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segunda-feira, 9 de março de 2020

A Baía do Ódio

Título no Brasil: A Baía do Ódio
Título Original: Alamo Bay
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Louis Malle
Roteiro: Alice Arlen
Elenco: Ed Harris, Amy Madigan, Ho Nguyen, Donald Moffat, Truyen V. Tran, Martin LaSalle

Sinopse:
Um veterano da guerra do Vietnã, com problemas de traumas de guerra e depressão, vê um grupo de imigrantes vietnamitas dominando sua área de trabalho, a pesca de camarão em Alamo Bay, na costa sul do estado do Texas. Essa baía sempre foi fonte de sustento das famílias da região, mas passa a ser dominada por empresários orientais, destruindo a renda dos americanos.

Comentários:
Esse filme foi produzido em 1985, mas está mais atual do que nunca! O roteiro lida excepcionalmente bem com o sentimento de xenofobia e ódio que impera atualmente dentro da sociedade dos Estados Unidos. Quer dizer, sempre existiu esse tipo de preconceito, porém com o avanço da imigração ilegal (que segundo algumas fontes estimam em 40 milhões de pessoas!), o caldo desandou de vez. O personagem principal do filme é um veterano do Vietnã. Ele lutou por seu país, viu seus jovens amigos morrendo no meio da selva e quando retornou para a América viu seus sonhos todos destruídos. Vivendo no limite da pobreza, sem conseguir viver bem, acaba tendo que lidar novamente com vietnamitas. Só que agora eles roubam seu trabalho na pesca de camarão em Alamo Bay, o deixando completamente à mercê da pobreza completa. O que você acha que tudo isso iria desencadear? Ele se une a outros pescadores americanos de camarão, pegam seus rifles e começam a tocar o terror nos orientais. O pior é que sua própria mulher começa a tomar parte em favor dos imigrantes. Ed Harris é um grande ator e sempre foi muito subestimado. Aqui ele se destaca novamente com um roteiro preciso, que discute temas sociais mais do que importantes. Sua caracterização é perfeita, o que infelizmente nem sempre podemos dizer dos demais atores coadjuvantes do elenco. Eles exageram no sotaque e se tornam um tanto caricatos. De qualquer forma o filme supera esses problemas pontuais. É um filme que, como ja escrevi, não envelheceu nada, pelo contrário, ficou muito mais atual nos dias de hoje.

Pablo Aluísio.