segunda-feira, 12 de março de 2018

Doce Novembro

Não sei exatamente qual é o problema do Keanu Reeves, mas percebo que ele quase sempre soa apático nesse tipo de filme romântico. Já deu para perceber depois de todos esses anos que ele sempre funcionou melhor em filmes de ação ou ficção. Quando o roteiro exige demonstrar calor humano ou paixão, em filmes de amor, sua atuação deixa muito a desejar. É foi justamente isso o que aconteceu nesse "Doce Novembro". O filme conta a história de um protagonista desiludido com a vida amorosa. Faz tanto tempo que ele se apaixonou pela última vez que já entrou na fase de não ligar mais para relacionamentos.

As coisas mudam quando conhece Sara (Charlize Theron). Ela propõe que eles fiquem juntos durante um mês, para ver se darão certo como casal. Bom, se um homem continua apático com um mulherão como Charlize Theron de lado, realmente a coisa anda bem complicada. O roteiro assim vai mostrando o casal se curtindo até que acontece algo inesperado (e que obviamente não irei revelar por aqui para não dar spoiler). Só digo que o filme tenta uma meia volta para o drama, porém sem muito êxito. De qualquer forma, mesmo sem uma química adequada para a dupla central de atores, ainda há boas coisas a conferir nesse romance cinematográfico sem muita paixão. Uma delas é a bonita fotografia providenciada por Edward Lachman. Pelo menos nisso se acertou pois o filme ficou com um visual realmente bem bonito.

Doce Novembro (Sweet November, Estados Unidos, 2001) Direção: Pat O'Connor / Roteiro: Herman Raucher, baseado no romance escrito por Paul Yurick / Elenco: Keanu Reeves, Charlize Theron, Jason Isaacs / Sinopse: Nelson Moss (Keanu Reeves) é um homem frustrado na vida amorosa. Quando ele conhece Sara Deever (Charlize Theron) resolve tentar novamente. Dar uma nova chance ao amor. Eles decidem namorar por um mês para ver se darão certo como casal. Tudo corre bem até um acontecimento inesperado muda os rumos do relacionamento. 

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de março de 2018

Evolução

Tinha tudo para dar certo. Dirigido por  Ivan Reitman, um diretor talentoso, especialista nesse tipo de filme (basta lembrar de "Os Caça-Fantasmas"), contando ainda com um elenco bom (com direito a ter Julianne Moore como coadjuvante) e efeitos especiais de primeira. Então o que deu errado? O mesmo culpado de sempre: o roteiro é muito ruim. O enredo (se é que podemos chamar isso de enredo) não decola, não funciona. Nem a presença do ator de Arquivo X David Duchovny ajuda. Aliás atrapalha. Ele se considerava um sujeito engraçado que daria certo em enredos de comédia. Bom, alguém precisava avisar a ele que definitivamente ele não tinha a menor graça.

David Duchovny queria largar a série "Arquivo X" para ir para o cinema, se transformar em um astro de filmes de grande bilheteria. No final ele largou a série e... deu errado no cinema. Esse "Evolução" fracassou nas bilheterias e foi impiedosamente massacrado pela crítica especializada. Tudo justo. O filme é muito ruim mesmo, daquele tipo que faz você ficar constrangido de estar assistindo. Era para ser o primeiro de uma franquia, mas deu tão errado que a Columbia Pictures cancelou todo o projeto, varrendo as continuações para debaixo do tapete. Puro lixo cinematográfico. Nem para virar histórias em quadrinhos prestou. Enfim, um desastre absoluto. Melhor esquecer para sempre.

Evolução (Evolution, Estados Unidos, 2001) Direção: Ivan Reitman / Roteiro: Don Jakoby, David Diamond / Elenco: David Duchovny, Orlando Jones, Julianne Moore / Sinopse: Um meteoro cai no Planeta Terra, trazendo para nosso mundo uma nova forma de vida que evolui com extrema rapidez, dando razão ao bom e velho Darwin que dizia que a espécie mais apta a sobreviver seria aquela que se adaptasse melhor ao meio em que vivia. Para azar da humanidade essa nova forma de vida supostamente seria então mais evoluída e bem mais adaptada do que o próprio homem.

Pablo Aluísio.

Censura Máxima

Título no Brasil: Censura Máxima
Título Original: Rated X
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime Networks
Direção: Emilio Estevez
Roteiro: Norman Snider
Elenco: Charlie Sheen, Emilio Estevez, Rafer Weigel, Tracy Hutson, Megan Ward, Terry O'Quinn

Sinopse:
Baseado no livro biográfico escrito por David McCumber, o filme conta a história de dois irmãos que decidem abrir uma produtora de filmes adultos em San Francisco, isso em uma época em que esse tipo de atividade ainda era tipificado como crime pelo código penal americano.

Comentários:
Os irmãos Charlie Sheen e Emilio Estevez resolveram se unir para contar em filme a história de dois outros irmãos, Artie e Jim Mitchell, que no final da década de 1960 resolveram abrir uma produtora clandestina de filmes pornográficos. A história é real e bem barra pesada. O ator Charile Sheen vinha sendo criticado justamente na época por estar se envolvendo com pornstars, como Ginger Lynn, e por isso topou na hora a ideia do irmão Estevez para fazer esse filme sobre exploração sexual, decadência moral e tragédia. Não se trata de spoiler, uma vez que foi justamente o fim trágico dos irmãos Mitchell que acabou fazendo diferença nesse projeto. O filme acabou sendo exibido na TV americana na época - bem no comecinho do canal a cabo Showtime - e no Brasil foi lançado no mercado de vídeo VHS. Bem produzido, com roteiro e enredo interessante, esse "Rated X" traz uma boa amostra de como eram as coisas na fase jurássica da pornográfica americana. Aula de história que certamente você não aprenderá na escola. Um filme violento com final trágico, mas que mesmo assim merece ser conhecido.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de março de 2018

Eu, Tonya

Muito bom esse filme. Eu estava com uma certa má vontade em assisti-lo porque me recordava do fato que lhe deu origem. Eu me lembro que a imprensa explorou o caso por meses e meses, enchendo a paciência de todo mundo. Quando a mídia cai como urubu em cima da carne fica-se com aquela sensação de que saturou geral. Não há mais como sequer ouvir falar daquilo de novo. Pois bem, aqui o diretor Craig Gillespie fez um belo trabalho. Ele pegou esse incidente (que ninguém mais aguentava ouvir falar de novo) e criou um filme com ótimo ritmo, bem bolada narrativa e o melhor de tudo, excelentes interpretações. Quando estava comentando as indicadas ao Oscar de Melhor Atriz escrevi que Margot Robbie só tinha a agradecer o "presente" de sua indicação pela Academia. Errei feio. Não foi presente nenhum, ela está mesmo ótima na pele da patinadora Tonya Harding! Incrível seu trabalho de atuação. Esqueça a Arlequina, nada se compara com o que ela fez aqui nesse filme.

O mesmo vale para a atriz Allison Janney que interpretou sua mãe. Ela inclusive foi premiada com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Merecidíssimo. Com óculos enormes e bregas, cigarro sempre na mão, mau humor ácido e frases péssimas sempre na ponta da língua, ela é uma perfeita "bitch" como os americanos gostam de chamar. Uma mulher completamente insuportável que fez de tudo - inclusive terrorismo psicológico - para transformar a filha numa campeã dos patins. Outro aspecto digno de nota é que o roteiro conseguiu contar a história com dignidade, sem apelar para as toneladas de lixo que foram publicados pela mídia podre na época. Assim descobrimos que se Tonya não era a heroína que poderia ser retratada, tampouco foi a monstruosidade que foi pintada por certos jornais na época. No fundo era um garota pobre, sem educação formal, que tentou vencer naquilo que mais dedicou sua vida. Ela era boa, excepcionalmente boa, mas foi prejudicada por se envolver com as pessoas erradas, entre elas alguns dos idiotas mais estúpidos que já se viu na face da Terra. Então é isso, um filmão que merecia mesmo até uma indicação ao Oscar de Melhor Filme do ano. Muito, muito bom.

Eu, Tonya (I, Tonya, Estados Unidos, 2017) Direção: Craig Gillespie / Roteiro: Steven Rogers / Elenco: Margot Robbie, Sebastian Stan, Allison Janney / Sinopse: O filme conta a história real da patinadora Tonya (Margot Robbie) que durante os anos 80 se envolveu em um incidente vergonhoso, quando sua principal concorrente a uma vagas nas Olimpíadas sofreu um ataque onde ela quebrou seu joelho. Depois com as investigações descobriu-se que pessoas próximas a Tonya estariam envolvidas no crime, causando uma grande comoção por parte da imprensa americana. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Allison Janney). Indicado ainda ao Oscar nas categorias de Melhor Edição (Tatiana S. Riegel) e Melhor Atriz (Margot Robbie). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Allison Janney). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz (Margot Robbie).

Pablo Aluísio.

Heroína(s)

Esse filme concorreu ao Oscar na categoria de Melhor Documentário em curta-metragem. A diretora Elaine McMillion Sheldon apenas focou no cotidiano de três mulheres que dedicam suas vidas a salvar a vida de viciados em heroína. Assim aparecem na tela o trabalho de uma juíza da corte especializada em drogas, uma assistente social e uma médica do setor de salvamento do corpo de bombeiros. Como se sabe os Estados Unidos passa atualmente por uma verdadeira epidemia do uso de heroína e isso não se dá apenas em grandes centros urbanos, mas em pequenas e médias cidades também. O documentário foi realizado em Huntington, West Virginia.

Os números chocam. Em determinado momento do filme a médica afirma que a cidade, mesmo sendo pequena e isolada no interior, tem algo em torno de 90 mil usuários de heroína. Todos os dias, sem trégua, ela é chamada para atender pessoas com overdose da droga. São jovens mulheres, homens na faixa de 30, 40 anos, colegiais, enfim, todo tipo de gente. A heroína parece não escolher faixa etária, sexo e nem classe social. Alguns atendimentos são mostrados em cena. Em um deles uma jovem cai no meio de um estabelecimento comercial e fica lá, no chão, completamente prostrada. Em outro momento um homem tem uma overdose no banheiro de seu apartamento. Ele imediatamente tem uma parada cardíaca e todos os esforços são feitos para salvar sua vida. Pois é, a sociedade norte-americana está afundada no abuso de drogas. Recentemente o Presidente Trump tratou do problema em um discurso. Não parece haver solução a curto e médio prazo.

Heroína(s) (Heroin(e), Estados Unidos, 2017) Direção: Elaine McMillion Sheldon / Roteiro: Elaine McMillion Sheldon / Elenco: Jan Rader, Patricia Keller, Necia Freeman / Sinopse: Documentário rodado na cidade de Huntington, West Virginia, nos Estados Unidos, que mostra o trabalho de uma médica, uma assistente social e a juíza do condado, todas empenhadas no trabalho de salvar vidas de viciados em drogas.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de março de 2018

O Senhor dos Anéis: As Duas Torres

Eu considero esse o melhor filme da trilogia "O Senhor dos Anéis". Os motivos para isso são muitos. Primeiro de tudo é que aqui já não houve mais a necessidade de se apresentar os diversos personagens da obra de J.R.R. Tolkien, algo que tornou o primeiro filme meio burocrático. Também não se tem a sensação de lenga-lenga, de encheção de linguiça, que vimos no primeiro filme. Se me lembro bem o filme anterior perdia muito tempo para não contar estória nenhuma, fazendo com que tudo se arrastasse em demasia, principalmente nos 45 minutos finais que se tornaram um exercício de paciência digno de um monge tibetano. Aqui não, nada disso acontece. Há um melhor desenvolvimento dos hobbits, ao mesmo tempo em que se mostram as cartas dos vilões, os antagonistas, que acabaram (quase) roubando o filme dos protagonistas, que com seu excesso de bondadismo poderiam colocar tudo a perder.

Outro aspecto digno de nota vem das inúmeras e excelentes cenas de batalha campal. O diretor  Peter Jackson teve receios do filme ficar com cara de videogame, algo que aconteceu bastante em outras produções que exageram na computação gráfica. Em momentos pontuais isso realmente aconteceu, temos que admitir, mas não foi a regra geral. Considero todas as cenas muito bem feitas, o que foi fruto do uso do que havia de melhor no mercado em termos de efeitos digitais de última geração. Grande parte do orçamento de 94 milhões de dólares aliás foi usado justamente para pagar por esses efeitos especiais. Para os padrões atuais o orçamento desse segundo filme nem foi algo fabuloso, de impressionar. Poderíamos dizer que foi apenas mediano, o que não atrapalhou em nada o resultado final. Sucesso de público e crítica, o filme conseguiu até mesmo arrancar uma indicação ao Oscar de Melhor Filme do ano, o que achei um certo exagero na época. Até porque todas as demais indicações eram apenas técnicas. Não venceu, mas acabou trazendo pela primeira vez um grande prestígio por parte da Academia para esse tipo de produção de fantasia.

O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (The Lord of the Rings: The Two Towers, Estados Unidos, 2002) Direção: Peter Jackson / Roteiro: Fran Walsh, Philippa Boyens, Stephen Sinclair e Peter Jackson. baseados na obra imortal de J.R.R. Tolkien  / Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Viggo Mortensen, Cate Blanchett, Orlando Bloom, Billy Boyd, Christopher Lee, Sean Bean, Andy Serkis / Sinopse: Frodo e seus companheiros continuam na sua jornada para destruir o anel. Durante a viagem descobrem que estão sendo perseguidos por uma estranha criatura obcecada pelo objeto. Ele se apresenta como Gollum, antigo possuidor da joia, alguém corroído pela ganância e pela sede do poder do anel. Enquanto isso Aragorn,  Legolas e Gimli chegam no Reino do Rohan, onde o Rei está amaldiçoado pelo maléfico Saruman. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio.

Harry Potter e a Câmara Secreta

Eu nunca li um livro de Harry Potter. Quando eles chegaram no mercado eu já tinha passado da idade certa para curti-los. São livros escritos especialmente para os públicos infantil e pré-adolescente. Mesmo assim quando a coleção escrita por J.K. Rowling começou a ser adaptada pelo cinema fiz questão de conferir todos os filmes. Queria ao menos conhecer esse universo de fantasia que havia feito tanto sucesso nas livrarias. De maneira em geral gostei de todos os filmes. Tenho certas críticas a fazer aos dois últimos, que foram produzidos em dobro apenas para faturar mais em cima das bilheterias. O enredo caberia perfeitamente em apenas um filme, mas a ganância do estúdio falou mais alto. Esse aqui intitulado "Harry Potter e a Câmara Secreta" é o segundo filme da série cinematográfica, novamente dirigido por Chris Columbus, que uma vez tendo dirigido esse filme largou a franquia.

Esses primeiros filmes de Harry Potter para o cinema são os melhores. Os atores ainda eram quase crianças (entrando na prè adolescência) e por isso uma certa magia é preservada nas produções. Claro que em termos de produção não há nada a reclamar. Como uma franquia milionária, Harry Potter teve tudo do melhor em termos de efeitos especiais, figurinos, cenários, direção de arte, etc. É um universo com muitas possibilidades (tanto que já deu origem a uma nova franquia inaugurada recentemente com o sucesso de "Animais Fantásticos e onde Habitam"). Confesso que hoje em dia, passado tanto tempo (lá se vão quinze anos de sua estreia no cinema!), já não me recordo exatamente de cada filme com exatidão detalhista, afinal os assisti apenas uma vez no cinema, na época de seus lançamentos originais. Mesmo assim não seria nada penoso rever essas produções. São filmes que funcionam bem, para todas as idades.

Harry Potter e a Câmara Secreta (Harry Potter and the Chamber of Secrets, Estados Unidos, 2002) Direção: Chris Columbus / Roteiro: Steve Kloves, baseado na obra de J.K. Rowling / Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Kenneth Branagh, Alan Rickman, Richard Harris, Maggie Smith, John Cleese / Sinopse: Após péssimas férias na casa de seus tios, o jovem Harry Potter se prepara para o segundo ano em Hogwarts, a famosa escola de magia. Tudo vai indo bem até que ele recebe a visita de uma estranha criatura, que lhe avisa para não voltar pois coisas sinistras estão prestes a acontecer.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Scooby-Doo

Como toda criança da minha geração eu também passei a infância assistindo aos desenhos do Scooby-Doo. Essa foi uma das inúmeras criações da dupla Hanna-Barbera que sem favor algum foi a produtora mais importante da história da TV americana em termos de desenhos animados. Assim em 2002 quando a Warner Bros anunciou que faria uma versão Live Action da animação fiquei no mínimo curioso em ver o resultado. Como era de se esperar o Scooby-Doo acabou sendo feito por computação gráfica, com resultado muito bom. O filme não é grande coisa, mas também passa longe de ser ruim ou embaraçoso. De forma acertada os roteiristas se inspiraram nos primeiros desenhos de Scooby-Doo, aqueles dos anos 60, que eram realmente muitos bons, com estorinhas envolvendo a trupe desmascarando falsos fantasmas.

O elenco contou com algumas figurinhas fáceis e populares do mundo teen como Freddie Prinze Jr e Sarah Michelle Gellar (a caçadora de vampira "Buffy" da série de grande sucesso na época). Eles encaixaram bem em seus personagens, porém nada supera Matthew Lillard como o Salsicha, o amigão de Scooby. Na verdade esse personagem era um tipo de hippie noiado, maconheiro, com gestos estridentes e sotaque de cearense (sabe-se lá o que se passou no processo de dublagem no Brasil!). A caracterização de Lillard ficou perfeita. E para quem ainda pedia por um plus, o estúdio escalou o próprio Mr Bean, o comediante inglês  Rowan Atkinson, como um vilão engraçado. Assim esse filme (que também servia como homenagem nostálgica) acabou cumprindo seus objetivos, sendo bem divertido. Ignore todos os que vieram depois que são bem fracos, alguns feitos exclusivamente para canais a cabo. Procure ver apenas esse, que já estará de bom tamanho.

Scooby-Doo (Scooby-Doo, Estados Unidos, 2002) Direção: Raja Gosnell / Roteiro: James Gunn, Craig Titley, baseados nos personagens criados por Hanna-Barbera / Elenco: Matthew Lillard, Freddie Prinze Jr., Sarah Michelle Gellar, Rowan Atkinson / Sinopse: O cachorão Scooby-Doo e seus amigos Salsicha, Daphne, Fred e Velma precisam descobrir um estranho mistério envolvendo a aparição de fantasmas em uma estação de turismo.

Pablo Aluísio.

Monstros S.A.

Imagine que o Bicho Papão é um operário comum que todo dia bate ponto na fábrica. Nada mais do que isso. Partindo dessa ideia simples (e original) a Pixar produziu essa simpática animação chamada apropriadamente de "Monstros S.A.", Dois aspectos interessantes aqui. O primeiro é que a Pixar foi realmente uma produtora diferenciada no mercado das animações milionárias da indústria cinematográfica americana. Longe das amarras e tabus, seus criadores deram asas à imaginação, criando universos novos que foram grandes sucessos de bilheteria - isso claro até a toda poderosa Disney comprar todo o estúdio, transformando tudo em apenas mais um de seus departamentos criativos.

O outro ponto digno de nota é que os personagens eram criados à imagem e semelhança dos atores que os dublavam. Uma ideia muito interessante que deu mais do que certo. Assim o tampinha em forma de ervilha Mike tinha todas as características de Billy Crystal, chatinho e falando pelos cotovelos. Seu colega de "fábrica" o felpudo Sullivan lembrava muito o próprio corpanzil de  John Goodman. A dupla se entrosou perfeitamente o que contribuiu ainda mais para o êxito dessa animação. Por isso procure pelas versões legendadas, até porque a Pixar não fazia exatamente suas animações apenas para a criançada. O roteiro, cheio de tiradas criativas que só os adultos entenderiam completamente, era feito também para os pais que iam ao cinema. Agradando a todos os públicos a Pixar só poderia mesmo encher seus cofres com as gordas bilheterias. Tacada de mestre.

Monstros S.A. (Monsters, Inc, Estados Unidos, 2001) Direção: Pete Docter, David Silverman / Roteiro: ete Docter, Jill Culton / Elenco:  Billy Crystal, John Goodman, Mary Gibbs / Sinopse: Dos mesmos autores de "Toy Story" e "Wall-E" essa animação conta a estorinha de dois amigos, operários, que trabalham numa "fábrica" de sustos na função de "bicho-papão". Tudo muda quando eles encontram uma garotinha que não fica assustada com a presença deles. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Música Original ("If I Didn't Have You" de Randy Newman). Também indicado nas categorias de Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som e Melhor Animação do Ano.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Jumanji: Bem-Vindo à Selva

Mais um filme que está em cartaz nos cinemas brasileiros. Bom, na falta de novas ideias nada mais fácil do que ir ao passado para reciclar filmes que fizeram sucesso. Dessa vez os produtores resolveram fazer uma nova adaptação de "Jumanji", isso mesmo, aquele filme de 1995 que tinha Robin Williams como protagonista (há inclusive uma breve referência e homenagem a ele no roteiro desse novo filme). O enredo segue basicamente o mesmo. Um velho jogo de tabuleiro é encontrado. Agora adaptado para um velho game dos anos 90. Não faz muita diferença. Acontece que os que começam a jogá-lo acabam sendo transportados para o universo do jogo, bem no meio da floresta com rinocerontes brancos, hipopótamos e felinos selvagens. É uma aventura escapista, pura diversão, pipoca plena. Nada mais do que isso.

As poucas novidades se referem aos jogadores. Agora é um grupo de estudantes de um colégio. Eles são levados para o castigo e descobrem o Jumanji pegando poeira no porão da escola. Uma vez aberta a caixa de Pandora já viu... Outra novidade é que os adolescentes agora jogam com seus avatares. Assim um nerd vira o The Rock, puro músculos e coragem. O mais estranho dessas imersão no universo do jogo é que há uma jovem loira que vira o... Jack Black!!! Estranho pouco é bobagem. Pelo menos o talento cômico do Jack se sobressai pois ele tem que interpretar um personagem com cara de cartógrafo da selva com a mente de uma loirinha de high school. Não faz muito sentido. Ficou estranho, mas também levemente divertido. No mais é aquela coisa toda que já se espera de um filme como esse, com muitas cenas de ação, comédia suave e efeitos especiais de última geração. Não tem o mesmo carisma e charme do filme original, mas se você tiver uns 13, 14 anos, vai se divertir. Então se esse é o seu tipo de filme vá ao cinema sem receios de se decepcionar.

Jumanji: Bem-Vindo à Selva (Estados Unidos, Jumanji: Welcome to the Jungle, 2018) Direção: Jake Kasdan / Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers / Elenco: Dwayne Johnson, Jack Black, Karen Gillan, Kevin Hart / Sinopse: Depois de encontrarem um velho game dos anos 90 no porão da escola, um grupo de estudantes adolescentes são enviados para o universo de Jumanji, onde terão que sobreviver, ao mesmo tempo em que procuram uma saída de volta para casa. Pura fantasia em ritmo de diversão e aventura ao som de um velho sucesso do grupo de rock Guns N' Roses.

Pablo Aluísio.