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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Chaga de Fogo

Título no Brasil: Chaga de Fogo
Título Original: Detective Story
Ano de Lançamento: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: William Wyler
Roteiro: Philip Yordan, Robert Wyler
Elenco: Kirk Douglas, Eleanor Parker, William Bendix, Cathy O'Donnell, George Macready, Horace McMahon

Sinopse:
O filme mostra um dia de trabalho na vida de um investigador de uma delegacia de polícia em Nova Iorque. Ao longo do dia ele precisa lidar com uma série de criminosos diversos. O jovem que roubou do próprio patrão para gastar com sua namorada fútil. O médico rico e renomado que fazia abortos. Uma dupla de arrombadores de apartamentos e até mesmo uma garota, pega no flagra, roubando uma loja de departamentos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção e melhor roteiro. 

Comentários:
Um bom clássico da carreira do ator Kirk Douglas. A primeira coisa que me chamou a atenção foram as longas tomadas de cena. Como a história se passa toda dentro de uma delegacia de polícia os eventos vão acontecendo ao mesmo tempo e praticamente não há cortes de edição. Quase um teatro filmado. Mostra bem como o elenco era bom, mesmo em grandes sequências eles não perdiam o fio da meada e nem esqueciam os extensos diálogos. Como destaque e não poderia ser diferente, temos um talentoso Kirk Douglas. Ele interpreta um daqueles detetives durões dos filmes antigos. O tempo todo ele precisa ser parado por seu superior pois sua vontade seria a de acertar socos certeiros na cara de todos aqueles criminosos que pegou. E no final ele acaba descobrindo que sua própria esposa estaria envolvida nos crimes de um médico de uma clínica clandestina de aborto. O detalhe cruel é que ele nem sabia disso e o filho era de outro homem! Claro que sua casa cai depois disso. Um filme realmente muito bom, valorizado pelo final trágico que surpreendeu muita gente na época. Mesmo com todo o moralismo machista da época, o filme ainda se sustenta muito bem nos dias de hoje! 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

A Fuga do Forte Bravo

Título no Brasil: A Fera do Forte Bravo
Título Original: Escape from Fort Bravo
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges
Roteiro: Frank Fenton, Phillip Rock
Elenco: William Holden, Eleanor Parker, John Forsythe
  
Sinopse:
Por ser localizado em uma região distante e isolada, bem no meio do deserto, o Forte Bravo acaba se transformando em uma guarnição militar que ao mesmo tempo funciona como prisão de soldados confederados durante a Guerra Civil Americana. Cabe ao Capitão Roper (William Holden) a missão de capturar eventuais fugitivos, os caçando pelas areias escaldantes do deserto. Dono de um estilo duro e disciplinador, ele logo passa a ser hostilizado pelos prisioneiros. Para Roper porém essa é a menor de suas preocupações, pois o Forte está localizado em território hostil, rodeado por montanhas cheias de indígenas Mescaleros.

Comentários:
O cineasta John Sturges foi um dos grandes mestres do western americano. Aqui ele novamente entrega uma bela obra cinematográfica que certamente não vai decepcionar os fãs do gênero. O enredo do filme se passa no Forte Bravo, um regimento longínquo do exército americano. Cabia a essa divisão a incumbência de enfrentar as tribos selvagens do local, garantindo segurança e domínio sobre aquelas terras distantes. Como é localizado nos confins do oeste o governo americano logo transforma o lugar em uma prisão para rebeldes confederados. Não tarda e as hostilidades logo crescem entre ianques e sulistas. Eles porém precisam enfrentar um inimigo em comum, os Mescaleros, índios conhecidos por seu estilo guerreiro e selvagem. O roteiro se desenvolve assim em três atos básicos, um dentro do Forte Bravo quando Roper retorna de uma missão de captura, o segundo quando prisioneiros fogem para o deserto e finalmente o terceiro, quando Roper e seus homens são encurralados pelos indígenas. O argumento pretende demonstrar que não havia muito sentido na luta entre soldados da União e da Confederação, porque no final das contas todos eles eram americanos. Os Mescaleros acabam funcionando assim como um fator de união entre eles, pois diante de um inimigo comum o que valia mesmo era a luta pela América, por sua nação.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de junho de 2017

A Selva Nua

Título no Brasil: A Selva Nua
Título Original: The Naked Jungle
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Byron Haskin
Roteiro: Philip Yordan, Ranald MacDougall
Elenco: Charlton Heston, Eleanor Parker, Abraham Sofaer, William Conrad, Leonard Strong, John Dierkes
  
Sinopse:
Christopher Leiningen (Charlton Heston) é um fazendeiro americano que ergue uma plantação de cacau no meio da floresta amazônica. Ele luta para vencer a natureza da região e precisa enfrentar muitos desafios, inclusive a infestação de uma formiga voraz conhecida na região como Marabunta! Solitário naquele mundo perdido, ele decide se casar por procuração com uma mulher de New Orleans chamada Joanna (Eleanor Parker). Quando ela finalmente chega na região Christopher acaba se decepcionando, criando inúmeros problemas para seu novo relacionamento.

Comentários:
Um filme de selva, gênero que era muito popular nos anos 1950, só que ao invés de se passar na África esse aqui se passa na floresta Amazônica. Charlton Heston interpreta esse fazendeiro bem rude e violento que precisa lidar com uma infestação de formigas devoradoras, que podiam acabar com sua plantação de cacau em poucas horas. Além disso ele tem que receber a mulher que acabou de chegar dos Estados Unidos para ser sua esposa. É complicado simpatizar com esse protagonista porque ele é em essência um homem sem qualquer simpatia pessoal, violento com seus empregados e irascível com a esposa recém chegada. A primeira parte do filme mostra os problemas envolvendo justamente seu péssimo temperamento com a mulher que deveria ser sua nova esposa. Ele não se socializa direito, tem poucas palavras agradáveis para dizer a ela e o pior de tudo, a rejeita simplesmente pelo fato dela ter sido casada como outro homem no passado. Eleanor Parker está muito bonita no filme, vestindo roupas elegantes que contrastam completamente com o clima selvagem da região. É um bom filme, que consegue mesclar romance com aventura. Bem no estilo desse tipo de produção da época. Por fim um fato curioso: durante o lançamento do filme no Brasil o ator Charlton Heston visitou a cidade de São Paulo. Em entrevista com a jornalista Dulce Damasceno de Brito na cidade, o ator quis saber como os paulistas lidavam com a terrível formiga Marabunta! Heston pensava que o inseto infestava a grande cidade brasileira, demonstrando toda a sua ignorância sobre o Brasil. Essa situação inusitada foi relatada por Dulce em uma de suas colunas na revista Set. Pelo visto Charlton Heston pensava que os paulistas tinham que enfrentar as formigas em suas casas, todos os dias! No mínimo surreal sua visão sobre a maior cidade da América do Sul.

Pablo Aluísio.