Ele é?”, não tendo muito a ver com o estilo. Curiosamente ele acabou se saindo bem no filme. Danny Glover da série “Máquina Mortífera” também foi escalado. Sua escolha foi mais uma jogada comercial, para chamar mais atenção ao filme. Melhor se saem Brian Dennehy, que aqui repete um personagem bem parecido com o que fez em "Rambo", o xerife corrupto que abusa de sua autoridade e Scott Glenn, que lembrava fisicamente muito Clint Eastwood. Outro aspecto curioso de "Silverado" foi a presença de um jovem Kevin Costner, interpretando um garotão inconsequente que sempre se metia em problemas por onde passava. E pensar que alguns anos depois o próprio Costner iria dirigir e atuar em um clássico do western, "Dança com Lobos". Esse "Silverado" foi, de certa forma, seu ensaio no gênero.
O enredo de Silverado era uma miscelânea de vários e vários faroestes do passado. Uma espécie de homenagem aos aspectos mais valorizados da mitologia do velho oeste. Na estória acompanhamos um grupo de amigos que chega na cidade de Silverado, no Colorado (com locações reais no Novo México), agora dominada completamente por um xerife corrupto e seu grupo de capangas. Aterrorizando os moradores, o xerife, na realidade um antigo bandoleiro e pistoleiro se fazendo passar por bom cidadão, acabava literalmente tomando conta do lugar, se tornando proprietário do saloon local e das propriedades circunvizinhas à cidade. Para aumentar ainda mais seu domínio, ele não hesitava em matar, ameaçar e massacrar todos os que ousavam se opor ao seu poder.
A trilha sonora de "Silverado" foi assinada por Bruce Broughton e chamava atenção pela sua beleza. De fato a música incidental não deixava espaços em branco durante o filme, preenchendo tudo de forma bem suntuosa. Seu trabalho acabou sendo indicado ao Oscar. O diretor Lawrence Kasdan poderia ter dado mais agilidade ao filme, com um corte em sua duração – que muitas vezes soa excessiva – mas o saldo final foi inegavelmente positivo. "Silverado" fez sucesso de bilheteria e agradou ao público na época. Pena que mesmo sendo bem sucedido o filme não conseguiu redimir o gênero que ficaria ainda mais alguns anos na geladeira com poucas e esparsas novas produções em Hollywood.
Silverado (Silverado, Estados Unidos, 1985) Direção: Lawrence Kasdan / Roteiro: Lawrence Kasdan, Mark Kasdan / Elenco: Kevin Kline, Scott Glenn, Danny Glover, Kevin Costner, John Cleese, Rosanna Arquette, Brian Dennehy, Linda Hunt, Jeff Goldblum / Sinopse: Um xerife inescrupuloso e corrupto (Brian Dennehy) domina a pequena cidade de Silverado. Contra ele se opõem um grupo de cowboys e bandoleiros que vão enfrentar seu poder. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som (Donald O. Mitchell, Rick Kline e Kevin O'Connell) e Melhor Música - Trilha Sonora Original (Bruce Broughton)
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de março de 2020
Silverado
Labels:
Brian Dennehy,
Danny Glover,
Jeff Goldblum,
John Cleese,
Kevin Costner,
Kevin Kline,
Lawrence Kasdan,
Linda Hunt,
Rosanna Arquette,
Scott Glenn,
Silverado
Hatfields & McCoys
É curioso como o mundo dá voltas. Durante anos foi recusado pelas principais emissoras americanas o projeto de se levar para a TV a história real de duas famílias que entraram em conflito no sul dos EUA no século XIX. Intitulado "Hatfields & McCoys" a minissérie foi sendo rejeitada por CBS, ABC, NBC e até pelos canais a cabo como HBO. Um executivo desse último canal chegou a afirmar que "Ninguém mais quer ver um faroeste!". Pois bem. Mesmo com tantas rejeições o roteiro seguiu em frente e acabou indo parar no The History Channel que finalmente deu o sinal verde para a produção de seis capítulos. Levado ao ar pelo canal History há pouco tempo nos EUA o primeiro episódio de "Hatfields & McCoys" bateu um recorde histórico de audiência se tornando a série mais assistida da TV a cabo da história. Um sucesso avassalador de audiência!
Nos capítulos seguintes o número de espectadores triplicou e assim "Hatfields & McCoys" se tornou o maior sucesso televisivo de 2012. Para quem gosta de westerns como eu não poderia haver melhor notícia do que essa. Certamente esse êxito todo vai calar a boca de muita gente que diz que o público não tem mais interesse em ver faroestes (como afirmou o executivo da HBO que inclusive já foi demitido por falar demais!). E o sucesso é justificado? A minissérie é realmente tão boa a ponto de alcançar um sucesso tão grande em tão pouco tempo? Certamente sim!
Reconstituição de época perfeita, fidelidade histórica com os acontecimentos e uma brilhante direção de arte fazem de "Hatfields & McCoys" um programa obrigatório para os fãs de western. Não há ainda previsão de exibição no Brasil mas fica logo a dica de antemão - não percam esse excelente momento de Kevin Costner em seu primeiro projeto na TV. Ele está ótimo na pele de Anse Hatfield (em um papel que havia sido escrito para Burt Lancaster). Ideal para quem sentia saudades em ver o ator de volta ao gênero. O melhor de tudo é saber que "Hatfields & McCoys" trouxe o bom e velho western de volta ao sucesso de público e crítica. Não deixe de assistir.
Hatfields & McCoys (Idem, EUA, 2012) Direção: Kevin Reynolds / Roteiro: Bill Kerby, Teri Mann, Ronald Parker / Elenco: Kevin Costner, Bill Paxton, Tom Berenger, Powers Boothe / Sinopse: Após o fim da guerra civil americana duas famílias tradicionais do sul dos Estados Unidos, os Hatfields e os McCoys começam a entrar em conflito por terras, poder e honra. A rixa entre as famílias iria durar anos resultando em inúmeras mortes para ambos os lados. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
Nos capítulos seguintes o número de espectadores triplicou e assim "Hatfields & McCoys" se tornou o maior sucesso televisivo de 2012. Para quem gosta de westerns como eu não poderia haver melhor notícia do que essa. Certamente esse êxito todo vai calar a boca de muita gente que diz que o público não tem mais interesse em ver faroestes (como afirmou o executivo da HBO que inclusive já foi demitido por falar demais!). E o sucesso é justificado? A minissérie é realmente tão boa a ponto de alcançar um sucesso tão grande em tão pouco tempo? Certamente sim!
Reconstituição de época perfeita, fidelidade histórica com os acontecimentos e uma brilhante direção de arte fazem de "Hatfields & McCoys" um programa obrigatório para os fãs de western. Não há ainda previsão de exibição no Brasil mas fica logo a dica de antemão - não percam esse excelente momento de Kevin Costner em seu primeiro projeto na TV. Ele está ótimo na pele de Anse Hatfield (em um papel que havia sido escrito para Burt Lancaster). Ideal para quem sentia saudades em ver o ator de volta ao gênero. O melhor de tudo é saber que "Hatfields & McCoys" trouxe o bom e velho western de volta ao sucesso de público e crítica. Não deixe de assistir.
Hatfields & McCoys (Idem, EUA, 2012) Direção: Kevin Reynolds / Roteiro: Bill Kerby, Teri Mann, Ronald Parker / Elenco: Kevin Costner, Bill Paxton, Tom Berenger, Powers Boothe / Sinopse: Após o fim da guerra civil americana duas famílias tradicionais do sul dos Estados Unidos, os Hatfields e os McCoys começam a entrar em conflito por terras, poder e honra. A rixa entre as famílias iria durar anos resultando em inúmeras mortes para ambos os lados. Baseado em fatos reais.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de março de 2020
Vampiros, os Mortos
Título no Brasil: Vampiros, os Mortos
Título Original: Vampires Los Muertos
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Storm King Productions
Direção: Tommy Lee Wallace
Roteiro: Tommy Lee Wallace
Elenco: Jon Bon Jovi, Diego Luna, Cristián de la Fuente, Natasha Gregson Wagner, Arly Jover, Darius McCrary,
Sinopse:
Um caçador de vampiros e um padre exorcista lutam contra um bando de criaturas da noite, vampiros que vivem no meio do deserto mexicano. Uma luta de sobrevivência vai começar nas areias daquela terra de ninguém.
Comentários:
O roqueiro Jon Bon Jovi também quis se dar bem no mundo do cinema. O resultado foi bem discutível. Nesse filme ele interpreta uma espécie de caçador de vampiros e só isso já dá para ter uma ideia do que esperar pela frente. A coisa se repete: quando rockstars tentam fazer cinema geralmente boa coisa não sai. O nome do diretor John Carpenter chegou a ser usado como chamariz para esse filme, mas não se engane. Ele já estava doente na época em que o filme foi produzido e sua participação foi praticamente nula. No fundo só usaram de sua criação, com aqueles vampiros atacando no meio do deserto e nada mais. E nem precisa dizer que os efeitos especiais envelheceram terrivelmente, principalmente quando surgem raios... aí a coisa desanda de vez. Na minha forma de ver é um produto descartável, nada memorável, sem nenhuma inspiração e criatividade. A mitologia dos vampiros merecia coisa melhor.
Pablo Aluísio.
Título Original: Vampires Los Muertos
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Storm King Productions
Direção: Tommy Lee Wallace
Roteiro: Tommy Lee Wallace
Elenco: Jon Bon Jovi, Diego Luna, Cristián de la Fuente, Natasha Gregson Wagner, Arly Jover, Darius McCrary,
Sinopse:
Um caçador de vampiros e um padre exorcista lutam contra um bando de criaturas da noite, vampiros que vivem no meio do deserto mexicano. Uma luta de sobrevivência vai começar nas areias daquela terra de ninguém.
Comentários:
O roqueiro Jon Bon Jovi também quis se dar bem no mundo do cinema. O resultado foi bem discutível. Nesse filme ele interpreta uma espécie de caçador de vampiros e só isso já dá para ter uma ideia do que esperar pela frente. A coisa se repete: quando rockstars tentam fazer cinema geralmente boa coisa não sai. O nome do diretor John Carpenter chegou a ser usado como chamariz para esse filme, mas não se engane. Ele já estava doente na época em que o filme foi produzido e sua participação foi praticamente nula. No fundo só usaram de sua criação, com aqueles vampiros atacando no meio do deserto e nada mais. E nem precisa dizer que os efeitos especiais envelheceram terrivelmente, principalmente quando surgem raios... aí a coisa desanda de vez. Na minha forma de ver é um produto descartável, nada memorável, sem nenhuma inspiração e criatividade. A mitologia dos vampiros merecia coisa melhor.
Pablo Aluísio.
Instinto Sombrio
O roteiro conta a história de um jovem artista que vai morar no Brooklyn, em Nova Iorque. Ele aluga um pequeno apartamento para começar a trabalhar em sua arte, mas logo descobre que há algo de errado no lugar. Ele descobre que há um serial killer em ação, um assassino que acaba matando até mesmo uma pessoa próxima a ele. No começo ele tem certeza de que tudo o que presencia e vê realmente aconteceu, mas depois começa a ter dúvidas se os acontecimentos não seriam apenas fruto de sua mente.
O filme foi vendido por seus produtores como um thriller claustofóbico, sinistro, sob o ponto de vista de uma mente doentia. Realmente a direção de Alex Winter tem até bastante estilo - com excelente jogo de luz e sombras nas cenas - mas também é inegável que se torna muitas vezes tedioso e cansativo. Muitos filmes dos anos 90 tentaram copiar a estética do mundo publicitário para o cinema, nem sempre dando muito certo. Esse foi um que tentou beber nessa fonte, sem maior resultado. Lançado discretamente em VHS no Brasil durante os anos 90 não conseguiu chamar muita atenção, caindo, como tantos outros thrillers da época, no esquecimento (quase) completo. Em tempo: o ator Henry Thomas é o garotinho de ET, que cresceu e tentou fazer sucesso numa carreira como ator adulto. Essa foi uma de suas tentativas nessa direção.
Instinto Sombrio (Fever, Estados Unidos, 1999) Direção: Alex Winter / Roteiro: Alex Winter / Elenco: Henry Thomas, David O'Hara, Teri Hatcher / Sinopse: Uma jovem artista de Nova Iorque acaba ficando no meio de uma sinistra série de crimes envolvendo um assassino em série. Ele chega a testemunhar algo e tem uma pessoa próxima assassinada pelo criminoso, mas teria mesmo visto e presenciado algo ou tudo teria sido fruto de sua mente?
Pablo Aluísio.
O filme foi vendido por seus produtores como um thriller claustofóbico, sinistro, sob o ponto de vista de uma mente doentia. Realmente a direção de Alex Winter tem até bastante estilo - com excelente jogo de luz e sombras nas cenas - mas também é inegável que se torna muitas vezes tedioso e cansativo. Muitos filmes dos anos 90 tentaram copiar a estética do mundo publicitário para o cinema, nem sempre dando muito certo. Esse foi um que tentou beber nessa fonte, sem maior resultado. Lançado discretamente em VHS no Brasil durante os anos 90 não conseguiu chamar muita atenção, caindo, como tantos outros thrillers da época, no esquecimento (quase) completo. Em tempo: o ator Henry Thomas é o garotinho de ET, que cresceu e tentou fazer sucesso numa carreira como ator adulto. Essa foi uma de suas tentativas nessa direção.
Instinto Sombrio (Fever, Estados Unidos, 1999) Direção: Alex Winter / Roteiro: Alex Winter / Elenco: Henry Thomas, David O'Hara, Teri Hatcher / Sinopse: Uma jovem artista de Nova Iorque acaba ficando no meio de uma sinistra série de crimes envolvendo um assassino em série. Ele chega a testemunhar algo e tem uma pessoa próxima assassinada pelo criminoso, mas teria mesmo visto e presenciado algo ou tudo teria sido fruto de sua mente?
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 16 de março de 2020
A Família Addams
Título no Brasil: A Família Addams
Título Original: The Addams Family
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Greg Tiernan, Conrad Vernon
Roteiro: Matt Lieberman
Elenco: Charlize Theron, Chloë Grace Moretz, Oscar Isaac, Snoop Dogg, Bette Midler, Finn Wolfhard
Sinopse:
Animação produzida a partir dos personagens criados por Charles Addams. No enredo a família Addams finalmente encontra um novo lar, um antigo manicômio abandonado. Na nova cidade eles encontram o que estavam procurando. Na nova casa o paizão Gomez vai ensinando o ritual de iniciação dos Addams para o filho, enquanto Wednesday vai para o high School.
Comentários:
Os dois filmes da família Addams com atores de carne e osso foram muito divertidos e bem produzidos. Agora o estúdio decidiu fazer uma animação em longa-metragem. Ao custo de 40 milhões de dólares esse novo filme fez sucesso de bilheteria, batendo a barreira de 300 milhões faturados no cinema. Algo óbvio de acontecer, já que os produtores lançaram a animação no feriado de Halloween. Uma boa estratégia de lançamento. E de fato não há o que reclamar, principalmente em se tratando de fãs da obra do cartunista Charles Addams. Os personagens, por exemplo, surgem no mesmo traço que seu criador imaginou. Tudo é bem fiel ao estilo dos quadrinhos originais. E como sempre acontece com animações caras como essa, várias estrelas de Hollywood foram contratadas para dublar os personagens principais, com destaque para Chloë Grace Moretz como Wednesday, a garota Addams, muito esquisita por sinal e Charlize Theron como a mãe Morticia Addams. Aliás essa última personagem me faz sempre lembrar de Anjelica Huston, por causa do filme dos anos 90. Então é isso. Animação muito boa, divertida, que vai certamente agradar aos fãs do estranho e engraçado humor negro dos Addams.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Addams Family
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Greg Tiernan, Conrad Vernon
Roteiro: Matt Lieberman
Elenco: Charlize Theron, Chloë Grace Moretz, Oscar Isaac, Snoop Dogg, Bette Midler, Finn Wolfhard
Sinopse:
Animação produzida a partir dos personagens criados por Charles Addams. No enredo a família Addams finalmente encontra um novo lar, um antigo manicômio abandonado. Na nova cidade eles encontram o que estavam procurando. Na nova casa o paizão Gomez vai ensinando o ritual de iniciação dos Addams para o filho, enquanto Wednesday vai para o high School.
Comentários:
Os dois filmes da família Addams com atores de carne e osso foram muito divertidos e bem produzidos. Agora o estúdio decidiu fazer uma animação em longa-metragem. Ao custo de 40 milhões de dólares esse novo filme fez sucesso de bilheteria, batendo a barreira de 300 milhões faturados no cinema. Algo óbvio de acontecer, já que os produtores lançaram a animação no feriado de Halloween. Uma boa estratégia de lançamento. E de fato não há o que reclamar, principalmente em se tratando de fãs da obra do cartunista Charles Addams. Os personagens, por exemplo, surgem no mesmo traço que seu criador imaginou. Tudo é bem fiel ao estilo dos quadrinhos originais. E como sempre acontece com animações caras como essa, várias estrelas de Hollywood foram contratadas para dublar os personagens principais, com destaque para Chloë Grace Moretz como Wednesday, a garota Addams, muito esquisita por sinal e Charlize Theron como a mãe Morticia Addams. Aliás essa última personagem me faz sempre lembrar de Anjelica Huston, por causa do filme dos anos 90. Então é isso. Animação muito boa, divertida, que vai certamente agradar aos fãs do estranho e engraçado humor negro dos Addams.
Pablo Aluísio.
Peter Pan
Título no Brasil: Peter Pan
Título Original: Peter Pan
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: P.J. Hogan
Roteiro: P.J. Hogan
Elenco: Jeremy Sumpter, Jason Isaacs, Olivia Williams, Rachel Hurd-Wood, Lynn Redgrave, Richard Briers
Sinopse:
As crianças da família Darling recebem uma visita de Peter Pan, que as leva para a Terra do Nunca, onde está em andamento uma guerra com o malvado Capitão Pirata Hook. Roteiro baseado na peça teatral original intitulada "Peter and Wendy", escrita por J. M. Barrie em 1911.
Comentários:
A versão mais famosa é a animação dos estúdios Disney. Curiosamente nunca tinham feito (não que me lembre agora) um filme com atores de carne e osso, com roteiro baseado mais fielmente na peça teatral original. E então chegamos nesse filme. Eu me lembro que assisti no cinema. Foi meio decepcionante, mas não totalmente. Os produtores fizeram uma boa produção cinematográfica, tudo de extremo bom gosto. Figurinos, cenários, direção de arte, tudo digno e fiel a uma produção que no final das contas custou mais de 100 milhões de dólares. Só que faltou também uma alma. Esse tipo de filme infantil precisa passar uma certa magia da tela para o público. Isso não aconteceu. Achei o ator juvenil Jeremy Sumpter que interpreta Peter Pan bem fraquinho. Foi um filme caro demais que não teve retorno de lucro que os produtores esperavam, o que de certa maneira afundou as pretensões de se voltar ao personagem nas salas de cinema. No final de tudo ainda prefiro muito mais a tradicional animação da Disney (muito charmosa por sinal) e até mesmo o filme de Steven Spilberg, que não era fiel ao material original.
Pablo Aluísio.
Título Original: Peter Pan
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: P.J. Hogan
Roteiro: P.J. Hogan
Elenco: Jeremy Sumpter, Jason Isaacs, Olivia Williams, Rachel Hurd-Wood, Lynn Redgrave, Richard Briers
Sinopse:
As crianças da família Darling recebem uma visita de Peter Pan, que as leva para a Terra do Nunca, onde está em andamento uma guerra com o malvado Capitão Pirata Hook. Roteiro baseado na peça teatral original intitulada "Peter and Wendy", escrita por J. M. Barrie em 1911.
Comentários:
A versão mais famosa é a animação dos estúdios Disney. Curiosamente nunca tinham feito (não que me lembre agora) um filme com atores de carne e osso, com roteiro baseado mais fielmente na peça teatral original. E então chegamos nesse filme. Eu me lembro que assisti no cinema. Foi meio decepcionante, mas não totalmente. Os produtores fizeram uma boa produção cinematográfica, tudo de extremo bom gosto. Figurinos, cenários, direção de arte, tudo digno e fiel a uma produção que no final das contas custou mais de 100 milhões de dólares. Só que faltou também uma alma. Esse tipo de filme infantil precisa passar uma certa magia da tela para o público. Isso não aconteceu. Achei o ator juvenil Jeremy Sumpter que interpreta Peter Pan bem fraquinho. Foi um filme caro demais que não teve retorno de lucro que os produtores esperavam, o que de certa maneira afundou as pretensões de se voltar ao personagem nas salas de cinema. No final de tudo ainda prefiro muito mais a tradicional animação da Disney (muito charmosa por sinal) e até mesmo o filme de Steven Spilberg, que não era fiel ao material original.
Pablo Aluísio.
domingo, 15 de março de 2020
Mussum, um filme do Cacildis
Título no Brasil: Mussum, um filme do Cacildis
Título Original: Mussum, um filme do Cacildis
Ano de Produção: 2019
País: Brasil
Estúdio: Modo Operante
Direção: Susanna Lira
Roteiro: Bruno Passeri
Elenco: Mussum, Renato Aragão, Dedé Santana, Lázaro Ramos, Milton Gonçalves, Joel Zito Araújo
Sinopse:
Documentário que resgata a história do humorista brasileiro Antonio Carlos Bernardes Gomes, popularmente conhecido como o trapalhão Mussum. O filme mostra aspectos de sua vida, seu sucesso na TV e no cinema e depoimentos de familiares e pessoas que trabalharam ao seu lado.
Comentários:
Gostei muito desse documentário sobre o querido Mussum. É a tal coisa, se você foi criança ou adolescente nos anos 70 e 80, certamente tem boas lembranças do programa "Os Trapalhões" na Rede Globo. Mussum era um dos mais divertidos membros da trupe e rapidamente se tornou um sucesso absoluto dentro do quarteto de humoristas. O interessante é que sua história de menino pobre e negro criado na Mangueira é contada com o mesmo bom humor de seus personagens. Tudo é levado numa leveza agradável. Primeiro mostra-se a dureza na vida no morro. Filho de mãe solteira ele foi à luta. Estudou, se formou numa escola técnica e depois se tornou cabo da Força Aérea. Porém a arte estava em suas veias. Primeiro como membro do grupo de samba "Os Originais do Samba" e depois como humorista ao lado dos Trapalhões. O curioso é que essa transição de tocador de rego rego para comediante aconteceu por puro acaso. Foi Grande Otelo que sentiu que aquele sambista tinha muito jeito para o humor. Com sorriso aberto e franco e aquele dialeto peculiar que ele próprio inventou, com o uso de "s" no final de cada palavra, o bom e velho Mussum deixou saudades. Para rever de novo esse talentoso comediante nada melhor do que um documentário tão bom como esse. Está mais do que recomendado. Deixo meus parabéns aos realizadores.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mussum, um filme do Cacildis
Ano de Produção: 2019
País: Brasil
Estúdio: Modo Operante
Direção: Susanna Lira
Roteiro: Bruno Passeri
Elenco: Mussum, Renato Aragão, Dedé Santana, Lázaro Ramos, Milton Gonçalves, Joel Zito Araújo
Sinopse:
Documentário que resgata a história do humorista brasileiro Antonio Carlos Bernardes Gomes, popularmente conhecido como o trapalhão Mussum. O filme mostra aspectos de sua vida, seu sucesso na TV e no cinema e depoimentos de familiares e pessoas que trabalharam ao seu lado.
Comentários:
Gostei muito desse documentário sobre o querido Mussum. É a tal coisa, se você foi criança ou adolescente nos anos 70 e 80, certamente tem boas lembranças do programa "Os Trapalhões" na Rede Globo. Mussum era um dos mais divertidos membros da trupe e rapidamente se tornou um sucesso absoluto dentro do quarteto de humoristas. O interessante é que sua história de menino pobre e negro criado na Mangueira é contada com o mesmo bom humor de seus personagens. Tudo é levado numa leveza agradável. Primeiro mostra-se a dureza na vida no morro. Filho de mãe solteira ele foi à luta. Estudou, se formou numa escola técnica e depois se tornou cabo da Força Aérea. Porém a arte estava em suas veias. Primeiro como membro do grupo de samba "Os Originais do Samba" e depois como humorista ao lado dos Trapalhões. O curioso é que essa transição de tocador de rego rego para comediante aconteceu por puro acaso. Foi Grande Otelo que sentiu que aquele sambista tinha muito jeito para o humor. Com sorriso aberto e franco e aquele dialeto peculiar que ele próprio inventou, com o uso de "s" no final de cada palavra, o bom e velho Mussum deixou saudades. Para rever de novo esse talentoso comediante nada melhor do que um documentário tão bom como esse. Está mais do que recomendado. Deixo meus parabéns aos realizadores.
Pablo Aluísio.
Austin Powers em o Homem do Membro de Ouro
Título no Brasil: Austin Powers em o Homem do Membro de Ouro
Título Original: Austin Powers in Goldmember
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jay Roach
Roteiro: Mike Myers, Michael McCullers
Elenco: Mike Myers, Beyoncé, Seth Green, Michael York, Robert Wagner, Mindy Sterling
Sinopse:
Ao saber que seu pai foi seqüestrado, o agente secreto especial Austin Powers (Mike Myers) decide viajar para 1975 para derrotar o vilão apropriadamente chamado Goldmember, que está trabalhando com o Dr. Evil. Terceiro filme da franquia Austin Powers.
Comentários:
Claro, antes de tudo, respeito a opinião de quem gosta, mas sinceramente falando... sempre achei horrível essa franquia do Austin Powers. Nenhum filme dessa série me agradou. Criei uma antipatia natural por tudo, pelos cenários, pelos figurinos, pela direção de arte e até pelo Mike Myers. Esse comediante, em particular, exige uma cumplicidade absurda do público para funcionar. Acho ele completamente sem graça, desprovido de humor verdadeiro e natural. Tudo soa muito forçado, muito exagerado. Não é falta de bom humor, pelo contrário, sempre gostei de uma boa comédia. O que não consigo gostar é de comediantes que exageram na dose, fazem caras e bocas... enfim, cansativo. E olha que aqui ele interpreta um monte de personagens (Austin Powers / Dr. Evil / Goldmember / Fat Bastard). O curioso é que ele não acerta em nada. Atira para todos os lados e não acerta no alvo em nenhuma de suas caracterizações. Enfim, esse é aquele tipo de filme que até parte de uma boa ideia, que é satirizar os antigos filmes de James Bond, mas não consegue ser verdadeiramente engraçado. Quando vejo o nome Austin Powers em um cartaz já sei que não vou gostar. E olha que vi os três filmes. Não podem me acusar de não ter tentado.
Pablo Aluísio.
Título Original: Austin Powers in Goldmember
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jay Roach
Roteiro: Mike Myers, Michael McCullers
Elenco: Mike Myers, Beyoncé, Seth Green, Michael York, Robert Wagner, Mindy Sterling
Sinopse:
Ao saber que seu pai foi seqüestrado, o agente secreto especial Austin Powers (Mike Myers) decide viajar para 1975 para derrotar o vilão apropriadamente chamado Goldmember, que está trabalhando com o Dr. Evil. Terceiro filme da franquia Austin Powers.
Comentários:
Claro, antes de tudo, respeito a opinião de quem gosta, mas sinceramente falando... sempre achei horrível essa franquia do Austin Powers. Nenhum filme dessa série me agradou. Criei uma antipatia natural por tudo, pelos cenários, pelos figurinos, pela direção de arte e até pelo Mike Myers. Esse comediante, em particular, exige uma cumplicidade absurda do público para funcionar. Acho ele completamente sem graça, desprovido de humor verdadeiro e natural. Tudo soa muito forçado, muito exagerado. Não é falta de bom humor, pelo contrário, sempre gostei de uma boa comédia. O que não consigo gostar é de comediantes que exageram na dose, fazem caras e bocas... enfim, cansativo. E olha que aqui ele interpreta um monte de personagens (Austin Powers / Dr. Evil / Goldmember / Fat Bastard). O curioso é que ele não acerta em nada. Atira para todos os lados e não acerta no alvo em nenhuma de suas caracterizações. Enfim, esse é aquele tipo de filme que até parte de uma boa ideia, que é satirizar os antigos filmes de James Bond, mas não consegue ser verdadeiramente engraçado. Quando vejo o nome Austin Powers em um cartaz já sei que não vou gostar. E olha que vi os três filmes. Não podem me acusar de não ter tentado.
Pablo Aluísio.
sábado, 14 de março de 2020
A Grande Mentira
O filme começa até muito bem. Betty McLeish (Helen Mirren) é uma senhora viúva e solitária que decide usar a internet para conhecer pessoas de sua idade. Acaba conhecendo em um serviço de encontro Roy Courtnay (Ian McKellen), um senhor que parece ser fino e elegante, de conversação agradável. Justamente o que ela estaria procurando. O problema é que por baixo dos bons modos, da educação e da polidez, esconde-se um trambiqueiro, um homem com longo histórico de aplicação de golpes. Um estelionatário que está de olho principalmente nos bens e no dinheiro da senhora McLeish.
Esse filme é aquele tipo de thriller que começa muito bem, mas que derrapa um pouco no final. O fato de termos como protagonista um casal de idosos, pessoas na terceira idade, interpretados pelos ótimos Ian McKellen e Helen Mirren, acende imediatamente o interesse dos cinéfilos. E eles estão muito bem em seus personagens. Grandes profissionais da arte de representar, não poderia ser diferente. O problema, ao meu ver, vem do roteiro. A trama que vai se desenvolvendo começa a ser tornar inverossímil demais. A forçada de barra dos roteiristas vai ficando cada vez mais óbvia. E a luta por uma reviravolta que surpreenda demais o espectador, acaba quebrando um pouco o interesse que vinha desde o começo do filme.
E o curioso é que a revelação final (que obviamente não vou escrever nessa linhas) não me convenceu muito. Seria muito esforço e sacrifício por algo que não teve tanta importância assim tão grande no passado. E o roteiro não se contenta em criar reviravoltas para apenas um dos personagens, mas para ambos. Nem o senhor é quem diz ser e nem a senhora está isenta de esconder segredos de seu passado. Se o espectador vai aderir a todas essas revelações, dependerá de cada caso. No meu, posso dizer que aceitei apenas parcialmente as soluções encontradas por esse time de roteiristas. Algumas situações, como já disse, soaram forçadas demais para o meu gosto.
A Grande Mentira (The Good Liar, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, 2019) Direção: Bill Condon / Roteiro: Jeffrey Hatcher, Nicholas Searle / Elenco: Helen Mirren, Ian McKellen, Jim Carter, Russell Tovey / Sinopse: O filme conta a história de uma senhora viúva que conhece um distinto cavalheiro em um site de encontros na internet. Ela procura por um novo relacionamento baseado em companheirismo de pessoas na terceira idade. O problema é que ele não é exatamente aquilo que afirma ser.
Pablo Aluísio.
Esse filme é aquele tipo de thriller que começa muito bem, mas que derrapa um pouco no final. O fato de termos como protagonista um casal de idosos, pessoas na terceira idade, interpretados pelos ótimos Ian McKellen e Helen Mirren, acende imediatamente o interesse dos cinéfilos. E eles estão muito bem em seus personagens. Grandes profissionais da arte de representar, não poderia ser diferente. O problema, ao meu ver, vem do roteiro. A trama que vai se desenvolvendo começa a ser tornar inverossímil demais. A forçada de barra dos roteiristas vai ficando cada vez mais óbvia. E a luta por uma reviravolta que surpreenda demais o espectador, acaba quebrando um pouco o interesse que vinha desde o começo do filme.
E o curioso é que a revelação final (que obviamente não vou escrever nessa linhas) não me convenceu muito. Seria muito esforço e sacrifício por algo que não teve tanta importância assim tão grande no passado. E o roteiro não se contenta em criar reviravoltas para apenas um dos personagens, mas para ambos. Nem o senhor é quem diz ser e nem a senhora está isenta de esconder segredos de seu passado. Se o espectador vai aderir a todas essas revelações, dependerá de cada caso. No meu, posso dizer que aceitei apenas parcialmente as soluções encontradas por esse time de roteiristas. Algumas situações, como já disse, soaram forçadas demais para o meu gosto.
A Grande Mentira (The Good Liar, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, 2019) Direção: Bill Condon / Roteiro: Jeffrey Hatcher, Nicholas Searle / Elenco: Helen Mirren, Ian McKellen, Jim Carter, Russell Tovey / Sinopse: O filme conta a história de uma senhora viúva que conhece um distinto cavalheiro em um site de encontros na internet. Ela procura por um novo relacionamento baseado em companheirismo de pessoas na terceira idade. O problema é que ele não é exatamente aquilo que afirma ser.
Pablo Aluísio.
O Homem que Não Estava Lá
Título no Brasil: O Homem que Não Estava Lá
Título Original: The Man Who Wasn't There
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: USA Films
Direção: Joel Coen, Ethan Coen
Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen
Elenco: Billy Bob Thornton, Frances McDormand, James Gandolfini, Michael Badalucco, Katherine Borowitz, Jon Polito
Sinopse:
Ed Crane (Billy Bob Thornton) trabalha como barbeiro. Ele é um homem honesto e trabalhador. Também é um sujeito de poucas palavras. Sua vida simples e objetiva acaba quando ele passa a desconfiar que sua esposa o está traindo. Doris (Frances McDormand) passa a ser então o tormento de sua vida.
Comentários:
Eu particularmente considero os irmãos Coen cineastas brilhantes. Nunca assisti a um filme deles que não fosse no mínimo interessante. Isso sem falar nas diversos excelentes filmes que dirigiram e roteirizaram. Aqui eles fazem uma homenagem ao cinema noir. O filme tem uma bela fotografia em preto e branco assinada por Roger Deakins. Esse diretor de fotografia inclusive foi indicado ao Oscar da categoria por esse mesmo trabalho. A crítica adorou "O Homem que Não Estava Lá" e isso resultou também em uma prestigiada indicação ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama. Todas essas indicações foram mais do que merecidas. O filme é realmente uma pequena obra-prima. O elenco é ótimo e Billy Bob Thornton nunca esteve tão bem. Caladão e observador, ele narra todos os acontecimentos que se passam na tela, com sobriedade e precisão, apesar do absurdo de certos momentos. E do elenco também destacaria a atriz Frances McDormand como a suposta esposa infiel e o excelente James Gandolfini como um mafioso! A cena dele com Billy Bob Thornton é uma das melhores coisas do filme. Enfim, não deixe passar esse filme em branco. É uma viagem ao passado, para a imortal estética do cinema noir dos anos 1940. Um presente para qualquer cinéfilo.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Man Who Wasn't There
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: USA Films
Direção: Joel Coen, Ethan Coen
Roteiro: Joel Coen, Ethan Coen
Elenco: Billy Bob Thornton, Frances McDormand, James Gandolfini, Michael Badalucco, Katherine Borowitz, Jon Polito
Sinopse:
Ed Crane (Billy Bob Thornton) trabalha como barbeiro. Ele é um homem honesto e trabalhador. Também é um sujeito de poucas palavras. Sua vida simples e objetiva acaba quando ele passa a desconfiar que sua esposa o está traindo. Doris (Frances McDormand) passa a ser então o tormento de sua vida.
Comentários:
Eu particularmente considero os irmãos Coen cineastas brilhantes. Nunca assisti a um filme deles que não fosse no mínimo interessante. Isso sem falar nas diversos excelentes filmes que dirigiram e roteirizaram. Aqui eles fazem uma homenagem ao cinema noir. O filme tem uma bela fotografia em preto e branco assinada por Roger Deakins. Esse diretor de fotografia inclusive foi indicado ao Oscar da categoria por esse mesmo trabalho. A crítica adorou "O Homem que Não Estava Lá" e isso resultou também em uma prestigiada indicação ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Filme - Drama. Todas essas indicações foram mais do que merecidas. O filme é realmente uma pequena obra-prima. O elenco é ótimo e Billy Bob Thornton nunca esteve tão bem. Caladão e observador, ele narra todos os acontecimentos que se passam na tela, com sobriedade e precisão, apesar do absurdo de certos momentos. E do elenco também destacaria a atriz Frances McDormand como a suposta esposa infiel e o excelente James Gandolfini como um mafioso! A cena dele com Billy Bob Thornton é uma das melhores coisas do filme. Enfim, não deixe passar esse filme em branco. É uma viagem ao passado, para a imortal estética do cinema noir dos anos 1940. Um presente para qualquer cinéfilo.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)