segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Edge
Título no Brasil: Ainda não definido
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Amazon Studios
Direção: Shane Black
Roteiro: Shane Black, Fred Dekker
Elenco: Max Martini, Ryan Kwanten, Yvonne Strahovski
Sinopse:
Um grupo de soldados da União cerca um jovem rancheiro em busca de uma suposta caixa onde haveria ouro e joias, pertencente ao seu irmão mais velho. Como ele se recusa a entregar acaba sendo enforcado pelos soldados. Quando seu irmão finalmente chega no rancho jura vingança contra aquele ato bárbaro por parte daqueles militares. Ele então parte em busca de cada um dos membros daquele pelotão. Sua sede de justiça precisa ser saciada.
Comentários:
Telefilme produzido para ser exibido no canal a cabo Amazon (que não está disponível no Brasil). A primeira coisa que chama a atenção é que o filme tem uma curta duração (meros 62 minutos), justamente para ser encaixado na grade de programação desse canal (que é especializado, entre outras coisas, em séries tais como "The Man in the High Castle"). Essa curta duração o qualificaria como um media-metragem, tecnicamente falando. Por se tratar de uma produção para a TV a produção é bem mais modesta, porém digna. Os produtores informaram que seria uma espécie de remake de uma antiga série americana chamada "Edge". Em minha opinião está mais para um episódio piloto de uma nova versão desse mesmo seriado, uma vez que o próprio enredo é inconclusivo (dando margem a futuros episódios ou novos filmes). Outro fato que me chamou a atenção é que um dos roteiristas é o ex-diretor Fred Dekker. Ele dirigiu no passado um pequeno clássico de terror dos anos 80 chamado "A Noite dos Arrepios" e depois a desastrosa terceira sequência da franquia "RoboCop". Sua presença no roteiro justifica em parte alguns exageros em termos de sangue e tripas nas cenas de tiroteio. Em termos de elenco além do brutamontes inexpressivo Max Martini que interpreta o protagonista temos a linda atriz australiana Yvonne Strahovski que infelizmente tem uma participação muito pequena e sem importância. Em conclusão, eis aqui um filme feito para a TV a cabo, sem grandes atrativos ou inovações, que pode ser dispensado sem maiores problemas.
Pablo Aluísio.
Caça-Fantasmas
Título Original: Ghostbusters
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Paul Feig
Roteiro: Katie Dippold, Paul Feig
Elenco: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon, Leslie Jones, Charles Dance, Andy Garcia, Bill Murray, Sigourney Weaver
Sinopse:
Prestes a ser escolhida como a nova professora titular de uma prestigiada universidade, a estudiosa e pesquisadora Erin Gilbert (Kristen Wiig) acaba tendo uma surpresa nada agradável ao perceber que sua antiga amiga da escola, Abby Yates (Melissa McCarthy), está vendendo um livro escrito por ela sobre fantasmas! Isso pode prejudicá-la pois ela considera o tema ridículo. Despedida da instituição ela resolve então se unir a Abby para formar um grupo de caçadoras de fantasmas. Elas querem limpar a cidade de fenômenos paranormais.
Comentários:
Pelo amor de Deus, que filme péssimo!!! Eu assisti os dois filmes originais "Ghostbusters" no cinema. Embora o segundo seja bem fraco, o primeiro é uma bobeirinha pop muito divertida, um dos mais lembrados dos anos 80. Eu gosto bastante dessa franquia para falar a verdade. Por isso fui esperando pelo menos um filme mediano. Sabia que não seria tão bom quanto o primeiro, por causa das reações negativas do público e das inúmeras críticas alertando que o filme era muito ruim, mas mesmo assim havia um pouquinho de esperança de assistir algo pelo menos assistível. Eu me equivoquei. O filme é bem ruim, ruim mesmo. O roteiro é apenas uma cópia mal feita, mal escrita, do filme de 1984. Uma cópia que sequer consegue criar nostalgia nos fãs. É só embaraçoso de tão fraco. O filme foi envolvido numa polêmica ridícula envolvendo o fato de que o elenco agora seria todo feminino. Isso é o de menos. Embora Melissa McCarthy e Kristen Wiig sejam comediantes talentosas elas não conseguem superar a ruindade do roteiro. É impossível não ser soterrado por um material tão imbecil! Por falar em elenco as pontas de Bill Murray e Sigourney Weaver só servem para piorar ainda mais o cenário pois o espectador acaba lembrando de como era bom o primeiro "Ghostbusters" nesse quesito. Eu também fiquei decepcionado com os efeitos especiais. Como é possível um filme dos anos 80 ser tão superior nesse aspecto a um filme atual? Pois é, basta lembrar dos fantasmas das primeiras versões para ver como aqui soa tudo tão decepcionante. Parece um episódio daquele "Goosebumps" de tão ruim! É a tal coisa, se ainda não viu no cinema, não vá perder seu dinheiro. E se não conferiu em outro meio, pelo menos agradeça por não ter caído numa fria, não perdendo seu precioso tempo com essa bobagem. Assim não há outra conclusão, esse novo "Ghostbusters" é mesmo uma grande porcaria, sinceramente... Fuja!
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Um Corpo Que Cai
Na estória um detetive aposentado chamado John 'Scottie' Ferguson (interpretado pelo sempre ótimo James Stewart) aceita a proposta de fazer um último serviço de investigação para um velho amigo. O sujeito é um daqueles homens bem sucedidos casados com mulheres bem mais jovens. Ela ultimamente vem apresentando um comportamento estranho, o que acende o alerta na cabeça do maridão. Todas as tardes ela sai por San Francisco, sem rumo certo, com comportamento fora do normal. Ele contrata assim Scottie para seguir seus passos, descobrir onde ela vai, o que faz e com quem anda nesses momentos...
Traição? Nem tanto. A jovem (na pele de Kim Novak, no auge da juventude e beleza) parece ter desenvolvido algum tipo de obsessão em relação a uma parente distante, sua trisavô, que teria se matado. Ela vai até seu túmulo, visita sua antiga casa, passeia por lugares onde ela viveu e por fim tenta se matar nas águas geladas da baía de San Francisco. Para salvá-la Scottie acaba se aproximando dela, nascendo daí uma paixão avassaladora. Tudo parece seguir numa certa normalidade, porém o que o velho detetive nem desconfia é que tudo o que surge na sua frente não é a realidade, mas um mundo de manipulação, onde ele é apenas um instrumento de ilusão numa teia criminosa.
A tese de Alfred Alfred Hitchcock era justamente essa. A diferença entre o que pensamos ser a realidade e aquilo que realmente é. De um lado o mundo real, concreto. Do outro a fantasia, a imaginação, a mentira. Uma metáfora sobre o próprio cinema no final das contas. O roteiro de "Vertigo" tem várias reviravoltas, algumas delas bem intrigantes e surpreendentes, mas o que mais deixa o espectador surpreso mesmo é ver como uma atriz de talento trivial como Kim Novak conseguiu ter um trabalho de atuação tão bom.
Ela no filme interpreta duas personagens, o seu eu real e a máscara que se apresenta para o velho policial de James Stewart. Uma de suas personalidades tem classe, finesse e por ter um comportamento reservado apresenta um ar misterioso e sedutor que se revela irresistível ao tira aposentado. A outra é uma mulher completamente ordinária (no sentido de ser comum), nada sofisticada, chegando ao ponto de ser simplesmente vulgar. Pura decepção. Uma trabalhadora tentando sobreviver em um emprego meramente medíocre. Certa vez Hitchcock disse que atores eram como gado e deveriam ser tratados como gado. Embora seja uma opinião forte, diria até ofensiva, quando vemos atuações como a de Kim Novak nesse filme acabamos entendendo que apesar de ser um jeito bem heterodoxo de direção a coisa parecia mesmo funcionar perfeitamente...
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Janela Indiscreta
Nessa revisão tardia acabei me surpreendendo pois adorei muito mais rever "Rear Window"! Embora "Um Corpo Que Cai" tenha um roteiro bem mais complexo e coeso, com ótimas tomadas externas e variedade maior de situações e cenários (com um ótimo final), "Janela Indiscreta" nos pega por sua extrema criatividade e originalidade. Para quem nunca viu ou não se lembra o filme conta a estória (simples) de um fotógrafo profissional (interpretado pelo grande James Stewart) que fica preso numa cadeira de rodas em seu apartamento após quebrar sua perna. Sem ter o que fazer para passar o tédio ele começa a espiar com uma câmera seus vizinhos de prédio (em uma maravilhosa recriação em estúdio de um típico condomínio de apartamentos residencial de Nova Iorque). Sim, ele se torna um voyeur da vida alheia!
E assim ele vai conhecendo os tipos mais variados. Há uma senhorita muito solitária e deprimida que passa os seus dias a idealizar o encontro romântico de seus sonhos, o jovem casal em lua de mel, a dançarina bonitona que é cortejada por um batalhão de pretendentes, um estranho casal que dorme na sacada de seu apê, usando uma cesta para descer seu cachorrinho de estimação até o pátio lá embaixo e por fim um velho casal que aparenta toda a saturação de um casamento em frangalhos que vai se arrastando por anos e anos. A esposa está inválida sobre uma cama e seu marido, um vendedor cansado da vida, não parece ter mais paciência para cuidar dela. É a massacrante rotina de uma vida ordinária cobrando seu preço.
É justamente sobre eles que as lentes de Stewart começam a prestar mais a atenção pois durante uma noite chuvosa ele acaba se convencendo que o homem matou sua esposa, a cortou em pedaços e colocou seus restos mortais em várias malas que ele vai tirando de seu apartamento aos poucos, durante as madrugadas! Chocante demais para você? Não para o mestre do suspense... Claro que o assassinato deixa alarmado o personagem de Stewart, mas nem seu velho amigo da guerra acredita em sua versão dos fatos. Para o velho tira seu colega está apenas entediado, inventando estórias em sua própria cabeça! Assim o roteiro joga o tempo todo com a dualidade sobre o que de fato estaria acontecendo... Teria havido realmente um crime ou tudo não passaria de uma maluquice na mente entediada do protagonista? Perceba que com tão pouco em mãos o grande Hitchcock acabou criando uma verdadeira obra prima do suspense, inclusive com toques de fino humor negro! E como se isso tudo ainda não bastasse o filme ainda traz a beleza eterna de Grace Kelly no auge de sua juventude e carisma! Dizem que o velho diretor ficou caidinho por ela - completamente apaixonado! Quem poderia condená-lo? Absolutamente ninguém...
Pablo Aluísio.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Sua Majestade, o Aventureiro
Em 1954 porém a imagem de Burt Lancaster ainda não tinha evoluído muito. O que havia sido posto sobre a mesa dos grandes chefões era a de que ele poderia se sair muito bem em aventuras dos sete mares. Assim o ator foi escalado para esse filme sobre um capitão que no Pacífico Sul tentava tirar a sorte grande ao explorar uma ilha remota povoada por nativos ainda bem primitivos. O lugar, cheio de coqueiros, era um manancial de riquezas. O óleo da casca do coco era fartamente usado na época pela indústria recém nascida. Levar aquele óleo para a distante Europa seria a sua salvação. Certamente ele ficaria rico. Só faltava saber como...
O protagonista interpretado por Burt Lancaster porém teria que antes disso vencer uma série de desafios. O principal deles era arranjar uma nova embarcação pois seu último navio havia sido tomado pela própria tripulação em um motim violento. Preso e jogado no mar em um pequeno bote o capitão só conseguiu sobreviver por causa das marés que o levaram até uma paradisíaca ilha em Fiji (um dos cartões postais mais bonitos do planeta, com suas águas límpidas, cristalinas e azuis). E é justamente nesse lugar que o velho capitão vivido por Lancaster começa novos planos de exploração. É claro que sob um ponto de vista atual tudo soará meio indigesto. O homem branco americano de Lancaster nem pensa duas vezes em colocar todos aqueles nativos morenos e primitivos para trabalharem em seu proveito pessoal, quase numa relação de escravismo. E olha que o personagem era visto como um herói naqueles distantes anos 50.
Deixando essas questões puramente ideológicas de lado o fato é que o filme como diversão funciona muito bem. O roteiro é redondinho, bem articulado e só derrapa mesmo na cena final, na conclusão do enredo que soa meio forçado. A ilha de Lancaster acaba virando um barril de pólvora, com disputas internas envolvendo o poder entre os selvagens. Alguns decidem apoiar Lancaster e outros ficam do lado de colonizadores franceses e belgas (que também querem explorar comercialmente a ilha). Qual seria a conclusão óbvia de uma situação assim? Claro que no mínimo uma sangrenta guerra civil, mas o roteiro parece ignorar a natureza humana, tudo terminando em um improvável Happy Ending, com todos de braços dados, felizes e sorridentes. De qualquer forma, levando-se em consideração a época em que o filme foi produzido, até que isso não incomoda muito. Embargue em sua proposta aventuresca e procure se divertir o máximo possível. Agindo assim esse "Sua Majestade o Aventureiro" vai servir bem aos seus objetivos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
A Ponte do Rior Kwai
No filme o roteiro parte da mesma premissa, só que a figura de Toosey foi transformado no personagem do Coronel Nicholson (em ótima interpretação do grande Alec Guinness). Oficial britânico orgulhoso e determinado ele resolve enfrentar os abusos do comandante japonês Saito (Sessue Hayakawa), A convenção de Genebra é um tratado internacional que rege as relações entre prisioneiros de guerra e é baseado nesse documento jurídico que Nicholson resolve se apoiar para enfrentar as arbitrariedades de Saito. Claro que isso dá origem a uma série de atritos entre eles, levando Nicholson a pagar caro por suas opiniões, porém com uma fibra absoluta ele resolve não ceder às torturas e pressões que sofre.
No começo da produção o produtor Sam Spiegel queria que uma maquete fosse usada para reproduzir a famosa ponte do Rio Kwai, mas o diretor David Lean, extremamente perfeccionista, recusou a sugestão. Assim uma ponte real, tal como a que realmente existiu, foi erguida de verdade a um custo recorde na época de 250 mil dólares. E tudo para depois ser destruída na apoteótica cena final quando ela finalmente é dinamitada por ingleses. O tempo mostrou que Lean estava totalmente certo em suas decisões já que a cena ainda hoje surpreende e o faz simplesmente por ser real, com um trem de verdade despencando nas águas do Rio Kwai.
Um fato histórico interessante é que a construção da ponte real durante a II Guerra Mundial foi mais trágica do que os acontecimentos vistos no filme. No total morreram 12 mil prisioneiros de guerra em sua construção. Ela levou não dois meses para ser erguida, como vemos no filme, mas oito meses. As doenças tropicais mataram muitos homens, além da conhecida brutalidade do exército japonês. Um verdadeiro inferno na Terra que foi recriado com raro brilhantismo por David Lean, um diretor que sempre mereceu ser chamado de mestre da sétima arte. É certamente um dos filmes clássicos de guerra mais imperdíveis da história. Por essa razão se ainda não viu, não deixe de completar essa lacuna em sua cultura cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Mister Roberts
Esse filme "Mister Roberts" foi realizado dez anos após o fim da guerra. Nesse tempo já havia uma certa tranquilidade em tratar aquele conflito, onde muitos americanos morreram, de uma forma mais bem humorada, sem tanto heroísmo como era comum em filmes do gênero na época. Assim as câmeras de Ford se concentram na história de marinheiros que poderiam ser tudo, menos heróis de guerra ao velho estilo. Enquanto seus companheiros de farda lutavam em grandes e decisivas batalhas épicas contra as forças japonesas a tripulação desse velho cargueiro caindo aos pedaços (chamado de "banheira" por seus próprios marinheiros) se limitava a transportar papel higiênico, frutas e utensílios para as tropas que lutavam no front.
Essa aliás passa a ser a grande frustração do Tenente Doug Roberts (Henry Fonda). Ele se alistou para ser um herói, não para transportar papel higiênico. Pior do que isso é estar sob o comando de um louco varrido, o Capitão Morton (James Cagney), um oficial que só pensa em subir na carreira, tratando mal todos os seus subordinados, com uma estranha obsessão por uma palmeira que ele mantém a bordo do navio, longe do alcance de todos os seus homens. Essa obsessão maluca dá origem a uma das melhores (e mais divertidas) cenas do filme quando Doug em um ato de revolta joga a planta no mar! O que pode parecer um ato sem maiores consequências acaba virando o fim do mundo para seu capitão!
"Mister Roberts" foi a adaptação para o cinema de uma peça de teatro da Broadway que fez muito sucesso na década de 1940. Isso também trouxe certas características teatrais ao filme, principalmente em relação aos diálogos e a própria forma da dramaturgia do roteiro pois tudo se passa dentro do navio, sem muitas cenas externas. Melhor para Jack Lemmon que levou o Oscar. Percebam como ele manteve a postura teatral em sua atuação. Esse foi o segredo do prêmio que acabou levando para casa. No fim de tudo o grande interesse em assistir "Mister Roberts" é conferir como um grupo de atores não acostumados ao gênero comédia (com exceção do próprio Lemmon, é claro), dirigido por um diretor de épicos do velho oeste (John Ford) conseguiu realizar um filme tão bom e divertido como esse. Quem diria que tantos veteranos dramáticos teriam tanto êxito assim em uma produção como "Mister Roberts"...
Pablo Aluísio.
domingo, 24 de julho de 2016
A Feiticeira
A crítica malhou impiedosamente e o público deixou os cinemas vazios. Hoje, por uma ironia do destino, a Rede Globo está exibindo o filme na Sessão da Tarde. Pois bem, na época de lançamento do filme foi dito que ele seria ao estilo Sessão da Tarde, o que acabou se confirmando. Embora conte também em seu elenco com um dos comediantes mais insuportáveis de todos os tempos (o sem graça Will Ferrell) o filme tem pelo menos um presente para os cinéfilos de plantão: a presença da sempre exuberante Shirley MacLaine. Mito do cinema clássico não merecia ter um abacaxi desses listado em sua maravilhosa filmografia. Mostra que infelizmente nem as deusas da sétima arte estão livres de pagar grandes micos na carreira.
A Feiticeira (Bewitched, Estados Unidos, 2005) Direção: Nora Ephron / Roteiro: Nora Ephron, Delia Ephron / Elenco: Nicole Kidman, Will Ferrell, Shirley MacLaine / Sinopse: Jack Wyatt (Ferrell) é um ator fracassado que decide jogar todas as suas fichas na produção de uma nova versão da conhecida série "A Feiticeira". O que ele nem desconfia é que a atriz que contrata tem um poder real, sendo uma verdadeira feiticeira.
Pablo Aluísio.
sábado, 23 de julho de 2016
O Exorcista
Pablo Aluísio.
Nascido em 4 de Julho
Seguramente esse filme explora um dos aspectos mais tristes na vida de um veterano que retorna ao lar aleijado. Ele que era um atleta, que tinha um verdadeiro sonho americano pela frente, acaba encontrando apenas um futuro sombrio, um verdadeiro pesadelo. Depois que a ficha cai o que sobra é o alcoolismo, a desilusão e em muitos casos até mesmo o suicídio, pois muitos desses jovens não suportam o peso que agora precisam carregar pelo resto de suas vidas. O diferencial de Ron Kovic foi que ele resolveu adotar uma postura ativa e militante, transformando sua vida numa eterna busca pelo fim de guerras injustificadas como foi a Guerra do Vietnã. Ele acabou assim se tornando um dos mais conhecidos pacifistas veteranos, sempre na mídia denunciando tudo o que estava acontecendo. Já indo para o campo puramente cinematográfico temos aqui aquela que talvez seja a melhor atuação da carreira de Tom Cruise. Ele deixou o estigma de galã de lado para interpretar Kovic com uma dedicação fora dos padrões. Por essa época Cruise ainda lutava para ser reconhecido pela academia, procurando ganhar seu próprio Oscar, algo que até agora não aconteceu. Indicado três vezes ao prêmio (sendo uma delas por esse filme), Cruise foi deixando o cinema mais artístico de lado para se esbaldar em filmes puramente comerciais como "Missão Impossível". Pena, acredito que ele teria sido premiado mais cedo ou mais tarde se continuasse a investir em produções como essa.
Pablo Aluísio.