Recentemente revi esse filme. Já tinha visto nos anos 90, quando ele foi lançado pela primeira vez. Naquela ocasião se disse que seria a retomada do cinema brasileiro após a era Collor. Foi um filme bancado quase que exclusivamente pela diretora Carla Camurati. Não é um filme historicamente preciso, nem essa foi a intenção da diretora. Ela assim aposta quase numa fábula, quando um escocês e uma garotinha conversam na praia e o assunto Brasil vem à tona. A partir daí ele começa a contar a história da vinda da família real portuguesa ao Brasil, obviamente com ênfase em Carlota Joaquina, a esposa de Dom João VI.
De fato há bom material sobre ela. Passou longe de ser uma rainha comum. Na verdade estava mais para megera e bruxa e Carla investe nisso, mas claro tudo sob um viés de muito bom humor. E no humor ninguém se destacaria mais do que Marco Nanini. Ele interpreta um rei caricato, sempre cambaleante, peruca despenteada e fora do lugar, escondendo sempre uma coxinha de galinha em sua roupa quase aos farrapos. É obviamente uma visão bem cartunesca, baseada em anos dessa imagem do improvável rei português. O roteiro porém acerta quando mostra que mesmo o monarca sendo um desastrado, covarde e até abobalhado, era capaz de tomar as decisões certas. O orçamento do filme foi pequeno, o que em alguns momentos fica claro na tela, mas mesmo assim o filme consegue convencer. Também com personagens históricos tão interessantes iria ficar mesmo complicado passar por cima da curiosidade natural em torno da história de nosso país.
Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (Brasil, 1995) Direção: Carla Camurati / Roteiro: Carla Camurati, Melanie Dimantas / Elenco: Marieta Severo, Marco Nanini, Marcos Palmeira, Antonio Abujamra, Beth Goulart, Ney Latorraca, Vera Holtz, Thales Pan Chacon / Sinopse: O filme traz uma visão bem humorada da vinda da família real portuguesa ao Brasil. O Rei Dom João VI, sua esposa Carlota Joaquina e toda a corte fugiram às pressas para a colônia após a ameaça de Napoleão Bonaparte em invadir as terras da nação lusa.
Pablo Aluísio.
sábado, 17 de novembro de 2018
Fúria Cannabis
O filme mostra o abismo em que a sociedade americana está afundada atualmente no tocante à questão das drogas. Os personagens são pessoas comuns, não criminosos, que acabam se envolvendo de uma forma ou outra com a chamada guerra das drogas. Um dos protagonistas é um jovem que fica desempregado. Sem dinheiro ele decide roubar alguns pés de maconha da plantação de um traficante. Tudo para revender e ter o que comer no fim do dia. A história se passa em uma das regiões mais pobres dos Estados Unidos, bem no meio do sul pantanoso.
Outro personagem curioso é um homem que viu sua vida acadêmica ser arruinada. Ele tinha tudo para vencer como professor universitário, era articulado e inteligente, mas no final deu tudo errado. Para sobreviver ele passa então a também vender maconha. E assim segue esse bom filme, mostrando pessoas que acabam se envolvendo no tráfico de uma forma ou outra. Embora existam boas cenas de ação, o principal mérito dessa produção é mostrar mesmo a vida barra pesada desse grupo de personagens sem futuro e sem esperança. Um bom retrato de uma América repleta de drogas e viciados, uma sociedade perdida nesse ponto de vista.
Fúria Cannabis (The World Made Straight, Estados Unidos, 2015) Direção: David Burris / Roteiro: Ron Rash, Shane Danielsen / Elenco: Noah Wyle, Jeremy Irvine, Minka Kelly / Sinopse: O filme mostra a realidade de pessoas comuns, empobrecidas, que vivem numa cidade do sul dos Estados Unidos. Para sobreviverem elas acabam entrando de uma forma ou outra no tráfico de drogas, em especial da maconha, nessas regiões.
Pablo Aluísio.
Outro personagem curioso é um homem que viu sua vida acadêmica ser arruinada. Ele tinha tudo para vencer como professor universitário, era articulado e inteligente, mas no final deu tudo errado. Para sobreviver ele passa então a também vender maconha. E assim segue esse bom filme, mostrando pessoas que acabam se envolvendo no tráfico de uma forma ou outra. Embora existam boas cenas de ação, o principal mérito dessa produção é mostrar mesmo a vida barra pesada desse grupo de personagens sem futuro e sem esperança. Um bom retrato de uma América repleta de drogas e viciados, uma sociedade perdida nesse ponto de vista.
Fúria Cannabis (The World Made Straight, Estados Unidos, 2015) Direção: David Burris / Roteiro: Ron Rash, Shane Danielsen / Elenco: Noah Wyle, Jeremy Irvine, Minka Kelly / Sinopse: O filme mostra a realidade de pessoas comuns, empobrecidas, que vivem numa cidade do sul dos Estados Unidos. Para sobreviverem elas acabam entrando de uma forma ou outra no tráfico de drogas, em especial da maconha, nessas regiões.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Um Preço Acima dos Rubis
Eu sempre gostei dos filmes da atriz Renée Zellweger. Hoje em dia, como sabemos, ela destruiu sua imagem com uma série desastrosa de cirurgias plásticas que inclusive mudaram suas feições, o que foi um absurdo completo. Nesse filme aqui, ainda bem, isso ainda não tinha acontecido. Renée Zellweger estava como sempre a conhecemos desde o começo de sua carreira, ou seja, era uma mocinha adorável. O interessante é que se trata de um drama até com tema meio pesado. Bem diferente da linha de seu trabalho na época, que ia de comédias românticas a filmes mais leves. Claro que ela estava mirando em prêmios maiores, como até mesmo o Oscar.
O tema do filme gira em torno de uma jovem mulher da comunidade judaica. Renée Zellweger interpreta Sonia Horowitz. Ela faz parte de uma uma família de judeus ortodoxos. Costumes fechados, rígidos, extremamente conservadores e tradicionais. No fundo ela sempre almejou por maior liberdade, mas como conseguir isso no meio daqueles parentes de costumes tão limitadores? Procurando por um pouco de independência pessoal, ela acaba indo trabalhar na joalheria do cunhado, ao mesmo tempo em que começa a se interessar por um homem latino, fora de seu meio social. Filme muito bom, embora, como já frisei, um pouco pesado, com forte carga dramática. Mesmo assim gostei bastante, principalmente pelos figurinos, pela direção de arte e reconstituição histórica. É um filme do tempo em que a Renée Zellweger ainda não tinha feito o grande erro de sua vida.
Um Preço Acima dos Rubis (A Price Above Rubies, Estados Unidos, 1998) Direção: Boaz Yakin / Roteiro: Boaz Yakin / Elenco: Renée Zellweger, Christopher Eccleston, Julianna Margulies / Sinopse: Jovem judia, nascida e criada numa comunidade fechada de judeus ortodoxos, sonha em ter mais liberdade e independência. Após ir trabalhar na joalheria de um parente acaba se apaixonando por um jovem artista latino. Filme indicado ao prêmio de melhor direção no Deauville Film Festival e melhor atriz (Renée Zellweger) no New York Film Critics Circle Awards.
Pablo Aluísio.
O tema do filme gira em torno de uma jovem mulher da comunidade judaica. Renée Zellweger interpreta Sonia Horowitz. Ela faz parte de uma uma família de judeus ortodoxos. Costumes fechados, rígidos, extremamente conservadores e tradicionais. No fundo ela sempre almejou por maior liberdade, mas como conseguir isso no meio daqueles parentes de costumes tão limitadores? Procurando por um pouco de independência pessoal, ela acaba indo trabalhar na joalheria do cunhado, ao mesmo tempo em que começa a se interessar por um homem latino, fora de seu meio social. Filme muito bom, embora, como já frisei, um pouco pesado, com forte carga dramática. Mesmo assim gostei bastante, principalmente pelos figurinos, pela direção de arte e reconstituição histórica. É um filme do tempo em que a Renée Zellweger ainda não tinha feito o grande erro de sua vida.
Um Preço Acima dos Rubis (A Price Above Rubies, Estados Unidos, 1998) Direção: Boaz Yakin / Roteiro: Boaz Yakin / Elenco: Renée Zellweger, Christopher Eccleston, Julianna Margulies / Sinopse: Jovem judia, nascida e criada numa comunidade fechada de judeus ortodoxos, sonha em ter mais liberdade e independência. Após ir trabalhar na joalheria de um parente acaba se apaixonando por um jovem artista latino. Filme indicado ao prêmio de melhor direção no Deauville Film Festival e melhor atriz (Renée Zellweger) no New York Film Critics Circle Awards.
Pablo Aluísio.
Taken
Título no Brasil: Taken
Título Original: Taken
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Television
Direção: Tobe Hooper, Breck Eisner, Bryan Spicer
Roteiro: Leslie Bohem
Elenco: Dakota Fanning, Matt Frewer, Emily Bergl, Heather Donahue, Adam Kaufman, Adam Kaufman
Sinopse e Comentários:
Foi com grande expectativa que os fãs de Steven Spielberg esperaram por essa série de TV. Afinal o programa era produzido pelo próprio Spielberg, através de sua companhia cinematográfica, a DreamWorks. Some-se a isso o fato do diretor estar voltando ao tema dos extraterrestres que tinham dado origem a dois clássicos absolutos do cinema sob sua direção, "ET- O Extraterrestre" e "Contatos Imediatos de Terceiro Grau".
Só que as expectativas não deram em nada. De certo modo essa série foi bem decepcionante. O tema central de seus dez episódios era o estranho fenômeno dos abduzidos. Pessoas que diziam ter sido levadas por naves espaciais de origem extraterrestre, onde eram submetidas a diversas experiências, inclusive com a implantação de chips debaixo de suas peles. A mesma roteirista escreveu os roteiros de todos os episódios, muitas vezes se baseando em depoimentos de pessoas reais. Ficou chato. A verdade é que muitas dessas estórias não passam de lendas urbanas um pouco mais elaboradas, com influência da cultura Sci-fi. Nada mais do que isso. Nem o fato de Spielberg ter contratado bons diretores, como Tobe Hooper, ajudou no resultado final. Achei realmente muito fraco em todos os aspectos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Taken
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Television
Direção: Tobe Hooper, Breck Eisner, Bryan Spicer
Roteiro: Leslie Bohem
Elenco: Dakota Fanning, Matt Frewer, Emily Bergl, Heather Donahue, Adam Kaufman, Adam Kaufman
Sinopse e Comentários:
Foi com grande expectativa que os fãs de Steven Spielberg esperaram por essa série de TV. Afinal o programa era produzido pelo próprio Spielberg, através de sua companhia cinematográfica, a DreamWorks. Some-se a isso o fato do diretor estar voltando ao tema dos extraterrestres que tinham dado origem a dois clássicos absolutos do cinema sob sua direção, "ET- O Extraterrestre" e "Contatos Imediatos de Terceiro Grau".
Só que as expectativas não deram em nada. De certo modo essa série foi bem decepcionante. O tema central de seus dez episódios era o estranho fenômeno dos abduzidos. Pessoas que diziam ter sido levadas por naves espaciais de origem extraterrestre, onde eram submetidas a diversas experiências, inclusive com a implantação de chips debaixo de suas peles. A mesma roteirista escreveu os roteiros de todos os episódios, muitas vezes se baseando em depoimentos de pessoas reais. Ficou chato. A verdade é que muitas dessas estórias não passam de lendas urbanas um pouco mais elaboradas, com influência da cultura Sci-fi. Nada mais do que isso. Nem o fato de Spielberg ter contratado bons diretores, como Tobe Hooper, ajudou no resultado final. Achei realmente muito fraco em todos os aspectos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
O Articulador
Título no Brasil: O Articulador
Título Original: People I Know
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Myriad Pictures
Direção: Daniel Algrant
Roteiro: Jon Robin Baitz
Elenco: Al Pacino, Kim Basinger, Téa Leoni, Ryan O'Neal, Richard Schiff, Robert Klein, Mark Webber
Sinopse e Comentários:
Al Pacino interpreta Eli Wurman, um relações públicas de Nova Iorque cuja principal função é jogar para debaixo do tapete os escândalos envolvendo seus clientes. O problema é que ele próprio tem seus fantasmas, inclusive envolvendo as drogas, em especial a cocaína. Provavelmente ele se inspirou em vários profissionais como esses que trabalharam ao seu lado durante anos, afinal Pacino foi uma celebridade por décadas.
Interessante filme, embora menor, da carreira de Al Pacino. O elenco coadjuvante é muito bom, contando com Kim Basinger, ainda antes do peso da idade chegar com mais força e Ryan O'Neal, ídolo dos anos 70, cuja carreira afundou justamente por causa dos abusos de drogas a que se submeteu por longos anos. Essas pessoas de Hollywood precisam mesmo desses "apagadores de incêndios" pois vira e mexe eles se envolvem em alguma confusão séria. A maiora das celebridades não passam de adultos que ainda não saíram da adolescência, com seus narizes sempre brancos, do pó de cocaína. E quem se envolve com drogas também acaba se envolvendo com o mundo do crime. Possuem tudo na vida e ao mesmo tempo nada possuem... Vai entender essa gente...
Pablo Aluísio.
Título Original: People I Know
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Myriad Pictures
Direção: Daniel Algrant
Roteiro: Jon Robin Baitz
Elenco: Al Pacino, Kim Basinger, Téa Leoni, Ryan O'Neal, Richard Schiff, Robert Klein, Mark Webber
Sinopse e Comentários:
Al Pacino interpreta Eli Wurman, um relações públicas de Nova Iorque cuja principal função é jogar para debaixo do tapete os escândalos envolvendo seus clientes. O problema é que ele próprio tem seus fantasmas, inclusive envolvendo as drogas, em especial a cocaína. Provavelmente ele se inspirou em vários profissionais como esses que trabalharam ao seu lado durante anos, afinal Pacino foi uma celebridade por décadas.
Interessante filme, embora menor, da carreira de Al Pacino. O elenco coadjuvante é muito bom, contando com Kim Basinger, ainda antes do peso da idade chegar com mais força e Ryan O'Neal, ídolo dos anos 70, cuja carreira afundou justamente por causa dos abusos de drogas a que se submeteu por longos anos. Essas pessoas de Hollywood precisam mesmo desses "apagadores de incêndios" pois vira e mexe eles se envolvem em alguma confusão séria. A maiora das celebridades não passam de adultos que ainda não saíram da adolescência, com seus narizes sempre brancos, do pó de cocaína. E quem se envolve com drogas também acaba se envolvendo com o mundo do crime. Possuem tudo na vida e ao mesmo tempo nada possuem... Vai entender essa gente...
Pablo Aluísio.
A Garçonete
Título no Brasil: A Garçonete
Título Original: Waitress
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Adrienne Shelly
Roteiro: Adrienne Shelly
Elenco: Keri Russell, Nathan Fillion, Jeremy Sisto, Andy Griffith, Adrienne Shelly, Eddie Jemison
Sinopse e Comentários:
Bom filme estrelado pela atriz Keri Russell. Em meu caso me lembro mais dela da série "Felicity" que teve várias temporadas entre os anos de 1998 a 2002. Desde então tenho ouvido falar pouco nela. Provavelmente se casou e deixou a carreira um pouco de lado. De qualquer forma esse filme, um dos primeiros que fez no mundo do cinema, é bem interessante.
De maneira em geral sempre gostei desse tipo de roteiro que foca sua atenção na vida de pessoas comuns, como a garota que lhe atende como garçonete na lanchonete local, próximo de sua casa. No filme a Russell interpreta Jenna Hunterson. Ela é uma mocinha do sul, casada e grávida, que trabalha como garçonete. A vida é bem infeliz, até que ela conhece um novo cara, um sujeito de fora que chega para conquistar seu coração. Talvez a felicidade esteja ao seu lado... ou não! Um bom filme, bem humano, mostrando a história de uma garota comum, tentando vencer um dia de cada vez. Muito bom, gostei realmente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Waitress
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox Searchlight
Direção: Adrienne Shelly
Roteiro: Adrienne Shelly
Elenco: Keri Russell, Nathan Fillion, Jeremy Sisto, Andy Griffith, Adrienne Shelly, Eddie Jemison
Sinopse e Comentários:
Bom filme estrelado pela atriz Keri Russell. Em meu caso me lembro mais dela da série "Felicity" que teve várias temporadas entre os anos de 1998 a 2002. Desde então tenho ouvido falar pouco nela. Provavelmente se casou e deixou a carreira um pouco de lado. De qualquer forma esse filme, um dos primeiros que fez no mundo do cinema, é bem interessante.
De maneira em geral sempre gostei desse tipo de roteiro que foca sua atenção na vida de pessoas comuns, como a garota que lhe atende como garçonete na lanchonete local, próximo de sua casa. No filme a Russell interpreta Jenna Hunterson. Ela é uma mocinha do sul, casada e grávida, que trabalha como garçonete. A vida é bem infeliz, até que ela conhece um novo cara, um sujeito de fora que chega para conquistar seu coração. Talvez a felicidade esteja ao seu lado... ou não! Um bom filme, bem humano, mostrando a história de uma garota comum, tentando vencer um dia de cada vez. Muito bom, gostei realmente.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
A Freira
O filme até começa bem. Uma freira pula do alto da torre da abadia onde vive. Ela se joga para a morte com uma corda no pescoço. Obviamente um suicídio. Quem a encontra, muitos dias depois, já em estado de decomposição, é um morador de um vilarejo local que todos os meses vai até a abadia com mantimentos. O caso trágico chama a atenção da igreja que manda até o local o Padre Burke (Demián Bichir), acompanhando da jovem noviça Irmã Irene (Taissa Farmiga). Eles precisam descobrir o que estaria por trás da morte da religiosa. Uma vez chegando na abadia descobrem que o lugar é mais do que sinistro. A madre superiora é uma figura sombria, que nunca mostra o rosto. Também aparece pouco amigável. Já o contato com as demais freiras do local se torna praticamente impossível, pois elas vivem em clausura completa. Aos poucos o padre vai descobrindo cada vez mais sobre o passado do lugar, o que talvez explique tudo o que estaria acontecendo.
O problema maior desse filme "A Freira" é que o roteiro não valoriza o suspense, o mistério. O filme vai bem até mais ou menos a metade da duração. Depois as coisas vão acelerando até perder totalmente o seu maior trunfo, que seria justamente a sugestão, as sombras, o mistério. O fato é que o roteiro explica demais o que está acontecendo no filme, com isso o suspense vai para o ralo. Filmes assim, que subestimam a inteligência do espectador, escancarando tudo de uma vez, perdem demais no quesito terror. São filmes que não conseguem confiar no público. Tem que explicar tudo direitinho, dando até o nome do demônio que age na abadia. Não é assim que se produz um bom filme de terror!
No mais fica pelo menos a curiosidade de ver a irmã mais jovem da atriz Vera Farmiga atuando E ela é até bem carismática. Por falar nisso a Vera é uma das produtoras executivos do filme que é mais um a trazer a marca da série de filmes de terror de sucesso "The Conjuring". Para quem não se lembra tudo começou lá atrás, em 2013, com "Invocação do Mal". Todos os filmes estão de uma forma ou outra interligados. Essa figura sombria da Freira inclusive já havia aparecido antes. Era no começo apenas uma assombração apavorante, mas que o roteiristas resolveram desenvolver mais, contando sua história. Uma pena que apenas isso não consiga salvar o filme de seus próprios erros.
A Freira (The Nun, Estados Unidos, 2018) Direção: Corin Hardy / Roteiro: Gary Dauberman, James Wan / Elenco: Demián Bichir, Taissa Farmiga, Jonas Bloquet / Sinopse: Após a morte misteriosa de uma freira, um padre e uma noviça são enviados pelo Vaticano para descobrir tudo o que estaria por trás daquela morte trágica.
Pablo Aluísio.
O problema maior desse filme "A Freira" é que o roteiro não valoriza o suspense, o mistério. O filme vai bem até mais ou menos a metade da duração. Depois as coisas vão acelerando até perder totalmente o seu maior trunfo, que seria justamente a sugestão, as sombras, o mistério. O fato é que o roteiro explica demais o que está acontecendo no filme, com isso o suspense vai para o ralo. Filmes assim, que subestimam a inteligência do espectador, escancarando tudo de uma vez, perdem demais no quesito terror. São filmes que não conseguem confiar no público. Tem que explicar tudo direitinho, dando até o nome do demônio que age na abadia. Não é assim que se produz um bom filme de terror!
No mais fica pelo menos a curiosidade de ver a irmã mais jovem da atriz Vera Farmiga atuando E ela é até bem carismática. Por falar nisso a Vera é uma das produtoras executivos do filme que é mais um a trazer a marca da série de filmes de terror de sucesso "The Conjuring". Para quem não se lembra tudo começou lá atrás, em 2013, com "Invocação do Mal". Todos os filmes estão de uma forma ou outra interligados. Essa figura sombria da Freira inclusive já havia aparecido antes. Era no começo apenas uma assombração apavorante, mas que o roteiristas resolveram desenvolver mais, contando sua história. Uma pena que apenas isso não consiga salvar o filme de seus próprios erros.
A Freira (The Nun, Estados Unidos, 2018) Direção: Corin Hardy / Roteiro: Gary Dauberman, James Wan / Elenco: Demián Bichir, Taissa Farmiga, Jonas Bloquet / Sinopse: Após a morte misteriosa de uma freira, um padre e uma noviça são enviados pelo Vaticano para descobrir tudo o que estaria por trás daquela morte trágica.
Pablo Aluísio.
Hellboy Animated: O Espírito de Fantasma
Aos domingos gosto de comentar animações aqui no Blog. A dica de hoje é "Hellboy Animated: O Espírito de Fantasma". Um fato curioso é que esse roteiro foi cogitado para ser do terceiro filme do personagem no cinema. Quase foi usado em "Hellboy 3". Como sabemos o estúdio cancelou essa produção. Foi então que Guillermo del Toro teve a ideia de produzir esse longa de animação. Segundo ele mesmo explicou na época de lançamento: "Era uma estória boa demais para deixar na gaveta". E que enredo é esse? Basicamente temos aqui Hellboy enfrentando uma vampira milenar, claramente baseado na história (essa real) da condessa Elizabeth Bathory, uma nobre que se banhava em sangue de jovens camponesas que ela mandava matar. Tudo para manter juventude e beleza eternas!
Logo no começo da animação percebemos que o roteiro realmente é muito mais bem elaborado do que àqueles usados rotineiramente em desenhos animados. Há duas linhas temporais, uma no passado e outra no presente quando Hellboy e seu grupo vão investigar uma velha mansão, com fama de mal assombrada. Na verdade as almas penadas que vagam por seus corredores são justamente das mocinhas assassinadas pela condessa de sangue. Há também espaço para o surgimento de um culto a uma antiga divindade que obviamente ganha a vida e vem acertar contas com o próprio Hellboy. Enfim, a criação do desenhista e roteirista Mike Mignola mostra mais uma vez que tem carisma de sobra. E no mundo das animações funciona perfeitamente bem. Diversão garantida.
Hellboy Animated: O Espírito de Fantasma (Hellboy Animated: Blood and Iron, Estados Unidos, 2007) Direção: Victor Cook, Tad Stones / Roteiro: Kevin Hopps, Mike Mignola / Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, John Hurt / Sinopse: Animação com o famoso personagem da editora Dark Horse, criado por Mike Mignola. Aqui ele enfrenta uma antiga condessa vampira que deseja retomar ao nosso mundo para novamente espalhar terror e morte por onde passar.
Pablo Aluísio.
Logo no começo da animação percebemos que o roteiro realmente é muito mais bem elaborado do que àqueles usados rotineiramente em desenhos animados. Há duas linhas temporais, uma no passado e outra no presente quando Hellboy e seu grupo vão investigar uma velha mansão, com fama de mal assombrada. Na verdade as almas penadas que vagam por seus corredores são justamente das mocinhas assassinadas pela condessa de sangue. Há também espaço para o surgimento de um culto a uma antiga divindade que obviamente ganha a vida e vem acertar contas com o próprio Hellboy. Enfim, a criação do desenhista e roteirista Mike Mignola mostra mais uma vez que tem carisma de sobra. E no mundo das animações funciona perfeitamente bem. Diversão garantida.
Hellboy Animated: O Espírito de Fantasma (Hellboy Animated: Blood and Iron, Estados Unidos, 2007) Direção: Victor Cook, Tad Stones / Roteiro: Kevin Hopps, Mike Mignola / Elenco: Ron Perlman, Selma Blair, John Hurt / Sinopse: Animação com o famoso personagem da editora Dark Horse, criado por Mike Mignola. Aqui ele enfrenta uma antiga condessa vampira que deseja retomar ao nosso mundo para novamente espalhar terror e morte por onde passar.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de novembro de 2018
Christopher Robin
Não faz muito tempo assisti ao filme "Adeus Christopher Robin". Era a história real do garotinho que se tornou célebre após seu pai o colocar como personagem de um livro infantil que se tornou um best-seller mundial. Acabou se tornando um das publicações infantis mais vendidas de todos os tempos, contando justamente a fábula do pequeno Robin ao lado de seus brinquedos em um bosque perto de sua casa. Isso deu origem a personagens muito famosos como o ursinho Pooh, o Tigrão e o Leitão. Esse filme foi muito interessante para conhecer a verdadeira história do Christopher Robin, mostrando também o quanto ele sofreu com esse estigma depois que se tornou adulto. Pois bem, a Disney então decidiu produzir agora esse "Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível". Ao contrário do filme anterior que era um drama histórico esse aqui é mesmo uma fábula cinematográfica feita para crianças ali em torno de 5 a 7 anos de idade. Não é de se surpreender já que a Disney há muito tempo comprou os direitos autorais do livro original e agora os tem em sua vasta galeria de personagens infantis. Uma adaptação para o cinema já era esperada há bastante tempo.
Nesse segundo filme o Christopher Robin já é um adulto. Interpretado por Ewan McGregor, ele é um homem triste e preocupado. Pai de família, contador numa empresa que vende malas, ele precisa cortar custos de produção ou então a empresa será fechada e ele perderá o emprego. Segundo sua mulher, Robin se tornou um sujeito estressado que nunca sorri. Os amigos de infância - os antigos brinquedos - estão esquecidos em um canto da floresta ao redor de sua antiga casa. Até que um dia Robin recebe a visita do ursinho Pooh (no Brasil esse personagem é conhecido como ursinho Puff) e então sua vida muda novamente. Ele volta à sua velha casa e acaba revivendo o prazer de brincar e ser novamente uma criança.
Como se pode perceber é mesmo uma fábula, um conto de fadas. É um bom filme, bem produzido, com todos os elementos em cena. Porém devo dizer que ainda gostei muito mais de "Adeus Christopher Robin", até porque contou muito da história do verdadeiro Robin. Nesse segundo filme tudo é baseado em fantasia. Como as origens do ursinho Puff e seus amigos não são tão populares no Brasil possa ser que esse filme fique um pouco incompreensível para a maioria do público. Por isso deixo a dica para ver primeiro o outro filme para conhecer toda a história do livro que deu origem a tudo. Só depois veja esse da Disney. Com isso você terá maiores informações para curtir melhor essa produção
Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, Estados Unidos, 2018) Direção: Marc Forster / Roteiro: Alex Ross Perry, Tom McCarthy, baseados na obra original escrita por A.A. Milne / Elenco: Ewan McGregor, Hayley Atwell, Bronte Carmichael / Sinopse: Christopher Robin (Ewan McGregor) é um adulto casado, pai de família, contador em uma empresa que fabrica malas e que tem uma vida estressante e infeliz. Em um determinado dia ele é surpreendido pela visita de um velho amigo da infância, o ursinho Puff, que vem para lhe lembrar de como ele era feliz quando criança, quando brincava e se divertia no bosque perto da casa de seus pais.
Pablo Aluísio.
Nesse segundo filme o Christopher Robin já é um adulto. Interpretado por Ewan McGregor, ele é um homem triste e preocupado. Pai de família, contador numa empresa que vende malas, ele precisa cortar custos de produção ou então a empresa será fechada e ele perderá o emprego. Segundo sua mulher, Robin se tornou um sujeito estressado que nunca sorri. Os amigos de infância - os antigos brinquedos - estão esquecidos em um canto da floresta ao redor de sua antiga casa. Até que um dia Robin recebe a visita do ursinho Pooh (no Brasil esse personagem é conhecido como ursinho Puff) e então sua vida muda novamente. Ele volta à sua velha casa e acaba revivendo o prazer de brincar e ser novamente uma criança.
Como se pode perceber é mesmo uma fábula, um conto de fadas. É um bom filme, bem produzido, com todos os elementos em cena. Porém devo dizer que ainda gostei muito mais de "Adeus Christopher Robin", até porque contou muito da história do verdadeiro Robin. Nesse segundo filme tudo é baseado em fantasia. Como as origens do ursinho Puff e seus amigos não são tão populares no Brasil possa ser que esse filme fique um pouco incompreensível para a maioria do público. Por isso deixo a dica para ver primeiro o outro filme para conhecer toda a história do livro que deu origem a tudo. Só depois veja esse da Disney. Com isso você terá maiores informações para curtir melhor essa produção
Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível (Christopher Robin, Estados Unidos, 2018) Direção: Marc Forster / Roteiro: Alex Ross Perry, Tom McCarthy, baseados na obra original escrita por A.A. Milne / Elenco: Ewan McGregor, Hayley Atwell, Bronte Carmichael / Sinopse: Christopher Robin (Ewan McGregor) é um adulto casado, pai de família, contador em uma empresa que fabrica malas e que tem uma vida estressante e infeliz. Em um determinado dia ele é surpreendido pela visita de um velho amigo da infância, o ursinho Puff, que vem para lhe lembrar de como ele era feliz quando criança, quando brincava e se divertia no bosque perto da casa de seus pais.
Pablo Aluísio.
A Obsessão de Napoleão: Egito
Título no Brasil: A Obsessão de Napoleão: Egito
Título Original: Napoleon's Obsession: The Quest for Egypt
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: National Geographic Channel, Discovery Channel
Direção: Peter Spry-Leverton
Roteiro: Peter Spry-Leverton
Elenco: Bob Brier (narrador)
Sinopse e comentários:
Excelente episódio da National Geographic desvendando a campanha militar de Napoleão Bonaparte no Egito. Nos livros didáticos de história você vê esse evento muito superficialmente, quase como um degrau coberto de glórias do imperador rumo à conquista da Europa. Só que os historiadores que serviram de base para esse documentário demonstram, sem meias verdades, que a campanha na verdade foi um desastre, com alto custo militar.
Isso sem contar a morte de milhares de soldados. Um ponto menor para Napoleão que não tinha mesmo muita consideração pela vida humana. Na verdade o imperador queria apenas inflar seu ego descomunal. O Egito e sua história milenar iria trazer uma espécie de "validação" de seu poder. Só que o povo daquela nação nunca conseguiu aceitar a presença de Napoleão e os franceses, ainda mais depois que o imperador começou a inventar mentiras, como a que dizia que ele tinha se convertido ao islamismo! Pura propaganda política sem ligação com a realidade.
Muitos morreram e a presença da França no Egito foi fugaz, sem retorno consistente. Um mero capricho que custou muito caro para os cofres da nação francesa. Muitos dos homens de Napoleão morreram de uma peste desconhecida. Outros foram abandonados no meio do deserto, para morrerem de fome e sede. Até quando Napoleão tentou ir para o Oriente Médio o fiasco não foi menor. Ele perdeu sua armada (sua marinha) e não conseguiu conquistar a Terra Santa. Um desastre completo atrás do outro. Só restou ao imperador francês voltar para Paris, para obviamente contar um monte de mentiras sobre suas falsas conquistas. A conclusão final que chegamos ao final desse documentário é que Napoleão Bonaparte não era apenas um maníaco egocêntrico, mas também um dos maiores mentirosos da história!
Pablo Aluísio.
Título Original: Napoleon's Obsession: The Quest for Egypt
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: National Geographic Channel, Discovery Channel
Direção: Peter Spry-Leverton
Roteiro: Peter Spry-Leverton
Elenco: Bob Brier (narrador)
Sinopse e comentários:
Excelente episódio da National Geographic desvendando a campanha militar de Napoleão Bonaparte no Egito. Nos livros didáticos de história você vê esse evento muito superficialmente, quase como um degrau coberto de glórias do imperador rumo à conquista da Europa. Só que os historiadores que serviram de base para esse documentário demonstram, sem meias verdades, que a campanha na verdade foi um desastre, com alto custo militar.
Isso sem contar a morte de milhares de soldados. Um ponto menor para Napoleão que não tinha mesmo muita consideração pela vida humana. Na verdade o imperador queria apenas inflar seu ego descomunal. O Egito e sua história milenar iria trazer uma espécie de "validação" de seu poder. Só que o povo daquela nação nunca conseguiu aceitar a presença de Napoleão e os franceses, ainda mais depois que o imperador começou a inventar mentiras, como a que dizia que ele tinha se convertido ao islamismo! Pura propaganda política sem ligação com a realidade.
Muitos morreram e a presença da França no Egito foi fugaz, sem retorno consistente. Um mero capricho que custou muito caro para os cofres da nação francesa. Muitos dos homens de Napoleão morreram de uma peste desconhecida. Outros foram abandonados no meio do deserto, para morrerem de fome e sede. Até quando Napoleão tentou ir para o Oriente Médio o fiasco não foi menor. Ele perdeu sua armada (sua marinha) e não conseguiu conquistar a Terra Santa. Um desastre completo atrás do outro. Só restou ao imperador francês voltar para Paris, para obviamente contar um monte de mentiras sobre suas falsas conquistas. A conclusão final que chegamos ao final desse documentário é que Napoleão Bonaparte não era apenas um maníaco egocêntrico, mas também um dos maiores mentirosos da história!
Pablo Aluísio.
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