terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A Fuga do Forte Bravo

Título no Brasil: A Fera do Forte Bravo
Título Original: Escape from Fort Bravo
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges
Roteiro: Frank Fenton, Phillip Rock
Elenco: William Holden, Eleanor Parker, John Forsythe
  
Sinopse:
Por ser localizado em uma região distante e isolada, bem no meio do deserto, o Forte Bravo acaba se transformando em uma guarnição militar que ao mesmo tempo funciona como prisão de soldados confederados durante a Guerra Civil Americana. Cabe ao Capitão Roper (William Holden) a missão de capturar eventuais fugitivos, os caçando pelas areias escaldantes do deserto. Dono de um estilo duro e disciplinador, ele logo passa a ser hostilizado pelos prisioneiros. Para Roper porém essa é a menor de suas preocupações, pois o Forte está localizado em território hostil, rodeado por montanhas cheias de indígenas Mescaleros.

Comentários:
O cineasta John Sturges foi um dos grandes mestres do western americano. Aqui ele novamente entrega uma bela obra cinematográfica que certamente não vai decepcionar os fãs do gênero. O enredo do filme se passa no Forte Bravo, um regimento longínquo do exército americano. Cabia a essa divisão a incumbência de enfrentar as tribos selvagens do local, garantindo segurança e domínio sobre aquelas terras distantes. Como é localizado nos confins do oeste o governo americano logo transforma o lugar em uma prisão para rebeldes confederados. Não tarda e as hostilidades logo crescem entre ianques e sulistas. Eles porém precisam enfrentar um inimigo em comum, os Mescaleros, índios conhecidos por seu estilo guerreiro e selvagem. O roteiro se desenvolve assim em três atos básicos, um dentro do Forte Bravo quando Roper retorna de uma missão de captura, o segundo quando prisioneiros fogem para o deserto e finalmente o terceiro, quando Roper e seus homens são encurralados pelos indígenas. O argumento pretende demonstrar que não havia muito sentido na luta entre soldados da União e da Confederação, porque no final das contas todos eles eram americanos. Os Mescaleros acabam funcionando assim como um fator de união entre eles, pois diante de um inimigo comum o que valia mesmo era a luta pela América, por sua nação.

Pablo Aluísio.

Charro!

Título no Brasil: Charro!
Título Original: Charro!
Ano de Produção: 1969
País: Estados Unidos
Estúdio: National General Pictures
Direção: Charles Marquis Warren
Roteiro: Charles Marquis Warren, Frederick Louis Fox
Elenco: Elvis Presley, Ina Balin, Victor French
  
Sinopse:
Jess Wade (Elvis Presley) é falsamente acusado de ter roubado um canhão das forças revolucionárias mexicanas. Para então limpar seu nome e restabelecer a justiça ele resolve tentar encontrar os verdadeiros culpados, um bando de criminosos e bandoleiros que espalham terror por onde passam. "Charro!" é o último western da filmografia do cantor e ator Elvis Presley (1935 - 1977) que em pouco tempo deixaria Hollywood para se dedicar exclusivamente à sua carreira como cantor em Las Vegas.

Comentários:
Existem filmes que nem deveriam existir. Lamento dizer, mas esse é o caso de Charro! O filme foi claramente uma tentativa de levantar a carreira do cantor Elvis Presley no cinema. Ele que havia começado tão bem em Hollywood na década de 1950, estrelando bons filmes musicais - e alguns clássicos como "Balada Sangrenta" de 1958 - acabou perdendo o rumo na década seguinte. Os estúdios não se interessavam mais com qualidade e assim Elvis foi jogado em fitas comerciais com baixo teor artístico, realizadas em ritmo industrial. Em média três filmes por ano, sem qualquer capricho em termos de roteiro, atuação ou direção. Quando os anos 60 foram chegando ao fim, Elvis e seu empresário tentaram renovar um pouco sua estagnada carreira cinematográfica e "Charro!" foi certamente um dos veículos que foram usados nessa direção. Infelizmente não deu certo. Embora seja um faroeste americano o filme tenta seguir os passos da estética do chamado Western Spaghetti, com ênfase nos filmes italianos de bangue-bangue, como aqueles estrelados por Franco Nero, naquele período desfrutando do auge de sua popularidade. O problema básico era que Elvis Presley não era Franco Nero e nem Charro era Django. Mesmo de barba o grande astro do Rock não consegue convencer em seu papel. A produção mais lembra um telefilme, com orçamento restrito e problemas de ambientação. O roteiro também tem várias falhas, pois foi praticamente escrito no calor das filmagens. Enfim, nem o astro da música precisava de um filme assim em seu currículo e nem o mundo do Western estava precisando de uma cópia americana de filmes italianos de faroeste. Como eu disse, essa é realmente uma produção que não precisava ter existido.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Os Profissionais

Título no Brasil: Os Profissionais
Título Original: The Professionals
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Richard Brooks
Roteiro: Frank O'Rourke, Richard Brooks
Elenco: Burt Lancaster, Lee Marvin, Jack Palance, Claudia Cardinale, Robert Ryan
  
Sinopse:
O milionário JW Grant (Ralph Bellamy) resolve contratar o veterano S. Fardan (Lee Marvin) para encontrar sua esposa, Maria (Claudia Cardinale) que foi sequestrada pelo bandido e revolucionário mexicano Jesus Raza (Jack Palance). Fardan assim forma seu grupo, chamando para integrá-lo o especialista em explosivos Johnny Dolworth (Burt Lancaster). Definitivamente não será um trabalho dos mais fáceis, uma vez que Raza conta com um numeroso grupo de bandoleiros ao seu lado, mais de 150 bandidos fortemente armados. Entrar em seu território no México para resgatar a esposa de Grant e sair de lá vivo exigirá muita coragem e bravura por parte de Fardan e seu grupo de bravos homens.

Comentários:
Um dos grandes clássicos do Western americano, "Os Profissionais" foi um grande sucesso de público e crítica. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção, Roteiro e Fotografia e ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Revelação Feminina (Marie Gomez), o filme continua sendo um exemplo perfeito de ação, aventura e roteiro bem escrito. A trama em um primeiro momento pode parecer até simples. O grupo liderado por Lee Marvin é contratado para encontrar a mulher de um figurão americano, um sujeito muito rico que afirma que ela fora sequestrada pelo líder revolucionário e criminoso Raza. A questão é que há algo de errado com toda a história contada por ele, como bem deduz Dolworth (Lancaster). Mesmo assim eles topam o desafio, até porque o milionário lhes oferece dez mil dólares por cabeça caso eles consigam trazer de volta a jovem sã e salva aos Estados Unidos. A partir daí os quatro membros do grupo de Marvin vão até o México enfrentar centenas de bandidos armados até os dentes! 

Improvável o resgate? Bom, com um pouco de inteligência e sabendo jogar bem os dados certos até que não será algo impossível de fazer. Além da excelente direção do veterano cineasta Richard Brooks, esse faroeste conta com um elenco muito bom. Lee Marvin repete seu eterno papel de durão, um sujeito de poucas palavras, mas muito bom naquilo que se propõe a fazer. Ele tem um objetivo a cumprir e nada o fará parar. Burt Lancaster dá vida a um especialista em dinamite, um cowboy que nas horas vagas se dedica a tudo aquilo que mais gosta: jogo de cartas, whisky e mulheres, não necessariamente nessa ordem. Alguns de seus diálogos, cheios de ironias e uma visão cínica da vida, formam um dos melhores aspectos de todo o filme. Jack Palance está ótimo como o bandoleiro Jesus Raza. Com bigodes à la Josef Stálin, o ator encontrou um vilão bem de acordo com sua já tão conhecida personalidade nas telas. Por fim há a beleza de Claudia Cardinale. Provavelmente foi uma das atrizes mais bonitas da história do cinema. Aqui ela precisa desfilar não apenas sua bela estética, mas também convencer na pele de uma mulher que acreditava plenamente em seus próprios ideais. Com tantos pontos a favor não é de se admirar que "The Professionals" seja mesmo um dos melhores faroestes da década de 1960. Simplesmente Imperdível.

Pablo Aluísio.

O Sabre e a Flecha

Título no Brasil: O Sabre e a Flecha
Título Original: Last of the Comanches
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: André De Toth
Roteiro: Kenneth Gamet
Elenco: Broderick Crawford, Barbara Hale, Johnny Stewart
  
Sinopse:
Um grupo da cavalaria americana sofre uma emboscada numa cidadezinha do velho oeste. Comandados pelo cacique Nuvem Negra os nativos acabam promovendo uma invasão do lugar, destruindo com tudo e massacrando os soldados. Apenas seis membros da cavalaria sobrevivem e partem rumo ao deserto, em fuga. Sem água e mantimentos acabam encontrando uma diligência. Unidos tentarão sobreviver às duras condições da viagem. O objetivo é encontrar água potável e depois rumar em direção a um forte do exército, mas chegar lá se mostrará um grande desafio, até porque Nuvem Negra e seus guerreiros resolvem perseguir os últimos brancos sobreviventes. 

Comentários:
Bom faroeste que centra seu argumento na luta do homem contra a natureza hostil. Os soldados que conseguem sobreviver a um grande ataque Indígena, acabam fugindo a esmo, sem direção, indo parar no meio de um deserto devastador. Estão praticamente sem esperanças quando encontram uma diligência. Ela se dirige para a mesma cidade que acabou de ser destruída pelos índios comandados por Nuvem Negra - um renegado que se nega a entrar em um acordo de paz com os brancos. A história se passa em 1876, quando a maioria das nações nativas já tinham celebrado acordos de paz com o exército americano. Apenas alguns grupos isolados continuavam a lutar. Assim começa um jogo de sobrevivência envolvendo os militares e os viajantes da diligência: uma irmã de um soldado, um vendedor de whisky e um comerciante. Na dura viagem acabam encontrando ainda outras pessoas, inclusive um fugitivo e um garoto Kiowa, que acaba servindo como ajuda preciosa na busca por fontes de água na desolada região. O filme é curto, com pouco menos de noventa minutos, mas bem escrito. Isso porque não perde tempo com elementos desnecessários, se concentrando mesmo em seu foco narrativo central, que se mostra muito bom e interessante, prendendo de fato a atenção do espectador. Um western americano eficiente e ainda hoje ainda muito atrativo. Vale bastante a pena conhecer. 

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O Mensageiro da Morte

Título no Brasil: O Mensageiro da Morte
Título Original: The Hangman
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Dudley Nichols, Luke Short
Elenco: Robert Taylor, Tina Louise, Fess Parker
  
Sinopse:
Mackenzie Bovard (Robert Taylor) tem uma forma incomum de ganhar a vida: ele é um caçador de foragidos no velho oeste. Assistente de um delegado federal cabe a Bovard ir em busca de criminosos condenados, fugitivos da lei. Seu alvo agora é um ex-soldado da cavalaria, que jogou fora sua carreira militar ao se envolver com uma quadrilha de renegados. Seguindo pistas, Bovard acaba indo parar numa cidadezinha da Califórnia, onde o suposto fugitivo estaria usando uma identidade falsa, sendo conhecido na região como Johnny Bishop (Jack Lord). Com a ajuda de uma testemunha ele pretende finalmente prender o criminoso.

Comentários:
Bom faroeste dirigido pelo mestre Michael Curtiz, o mesmo diretor de "Casablanca" e tantos outros clássicos da era de ouro do cinema americano. O enredo aqui gira em torno do personagem conhecido como "O Enforcador". Esse apelido lhe foi dado porque invariavelmente todos os criminosos que ele consegue colocar na cadeia acabam sendo enforcados por seus crimes. Veterano e durão, ele não vê maiores problemas em ir atrás de um ex-militar chamado Johnny Butterfield, que agora estaria usando uma identidade falsa numa pequena cidade perdida bem no meio do deserto. Como ele nunca viu o criminoso pessoalmente acaba contando com o apoio da bonita Selah Jennison (Tina Louise) que havia conhecido bem o bandoleiro no passado. O problema é que Johnny aparenta ter um raro talento em fazer amizades, o que torna tudo ainda mais complicado para sua captura, uma vez que praticamente todas as pessoas da cidade resolvem lhe ajudar de alguma maneira, evitando assim que ele seja preso e enforcado. O filme é estrelado pelo galã Robert Taylor, que aqui apresenta uma interpretação bem contida e segura. Seu personagem, um homem da lei frio e muitas vezes rude, acaba caindo de amores justamente pela senhorita Jennison, que supostamente estaria ali para lhe ajudar a prender o criminoso, mas que na verdade, pelas suas costas, o trai, ajudando Johnny a escapar das garras da lei. É um western até curtinho e despretensioso, um dos filmes mais simples e despojados do grande Curtiz, já naquela época enfrentado problemas de saúde que iriam encurtar sua maravilhosa carreira em alguns anos.

Pablo Aluísio.

Hordas Selvagens

Título no Brasil: Hordas Selvagens
Título Original: The Great Sioux Uprising
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal International Pictures
Direção: Lloyd Bacon
Roteiro: J. Robert Bren, Gladys Atwater
Elenco: Jeff Chandler, Faith Domergue, Lyle Bettger
  
Sinopse:
Jonathan Westgate (Jeff Chandler) é um médico militar que durante a guerra civil americana decide voltar para a vida civil. Assim parte rumo em direção ao oeste selvagem. No caminho acaba indo parar numa pequena cidade que está passando por um momento turbulento. A região é assolada por bandoleiros especializados em roubar cavalos. Por trás de tudo, ao que tudo indica, está um próspero rancheiro. Westgate acaba descobrindo, por mero acaso, toda a verdade após perceber pistas em um cavalo ferido. Isso acaba colocando sua vida em perigo.

Comentários:
Mais um faroeste B da Universal estrelada pelo galã de cabelos grisalhos Jeff Chandler. Assim que li a sinopse original pensei que Chandler retornaria para o papel de índio, algo que não lhe caía muito bem por causa de seus traços nitidamente europeus. Os diretores de elenco, sabe-se lá a razão, sempre viram o ator como um bom nome para interpretar nativos, o que geralmente acabava tornado tudo ridículo. Enchiam Chandler de tinta vermelha e tentavam passar veracidade na tela - claro que quase nunca dava certo! Aqui, para alivio geral, ele finalmente volta a interpretar um homem branco. O roteiro é usual, sem maiores novidades. Existe um triângulo amoroso envolvendo Chandler, uma comerciante de cavalos e o rancheiro, que nas horas vagas tenta roubar cavalos selvagens dos Sioux, causando tensão e conflito por toda a região. Para completar o quadro narrativo existe uma tentativa por parte de um general confederado em recrutar as nações indígenas para lutarem ao lado do sul na guerra civil! Nem preciso dizer que historicamente essa é uma questão bem discutida, já que os confederados estavam na guerra para manter a escravidão negra e se aliar a índios certamente resultaria em uma enorme contradição racial em seus próprios termos! De qualquer maneira esse é um detalhe menor, até porque o filme se revela logo um faroeste na média, que funciona bem como uma diversão ligeira. PS: A partir de hoje as resenhas de filmes de western serão publicadas aqui em nosso blog "Pablo Aluísio". O "Cine Western" foi desativado pois não tenho tempo para me dedicar a vários blogs ao mesmo tempo e todas as resenhas de lá foram devidamente transferidas aqui para nosso acervo. Basta clicar no marcador "Western" para ter acesso a todo o material. Assim vamos em frente, um grande abraço.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

A Última Diligência

Título no Brasil: A Última Diligência
Título Original: Stagecoach
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Joseph Landon, Dudley Nichol
Elenco: Ann-Margret, Alex Cord, Bing Crosby, Stefanie Powers, Van Heflin, Red Buttons
  
Sinopse:
Um grupo de viajantes decide enfrentar um longo trajeto até a cidade de Cheyenne. O problema é que a região está dominada por guerreiros Sioux comandados por um cacique conhecido por sua violência contra caravanas de homens brancos. Contando com o apoio da cavalaria até um terço da jornada, eles precisam sobreviver durante todo o restante do trajeto, algo que definitivamente não será nada fácil de alcançar. Os perigos são muitos, mas todos anseiam ir embora por um motivo ou outro, de acordo com seus próprios problemas pessoais. O objetivo é começar vida nova em um novo lugar.

Comentários:
Gostei bastante desse western. O roteiro é muito bom e consegue desenvolver bem todos os personagens ao mesmo tempo em que não deixa o filme cair no marasmo ou no lugar comum. Basicamente temos esse grupo bem diferente de pessoas precisando se unir para sobreviver a uma perigosa viagem de diligência até a distante Cheyenne. No caminho precisam vencer o perigo da presença dos nativos e guerreiros comandados pelo infame Cachorro Louco (o mesmo cacique que chacinou a Sétima Cavalaria do General Custer). O grupo é bem diversificado, havendo desde bandidos procurados pela lei como Ringo Kid (Alex Cord), até o próprio xerife da região, Curly Wilcox (interpretado pelo veterano ator de faroestes Van Heflin), passando ainda por uma prostituta e dançarina de saloon, Dallas (Ann-Margret), até uma respeitada dama da sociedade, a senhorita Lucy Mallory (Stefanie Powers, que anos depois iria fazer muito sucesso na TV com a série "Casal 20"). 

Por fim, completando o grupo temos um banqueiro almofadinha (que na verdade está tentando fugir com o dinheiro da empresa onde trabalha), um jogador inveterado, um vendedor de whisks e um médico alcoólatra conhecido como "Doc" Josiah Boone (curiosamente interpretado pelo famoso cantor Bing Crosby, que se sai excepcionalmente muito bem em sua atuação). O elenco, como se pode perceber, é acima da média, mas quem se destaca mesmo é uma jovem (e linda) Ann-Margret! Dois anos após seu sucesso ao lado do roqueiro Elvis Presley em "Viva Las Vegas" ela conseguiu outra excelente atuação. Sua personagem Dallas é ao mesmo tempo uma figura doce e terna, mas também esperta, até mesmo por causa da vida que leva. Ela se apaixona pelo fugitivo Ringo Kid e pretende recomeçar vida nova ao seu lado. Se você ainda tinha alguma dúvida se ela foi mesmo uma das mais bonitas atrizes da história de Hollywood basta vê-la aqui em cena. Ann-Margret está simplesmente linda, com figurino de época, realçando ainda mais sua beleza ruiva, roubando todas as atenções do espectador. Enfim, grande faroeste que vale muito a pena conhecer. Uma das melhores produções da Fox no gênero, sem favor ou exagero algum.

Pablo Aluísio.

Maldade

Título no Brasil: Maldade
Título Original: The Thundering Herd
Ano de Produção: 1933
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Hathaway
Roteiro: Zane Grey, Jack Cunningham
Elenco: Randolph Scott, Judith Allen, Buster Crabbe, Noah Beery, Raymond Hatton, Blanche Friderici

Sinopse:
Dois caçadores rivais se reencontram em um lugar selvagem e hostil, com índios determinados a exterminarem todos os caçadores brancos de búfalos que se encontram em seus territórios. E a rivalidade não se limita ao comércio de pele, mas também aos assuntos do coração, pois ambos são apaixonados pela mesma mulher.

Comentários:
Randolph Scott voltou a trabalhar com o diretor Henry Hathaway no western "Maldade" (The Thundering Herd, Estados Unidos, 1933). O roteiro era novamente escrito por Zane Grey, que era tão popular entre os fãs de filmes de faroeste que seu nome conseguia até mesmo um grande destaque nos posters dos filmes que chegavam nos cinemas. O enredo não poderia ser mais referente às mitologias do velho oeste norte-americano. Scott interpretava um caçador de búfalos chamado Tom Doan. Ele, ao lado de seus homens, caçavam búfalos para lucrar com a venda de suas peles, que na época valiam pequenas fortunas. O trabalho porém era uma verdadeira luta de sobrevivência em terras hostis. Além dos ladrões de peles, sempre dispostos a matar os caçadores, havia ainda a presença perigosa de guerreiros das tribos locais. No elenco o filme ainda trazia a bela Judith Allen e Buster Crabbe, veterano em filmes de faroeste da época.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O Correio do Inferno

A história do filme explora os serviços de correspondência que existiam no velho oeste. Já naqueles tempos havia um sistema de entrega de cartas bem organizado, ligando a costa oeste e a costa leste do país. Essas encomendas, cargas e cartas eram levadas em diligências pelos territórios mais hostis. Além de bandidos havia ainda a sempre ameaça de algum ataque indígena. Pois bem no filme temos como protagonista um personagem chamado Tom Owens (Tyrone Power). Ele trabalha em um posto avançado dos correios, bem no meio do deserto. Esses postos eram usados como paradas para as diligências, onde os cavalos eram trocados e os passageiros poderiam fazer alguma refeição. Acontece que uma quadrilha está atuando na região, um bando de ladrões e assassinos comandados por Rafe Zimmerman (Hugh Marlowe).

Vinnie Holt (Susan Hayward) é uma passageira de uma dessas diligências que faz uma parada no posto onde Tom trabalha. Quando a notícia que uma quadrilha está à solta chega até eles, Vinnie é obrigada a ficar na estação. Ela viaja com uma criança, sua sobrinha, e a companhia não admite que crianças viajem nesse tipo de situação. O problema é que a própria estação é tomada pelos bandoleiros, fazendo com que ela e Tom fiquem como reféns. O filme se desenvolve praticamente todo dentro dessa estação, bem no meio do deserto. Os criminosos estão à espera de uma diligência que chegará por lá no dia seguinte, trazendo ouro da Califórnia. O objetivo é claro é pegar a pequena fortuna e depois partir em fuga novamente.

Esse é um bom faroeste, valorizado pelo roteiro bem escrito, excelente direção do mestre Henry Hathaway e um elenco acima da média. Tyrone Power está menos heroico do que de costume. Ele que se destacou em tantos épicos assinados por King Victor, aqui não faz muito mais do que o habitual. De certa forma ele é superado pela atriz Susan Hayward. Além de ter cenas realmente boas, sua personagem passa longe de ser uma mocinha tolinha de filmes de western, como era muito retratado na época. Cheia de força de vontade e fibra, ela é uma das melhores razões para assistir a esse filme. Além disso, vamos ser sinceros, como ela estava bonita quando fez esse filme! Dizem que tinha um caso com o milionário excêntrico Howard Hughes quando o filme foi realizado. Sorte a dele! No mais é um faroeste que vale a pena conhecer. Hoje em dia não é tão citado, nem pelos fãs do gênero! De qualquer forma nunca é tarde para conferir. Não deixe passar em branco.

O Correio do Inferno (Rawhide, Estados Unidos, 1951) Direção: Henry Hathaway / Roteiro: Dudley Nichols / Elenco: Tyrone Power, Susan Hayward, Hugh Marlowe, Dean Jagger / Sinopse: Durante uma viagem de diligência no velho oeste, a passageira Vinnie Holt (Susan Hayward) e sua sobrinha, uma garotinha de dois anos, é obrigada a ficar numa estação avançada no deserto, até que o xerife capture o bando liderado por Rafe Zimmerman (Hugh Marlowe). O problema é que a quadrilha acaba chegando na estação, fazendo todos de reféns, inclusive o empregado da companhia, Tom Owens (Tyrone Power).

Pablo Aluísio.

Cavaleiro do Texas

Título no Brasil: Cavaleiro do Texas
Título Original: Texas Cyclone
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: D. Ross Lederman
Roteiro: Randall Faye, William Colt MacDonald
Elenco: Tim McCoy, John Wayne, Shirley Grey, Wheeler Oakman, Wallace MacDonald, Jim Farley

Sinopse:
Pecos Grant se desloca para uma cidade estranha apenas para descobrir que todos o reconhecem, não como Pecos Grant, mas como um homem supostamente chamado Rawlins. Mesmo a esposa de Rawlins acha que seu marido voltou. Pecos então se propõe a resolver o mistério. O que afinal estaria acontecendo naquela cidade perdida no meio do deserto?

Comentários:
Em 1932 John Wayne atuou no filme "Cavaleiro do Texas" (Texas Cyclone). A direção dessa fita foi do cineasta  D. Ross Lederman. Wayne era até então apenas o quarto nome do elenco, bem atrás do verdadeiro astro do faroeste, o cowboy Tim McCoy. Era um filme de matinê, uma fita rápida de apenas 60 minutos de duração. A  Columbia Pictures estava investindo bastante nesse tipo de produção, exibida para o público jovem, com preços promocionais. Filmes de orçamentos pequenos que traziam lucro certo a cada exibição. Dentro da carreira de John Wayne não trouxe muito em termos de qualidade, mas serviu para deixá-lo na ativa, trabalhando e se tornando mais familiar para o público espectador. Quanto mais conhecido ele ia ficando, melhor!

Pablo Aluísio.