Título no Brasil: Popeye
Título Original: Popeye
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Walt Disney Productions
Direção: Robert Altman
Roteiro: Jules Feiffer
Elenco: Robin Williams, Shelley Duvall, Ray Walston, Paul Dooley, Paul L. Smith, Richard Libertini
Sinopse:
Adaptação para o cinema das aventuras do personagem de histórias em quadrinhos chamado Popeye. Ele é um marinheiro apaixonado pela Olivia Palito (Shelley Duvall), mas antes precisa enfrentar as trapaças do vilão Brutus (Paul L. Smith), inimigo de Popeye que também quer a mão de Olivia, sua grande paixão.
Comentários:
Popeye foi criado pelo cartunista E.C. Segar na década de 1920, ou seja, é um personagem antigo que está perto de completar 100 anos de sua criação. Ele sempre foi muito ideal para cartoons, desenhos animados e tirinhas em quadrinhos. Porém adaptar tudo isso para o cinema, em um filme com atores de carne e osso, sempre foi um desafio muito grande. E isso se refletiu ao longo dos anos. Durante décadas esse foi projeto foi adiado justamente por causa desses problemas de adaptação. Porém no começo dos anos 1980 a Disney (que detinha os direitos autorais do personagem) se aliou aos estúdios da Paramount para vencer esse desafio. O resultado podemos conferir nessa produção. OK, Robin Williams era um comediante talentoso e ele sem dúvida é a melhor coisa do filme, mas não há como negar que a coisa toda ficou meio estranha. O mais bizarro é que o diretor Robert Altman preferiu ir para o lado caricatural da coisa e aí... o resultado ficou pior ainda. Aliás quem teve a ideia de colocar Altman para dirigir esse filme? Não havia nome mais inadequado para dirigir um filme como esse do que ele. Diretor de filmes de arte, cults, dirigindo filme sobre Popeye? Não fez o menor sentido. Assim temos um filme que merece aplausos pela coragem dos envolvidos, mas que no final das contas não conseguiu adaptar as aventuras do marinheiro Popeye da forma que todos esperavam. Confirmou-se a velha ideia de que ele era mesmo inadaptável para o cinema.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 10 de março de 2020
Moscou em Nova York
Título no Brasil: Moscou em Nova York
Título Original: Moscow on the Hudson
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky, Leon Capetanos
Elenco: Robin Williams, Maria Conchita Alonso, Cleavant Derricks, Alejandro Rey, Saveliy Kramarov
Sinopse:
Vladimir Ivanoff (Robin Williams) é um músico russo que vai se apresentar com sua banda em Nova Iorque. Uma vez na América ele decide ficar no país, pedindo asilo político. Só que se adaptar ao novo estilo de vida não se mostrará muito fácil. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator - comédia ou musical (Robin Williams).
Comentários:
Robin Williams foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação nesse filme. Ele mereceu esse reconhecimento pois esteve muito bem em cena, dando um lado humano para seu personagem que realmente cativou os críticos. Depois do fracasso comercial do filme "Popeye" ele decidiu tentar novamente, dessa vez com um filme mais convencional. E de fato "Moscou em Nova Iorque" é uma comédia muito boa. Apresenta um roteiro mais sofisticado, mostrando as complicadas situações vividas por um russo que decide abandonar a União Soviética, para viver nos Estados Unidos. E é desse choque cultural que o roteiro tira as melhores situações do filme. Williams está de barba, bem diferente do habitual. Ele cativa o público com seu personagem que ora se apresenta inocente demais para o mundo capitalista ao seu redor, ora como um sonhador que deseja ter um futuro melhor nessa nova nação. Na época em que o filme foi lançado ainda se vivia a guerra fria e esse personagem soviético tão humano acabou cativando o público americano que fez do filme um sucesso de bilheteria. Assim essa produção foi de fato a porta de entrada que Robin Williams vinha esperando para finalmente ser um ator de cinema. Não resta dúvida que o elegante cineasta Paul Mazursky realizou uma bela obra cinematográfica, apesar de suas modestas pretensões.
Pablo Aluísio.
Título Original: Moscow on the Hudson
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Mazursky
Roteiro: Paul Mazursky, Leon Capetanos
Elenco: Robin Williams, Maria Conchita Alonso, Cleavant Derricks, Alejandro Rey, Saveliy Kramarov
Sinopse:
Vladimir Ivanoff (Robin Williams) é um músico russo que vai se apresentar com sua banda em Nova Iorque. Uma vez na América ele decide ficar no país, pedindo asilo político. Só que se adaptar ao novo estilo de vida não se mostrará muito fácil. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator - comédia ou musical (Robin Williams).
Comentários:
Robin Williams foi indicado ao Globo de Ouro por sua atuação nesse filme. Ele mereceu esse reconhecimento pois esteve muito bem em cena, dando um lado humano para seu personagem que realmente cativou os críticos. Depois do fracasso comercial do filme "Popeye" ele decidiu tentar novamente, dessa vez com um filme mais convencional. E de fato "Moscou em Nova Iorque" é uma comédia muito boa. Apresenta um roteiro mais sofisticado, mostrando as complicadas situações vividas por um russo que decide abandonar a União Soviética, para viver nos Estados Unidos. E é desse choque cultural que o roteiro tira as melhores situações do filme. Williams está de barba, bem diferente do habitual. Ele cativa o público com seu personagem que ora se apresenta inocente demais para o mundo capitalista ao seu redor, ora como um sonhador que deseja ter um futuro melhor nessa nova nação. Na época em que o filme foi lançado ainda se vivia a guerra fria e esse personagem soviético tão humano acabou cativando o público americano que fez do filme um sucesso de bilheteria. Assim essa produção foi de fato a porta de entrada que Robin Williams vinha esperando para finalmente ser um ator de cinema. Não resta dúvida que o elegante cineasta Paul Mazursky realizou uma bela obra cinematográfica, apesar de suas modestas pretensões.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 9 de março de 2020
Nada Santo
"Nada Santo" é uma produção italiana que conta a história de um criminoso chamado Santo Russo (Riccardo Scamarcio). Ainda jovem é condenado por um crime que não cometeu. Enviado para o reformatório se torna um bandido de pequenos delitos, até que vai crescendo no mundo do crime, se envolvendo com todo tipo de práticas criminosas. O cinema italiano tem seus próprios cacoetes, que aqui se repetem. A trilha sonora é vintage, bem típica da década de 1970. O filme acompanha toda a história de vida desse bandido, desde os primeiros crimes pequenos até o auge de sua "carreira" quando se envolve no tráfico de heroína, um negócio altamente lucrativo que o torna um homem rico.
Muita gente brincou dizendo que o filme seria uma espécie de "Os Bons Companheiros" versão italiana. Não penso dessa forma. O Santo do filme não é necessariamente um mafioso. Ele está mais para um sujeito freelancer do mundo do crime. Onde for necessário realizar um serviço sujo, ele aparece. Não chega também a ser um assassino profissional, pois embora mate por encomenda, na maioria das vezes assassina seus opositores por puro interesse comercial. E como todo italiano de sua geração também procura por uma católica virgem para se casar, muito embora mantenha uma amante em um apartamento luxuoso em Milão. A modelo vive em outro mundo, em outro universo e esse choque de realidade gera até boas cenas.
No geral eu gostei do filme. Muita gente pode implicar pelo lado mais italianíssimo do filme. Assim como o cinema brasileiro sempre há um espaço para cenas mais focadas em sexo e violência. Algumas delas nada discretas. A trilha sonora marca presença, sempre um tom acima, o que me fez lembrar até mesmo dos filmes de faroeste da era do western spaghetti. O povo italiano é provavelmente o mais parecido com o brasileiro na Europa. Isso vai criar um ponto de identificação com o público brasileiro. E de fato, pelo que soube, esse filme acabou recebendo ótima recepção no Brasil, tendo uma boa audiência na plataforma.
Nada Santo (Lo Spietato, Itália, 2019) Direção: Renato De Maria / Roteiro: Renato De Maria, Valentina Strada / Elenco: Riccardo Scamarcio, Sara Serraiocco, Alessio Praticò / Sinopse: O filme conta a história do criminoso Santo Russo (Riccardo Scamarcio), desde sua entrada no mundo do crime, ainda adolescente, até seu auge, quando começou a se envolver no tráfico de heroína, algo que o tornou um homem rico.
Pablo Aluísio.
Muita gente brincou dizendo que o filme seria uma espécie de "Os Bons Companheiros" versão italiana. Não penso dessa forma. O Santo do filme não é necessariamente um mafioso. Ele está mais para um sujeito freelancer do mundo do crime. Onde for necessário realizar um serviço sujo, ele aparece. Não chega também a ser um assassino profissional, pois embora mate por encomenda, na maioria das vezes assassina seus opositores por puro interesse comercial. E como todo italiano de sua geração também procura por uma católica virgem para se casar, muito embora mantenha uma amante em um apartamento luxuoso em Milão. A modelo vive em outro mundo, em outro universo e esse choque de realidade gera até boas cenas.
No geral eu gostei do filme. Muita gente pode implicar pelo lado mais italianíssimo do filme. Assim como o cinema brasileiro sempre há um espaço para cenas mais focadas em sexo e violência. Algumas delas nada discretas. A trilha sonora marca presença, sempre um tom acima, o que me fez lembrar até mesmo dos filmes de faroeste da era do western spaghetti. O povo italiano é provavelmente o mais parecido com o brasileiro na Europa. Isso vai criar um ponto de identificação com o público brasileiro. E de fato, pelo que soube, esse filme acabou recebendo ótima recepção no Brasil, tendo uma boa audiência na plataforma.
Nada Santo (Lo Spietato, Itália, 2019) Direção: Renato De Maria / Roteiro: Renato De Maria, Valentina Strada / Elenco: Riccardo Scamarcio, Sara Serraiocco, Alessio Praticò / Sinopse: O filme conta a história do criminoso Santo Russo (Riccardo Scamarcio), desde sua entrada no mundo do crime, ainda adolescente, até seu auge, quando começou a se envolver no tráfico de heroína, algo que o tornou um homem rico.
Pablo Aluísio.
A Baía do Ódio
Título no Brasil: A Baía do Ódio
Título Original: Alamo Bay
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Louis Malle
Roteiro: Alice Arlen
Elenco: Ed Harris, Amy Madigan, Ho Nguyen, Donald Moffat, Truyen V. Tran, Martin LaSalle
Sinopse:
Um veterano da guerra do Vietnã, com problemas de traumas de guerra e depressão, vê um grupo de imigrantes vietnamitas dominando sua área de trabalho, a pesca de camarão em Alamo Bay, na costa sul do estado do Texas. Essa baía sempre foi fonte de sustento das famílias da região, mas passa a ser dominada por empresários orientais, destruindo a renda dos americanos.
Comentários:
Esse filme foi produzido em 1985, mas está mais atual do que nunca! O roteiro lida excepcionalmente bem com o sentimento de xenofobia e ódio que impera atualmente dentro da sociedade dos Estados Unidos. Quer dizer, sempre existiu esse tipo de preconceito, porém com o avanço da imigração ilegal (que segundo algumas fontes estimam em 40 milhões de pessoas!), o caldo desandou de vez. O personagem principal do filme é um veterano do Vietnã. Ele lutou por seu país, viu seus jovens amigos morrendo no meio da selva e quando retornou para a América viu seus sonhos todos destruídos. Vivendo no limite da pobreza, sem conseguir viver bem, acaba tendo que lidar novamente com vietnamitas. Só que agora eles roubam seu trabalho na pesca de camarão em Alamo Bay, o deixando completamente à mercê da pobreza completa. O que você acha que tudo isso iria desencadear? Ele se une a outros pescadores americanos de camarão, pegam seus rifles e começam a tocar o terror nos orientais. O pior é que sua própria mulher começa a tomar parte em favor dos imigrantes. Ed Harris é um grande ator e sempre foi muito subestimado. Aqui ele se destaca novamente com um roteiro preciso, que discute temas sociais mais do que importantes. Sua caracterização é perfeita, o que infelizmente nem sempre podemos dizer dos demais atores coadjuvantes do elenco. Eles exageram no sotaque e se tornam um tanto caricatos. De qualquer forma o filme supera esses problemas pontuais. É um filme que, como ja escrevi, não envelheceu nada, pelo contrário, ficou muito mais atual nos dias de hoje.
Pablo Aluísio.
Título Original: Alamo Bay
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Louis Malle
Roteiro: Alice Arlen
Elenco: Ed Harris, Amy Madigan, Ho Nguyen, Donald Moffat, Truyen V. Tran, Martin LaSalle
Sinopse:
Um veterano da guerra do Vietnã, com problemas de traumas de guerra e depressão, vê um grupo de imigrantes vietnamitas dominando sua área de trabalho, a pesca de camarão em Alamo Bay, na costa sul do estado do Texas. Essa baía sempre foi fonte de sustento das famílias da região, mas passa a ser dominada por empresários orientais, destruindo a renda dos americanos.
Comentários:
Esse filme foi produzido em 1985, mas está mais atual do que nunca! O roteiro lida excepcionalmente bem com o sentimento de xenofobia e ódio que impera atualmente dentro da sociedade dos Estados Unidos. Quer dizer, sempre existiu esse tipo de preconceito, porém com o avanço da imigração ilegal (que segundo algumas fontes estimam em 40 milhões de pessoas!), o caldo desandou de vez. O personagem principal do filme é um veterano do Vietnã. Ele lutou por seu país, viu seus jovens amigos morrendo no meio da selva e quando retornou para a América viu seus sonhos todos destruídos. Vivendo no limite da pobreza, sem conseguir viver bem, acaba tendo que lidar novamente com vietnamitas. Só que agora eles roubam seu trabalho na pesca de camarão em Alamo Bay, o deixando completamente à mercê da pobreza completa. O que você acha que tudo isso iria desencadear? Ele se une a outros pescadores americanos de camarão, pegam seus rifles e começam a tocar o terror nos orientais. O pior é que sua própria mulher começa a tomar parte em favor dos imigrantes. Ed Harris é um grande ator e sempre foi muito subestimado. Aqui ele se destaca novamente com um roteiro preciso, que discute temas sociais mais do que importantes. Sua caracterização é perfeita, o que infelizmente nem sempre podemos dizer dos demais atores coadjuvantes do elenco. Eles exageram no sotaque e se tornam um tanto caricatos. De qualquer forma o filme supera esses problemas pontuais. É um filme que, como ja escrevi, não envelheceu nada, pelo contrário, ficou muito mais atual nos dias de hoje.
Pablo Aluísio.
domingo, 8 de março de 2020
A Cuidadora
O Mal de Parkinson atinge milhares de pessoas ao redor do mundo. É uma doença grave, sem cura, que maltrata bastante as pessoas que são diagnosticadas com ela. Esse filme conta a história de um portador de Parkinson. O personagem principal se chama Sir Michael Gifford (Brian Cox). No passado ele foi um grande ator. Um premiado intérprete de Shakespeare tanto no teatro como no cinema. Seu talento o levou a ser condecorado com a ordem do império britânico. Isso tudo porém se torna passado. Ele agora está idoso, sofrendo de Parkinson, em sua grande casa no campo.
Sua filha sabe que ele precisa de uma cuidadora de idosos, mas o veterano ator odeia essa ideia. Ele briga com várias enfermeiras, até que um dia a jovem húngara Dorottya (Coco König) chega para trabalhar cuidando dele. Ela tem algo em comum com o paciente que passa a cuidar. Ela sonha um dia também se tornar uma boa atriz. Isso acaba virando um elo de ligação entre eles. Em pouco tempo Gifford cria uma grande vínculo de amizade com sua cuidadora. E fica novamente feliz quando é convidado para receber um prêmio pela conjunto de sua obra. É a chance de voltar a aparecer em público. Algo que para um artista como ele é tão importante como respirar!
Esse filme inglês é muito bom. Não é comum filmes retratando portadores de Mal de Parkinson. E isso é bem curioso porque é uma doença até muito comum, principalmente em pessoas idosas. O roteiro, de forma inteligente, não exagera nas tintas do drama. Ao invés disso investe na humanidade dos personagens. Isso deu um tom leve que não esperava encontrar em um filme com essa temática. E Brian Cox traz todo o brilho e dignidade necessários para seu papel. Um protagonista maltratado pelos anos, mas ainda assim com uma personalidade forte e decidida, disposto a superar todas as adversidades. É uma bela lição de vida.
A Cuidadora (The Carer, Inglaterra, Hungria, 2016) Direção: János Edelényi / Roteiro: Gilbert Adair, János Edelényi / Elenco: Brian Cox, Coco König, Maitland Chandler, Ruth Posner / Sinopse: O filme conta a história de um veterano ator de teatro e cinema que na velhice passa a sofrer de Mal de Parkinson. Sua vida muda quando ele recebe a vinda de uma nova cuidadora, uma jovem que sonha ser atriz. E tudo se torna mais desafiante quando ele é convidado para receber um prêmio pelo conjunto de sua obra como ator dramático. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Brian Cox).
Pablo Aluísio.
Sua filha sabe que ele precisa de uma cuidadora de idosos, mas o veterano ator odeia essa ideia. Ele briga com várias enfermeiras, até que um dia a jovem húngara Dorottya (Coco König) chega para trabalhar cuidando dele. Ela tem algo em comum com o paciente que passa a cuidar. Ela sonha um dia também se tornar uma boa atriz. Isso acaba virando um elo de ligação entre eles. Em pouco tempo Gifford cria uma grande vínculo de amizade com sua cuidadora. E fica novamente feliz quando é convidado para receber um prêmio pela conjunto de sua obra. É a chance de voltar a aparecer em público. Algo que para um artista como ele é tão importante como respirar!
Esse filme inglês é muito bom. Não é comum filmes retratando portadores de Mal de Parkinson. E isso é bem curioso porque é uma doença até muito comum, principalmente em pessoas idosas. O roteiro, de forma inteligente, não exagera nas tintas do drama. Ao invés disso investe na humanidade dos personagens. Isso deu um tom leve que não esperava encontrar em um filme com essa temática. E Brian Cox traz todo o brilho e dignidade necessários para seu papel. Um protagonista maltratado pelos anos, mas ainda assim com uma personalidade forte e decidida, disposto a superar todas as adversidades. É uma bela lição de vida.
A Cuidadora (The Carer, Inglaterra, Hungria, 2016) Direção: János Edelényi / Roteiro: Gilbert Adair, János Edelényi / Elenco: Brian Cox, Coco König, Maitland Chandler, Ruth Posner / Sinopse: O filme conta a história de um veterano ator de teatro e cinema que na velhice passa a sofrer de Mal de Parkinson. Sua vida muda quando ele recebe a vinda de uma nova cuidadora, uma jovem que sonha ser atriz. E tudo se torna mais desafiante quando ele é convidado para receber um prêmio pelo conjunto de sua obra como ator dramático. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Brian Cox).
Pablo Aluísio.
A Manhã Seguinte
Título no Brasil: A Manhã Seguinte
Título Original: The Morning After
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Productions
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: James Cresson
Elenco: Jane Fonda, Jeff Bridges, Raul Julia, Kathy Bates, Diane Salinger, Geoffrey Scott
Sinopse:
Alex Sternbergen (Jane Fonda) é uma atriz decadente e alcoólatra que certa manhã acorda ao lado de um homem desconhecido. Pior do que isso, ele está morto, foi assassinado. Quem o matou? E qual seria a ligação de Alex com o crime? Sua vida estaria em perigo? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Jane Fonda).
Comentários:
Thriller de suspense dos anos 80 que surpreende pelo bom roteiro. Poderia ser facilmente um projeto a ser dirigido por Brian De Palma que nessa época estava em plena forma. Só que o filme acabou sendo indicado para ser dirigido pelo estiloso Sidney Lumet. Ele trouxe um certo charme europeu ao filme, o que ajudou a construir todo o clima de suspense que o roteiro exigia. O elenco do filme é muito bom, com o melhor que havia dentro da indústria cinematográfica da época. Jane Fonda, por exemplo, dispensa maiores apresentações. Ela estava muito popular nos anos 80 por causa de seus vídeos de ginástica. Essas fitas VHS vendiam milhões de cópias e a atriz, que já era muito famosa desde os anos 60, se tornou uma mulher mais rica do que já era. Ela foi indicada ao Oscar por esse papel, algo que foi muito bem-vindo porque ela estava mesmo procurando melhorar nesse aspecto em seus filmes. Jeff Bridges, sempre eficiente, contava ainda com um elenco coadjuvante de primeira linha, com nomes como Raul Julia e Kathy Bates. O roteiro só derrapava um pouco no final, já que a conclusão da história não chegou a agradar a todos. De minha parte não vi problema. Esse é certamente um dos bons filmes desse estilo na década de 1980. Vale a pena assistir.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Morning After
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Productions
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: James Cresson
Elenco: Jane Fonda, Jeff Bridges, Raul Julia, Kathy Bates, Diane Salinger, Geoffrey Scott
Sinopse:
Alex Sternbergen (Jane Fonda) é uma atriz decadente e alcoólatra que certa manhã acorda ao lado de um homem desconhecido. Pior do que isso, ele está morto, foi assassinado. Quem o matou? E qual seria a ligação de Alex com o crime? Sua vida estaria em perigo? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Jane Fonda).
Comentários:
Thriller de suspense dos anos 80 que surpreende pelo bom roteiro. Poderia ser facilmente um projeto a ser dirigido por Brian De Palma que nessa época estava em plena forma. Só que o filme acabou sendo indicado para ser dirigido pelo estiloso Sidney Lumet. Ele trouxe um certo charme europeu ao filme, o que ajudou a construir todo o clima de suspense que o roteiro exigia. O elenco do filme é muito bom, com o melhor que havia dentro da indústria cinematográfica da época. Jane Fonda, por exemplo, dispensa maiores apresentações. Ela estava muito popular nos anos 80 por causa de seus vídeos de ginástica. Essas fitas VHS vendiam milhões de cópias e a atriz, que já era muito famosa desde os anos 60, se tornou uma mulher mais rica do que já era. Ela foi indicada ao Oscar por esse papel, algo que foi muito bem-vindo porque ela estava mesmo procurando melhorar nesse aspecto em seus filmes. Jeff Bridges, sempre eficiente, contava ainda com um elenco coadjuvante de primeira linha, com nomes como Raul Julia e Kathy Bates. O roteiro só derrapava um pouco no final, já que a conclusão da história não chegou a agradar a todos. De minha parte não vi problema. Esse é certamente um dos bons filmes desse estilo na década de 1980. Vale a pena assistir.
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de março de 2020
Togo
Esse filme é uma produção da Disney. Assim você já fica sabendo que vai encontrar um filme muito bem realizado do ponto de vista técnico. A história se passa em 1925, no Alasca. Uma vila é atingida por um surto de difteria. As crianças são as mais atingidas. Apenas um medicamento poderia salvar a vida de todas elas. Em pleno inverno, com temperaturas que chegavam a quase 50 graus negativos, a única saída era viajar em uma longa jornada no meio do clima mais hostil possível para pegar os remédios em outra região. E a única forma de ir lá era com trenós de cães treinados. O prefeito então pede a Leonhard Seppala (Willem Dafoe) que faça essa viagem para salvar a vida das crianças.
O roteiro é assim mais um a explorar a jornada do herói, enfrentando os maiores desafios por uma causa nobre. Só que aqui temos um diferencial. Embora o personagem de Dafoe seja importante em tudo o que aconteceu, o grande herói foi o cão líder Togo. Ele ia na frente dos demais cães, passando por todos os desafios no meio de todo aquele inverno rigoroso do Alasca. O filme é até mesmo uma espécie de justiça tardia na história desse animal. Durante anos a imprensa havia dado atenção a outro cão, chamado Baldo. Mas historiadores vasculharam todos os acontecimentos da época, que aconteceram há quase 100 anos, e chegaram finalmente na conclusão que foi Togo e não Baldo o verdadeiro herói dessa jornada. Recentemente inclusive a revista Time elegeu essa husky siberiano como o "animal mais heróico da história". Um título e tanto.
A Disney, que já havia produzido animações sobre Baldo, acabou fazendo uma espécie de mea culpa com essa produção muito boa. É um filme que vai agradar não apenas as crianças, mas aos adultos também. Isso porque é uma aventura ao velho estilo. O trenó com os cães passam pelas maiores aventuras, atravessando lagos de gelo, encostas perigosas e montanhas nevadas. A fotografia do filme é linda, fruto obviamente do cenário natural onde o filme foi rodado. O Alasca é conhecido por suas paisagens deslumbrantes, embora seja um lugar nada propício para o ser humano viver. Enfim, um belo filme que me agradou bastante. Um belo reconhecimento histórico, embora tardio, dos feitos desse cão chamado Togo. Quem disse que apenas os seres humanos poderiam ser heróis?
Togo (Togo, Estados Unidos, 2019) Direção; Ericson Core / Roteiro: Tom Flynn / Elenco: Willem Dafoe, Julianne Nicholson, Christopher Heyerdah / Sinopse: O filme conta a história real do husky Togo. Esse cão, ao lado de outros animais e de seu dono, fizeram uma jornada heróica no Alasca em 1925, com a finalidade de trazer remédios para crianças doentes em uma pequena vila isolada. Filme indicado ao Writers Guild of America.
Pablo Aluísio.
O roteiro é assim mais um a explorar a jornada do herói, enfrentando os maiores desafios por uma causa nobre. Só que aqui temos um diferencial. Embora o personagem de Dafoe seja importante em tudo o que aconteceu, o grande herói foi o cão líder Togo. Ele ia na frente dos demais cães, passando por todos os desafios no meio de todo aquele inverno rigoroso do Alasca. O filme é até mesmo uma espécie de justiça tardia na história desse animal. Durante anos a imprensa havia dado atenção a outro cão, chamado Baldo. Mas historiadores vasculharam todos os acontecimentos da época, que aconteceram há quase 100 anos, e chegaram finalmente na conclusão que foi Togo e não Baldo o verdadeiro herói dessa jornada. Recentemente inclusive a revista Time elegeu essa husky siberiano como o "animal mais heróico da história". Um título e tanto.
A Disney, que já havia produzido animações sobre Baldo, acabou fazendo uma espécie de mea culpa com essa produção muito boa. É um filme que vai agradar não apenas as crianças, mas aos adultos também. Isso porque é uma aventura ao velho estilo. O trenó com os cães passam pelas maiores aventuras, atravessando lagos de gelo, encostas perigosas e montanhas nevadas. A fotografia do filme é linda, fruto obviamente do cenário natural onde o filme foi rodado. O Alasca é conhecido por suas paisagens deslumbrantes, embora seja um lugar nada propício para o ser humano viver. Enfim, um belo filme que me agradou bastante. Um belo reconhecimento histórico, embora tardio, dos feitos desse cão chamado Togo. Quem disse que apenas os seres humanos poderiam ser heróis?
Togo (Togo, Estados Unidos, 2019) Direção; Ericson Core / Roteiro: Tom Flynn / Elenco: Willem Dafoe, Julianne Nicholson, Christopher Heyerdah / Sinopse: O filme conta a história real do husky Togo. Esse cão, ao lado de outros animais e de seu dono, fizeram uma jornada heróica no Alasca em 1925, com a finalidade de trazer remédios para crianças doentes em uma pequena vila isolada. Filme indicado ao Writers Guild of America.
Pablo Aluísio.
Neve pra Cachorro
Título no Brasil: Neve pra Cachorro
Título Original: Snow Dogs
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Brian Levant
Roteiro: Jim Kouf, Tommy Swerdlow
Elenco: Cuba Gooding Jr, James Coburn, Nichelle Nichols, M. Emmet Walsh, Graham Greene, Brian Doyle-Murray
Sinopse:
Quando o dentista de Miami Ted Brooks (Cuba Gooding Jr) descobre que sua mãe biológica faleceu e que ele foi nomeado em seu testamento, ele viaja para o Alasca para reivindicar sua herança. Em vez do grande pedaço de mudança que muitas pessoas esperariam, Ted recebe de herança uma matilha de cães de trenó que era de sua propriedade.
Comentários:
Não faz muito tempo comentei aqui no blog o filme "Togo" sobre uma história real (muito bonita, por sinal) envolvendo cães de trenô no Alasca. Esse filme aqui não tem tantas pretensões a não ser animar e divertir. É uma produção da Disney estrelada pelo ator Cuba Gooding Jr. Ele inclusive foi pego em cheio pela tal "maldição do Oscar", aquela que afirma que quando um ator ou atriz são premiados jovens demais, é sinal que a carreira vai afundar rapidamente. Com o Cuba foi assim mesmo, seguindo o script. Ele era ainda bem desconhecido quando foi premiado por sua atuação em "Jerry Maguire" no ano de 1996. Cedo demais para ganhar um prêmio tão importante. E a partir daí, não deu outra, foi ladeira abaixo. Pelo menos ele poderia aproveitar o trenô com os cães para ter uma queda mais segura. No mais o que temos aqui é um filme até que bem produzido, afinal tem o selo da Disney, porém mais recomendado para crianças ou para um tipo de público mais bocó.
Pablo Aluísio.
Título Original: Snow Dogs
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Brian Levant
Roteiro: Jim Kouf, Tommy Swerdlow
Elenco: Cuba Gooding Jr, James Coburn, Nichelle Nichols, M. Emmet Walsh, Graham Greene, Brian Doyle-Murray
Sinopse:
Quando o dentista de Miami Ted Brooks (Cuba Gooding Jr) descobre que sua mãe biológica faleceu e que ele foi nomeado em seu testamento, ele viaja para o Alasca para reivindicar sua herança. Em vez do grande pedaço de mudança que muitas pessoas esperariam, Ted recebe de herança uma matilha de cães de trenó que era de sua propriedade.
Comentários:
Não faz muito tempo comentei aqui no blog o filme "Togo" sobre uma história real (muito bonita, por sinal) envolvendo cães de trenô no Alasca. Esse filme aqui não tem tantas pretensões a não ser animar e divertir. É uma produção da Disney estrelada pelo ator Cuba Gooding Jr. Ele inclusive foi pego em cheio pela tal "maldição do Oscar", aquela que afirma que quando um ator ou atriz são premiados jovens demais, é sinal que a carreira vai afundar rapidamente. Com o Cuba foi assim mesmo, seguindo o script. Ele era ainda bem desconhecido quando foi premiado por sua atuação em "Jerry Maguire" no ano de 1996. Cedo demais para ganhar um prêmio tão importante. E a partir daí, não deu outra, foi ladeira abaixo. Pelo menos ele poderia aproveitar o trenô com os cães para ter uma queda mais segura. No mais o que temos aqui é um filme até que bem produzido, afinal tem o selo da Disney, porém mais recomendado para crianças ou para um tipo de público mais bocó.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de março de 2020
55 Passos
Título Original: 55 Steps
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Bille August
Roteiro: Mark Bruce Rosin
Elenco: Helena Bonham Carter, Hilary Swank, Jeffrey Tambor, Michael Culkin, Jonathan Kerrigan, Tim Plester
Sinopse:
O filme conta a história real de Eleanor Riese (Helena Bonham Carter). Durante a década de 1980 ela foi internada em uma instituição psiquiátrica após ser diagnosticada com esquizofrenia. Durante a internação ela sofreu abusos por causa dos fortes medicamentos que era obrigada a tomar. Desesperada, ela acaba contratando uma advogada para defender seus direitos como paciente.
Comentários:
Bom filme que toca numa questão importante envolvendo os direitos das pessoas que são internadas e levadas a tomar medicação sem seu próprio consentimento. O caso da Eleanor Riese, que lutava pelo direito de se recusar a tomar certos remédios, foi parar na Suprema Corte dos Estados Unidos. Quem a defendia era uma jovem advogada chamada Colette Hughes (Hilary Swank). A batalha nos tribunais foi longa, desgastante e sofrida, mas acabou criando uma importante jurisprudência que defendia diversos direitos dos pacientes. O filme conta tudo com muita delicadeza, ao também explorar a personalidade da protagonista. E aqui vão todos os parabéns para a atriz Helena Bonham Carter. Ela encarnou Eleanor, com todos os seus problemas mentais, com uma humanidade digna de aplausos. Quem conhece o trabalho dela sabe o quanto Helena é talentosa. O diferencial é que nesse filme ele conseguiu desenvolver muito bem sua personagem, com a ajuda inestimável da também muito talentosa Hilary Swank. E assim deixo a indicação para quem aprecia bom cinema, tratando de assuntos importantes e relevantes. O filme aliás é especialmente indicado para profissionais de saúde pelo tema tratado.
Pablo Aluísio.
Encontros e Desencontros
Título no Brasil: Encontros e Desencontros
Título Original: Lost in Translation
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Focus Features
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Sofia Coppola
Elenco: Bill Murray, Scarlett Johansson, Giovanni Ribisi, Catherine Lambert, Kazuyoshi Minamimagoe, François du Bois
Sinopse:
Bob Harris (Bill Murray) é uma estrela do cinema americano. Ele poderia estar feliz por visitar o Japão, mas passando por uma crise existencial e de depressão, tudo parece um farto pesado para carregar. As coisas só melhoram um pouco após ele conhecer uma jovem garota. Filme Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Sofia Coppola). Indicado nas categorias de Melhor Ator (Bill Murray) e Melhor Direção (Sofia Coppola).
Comentários:
Há algo de muito curioso na carreira de Sofia Coppola no cinema. Como atriz ela sempre foi criticada severamente pelos críticos de cinema. Como diretora ela geralmente é louvada e celebrada! Sempre reações do tipo oito ou oitenta. Tudo exageradamente polarizado. Esse filme aqui foi um queridinho dos jornalistas que escrevem sobre cinema. Quando foi lançado logo ganhou o título de obra-prima. A reação em ondas de elogios (que hoje sei, foi muito exagerada) me fez ir assistir no cinema. E aí... foi meio decepcionante! Achei o filme pretensioso demais, com duração excessiva e em muitos momentos bastante chato. Até porque vamos convir que assistir a um filme onde o personagem principal passa por uma crise existencial associada a um claro momento depressivo não é mesmo a coisa mais divertida do mundo! Tem que entrar no espírito de melancolia que o filme propõe e esse definitivamente não era o meu caso. Reconheco todos os méritos de Bill Murray que teve a coragem de fazer algo completamente diferente em sua carreira. Essa inclusive foi a primeira e única indicação ao Oscar em sua vida artística. Avalio como muito bom o trabalho do elenco de apoio e direção, mas sinceramente falando não gostei do filme. Achei pedante, arrastado e bem tedioso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Lost in Translation
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Focus Features
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Sofia Coppola
Elenco: Bill Murray, Scarlett Johansson, Giovanni Ribisi, Catherine Lambert, Kazuyoshi Minamimagoe, François du Bois
Sinopse:
Bob Harris (Bill Murray) é uma estrela do cinema americano. Ele poderia estar feliz por visitar o Japão, mas passando por uma crise existencial e de depressão, tudo parece um farto pesado para carregar. As coisas só melhoram um pouco após ele conhecer uma jovem garota. Filme Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Sofia Coppola). Indicado nas categorias de Melhor Ator (Bill Murray) e Melhor Direção (Sofia Coppola).
Comentários:
Há algo de muito curioso na carreira de Sofia Coppola no cinema. Como atriz ela sempre foi criticada severamente pelos críticos de cinema. Como diretora ela geralmente é louvada e celebrada! Sempre reações do tipo oito ou oitenta. Tudo exageradamente polarizado. Esse filme aqui foi um queridinho dos jornalistas que escrevem sobre cinema. Quando foi lançado logo ganhou o título de obra-prima. A reação em ondas de elogios (que hoje sei, foi muito exagerada) me fez ir assistir no cinema. E aí... foi meio decepcionante! Achei o filme pretensioso demais, com duração excessiva e em muitos momentos bastante chato. Até porque vamos convir que assistir a um filme onde o personagem principal passa por uma crise existencial associada a um claro momento depressivo não é mesmo a coisa mais divertida do mundo! Tem que entrar no espírito de melancolia que o filme propõe e esse definitivamente não era o meu caso. Reconheco todos os méritos de Bill Murray que teve a coragem de fazer algo completamente diferente em sua carreira. Essa inclusive foi a primeira e única indicação ao Oscar em sua vida artística. Avalio como muito bom o trabalho do elenco de apoio e direção, mas sinceramente falando não gostei do filme. Achei pedante, arrastado e bem tedioso.
Pablo Aluísio.
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