A história do filme se passa toda em apenas uma noite. A bióloga e pesquisadora Alice Manning (Rachel Weisz) é convidada para o jantar de aniversário de Tom (Michael Shannon) por um amigo em comum. Ela então chega na festa, se socializa, conta parte de sua história pessoal em conversas agradáveis com os outros convidados e acaba se dando muito bem com todos os novos amigos que faz. O que ninguém desconfia nesse jantar é que Alice e Tom não estão na verdade se conhecendo naquela noite, pois eles possuem um passado, foram namorados há quinze anos, em um relacionamento complicado. Tom é casado e por isso finge estar conhecendo Alice apenas naquele momento. Ela também mantém a farsa, mas aos poucos tudo vai desmoronando.
"Desconhecida" é um filme bem interessante por causa de sua protagonista. A linha dorsal do roteiro a mostra indo até a festa de aniversário de um amor do passado. Quando eles se reencontram acontece aquela situação típica de "saia justa", pois ficam fingindo que nunca se viram antes. Alice também não é uma mulher comum. Desde que acabou o romance com o ex-namorado ela começou uma vida muito incomum. Assumindo diversas identidades diferentes ao longo dos anos ela foi se reinventando conforme as situações em sua vida foram mudando. Assim Alice foi artista de shows de mágica na China, enfermeira de Detroit, mulher de negócios, pesquisadora, uma série de profissões diferentes. Para seu ex-namorado Tom ela não passaria de uma mentirosa compulsiva, mas no final de tudo nada disso ainda importa pois ele ainda tem uma certa paixão por ela.
Como se trata de um filme de atuações e diálogos, o grande atrativo vem do elenco do filme. Rachel Weisz é uma atriz talentosa, já premiada com o Oscar por sua atuação em "O Jardineiro Fiel" de 2005. Aqui ele assumiu essa responsabilidade de representar uma mulher que na verdade são muitas. A tal "desconhecida" do título original não é apenas uma convidada numa festa de aniversário, mas uma pessoa com múltiplas personalidades, que ela vai trocando conforme lhe convém. Outro destaque do elenco é a presença do ator Michael Shannon. A primeira vez que Shannon me chamou a atenção foi na série "Boardwalk Empire", depois ele fez vários filmes como "Batman Vs Superman", "Animais Noturnos" e "Elvis e Nixon". É um ator muito talentoso, que ainda não teve o destaque que merecia. Em suma é isso. Um filme indicado para quem gosta de personagens diferentes, vivendo vidas singulares.
Desconhecida (Complete Unknown, Estados Unidos, 2016) Direção: Joshua Marston / Roteiro: Joshua Marston, Julian Sheppard / Elenco: Rachel Weisz, Michael Shannon, Erin Darke, Hansel Tan / Sinopse: Bióloga é convidada para um jantar de aniversário por um amigo, sem esse saber que ela na verdade teve um caso amoroso complicado com o aniversariante quinze anos atrás. Filme indicado ao Central Ohio Film Critics Association e ao Deauville Film Festival na categoria de Melhor Ator (Michael Shannon).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de março de 2017
Intruder A-6
Título no Brasil: Intruder A-6 - Um Vôo Para O Inferno
Título Original: Flight of the Intruder
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Milius
Roteiro: Stephen Coonts, Robert Dillon
Elenco: Danny Glover, Willem Dafoe, Brad Johnson, Rosanna Arquette, Tom Sizemore, J. Kenneth Campbell
Sinopse:
Em plena guerra do Vietnã, um grupo de pilotos da Marinha americana, usando aviões de combate, bombardeiros A-6 Intruder, são designados para destruir um depósito de armas em Hanoi, atrás das linhas inimigas. A missão, não autorizada oficialmente, se torna uma das mais perigosas e violentas de todo o conflito. Roteiro baseado no romance de guerra escrito por Stephen Coonts.
Comentários:
Na segunda metade dos anos 80 tivemos um ciclo de filmes sobre a Guerra do Vietnã. Esse "Intruder A-6 - Um Vôo Para O Inferno" é um herdeiro, já um pouco tardio, dessa fase do cinema americano. Porém ao contrário de filmes como "Platoon" ou "Nascido Para Matar", essa produção não teve qualquer pretensão de revisitar essa guerra de forma mais dramática ou profunda. Na verdade esse filme foi por outro lado, valorizando a ação e as cenas de combate, acima de tudo. Com uma boa dupla de protagonistas, interpretados por Danny Glover da franquia de sucesso "Máquina Mortífera" e Willem Dafoe, do próprio "Platoon", o filme tinha uma levada bem ao estilo das produções de ação de guerra dos anos 70. Nada de dramas, nada de tentar entender as razões da guerra ou porque ela se tornou um dos maiores fracassos militares da história dos Estados Unidos. Nada disso, apenas bombas, explosões, etc. Nesse ponto o filme até que funciona muito bem e logo se torna uma boa diversão. Por fim uma dica importante: fique de olho na grade de programação do Paramount Channel pois " Flight of the Intruder" tem sido constantemente reprisado por esse canal a cabo. É uma boa opção para quem gosta desse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
Título Original: Flight of the Intruder
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Milius
Roteiro: Stephen Coonts, Robert Dillon
Elenco: Danny Glover, Willem Dafoe, Brad Johnson, Rosanna Arquette, Tom Sizemore, J. Kenneth Campbell
Sinopse:
Em plena guerra do Vietnã, um grupo de pilotos da Marinha americana, usando aviões de combate, bombardeiros A-6 Intruder, são designados para destruir um depósito de armas em Hanoi, atrás das linhas inimigas. A missão, não autorizada oficialmente, se torna uma das mais perigosas e violentas de todo o conflito. Roteiro baseado no romance de guerra escrito por Stephen Coonts.
Comentários:
Na segunda metade dos anos 80 tivemos um ciclo de filmes sobre a Guerra do Vietnã. Esse "Intruder A-6 - Um Vôo Para O Inferno" é um herdeiro, já um pouco tardio, dessa fase do cinema americano. Porém ao contrário de filmes como "Platoon" ou "Nascido Para Matar", essa produção não teve qualquer pretensão de revisitar essa guerra de forma mais dramática ou profunda. Na verdade esse filme foi por outro lado, valorizando a ação e as cenas de combate, acima de tudo. Com uma boa dupla de protagonistas, interpretados por Danny Glover da franquia de sucesso "Máquina Mortífera" e Willem Dafoe, do próprio "Platoon", o filme tinha uma levada bem ao estilo das produções de ação de guerra dos anos 70. Nada de dramas, nada de tentar entender as razões da guerra ou porque ela se tornou um dos maiores fracassos militares da história dos Estados Unidos. Nada disso, apenas bombas, explosões, etc. Nesse ponto o filme até que funciona muito bem e logo se torna uma boa diversão. Por fim uma dica importante: fique de olho na grade de programação do Paramount Channel pois " Flight of the Intruder" tem sido constantemente reprisado por esse canal a cabo. É uma boa opção para quem gosta desse tipo de produção.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de março de 2017
Do Fundo do Mar
Título no Brasil: Do Fundo do Mar
Título Original: Deep Blue Sea
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Duncan Kennedy, Donna Powers
Elenco: Samuel L. Jackson, Thomas Jane, Stellan Skarsgård, Saffron Burrows, Jacqueline McKenzie, Michael Rapaport
Sinopse:
Procurando pela cura do mal de Alzheimer, um grupo de cientistas começa uma pesquisa em um lugar isolado, distante da civilização. Uma vez lá eles se deparam com um novo tipo de tubarão desconhecido pela ciência. Os animais não são apenas predadores ferozes, mas também apresentam uma inteligência fora do comum, o que piora ainda mais a situação de todos eles. Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.
Comentários:
Mais um herdeiro tardio de "Tubarão". É a tal coisa, com os anos 90 vieram também as novas tecnologias de efeitos digitais, que eram inexistentes nos anos anteriores. De repente não havia mais limitações para a imaginação dos roteiros. Basta lembrar de como foi complicado dar veracidade ao Tubarão original de Steven Spielberg para perceber como os novos tempos tinham mudado o cinema. Tudo era possível de se reproduzir nas telas. Assim, com tantas comodidades, não era complicado prever o surgimento de fitas como essa, com toneladas de efeitos criados em computação gráfica. Só que os produtores desse filme esqueceram que por trás de todo bom filme é preciso ter um bom roteiro. Nesse quesito esse "Deep Blue Sea" deixa muito a desejar. Ok, temos que admitir que visualmente o filme é muito bem realizado, mas a estorinha por trás de tudo é muito fraca, fraca demais. Para piorar o que já não era muito bom o diretor Renny Harlin (uma espécie de aprendiz fracassado de Michael Bay) resolveu realizar um filme vazio, que mais parece um videogame. O problema é que os fãs de games não podiam jogar e os cinéfilos não queriam pagar uma entrada de cinema para assistir um game. Só sobrou então o fracasso comercial, merecidamente aliás. Enfim, um filme de tubarões que não chega nem perto do clássico de Spielberg. No fundo não passa de uma bomba no fundo do mar. Esqueça!
Pablo Aluísio.
Título Original: Deep Blue Sea
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Duncan Kennedy, Donna Powers
Elenco: Samuel L. Jackson, Thomas Jane, Stellan Skarsgård, Saffron Burrows, Jacqueline McKenzie, Michael Rapaport
Sinopse:
Procurando pela cura do mal de Alzheimer, um grupo de cientistas começa uma pesquisa em um lugar isolado, distante da civilização. Uma vez lá eles se deparam com um novo tipo de tubarão desconhecido pela ciência. Os animais não são apenas predadores ferozes, mas também apresentam uma inteligência fora do comum, o que piora ainda mais a situação de todos eles. Filme indicado ao BMI Film & TV Awards.
Comentários:
Mais um herdeiro tardio de "Tubarão". É a tal coisa, com os anos 90 vieram também as novas tecnologias de efeitos digitais, que eram inexistentes nos anos anteriores. De repente não havia mais limitações para a imaginação dos roteiros. Basta lembrar de como foi complicado dar veracidade ao Tubarão original de Steven Spielberg para perceber como os novos tempos tinham mudado o cinema. Tudo era possível de se reproduzir nas telas. Assim, com tantas comodidades, não era complicado prever o surgimento de fitas como essa, com toneladas de efeitos criados em computação gráfica. Só que os produtores desse filme esqueceram que por trás de todo bom filme é preciso ter um bom roteiro. Nesse quesito esse "Deep Blue Sea" deixa muito a desejar. Ok, temos que admitir que visualmente o filme é muito bem realizado, mas a estorinha por trás de tudo é muito fraca, fraca demais. Para piorar o que já não era muito bom o diretor Renny Harlin (uma espécie de aprendiz fracassado de Michael Bay) resolveu realizar um filme vazio, que mais parece um videogame. O problema é que os fãs de games não podiam jogar e os cinéfilos não queriam pagar uma entrada de cinema para assistir um game. Só sobrou então o fracasso comercial, merecidamente aliás. Enfim, um filme de tubarões que não chega nem perto do clássico de Spielberg. No fundo não passa de uma bomba no fundo do mar. Esqueça!
Pablo Aluísio.
A Filha do General
Título no Brasil: A Filha do General
Título Original: The General's Daughter
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Simon West
Roteiro: Christopher Bertolini
Elenco: John Travolta, Madeleine Stowe, Timothy Hutton, James Woods, James Cromwell
Sinopse:
Após a morte misteriosa de uma capitã, filha de um figurão militar, o tenente Paul Brenner (John Travolta) é designado por seu comandante para descobrir a autoria do crime e as razões do assassinato. Ao lado da advogada Sara Sunhill (Madeleine Stowe), o tenente vai desvendando toda a complexa rede que envolve a morte da jovem militar. O que ele acaba descobrindo é algo muito mais surpreendente do que ele poderia inicialmente supor.
Comentários:
Ao longo da carreira o ator John Travolta participou de alguns filmes marcantes, outros nem tanto, verdadeiras bombas. É um ator irregular. Esse "A Filha do General" fica no meio termo pois até teve um certo sucesso, sendo bem sucedido comercialmente no mercado de vídeo VHS - já que nos cinemas apresentou uma bilheteria modesta. O que vale aqui, o seu principal mérito, vem do roteiro, mais claramente falando, de sua trama. É aquele tipo de história que começa levando o espectador para um lado, depois para outro, tudo para no final surgir aquela grande reviravolta que ninguém esperava! Em alguns momentos esse tipo de maniqueísmo do roteirista fica um pouco cansativo, mas se você conseguir superar isso pode vir a se divertir. O diretor inglês Simon West é especialista nesse tipo de filme pois já dirigiu produções como "Con Air - A Rota da Fuga", "Lara Croft: Tomb Raider" e "Os Mercenários 2". É considerado um cineasta muito bom no gênero ação. Por isso deixamos, mesmo com certas reservas, a dica desse bom filme estrelado por John Travolta. Vale uma espiada.
Pablo Aluísio.
Título Original: The General's Daughter
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Simon West
Roteiro: Christopher Bertolini
Elenco: John Travolta, Madeleine Stowe, Timothy Hutton, James Woods, James Cromwell
Sinopse:
Após a morte misteriosa de uma capitã, filha de um figurão militar, o tenente Paul Brenner (John Travolta) é designado por seu comandante para descobrir a autoria do crime e as razões do assassinato. Ao lado da advogada Sara Sunhill (Madeleine Stowe), o tenente vai desvendando toda a complexa rede que envolve a morte da jovem militar. O que ele acaba descobrindo é algo muito mais surpreendente do que ele poderia inicialmente supor.
Comentários:
Ao longo da carreira o ator John Travolta participou de alguns filmes marcantes, outros nem tanto, verdadeiras bombas. É um ator irregular. Esse "A Filha do General" fica no meio termo pois até teve um certo sucesso, sendo bem sucedido comercialmente no mercado de vídeo VHS - já que nos cinemas apresentou uma bilheteria modesta. O que vale aqui, o seu principal mérito, vem do roteiro, mais claramente falando, de sua trama. É aquele tipo de história que começa levando o espectador para um lado, depois para outro, tudo para no final surgir aquela grande reviravolta que ninguém esperava! Em alguns momentos esse tipo de maniqueísmo do roteirista fica um pouco cansativo, mas se você conseguir superar isso pode vir a se divertir. O diretor inglês Simon West é especialista nesse tipo de filme pois já dirigiu produções como "Con Air - A Rota da Fuga", "Lara Croft: Tomb Raider" e "Os Mercenários 2". É considerado um cineasta muito bom no gênero ação. Por isso deixamos, mesmo com certas reservas, a dica desse bom filme estrelado por John Travolta. Vale uma espiada.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de março de 2017
O Terceiro Milagre
Título no Brasil: O Terceiro Milagre
Título Original: The Third Miracle
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: American Zoetrope, Franchise Pictures
Direção: Agnieszka Holland
Roteiro: John Romano
Elenco: Ed Harris, Anne Heche, Armin Mueller-Stahl, Charles Haid, Sofia Polanska, Pavol Simon
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Richard Vetere, o filme "O Terceiro Milagre" conta a história do padre Frank Shore (Ed Harris). Após o surgimento de uma crença popular na santidade de uma mulher, moradora de um pequeno vilarejo, o Vaticano resolve enviar um de seus padres para investigar o que de fato estaria acontecendo por lá. Shore é que quem deverá prosseguir nas investigações para descobrir a verdade. Filme indicado ao prêmio do Mar del Plata Film Festival na categoria de Melhor Filme.
Comentários:
O roteiro desse filme é ótimo. Ele conta a crise de fé que se abate sobre um padre após ele ser enviado para um lugarejo onde pessoas estão acreditando em milagres. Os fenômenos sobrenaturais estão surgindo em torno de uma imagem de Nossa Senhora que chora lágrimas de sangue. As pessoas da região começam a peregrinar até lá e não tardam a surgir curas de doenças graves. Pela medicina todas elas seriam incuráveis e não haveria como explicar o que estaria acontecendo apenas pela ciência. O personagem de Ed Harris tem crises de fé, o que agrava ainda mais a situação. Eu sempre que posso elogio Ed Harris. Em minha opinião ele sempre foi um dos mais completos atores de sua geração. Sua postura de homem comum, mas íntegro, conta muitos pontos a favor. A cineasta Tcheca Agnieszka Holland também criou uma de suas melhores obras cinematográficas, onde tudo é feito com sutileza, sofisticação e acima de tudo respeito para com a fé católica. Um bom filme, produzido pelo mestre Francis Ford Coppola, especialmente recomendado aos interessados em seu tema religioso.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Third Miracle
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: American Zoetrope, Franchise Pictures
Direção: Agnieszka Holland
Roteiro: John Romano
Elenco: Ed Harris, Anne Heche, Armin Mueller-Stahl, Charles Haid, Sofia Polanska, Pavol Simon
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Richard Vetere, o filme "O Terceiro Milagre" conta a história do padre Frank Shore (Ed Harris). Após o surgimento de uma crença popular na santidade de uma mulher, moradora de um pequeno vilarejo, o Vaticano resolve enviar um de seus padres para investigar o que de fato estaria acontecendo por lá. Shore é que quem deverá prosseguir nas investigações para descobrir a verdade. Filme indicado ao prêmio do Mar del Plata Film Festival na categoria de Melhor Filme.
Comentários:
O roteiro desse filme é ótimo. Ele conta a crise de fé que se abate sobre um padre após ele ser enviado para um lugarejo onde pessoas estão acreditando em milagres. Os fenômenos sobrenaturais estão surgindo em torno de uma imagem de Nossa Senhora que chora lágrimas de sangue. As pessoas da região começam a peregrinar até lá e não tardam a surgir curas de doenças graves. Pela medicina todas elas seriam incuráveis e não haveria como explicar o que estaria acontecendo apenas pela ciência. O personagem de Ed Harris tem crises de fé, o que agrava ainda mais a situação. Eu sempre que posso elogio Ed Harris. Em minha opinião ele sempre foi um dos mais completos atores de sua geração. Sua postura de homem comum, mas íntegro, conta muitos pontos a favor. A cineasta Tcheca Agnieszka Holland também criou uma de suas melhores obras cinematográficas, onde tudo é feito com sutileza, sofisticação e acima de tudo respeito para com a fé católica. Um bom filme, produzido pelo mestre Francis Ford Coppola, especialmente recomendado aos interessados em seu tema religioso.
Pablo Aluísio.
Vírus
Título no Brasil: Vírus
Título Original: Virus
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Bruno
Roteiro: Chuck Pfarrer
Elenco: Jamie Lee Curtis, William Baldwin, Donald Sutherland, Joanna Pacula, Marshall Bell, Sherman Augustus
Sinopse:
Durante uma missão em alto-mar a tripulação do navio "Sea Star" acaba encontrando uma embarcação russa abandonada. O capitão Robert Everton (Donald Sutherland) vê nessa descoberta a chance de ganhar alguns milhões de dólares por seu resgate. Já os demais membros do comando, entre eles Kit Foster (Jamie Lee Curtis) e o engenheiro Steve Baker (William Baldwin), acreditam que essa não seria uma boa ideia, pois o velho navio desaparecido parece ter algo sinistro a esconder. Afinal a tripulação daquele navio estava praticamente toda morta.
Comentários:
Esse filme de terror e suspense tem algumas curiosidades interessantes. A primeira delas é que foi uma das primeiras adaptações de quadrinhos para o cinema. O roteiro era baseado na Graphic Novel "Virus" de Chuck Pfarrer (que também assinou o roteiro), publicação da editora Dark Horse Comics. A segunda é que contou com um generoso orçamento, de quase 100 milhões de dólares, algo bem raro em produções desse tipo. Tantos pré-requisitos porém não garantiram a qualidade do filme como um todo. "Virus" tem muitos problemas. Apesar do bom elenco que contava com a presença do veterano Donald Sutherland, da "Rainha do Grito" Jamie Lee Curtis e do esforçado William Baldwin, o fato é que a própria trama não tinha muita qualidade. O enredo é bem previsível e qualquer cinéfilo com um mínimo de experiência matará tudo o que vai acontecer com apenas poucos minutos de filme. Nada de novo no front. Além dos clichês há um problema de ritmo, onde não se valorizou bem os momentos de tensão e suspense. Assim o filme acabou valendo apenas por algumas coisas, que no fundo não tinham muita importância.
Pablo Aluísio.
Título Original: Virus
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: John Bruno
Roteiro: Chuck Pfarrer
Elenco: Jamie Lee Curtis, William Baldwin, Donald Sutherland, Joanna Pacula, Marshall Bell, Sherman Augustus
Sinopse:
Durante uma missão em alto-mar a tripulação do navio "Sea Star" acaba encontrando uma embarcação russa abandonada. O capitão Robert Everton (Donald Sutherland) vê nessa descoberta a chance de ganhar alguns milhões de dólares por seu resgate. Já os demais membros do comando, entre eles Kit Foster (Jamie Lee Curtis) e o engenheiro Steve Baker (William Baldwin), acreditam que essa não seria uma boa ideia, pois o velho navio desaparecido parece ter algo sinistro a esconder. Afinal a tripulação daquele navio estava praticamente toda morta.
Comentários:
Esse filme de terror e suspense tem algumas curiosidades interessantes. A primeira delas é que foi uma das primeiras adaptações de quadrinhos para o cinema. O roteiro era baseado na Graphic Novel "Virus" de Chuck Pfarrer (que também assinou o roteiro), publicação da editora Dark Horse Comics. A segunda é que contou com um generoso orçamento, de quase 100 milhões de dólares, algo bem raro em produções desse tipo. Tantos pré-requisitos porém não garantiram a qualidade do filme como um todo. "Virus" tem muitos problemas. Apesar do bom elenco que contava com a presença do veterano Donald Sutherland, da "Rainha do Grito" Jamie Lee Curtis e do esforçado William Baldwin, o fato é que a própria trama não tinha muita qualidade. O enredo é bem previsível e qualquer cinéfilo com um mínimo de experiência matará tudo o que vai acontecer com apenas poucos minutos de filme. Nada de novo no front. Além dos clichês há um problema de ritmo, onde não se valorizou bem os momentos de tensão e suspense. Assim o filme acabou valendo apenas por algumas coisas, que no fundo não tinham muita importância.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de março de 2017
A Bela e a Fera
O grande lançamento nos cinemas mundiais dessa semana é essa nova versão de "A Bela e a Fera". Produzido pelos estúdios Disney, o conto de fadas agora sai do mundo da animação para o cinema convencional, com atores de verdade. Essa aliás tem sido uma estratégia vitoriosa do estúdio nos últimos anos, eles apenas adaptam animações de sucesso do passado, em novas super produções, faturando mais alguns milhões de dólares nas bilheterias ao redor do mundo. Como em time que se está ganhando não se mexe. Pois bem, esse filme aqui envolveu a atriz Emma Watson em uma polêmica bem desagradável (pelo menos sob o ponto de vista dela). A atriz é conhecida por causa de suas opiniões fortes, embasadas em uma visão de mundo feminista. Quando ele anunciou que iria interpretar basicamente uma princesa Disney o mundo dela caiu! Como se sabe as feministas possuem uma péssima impressão sobre as princesas da Disney porque segundo elas essa é uma imposição estereotipada da sociedade para com as mulheres. Emma ainda tentou se defender dizendo que a Bela era uma princesa diferente, que não aceitava certas coisas, mas a verdade é que pelo menos politicamente foi um passo atrás que ela deu.
Já em termos de carreira ela tem agora um baita sucesso em sua filmografia. O filme vai muito bem nas bilheterias, liderando rankings de vendas de ingressos em todos os mercados. Nada mal. O roteiro segue basicamente o mesmo da animação. É curioso porque o conto de fadas original, escrito pela Madame Gabrielle-Suzanne Barbot em 1740, foi tantas vezes adaptado ao longo de todos esses anos, que pouca coisa sobrou do texto original. Barbot viveu na França do século XVIII, na época de ouro do absolutismo da Casa de Bourbon. Sua obra era bem mais interessante, sob diversos aspectos, mas seria pouco atrativa para as crianças de hoje. Como se trata de um produto com o selo de qualidade Disney é meio desnecessário elogiar a bonita produção, a direção de arte de bom gosto, os efeitos de computação gráfica, etc. A Disney mantém um padrão de qualidade tão absurdo que todos os seus filmes são impecáveis nesses aspectos. A única crítica que teria a fazer sobre isso seria sobre o design da fera, que ao meu ver, está mais parecida com um werewolf de filmes de terror do que com um personagem cheio de sentimentos de uma produção feita para agradar as crianças. Tirando isso de lado, todo o mais me agradou. A espinha dorsal do enredo é o musical da Broadway, com belas canções por todo o desenrolar do filme. E sim, no final das contas a Emma Watson interpreta mesmo uma típica princesinha Disney. Nem adianta disfarçar.
A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, Estados Unidos, 2017) Direção: Bill Condon / Roteiro: Stephen Chbosky, Evan Spiliotopoulos / Elenco: Emma Watson, Kevin Kline, Ewan McGregor, Ian McKellen, Emma Thompson, Stanley Tucci, Dan Stevens, Luke Evans / Sinopse: Após o desaparecimento de seu pai em uma floresta sinistra e sombria, Belle (Watson) vai atrás dele e descobre que ele é prisioneiro de uma fera em seu castelo, um antigo príncipe que fora amaldiçoado por uma bruxa. Apenas o amor poderá salvá-lo de seu trágico destino.
Pablo Aluísio.
Já em termos de carreira ela tem agora um baita sucesso em sua filmografia. O filme vai muito bem nas bilheterias, liderando rankings de vendas de ingressos em todos os mercados. Nada mal. O roteiro segue basicamente o mesmo da animação. É curioso porque o conto de fadas original, escrito pela Madame Gabrielle-Suzanne Barbot em 1740, foi tantas vezes adaptado ao longo de todos esses anos, que pouca coisa sobrou do texto original. Barbot viveu na França do século XVIII, na época de ouro do absolutismo da Casa de Bourbon. Sua obra era bem mais interessante, sob diversos aspectos, mas seria pouco atrativa para as crianças de hoje. Como se trata de um produto com o selo de qualidade Disney é meio desnecessário elogiar a bonita produção, a direção de arte de bom gosto, os efeitos de computação gráfica, etc. A Disney mantém um padrão de qualidade tão absurdo que todos os seus filmes são impecáveis nesses aspectos. A única crítica que teria a fazer sobre isso seria sobre o design da fera, que ao meu ver, está mais parecida com um werewolf de filmes de terror do que com um personagem cheio de sentimentos de uma produção feita para agradar as crianças. Tirando isso de lado, todo o mais me agradou. A espinha dorsal do enredo é o musical da Broadway, com belas canções por todo o desenrolar do filme. E sim, no final das contas a Emma Watson interpreta mesmo uma típica princesinha Disney. Nem adianta disfarçar.
A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, Estados Unidos, 2017) Direção: Bill Condon / Roteiro: Stephen Chbosky, Evan Spiliotopoulos / Elenco: Emma Watson, Kevin Kline, Ewan McGregor, Ian McKellen, Emma Thompson, Stanley Tucci, Dan Stevens, Luke Evans / Sinopse: Após o desaparecimento de seu pai em uma floresta sinistra e sombria, Belle (Watson) vai atrás dele e descobre que ele é prisioneiro de uma fera em seu castelo, um antigo príncipe que fora amaldiçoado por uma bruxa. Apenas o amor poderá salvá-lo de seu trágico destino.
Pablo Aluísio.
Corações Apaixonados
Título no Brasil: Corações Apaixonados
Título Original: Playing by Heart
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Willard Carroll
Roteiro: Willard Carroll
Elenco: Sean Connery, Angelina Jolie, Madeleine Stowe, Gillian Anderson, Ellen Burstyn, Gena Rowlands, Ryan Phillippe, Anthony Edwards
Sinopse:
Onze pessoas vivendo e trabalhando em Los Angeles precisam lidar com os problemas profissionais e emocionais de suas vidas. Entre eles há Paul (Sean Connery), um produtor de TV, que precisa vencer suas dificuldades emocionais, enquanto tenta transformar um programa de culinária em sucesso de audiência. Joan (Jolie) é uma mulher apaixonada que tenta seduzir o jovem Keenan (Ryan Phillippe) sem muito sucesso. E por aí vai. O mote é sempre a tentativa de ser bem sucedido na vida de cada um, explorando como isso na realidade é bem complicado de se alcançar. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.
Comentários:
A intenção de Sean Connery ao aceitar o convite para esse filme era a de participar de uma pequena produção, mais artística, que tivesse um jeito mais de cinema independente, mais cult. O problema é que ao aceitar fazer o filme ele acabou atraindo a atenção de outros atores que queriam ter a oportunidade de trabalhar ao seu lado. É justamente aí que nasceu o maior problema dessa fita romântica. Com tantos atores e atrizes famosas no elenco o espaço para seus personagens tiveram que ser ampliados, criando mais um daqueles filmes com atores demais e roteiro de menos! É uma multidão de personagens, muitos deles sem a menor importância. Isso estraga a fita que se torna cansativa, com aqueles roteiros ao estilo mosaico, mostrando um monte de gente, fazendo um monte de coisas, que no fundo não significam nada! Enfim, ficou bem chato. O único que escapou do tédio foi o próprio Sean Connery. Dono de uma presença sempre marcante em cena, ele é uma das poucas razões que farão você acompanhar até o fim o desenrolar da história. Provavelmente se o filme não tivesse sua presença na tela, você provavelmente dormiria no sofá, de tão chatinha que é essa produção supostamente produzida para um público mais romântico. O filme como um todo pode até ser bem intencionado. O problema é que de boas intenções o inferno já está cheio. Melhor esquecer e ignorar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Playing by Heart
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Willard Carroll
Roteiro: Willard Carroll
Elenco: Sean Connery, Angelina Jolie, Madeleine Stowe, Gillian Anderson, Ellen Burstyn, Gena Rowlands, Ryan Phillippe, Anthony Edwards
Sinopse:
Onze pessoas vivendo e trabalhando em Los Angeles precisam lidar com os problemas profissionais e emocionais de suas vidas. Entre eles há Paul (Sean Connery), um produtor de TV, que precisa vencer suas dificuldades emocionais, enquanto tenta transformar um programa de culinária em sucesso de audiência. Joan (Jolie) é uma mulher apaixonada que tenta seduzir o jovem Keenan (Ryan Phillippe) sem muito sucesso. E por aí vai. O mote é sempre a tentativa de ser bem sucedido na vida de cada um, explorando como isso na realidade é bem complicado de se alcançar. Filme indicado ao Urso de Ouro do Berlin International Film Festival.
Comentários:
A intenção de Sean Connery ao aceitar o convite para esse filme era a de participar de uma pequena produção, mais artística, que tivesse um jeito mais de cinema independente, mais cult. O problema é que ao aceitar fazer o filme ele acabou atraindo a atenção de outros atores que queriam ter a oportunidade de trabalhar ao seu lado. É justamente aí que nasceu o maior problema dessa fita romântica. Com tantos atores e atrizes famosas no elenco o espaço para seus personagens tiveram que ser ampliados, criando mais um daqueles filmes com atores demais e roteiro de menos! É uma multidão de personagens, muitos deles sem a menor importância. Isso estraga a fita que se torna cansativa, com aqueles roteiros ao estilo mosaico, mostrando um monte de gente, fazendo um monte de coisas, que no fundo não significam nada! Enfim, ficou bem chato. O único que escapou do tédio foi o próprio Sean Connery. Dono de uma presença sempre marcante em cena, ele é uma das poucas razões que farão você acompanhar até o fim o desenrolar da história. Provavelmente se o filme não tivesse sua presença na tela, você provavelmente dormiria no sofá, de tão chatinha que é essa produção supostamente produzida para um público mais romântico. O filme como um todo pode até ser bem intencionado. O problema é que de boas intenções o inferno já está cheio. Melhor esquecer e ignorar.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de março de 2017
A Bruxa de Blair
Título no Brasil: A Bruxa de Blair
Título Original: The Blair Witch Project
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Roteiro: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Elenco: Heather Donahue, Michael C. Williams, Joshua Leonard, Bob Griffin, Jim King, Sandra Sánchez
Sinopse:
Um grupo de jovens resolve entrar na floresta para descobrir a verdade por trás de uma antiga lenda da região, que afirmava existir uma maldição em torno de uma bruxa que vivera no lugar há muitos anos. Essa lenda conhecida como "A Bruxa de Blair" teria algum fundo de verdade? Anos depois dessa busca o material de filmagem é encontrado perdido na floresta. O que teria acontecido com os jovens? Filme indicado ao Cannes Film Festival.
Comentários:
Essa produção pode ser considerada a grande pioneira no gênero mockumentary, do inglês mock (falso) + documentary (documentário), ou seja, os conhecidos falsos documentários, que assolam as produções de terror desde então. A ideia foi genial, não se pode negar. Os diretores, um bando de garotos, pegaram suas câmeras de mão e foram para a floresta fazer tomadas bem amadoras. Depois lançaram trechos na internet, como se tudo tivesse acontecido de verdade. Os tais vídeos se tornaram virais, trazendo uma enorme publicidade grátis. Depois de finalizado (com apenas 60 mil dólares), eles procuraram uma distribuidora e lançaram o filme no cinema. Acabou arrecadando nas bilheterias algo em torno de 140 milhões de dólares, se tornando assim um dos filmes mais lucrativos da história do cinema americano. "The Blair Witch Project", falando a verdade, tem uma história de bastidores mais interessante do que o próprio filme. Cinematograficamente falando, deixando de lado como a fita foi lançada, seus lucros absurdos, etc, não podemos negar que tudo é muito fraco. O roteiro praticamente inexiste, pois tudo foi criado ali mesmo, no meio do mato, sem muitos cuidados. O elenco, se é que podemos dizer que há um elenco no filme, é todo formado por jovens inexperientes, que nunca tinham participado de um filme antes. Mesmo com tanta precariedade (ou talvez justamente por causa disso), "A Bruxa de Blair" acabou virando um fenômeno. Como escrevi, o filme é ruim, mas a forma como ele mostrou a força da internet e as novas possibilidades de linguagem, não deixa de ter sua importância.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Blair Witch Project
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Roteiro: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Elenco: Heather Donahue, Michael C. Williams, Joshua Leonard, Bob Griffin, Jim King, Sandra Sánchez
Sinopse:
Um grupo de jovens resolve entrar na floresta para descobrir a verdade por trás de uma antiga lenda da região, que afirmava existir uma maldição em torno de uma bruxa que vivera no lugar há muitos anos. Essa lenda conhecida como "A Bruxa de Blair" teria algum fundo de verdade? Anos depois dessa busca o material de filmagem é encontrado perdido na floresta. O que teria acontecido com os jovens? Filme indicado ao Cannes Film Festival.
Comentários:
Essa produção pode ser considerada a grande pioneira no gênero mockumentary, do inglês mock (falso) + documentary (documentário), ou seja, os conhecidos falsos documentários, que assolam as produções de terror desde então. A ideia foi genial, não se pode negar. Os diretores, um bando de garotos, pegaram suas câmeras de mão e foram para a floresta fazer tomadas bem amadoras. Depois lançaram trechos na internet, como se tudo tivesse acontecido de verdade. Os tais vídeos se tornaram virais, trazendo uma enorme publicidade grátis. Depois de finalizado (com apenas 60 mil dólares), eles procuraram uma distribuidora e lançaram o filme no cinema. Acabou arrecadando nas bilheterias algo em torno de 140 milhões de dólares, se tornando assim um dos filmes mais lucrativos da história do cinema americano. "The Blair Witch Project", falando a verdade, tem uma história de bastidores mais interessante do que o próprio filme. Cinematograficamente falando, deixando de lado como a fita foi lançada, seus lucros absurdos, etc, não podemos negar que tudo é muito fraco. O roteiro praticamente inexiste, pois tudo foi criado ali mesmo, no meio do mato, sem muitos cuidados. O elenco, se é que podemos dizer que há um elenco no filme, é todo formado por jovens inexperientes, que nunca tinham participado de um filme antes. Mesmo com tanta precariedade (ou talvez justamente por causa disso), "A Bruxa de Blair" acabou virando um fenômeno. Como escrevi, o filme é ruim, mas a forma como ele mostrou a força da internet e as novas possibilidades de linguagem, não deixa de ter sua importância.
Pablo Aluísio.
Pela Vida de um Amigo
Título no Brasil: Pela Vida de um Amigo
Título Original: Return to Paradise
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: Pierre Jolivet, Olivier Schatzky
Elenco: Vince Vaughn, Anne Heche, Joaquin Phoenix, Vera Farmiga, Jada Pinkett Smith, David Conrad
Sinopse:
Lewis McBride (Joaquin Phoenix) é um americano que após passar férias na Malásia, acaba sendo acusado de tráfico de drogas. Preso e julgado, ele é condenado à morte em oito dias. Sua única saída é contar com o apoio de amigos que estavam com ele na ocasião e que poderiam assumir também suas culpas pelas drogas apreendidas, só que isso vai parecendo cada dia mais improvável. Filme indicado ao Csapnivalo Awards nas categorias de Melhor Atriz (Anne Heche) e Melhor Ator (Joaquin Phoenix).
Comentários:
Traficar drogas ou pelo menos levar algum tipo de droga em suas malas para certos países do mundo pode ser uma péssima ideia. É justamente isso que o roteiro desse filme explora, a prisão e condenação à morte de um americano em um país da Ásia, a Malásia. Em lugares como esse não existe escapatória - a morte, caso seja preso, é praticamente certa! Recentemente inclusive tivemos vários casos de jovens brasileiros que foram pegos justamente nessa situação, tentando entrar em países da Ásia - como as Filipinas - carregando drogas em suas bagagens. Há uma brasileira atualmente no corredor da morte por lá e outro brasileiro foi executado há mais ou menos dois anos. Dessa forma o tema do roteiro, apesar dos anos passados, tem se mostrado bem atual. É um filme com uma história triste. Um americano condenado à morte, precisando da ajuda de "amigos" (entre aspas mesmo), para que eles assumam parte da culpa, evitando assim que ele seja morto por enforcamento - um método pouco humanitário de ser executado na pena capital. O filme de uma forma em geral é bom, valorizado por esse interessante elenco, onde todos os atores ainda estavam na fase inicial da carreira. Um bando de gente talentosa que iria trilhar caminhos diferentes na carreira, mas que aqui, unidos, acabaram fazendo um belo trabalho de atuação. Por essas e outros recomendo bastante essa fita bem acima da média, capaz de mostrar o realismo brutal de uma condenação à morte, algo que é raramente mostrado pelo cinema americano.
Pablo Aluísio.
Título Original: Return to Paradise
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment
Direção: Joseph Ruben
Roteiro: Pierre Jolivet, Olivier Schatzky
Elenco: Vince Vaughn, Anne Heche, Joaquin Phoenix, Vera Farmiga, Jada Pinkett Smith, David Conrad
Sinopse:
Lewis McBride (Joaquin Phoenix) é um americano que após passar férias na Malásia, acaba sendo acusado de tráfico de drogas. Preso e julgado, ele é condenado à morte em oito dias. Sua única saída é contar com o apoio de amigos que estavam com ele na ocasião e que poderiam assumir também suas culpas pelas drogas apreendidas, só que isso vai parecendo cada dia mais improvável. Filme indicado ao Csapnivalo Awards nas categorias de Melhor Atriz (Anne Heche) e Melhor Ator (Joaquin Phoenix).
Comentários:
Traficar drogas ou pelo menos levar algum tipo de droga em suas malas para certos países do mundo pode ser uma péssima ideia. É justamente isso que o roteiro desse filme explora, a prisão e condenação à morte de um americano em um país da Ásia, a Malásia. Em lugares como esse não existe escapatória - a morte, caso seja preso, é praticamente certa! Recentemente inclusive tivemos vários casos de jovens brasileiros que foram pegos justamente nessa situação, tentando entrar em países da Ásia - como as Filipinas - carregando drogas em suas bagagens. Há uma brasileira atualmente no corredor da morte por lá e outro brasileiro foi executado há mais ou menos dois anos. Dessa forma o tema do roteiro, apesar dos anos passados, tem se mostrado bem atual. É um filme com uma história triste. Um americano condenado à morte, precisando da ajuda de "amigos" (entre aspas mesmo), para que eles assumam parte da culpa, evitando assim que ele seja morto por enforcamento - um método pouco humanitário de ser executado na pena capital. O filme de uma forma em geral é bom, valorizado por esse interessante elenco, onde todos os atores ainda estavam na fase inicial da carreira. Um bando de gente talentosa que iria trilhar caminhos diferentes na carreira, mas que aqui, unidos, acabaram fazendo um belo trabalho de atuação. Por essas e outros recomendo bastante essa fita bem acima da média, capaz de mostrar o realismo brutal de uma condenação à morte, algo que é raramente mostrado pelo cinema americano.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)