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quinta-feira, 7 de março de 2024

Dedé Mamata

Título no Brasil: Dedé Mamata
Título Original: Dedé Mamata
Ano de Lançamento: 1988
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Rodolfo Brandão, Tereza Gonzalez
Roteiro: Antônio Calmon, Vinícius Vianna
Elenco: Guilherme Fontes, Malu Mader, Marcos Palmeira, 
Luiz Fernando Guimarães, Nathália Timberg

Sinopse:
André (Fontes) é um jovem comum, vivendo no final dos anos 70 a começo dos anos 80. Seu pai foi morto pela ditadura militar. Sua família sempre foi formada por anarquistas e comunistas. Só que Dedé não está muito aí por essas questões. Ele prefere passar seus dias fumando um baseado ao lado do amigo e da nova namorada. A coisa só complica mesmo quando ele se envolve com um traficante de drogas. 

Comentários:
Filme até bem legal, com ótima trilha sonora assinada pelo Caetano Veloso. É um retrato de um jovem ali pelo começo dos anos 80. Embora seja de uma família de comunistas militantes, ele não dá muita bola para esse fato. Sente falta do pai, morto pelos militares, mas fora isso, passa o dia na dele. Gosta de um baseado de vez em quando, um cigarro de maconha e só se enrola mesmo quando vai parar nas atividades criminosas de "Cumpadi", um traficante de apartamento interpretado pelo sempre bom Luiz Fernando Guimarães. O elenco jovem de apoio é bom, passando pela beleza jovial da Malu Mader (sim, em belas cenas de nudez) e Marcos Palmeira como o amigo "brother" do Dedé Mamata. Enfim, um retrato daquela juventude dos anos 80, que viveu o fim da ditadura militar e a volta da democracia em nosso país. Não que isso importasse muito para eles. 

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de novembro de 2018

Carlota Joaquina

Recentemente revi esse filme. Já tinha visto nos anos 90, quando ele foi lançado pela primeira vez. Naquela ocasião se disse que seria a retomada do cinema brasileiro após a era Collor. Foi um filme bancado quase que exclusivamente pela diretora Carla Camurati. Não é um filme historicamente preciso, nem essa foi a intenção da diretora. Ela assim aposta quase numa fábula, quando um escocês e uma garotinha conversam na praia e o assunto Brasil vem à tona. A partir daí ele começa a contar a história da vinda da família real portuguesa ao Brasil, obviamente com ênfase em Carlota Joaquina, a esposa de Dom João VI.

De fato há bom material sobre ela. Passou longe de ser uma rainha comum. Na verdade estava mais para megera e bruxa e Carla investe nisso, mas claro tudo sob um viés de muito bom humor. E no humor ninguém se destacaria mais do que Marco Nanini. Ele interpreta um rei caricato, sempre cambaleante, peruca despenteada e fora do lugar, escondendo sempre uma coxinha de galinha em sua roupa quase aos farrapos. É obviamente uma visão bem cartunesca, baseada em anos dessa imagem do improvável rei português. O roteiro porém acerta quando mostra que mesmo o monarca sendo um desastrado, covarde e até abobalhado, era capaz de tomar as decisões certas. O orçamento do filme foi pequeno, o que em alguns momentos fica claro na tela, mas mesmo assim o filme consegue convencer. Também com personagens históricos tão interessantes iria ficar mesmo complicado passar por cima da curiosidade natural em torno da história de nosso país.

Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (Brasil, 1995) Direção: Carla Camurati / Roteiro: Carla Camurati, Melanie Dimantas / Elenco: Marieta Severo, Marco Nanini, Marcos Palmeira, Antonio Abujamra, Beth Goulart, Ney Latorraca, Vera Holtz, Thales Pan Chacon / Sinopse: O filme traz uma visão bem humorada da vinda da família real portuguesa ao Brasil. O Rei Dom João VI, sua esposa Carlota Joaquina e toda a corte fugiram às pressas para a colônia após a ameaça de Napoleão Bonaparte em invadir as terras da nação lusa.

Pablo Aluísio.