Título no Brasil: Pânico
Título Original: Scream
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Drew Barrymore
Sinopse:
Um serial killer mascarado começa a assassinar adolescentes em uma cidade pequena, e como o número de corpos aumenta a cada dia, uma jovem garota e seus amigos começam a se utilizar dos clichês dos filmes de terror para descobrir a identidade do verdadeiro criminoso. Filme vencedor do Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Terror, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz (Neve Campbell). Também vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor Filme.
Comentários:
Eu já estava muito calejado com filmes de terror quando essa fita virou febre entre os adolescentes. A única novidade era a premissa que partia de uma tentativa de brincar com os clichês do gênero ao mesmo tempo em que os utilizava para criar medo no público. Algo assim só funcionaria mesmo com neófitos no gênero terror - algo que eu já não era há muito tempo, pois já tinha passado da idade para isso. Por essa razão apesar do enorme sucesso de bilheteria e do impacto que causou dentro da cultura pop na época (fatos inegáveis), jamais consegui gostar do filme, de sua proposta e de seu resultado. Kevin Williamson, o roteirista que depois iria desenvolver uma bela carreira na TV criando séries de sucesso como "Diário de um Vampiro", "The Following" e "Stalker", soube muito bem usar as mais batidas fórmulas do terror dos anos 80 para reciclar tudo, transformando em um novo sucesso de bilheteria. Ele aliás é o grande responsável pelo sucesso do filme uma vez que o diretor Wes Craven já estava envelhecido e no controle remoto em sua carreira. Seu trabalho rendeu apenas um filme burocrático que foi salvo do lugar comum por causa do texto de Williamson. Assim temos aqui um exercício de metalinguagem que usou do que havia de mais batido dentro do cinema para conquistar uma nova geração de fãs. Pelos resultados comerciais envolvidos acertaram realmente em cheio. Do ponto de vista puramente cinematográfico não consigo porém visualizar nada de muito marcante.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Battleship - A Batalha dos Mares
Título no Brasil: Battleship - A Batalha dos Mares
Título Original: Battleship
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Berg
Roteiro: Jon Hoeber, Erich Hoeber
Elenco: Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Brooklyn Decker, Liam Neeson
Sinopse:
Baseado no clássico jogo de combate naval, Battleship traz a estória de uma frota internacional de navios que se deparam com uma armada alienígena, enquanto participa de exercícios e jogos de guerra naval. Uma intensa batalha é travada em terra, mar e ar. O que os aliens afinal querem em nosso planeta? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Esse filme prova algumas coisinhas. A primeira é que não adianta ter apenas efeitos especiais de última geração para se criar um bom filme. A segunda é que sem um roteiro realmente bom tudo afunda, literalmente. E a terceira (e talvez a mais importante) é que não se cria grandes astros por decreto, da noite para o dia. Que o diga o ator Taylor Kitsch (da série "Friday Night Lights") cujos esforços em se tornar uma verdadeira estrela de cinema foram para o fundo do oceano junto com os navios digitais que surgem em cena. Na realidade o grande problema de "Battleship: A Batalha dos Mares" é que os produtores pensaram e acreditaram piamente que a parte técnica do filme o salvaria do fracasso. Realmente em termos de efeitos especiais não há o que reclamar. O problema é que assim como aconteceu na franquia "Transformers" não há nada muito além disso. A garotada pode até achar a sinopse e a proposta do filme bem divertidas, e quem sabe a fita possa servir de diversão ligeira para uma tarde entediada. Fora isso, olhando sob um prisma mais crítico, não há como deixar de entender tudo como uma grande bobagem mesmo, uma espécie de "Transformers em alto mar" que definitivamente não deu certo. Melhor rever os filmes de guerra clássicos da Segunda Guerra.
Pablo Aluísio.
Título Original: Battleship
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Berg
Roteiro: Jon Hoeber, Erich Hoeber
Elenco: Taylor Kitsch, Alexander Skarsgård, Brooklyn Decker, Liam Neeson
Sinopse:
Baseado no clássico jogo de combate naval, Battleship traz a estória de uma frota internacional de navios que se deparam com uma armada alienígena, enquanto participa de exercícios e jogos de guerra naval. Uma intensa batalha é travada em terra, mar e ar. O que os aliens afinal querem em nosso planeta? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria Melhores Efeitos Especiais.
Comentários:
Esse filme prova algumas coisinhas. A primeira é que não adianta ter apenas efeitos especiais de última geração para se criar um bom filme. A segunda é que sem um roteiro realmente bom tudo afunda, literalmente. E a terceira (e talvez a mais importante) é que não se cria grandes astros por decreto, da noite para o dia. Que o diga o ator Taylor Kitsch (da série "Friday Night Lights") cujos esforços em se tornar uma verdadeira estrela de cinema foram para o fundo do oceano junto com os navios digitais que surgem em cena. Na realidade o grande problema de "Battleship: A Batalha dos Mares" é que os produtores pensaram e acreditaram piamente que a parte técnica do filme o salvaria do fracasso. Realmente em termos de efeitos especiais não há o que reclamar. O problema é que assim como aconteceu na franquia "Transformers" não há nada muito além disso. A garotada pode até achar a sinopse e a proposta do filme bem divertidas, e quem sabe a fita possa servir de diversão ligeira para uma tarde entediada. Fora isso, olhando sob um prisma mais crítico, não há como deixar de entender tudo como uma grande bobagem mesmo, uma espécie de "Transformers em alto mar" que definitivamente não deu certo. Melhor rever os filmes de guerra clássicos da Segunda Guerra.
Pablo Aluísio.
Casa Comigo?
Título no Brasil: Casa Comigo?
Título Original: Leap Year
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Anand Tucker
Roteiro: Deborah Kaplan, Harry Elfont
Elenco: Amy Adams, Matthew Goode, Adam Scott
Sinopse:
Anna (Amy Adams) está desesperada para se casar. Para ver se consegue convencer o namorado a lhe pedir em casamento ela viaja atá Dublin, pois por aquelas bandas é tradição pedir as mulheres em casamento no dia 29 de fevereiro de um ano bissexto. Mas as coisas acabam dando totalmente erradas.
Comentários:
Comédia romântica sem maiores novidades a não ser a presença muito simpática e carismática da gracinha Amy Adams. É a tal coisa, imagine você, um cara hetero normal, sendo chamado para ver uma comédia romântica no cinema. Bom, a primeira tentação é dizer não, mas como não quer magoar a sua namorada acaba aceitando. Esse aqui pelo menos tem a Amy Adams para você chegar até o final sem muito tédio. O roteiro bebe mais uma vez na fonte do casamento, esse contrato civil tão cobiçado pelas mulheres - mesmo nos dias de hoje onde elas estão cada vez mais procurando por sua independência profissional e financeira. Muitos poderiam dizer que tudo está anacrônico e fora de moda mas o sucesso de fitas como essa provam que não, elas ainda continuam sonhando com o tal príncipe encantado. Enquanto ele não aparece (provavelmente nunca aparecerá) elas consomem filmes como esse. Não há nada de errado nisso. Pelo menos esse me pareceu bem divertido, apesar dos pesares.
Pablo Aluísio.
Título Original: Leap Year
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Anand Tucker
Roteiro: Deborah Kaplan, Harry Elfont
Elenco: Amy Adams, Matthew Goode, Adam Scott
Sinopse:
Anna (Amy Adams) está desesperada para se casar. Para ver se consegue convencer o namorado a lhe pedir em casamento ela viaja atá Dublin, pois por aquelas bandas é tradição pedir as mulheres em casamento no dia 29 de fevereiro de um ano bissexto. Mas as coisas acabam dando totalmente erradas.
Comentários:
Comédia romântica sem maiores novidades a não ser a presença muito simpática e carismática da gracinha Amy Adams. É a tal coisa, imagine você, um cara hetero normal, sendo chamado para ver uma comédia romântica no cinema. Bom, a primeira tentação é dizer não, mas como não quer magoar a sua namorada acaba aceitando. Esse aqui pelo menos tem a Amy Adams para você chegar até o final sem muito tédio. O roteiro bebe mais uma vez na fonte do casamento, esse contrato civil tão cobiçado pelas mulheres - mesmo nos dias de hoje onde elas estão cada vez mais procurando por sua independência profissional e financeira. Muitos poderiam dizer que tudo está anacrônico e fora de moda mas o sucesso de fitas como essa provam que não, elas ainda continuam sonhando com o tal príncipe encantado. Enquanto ele não aparece (provavelmente nunca aparecerá) elas consomem filmes como esse. Não há nada de errado nisso. Pelo menos esse me pareceu bem divertido, apesar dos pesares.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 5 de abril de 2016
O Grande Gatsby
Título no Brasil: O Grande Gatsby
Título Original: The Great Gatsby
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce
Elenco: Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan, Joel Edgerton
Sinopse:
Na década de 1920 o jovem Nick Carraway (Tobey Maguire) se forma em Yale e sonha em se tornar um escritor de sucesso. Enquanto tenta escrever o livro que lhe trará o sucesso acaba se interessando pela misteriosa figura de Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), um milionário que dá grandes festas em sua mansão, embora poucos saibam de onde vem toda a sua fortuna. O que intriga ainda mais Nick é a estranha atração que o misterioso Gatsby parece ter por sua própria prima, Daisy Buchanan (Carey Mulligan). Teria sido ela um grande amor de seu passado?
Comentários:
Mais uma releitura para o grande clássico da literatura "The Great Gatsby" de F. Scott Fitzgerald. Ainda prefiro a versão produzida com Robert Redford, sem dúvida. Nessa novo remake o cineasta Baz Luhrmann pecou por tentar deixar tudo mais atraente ao público jovem que vai ao cinema atualmente. Assim ele acabou imprimindo um ritmo histérico ao filme, algo que se distancia muito da obra original que tinha um clima bem mais cadenciado, valorizando o mistério em torno do personagem Gatsby e a finesse da sociedade grã-fina onde ele estava inserido. A trama, que ia sendo desenvolvida aos poucos, era feita de pequenas nuances e se baseava na elegante escrita de F. Scott Fitzgerald. A ambientação era correta e historicamente fiel. Com Luhrmann tudo ficou muito rápido, nervoso, sem sofisticação. O uso de músicas fora de época causam ainda maior mal estar. Leonardo DiCaprio não encontrou o tom de seu personagem. Ele parece arriscar durante todo o transcorrer da estória, indo de uma direção a outra, sem finalmente acertar em nada. Carey Mulligan é uma gracinha e traz algum charme para o filme como um todo, mas uma andorinha só não faz verão. No geral o filme erra por tentar ser moderno demais em uma obra que tira grande parte de sua força na nostalgia de uma época passada. Errado em algo tão primordial ficou complicado gostar dessa nova versão. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Figurino e Melhor Design de Produção.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Great Gatsby
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce
Elenco: Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan, Joel Edgerton
Sinopse:
Na década de 1920 o jovem Nick Carraway (Tobey Maguire) se forma em Yale e sonha em se tornar um escritor de sucesso. Enquanto tenta escrever o livro que lhe trará o sucesso acaba se interessando pela misteriosa figura de Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), um milionário que dá grandes festas em sua mansão, embora poucos saibam de onde vem toda a sua fortuna. O que intriga ainda mais Nick é a estranha atração que o misterioso Gatsby parece ter por sua própria prima, Daisy Buchanan (Carey Mulligan). Teria sido ela um grande amor de seu passado?
Comentários:
Mais uma releitura para o grande clássico da literatura "The Great Gatsby" de F. Scott Fitzgerald. Ainda prefiro a versão produzida com Robert Redford, sem dúvida. Nessa novo remake o cineasta Baz Luhrmann pecou por tentar deixar tudo mais atraente ao público jovem que vai ao cinema atualmente. Assim ele acabou imprimindo um ritmo histérico ao filme, algo que se distancia muito da obra original que tinha um clima bem mais cadenciado, valorizando o mistério em torno do personagem Gatsby e a finesse da sociedade grã-fina onde ele estava inserido. A trama, que ia sendo desenvolvida aos poucos, era feita de pequenas nuances e se baseava na elegante escrita de F. Scott Fitzgerald. A ambientação era correta e historicamente fiel. Com Luhrmann tudo ficou muito rápido, nervoso, sem sofisticação. O uso de músicas fora de época causam ainda maior mal estar. Leonardo DiCaprio não encontrou o tom de seu personagem. Ele parece arriscar durante todo o transcorrer da estória, indo de uma direção a outra, sem finalmente acertar em nada. Carey Mulligan é uma gracinha e traz algum charme para o filme como um todo, mas uma andorinha só não faz verão. No geral o filme erra por tentar ser moderno demais em uma obra que tira grande parte de sua força na nostalgia de uma época passada. Errado em algo tão primordial ficou complicado gostar dessa nova versão. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Figurino e Melhor Design de Produção.
Pablo Aluísio.
Guardiões da Galáxia
Título no Brasil: Guardiões da Galáxia
Título Original: Guardians of the Galaxy
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn, Nicole Perlman
Elenco: Chris Pratt, Vin Diesel, Bradley Cooper
Sinopse:
Um improvável grupo, formado por membros com problemas criminais diversos pela galáxia, se reúne para tentar deter uma incrível ameaça contra todos os seres livres do universo. Adaptação para o cinema dos personagens de histórias em quadrinhos criados por Dan Abnett e Andy Lanning para a editora Marvel Comics. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado ao BAFTA Awards nas mesmas categorias.
Comentários:
Baseado em personagens não tão famosos do universo Marvel, "Guardians of the Galaxy" acabou caindo no gosto do público, dando continuidade à incrível série de sucessos do cinema baseados em histórias em quadrinhos. Ao custo de 170 milhões de dólares o filme certamente acertou seu alvo, a do público jovem que lota os cinemas atualmente em busca da mais pura diversão. E o filme não nega suas intenções em nenhum momento, pois é de fato uma fita produzida para divertir, acima de tudo. Para o cinéfilo mais veterano será fácil encontrar semelhanças demais com o universo "Star Wars", mas mesmo assim o divertimento estará garantido. Os personagens são claramente carismáticos, o roteiro valoriza a mais pura ação, com muita adrenalina e os efeitos especiais são realmente muito bem realizados. Apesar de tudo isso, de ser um filme tecnicamente irrepreensível em termos de produção de um modo em geral, o filme também passa longe de ser a obra prima que alguns críticos disseram por aí. É bom, divertido e tudo o mais, porém não chegaria ao ponto de qualificar como excelente ou algo próximo a isso. Como fez sucesso nas bilheterias é certo que teremos mais sequências nos próximos anos, provavelmente uma ou duas continuações, porém sem maiores surpresas. Não vá assistir esperando por um filmão e se divirta sem maiores compromissos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Guardians of the Galaxy
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn, Nicole Perlman
Elenco: Chris Pratt, Vin Diesel, Bradley Cooper
Sinopse:
Um improvável grupo, formado por membros com problemas criminais diversos pela galáxia, se reúne para tentar deter uma incrível ameaça contra todos os seres livres do universo. Adaptação para o cinema dos personagens de histórias em quadrinhos criados por Dan Abnett e Andy Lanning para a editora Marvel Comics. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhores Efeitos Especiais. Também indicado ao BAFTA Awards nas mesmas categorias.
Comentários:
Baseado em personagens não tão famosos do universo Marvel, "Guardians of the Galaxy" acabou caindo no gosto do público, dando continuidade à incrível série de sucessos do cinema baseados em histórias em quadrinhos. Ao custo de 170 milhões de dólares o filme certamente acertou seu alvo, a do público jovem que lota os cinemas atualmente em busca da mais pura diversão. E o filme não nega suas intenções em nenhum momento, pois é de fato uma fita produzida para divertir, acima de tudo. Para o cinéfilo mais veterano será fácil encontrar semelhanças demais com o universo "Star Wars", mas mesmo assim o divertimento estará garantido. Os personagens são claramente carismáticos, o roteiro valoriza a mais pura ação, com muita adrenalina e os efeitos especiais são realmente muito bem realizados. Apesar de tudo isso, de ser um filme tecnicamente irrepreensível em termos de produção de um modo em geral, o filme também passa longe de ser a obra prima que alguns críticos disseram por aí. É bom, divertido e tudo o mais, porém não chegaria ao ponto de qualificar como excelente ou algo próximo a isso. Como fez sucesso nas bilheterias é certo que teremos mais sequências nos próximos anos, provavelmente uma ou duas continuações, porém sem maiores surpresas. Não vá assistir esperando por um filmão e se divirta sem maiores compromissos.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Operação Sombra - Jack Ryan
Título no Brasil: Operação Sombra - Jack Ryan
Título Original: Jack Ryan - Shadow Recruit
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Adam Cozad, David Koepp
Elenco: Chris Pine, Kevin Costner, Keira Knightley, Kenneth Branagh
Sinopse:
Jack Ryan (Chris Pine) é um jovem universitário que resolve se alistar nos fuzileiros navais americanos após o ataque terrorista de 11 de setembro em Nova Iorque. Após ser abatido em combate é recrutado por Thomas Harper (Kevin Costner) para trabalhar na CIA. Sua função passa a ser localizar contas bancárias pelo mundo usadas por grupos terroristas. Suas investigações acabam mirando também em outras nações, como a Rússia. Viktor Cherevin (Kenneth Branagh), um figurão, acaba assim entrando no alvo da agência de inteligência americana.
Comentários:
O personagem Jack Ryan, criado nas páginas dos livros escritos pelo autor Tom Clancy está de volta! Vários filmes com o agente foram realizados em um passado recente (como "Caçada ao Outubro Vermelho", "Jogos Patrióticos", "Perigo Real e Imediato" e "A Soma de Todos os Medos") e agora a Paramount tenta inaugurar um novo ciclo de filmes, uma nova franquia. Para isso o espectador é levado até a juventude de Ryan, para entender de onde veio e como se tornou um dos mais eficientes agentes da CIA. Como se trata de um filme de origens o espectador pode ficar meio decepcionado. Nem sempre esse tipo de manobra dá muito certo, principalmente quando se tem em mira um personagem que já foi devidamente explorado no cinema. O resultado é morno e sem graça. Chris Pine, que também luta para ressuscitar a velha franquia de "Star Trek" demonstra que não tem carisma suficiente para segurar essa responsabilidade. Seu Jack Ryan é seguramente o mais fraco de todos os que vimos até o presente momento.
Pablo Aluísio.
Título Original: Jack Ryan - Shadow Recruit
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Adam Cozad, David Koepp
Elenco: Chris Pine, Kevin Costner, Keira Knightley, Kenneth Branagh
Sinopse:
Jack Ryan (Chris Pine) é um jovem universitário que resolve se alistar nos fuzileiros navais americanos após o ataque terrorista de 11 de setembro em Nova Iorque. Após ser abatido em combate é recrutado por Thomas Harper (Kevin Costner) para trabalhar na CIA. Sua função passa a ser localizar contas bancárias pelo mundo usadas por grupos terroristas. Suas investigações acabam mirando também em outras nações, como a Rússia. Viktor Cherevin (Kenneth Branagh), um figurão, acaba assim entrando no alvo da agência de inteligência americana.
Comentários:
O personagem Jack Ryan, criado nas páginas dos livros escritos pelo autor Tom Clancy está de volta! Vários filmes com o agente foram realizados em um passado recente (como "Caçada ao Outubro Vermelho", "Jogos Patrióticos", "Perigo Real e Imediato" e "A Soma de Todos os Medos") e agora a Paramount tenta inaugurar um novo ciclo de filmes, uma nova franquia. Para isso o espectador é levado até a juventude de Ryan, para entender de onde veio e como se tornou um dos mais eficientes agentes da CIA. Como se trata de um filme de origens o espectador pode ficar meio decepcionado. Nem sempre esse tipo de manobra dá muito certo, principalmente quando se tem em mira um personagem que já foi devidamente explorado no cinema. O resultado é morno e sem graça. Chris Pine, que também luta para ressuscitar a velha franquia de "Star Trek" demonstra que não tem carisma suficiente para segurar essa responsabilidade. Seu Jack Ryan é seguramente o mais fraco de todos os que vimos até o presente momento.
Pablo Aluísio.
A Casa do Lago
Título no Brasil: A Casa do Lago
Título Original: The Lake House
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alejandro Agresti
Roteiro: David Auburn, Eun-Jeong Kim
Elenco: Keanu Reeves, Sandra Bullock, Christopher Plummer
Sinopse:
Um homem solitário que mora em uma bela casa no lago começa a trocar cartas com uma misteriosa mulher que ao que tudo indica vivia no mesmo lugar, só que no passado. Filme premiado pelo Hollywood Film Awards na categoria de Melhor Atriz (Sandra Bullock). Também premiado pelo Teen Choice Awards.
Comentários:
Já que estamos falando de Keanu Reeves... Esse filme foi bastante criticado, nem tantos pelos jornalistas especializados em cinema, mas pelo público mesmo. Para muita gente o roteiro não fazia o menor sentido. Mesmo com boa vontade era complicado de engolir esse enredo. Na verdade se trata de um remake americano de uma produção coreana chamada "Siworae", cujo roteiro havia sido escrito por Eun-Jeong Kim e Ji-na Yeo. A imaginação e a criatividade típicas dos povos orientais explicam em parte o aspecto mais diferente, do ponto de vista de contexto e desenvolvimento, desse romance improvável (para não dizer impossível). O lado bom é que a dupla Keanu Reeves e Sandra Bullock combinou bem em cena. Além do mais não é nada mal ter o veterano Christopher Plummer (um dos meus atores preferidos) desfilando seu talento único em sua atuação. Outro ponto positivo vem da direção segura do cineasta argentino Alejandro Agresti. Com a sensibilidade latina no tom certo ele conseguiu dar o ritmo certo para o filme, introduzindo elementos da narrativa em doses homeopáticas, para que o público se acostumasse a essa incomum proposta.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Lake House
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alejandro Agresti
Roteiro: David Auburn, Eun-Jeong Kim
Elenco: Keanu Reeves, Sandra Bullock, Christopher Plummer
Sinopse:
Um homem solitário que mora em uma bela casa no lago começa a trocar cartas com uma misteriosa mulher que ao que tudo indica vivia no mesmo lugar, só que no passado. Filme premiado pelo Hollywood Film Awards na categoria de Melhor Atriz (Sandra Bullock). Também premiado pelo Teen Choice Awards.
Comentários:
Já que estamos falando de Keanu Reeves... Esse filme foi bastante criticado, nem tantos pelos jornalistas especializados em cinema, mas pelo público mesmo. Para muita gente o roteiro não fazia o menor sentido. Mesmo com boa vontade era complicado de engolir esse enredo. Na verdade se trata de um remake americano de uma produção coreana chamada "Siworae", cujo roteiro havia sido escrito por Eun-Jeong Kim e Ji-na Yeo. A imaginação e a criatividade típicas dos povos orientais explicam em parte o aspecto mais diferente, do ponto de vista de contexto e desenvolvimento, desse romance improvável (para não dizer impossível). O lado bom é que a dupla Keanu Reeves e Sandra Bullock combinou bem em cena. Além do mais não é nada mal ter o veterano Christopher Plummer (um dos meus atores preferidos) desfilando seu talento único em sua atuação. Outro ponto positivo vem da direção segura do cineasta argentino Alejandro Agresti. Com a sensibilidade latina no tom certo ele conseguiu dar o ritmo certo para o filme, introduzindo elementos da narrativa em doses homeopáticas, para que o público se acostumasse a essa incomum proposta.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de abril de 2016
Glenn Ford - O Pistoleiro do Rio Vermelho
Ontem assisti ao filme "O Pistoleiro do Rio Vermelho" (The Last Challenge, EUA, 1967). Sempre é bom conhecer ou rever filmes americanos de faroeste, principalmente das décadas de 40, 50 e 60, onde geralmente se situam as melhores produções da história do cinema ianque. Naqueles tempos o Western era extremamente popular e rendia excelentes bilheterias. Também eram filmes muito lucrativos pois custavam pouco, geralmente sendo rodados nos desertos do Arizona e Califórnia. Os estúdios aliás ganhavam grande parte de seus recursos justamente nesse tipo de produção. Se havia necessidade de melhorar as receitas nada mais era tão indicado como a produção de filmes desse gênero.
Ao longo do tempo a regularidade levou vários atores a se tornarem ícones desse estilo como John Wayne, Randolph Scott, Alan Ladd, etc. O caso de Glenn Ford era um pouco diferente. Ele não era um astro cowboy por excelência. Realmente chegou a atuar em muitos faroestes, mas era mais regular em dramas, filmes de aventura ou de guerra. Tanto isso é verdade que seu filme mais lembrado até hoje é "Gilda", um filme com ares de noir que acabou virando um cult para a crítica americana (status que só foi adquirido com o tempo já que em seu lançamento o filme se notabilizou mais pela bela presença de Rita Hayworth do que por qualquer outra coisa).
Assim Ford era considerado acima de tudo um astro eclético, embora nunca chegasse a ser reconhecido como grande ator. Ele era um tipo, uma espécie de estereótipo cinematográfico. Se formos pensar apenas em seus filmes de western veremos que Ford nunca chegou a atuar em um grande clássico, em uma obra prima tal como aconteceu muitas vezes com John Wayne. Na verdade ele se especializou em filmes B, baratos, que não tinham maiores pretensões a não ser render uma boa bilheteria para pagar os custos da produção e gerar algum lucro. Esse é o caso de "O Pistoleiro do Rio Vermelho". Não há uma excelente produção em cena. O filme, como todos da MGM, era certamente bem produzido, com boas locações, mas passava longe de ser uma superprodução.
Quando a fita chegou nos cinemas por volta de 1967 o western já estava saindo lentamente de moda. O público era mais velho e os jovens estavam interessados em outras coisas (não nos esqueçamos que foi nesse mesmo ano que aconteceu o verão hippie, do amor livre e do flower power). Havia muita LSD e maconha rolando entre os jovens cabeludos. Nenhum deles teria interesse em ver um filme de cowboy com um roteiro que soava até mesmo fora de época. E os valores? Será que algum jovem queria mesmo ver um duelo no velho oeste para determinar quem seria o gatilho mais rápido do Arizona? Acredito que não. Assim o que temos aqui é um filme de orçamento restrito, já meio fora de moda, com um astro já aparentando um certo cansaço.
O único interesse talvez viesse da presença da atriz Angie Dickinson, uma loira bonita, com cabelos de hippie (mesmo que o filme fosse passado no velho oeste) e personalidade feminista à frente de seu tempo (no roteiro ela era dona de um saloon, não se importando em ser falada na cidade). Outro ponto interessante é o fato de que o filme foi dirigido por Richard Thorpe. Quem é fã de Elvis Presley certamente saberá de quem se trata. Ele dirigiu dois dos mais populares filmes de Elvis: "O Prisioneiro do Rock" em 1957 e "O Seresteiro de Acapulco" de 1963. O primeiro é um marco na história do rock no cinema e o segundo um clássico da Sessão da Tarde dos anos 70 e 80. Esse faroeste foi seu último filme, afinal ele já havia dirigido quase 180 filmes desde que começou em Hollywood em 1923 (ainda na era do cinema mudo). Já era mesmo tempo de se aposentar da sétima arte.
Pablo Aluísio.
Ao longo do tempo a regularidade levou vários atores a se tornarem ícones desse estilo como John Wayne, Randolph Scott, Alan Ladd, etc. O caso de Glenn Ford era um pouco diferente. Ele não era um astro cowboy por excelência. Realmente chegou a atuar em muitos faroestes, mas era mais regular em dramas, filmes de aventura ou de guerra. Tanto isso é verdade que seu filme mais lembrado até hoje é "Gilda", um filme com ares de noir que acabou virando um cult para a crítica americana (status que só foi adquirido com o tempo já que em seu lançamento o filme se notabilizou mais pela bela presença de Rita Hayworth do que por qualquer outra coisa).
Assim Ford era considerado acima de tudo um astro eclético, embora nunca chegasse a ser reconhecido como grande ator. Ele era um tipo, uma espécie de estereótipo cinematográfico. Se formos pensar apenas em seus filmes de western veremos que Ford nunca chegou a atuar em um grande clássico, em uma obra prima tal como aconteceu muitas vezes com John Wayne. Na verdade ele se especializou em filmes B, baratos, que não tinham maiores pretensões a não ser render uma boa bilheteria para pagar os custos da produção e gerar algum lucro. Esse é o caso de "O Pistoleiro do Rio Vermelho". Não há uma excelente produção em cena. O filme, como todos da MGM, era certamente bem produzido, com boas locações, mas passava longe de ser uma superprodução.
Quando a fita chegou nos cinemas por volta de 1967 o western já estava saindo lentamente de moda. O público era mais velho e os jovens estavam interessados em outras coisas (não nos esqueçamos que foi nesse mesmo ano que aconteceu o verão hippie, do amor livre e do flower power). Havia muita LSD e maconha rolando entre os jovens cabeludos. Nenhum deles teria interesse em ver um filme de cowboy com um roteiro que soava até mesmo fora de época. E os valores? Será que algum jovem queria mesmo ver um duelo no velho oeste para determinar quem seria o gatilho mais rápido do Arizona? Acredito que não. Assim o que temos aqui é um filme de orçamento restrito, já meio fora de moda, com um astro já aparentando um certo cansaço.
O único interesse talvez viesse da presença da atriz Angie Dickinson, uma loira bonita, com cabelos de hippie (mesmo que o filme fosse passado no velho oeste) e personalidade feminista à frente de seu tempo (no roteiro ela era dona de um saloon, não se importando em ser falada na cidade). Outro ponto interessante é o fato de que o filme foi dirigido por Richard Thorpe. Quem é fã de Elvis Presley certamente saberá de quem se trata. Ele dirigiu dois dos mais populares filmes de Elvis: "O Prisioneiro do Rock" em 1957 e "O Seresteiro de Acapulco" de 1963. O primeiro é um marco na história do rock no cinema e o segundo um clássico da Sessão da Tarde dos anos 70 e 80. Esse faroeste foi seu último filme, afinal ele já havia dirigido quase 180 filmes desde que começou em Hollywood em 1923 (ainda na era do cinema mudo). Já era mesmo tempo de se aposentar da sétima arte.
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de abril de 2016
Imperador
Um dos aspectos que mais me intrigaram em relação à história da Segunda Guerra Mundial foi o fato de que o imperador do Japão Hirohito jamais foi responsabilizado pelas atrocidades cometidas pelas tropas japonesas durante esse que foi o maior conflito armado da história. Ele não apenas escapou de ser julgado e punido por crimes de guerra como também contou com o apoio dos americanos em lhe manter no trono, mesmo que apenas como um líder decorativo, sem poderes reais, de fato. Assim esse filme veio bem a calhar para responder muitas das perguntas que ficaram sem respostas por anos, O filme começa logo após a rendição das forças imperiais japonesas. Duas bombas atômicas fizeram capitular um dos povos mais orgulhosos e firmes do planeta. Sem saída, após longos anos de guerra, resolveram finalmente se render aos aliados. Os americanos então finalmente desembarcaram no Japão sob a liderança do excêntrico General Douglas MacArthur (Tommy Lee Jones). O país estava arrasado após os intensos bombardeiros americanos despejarem toneladas de bombas. Tóquio, a outrora gloriosa capital japonesa, não passava de ruínas. Nada estava de pé. Tudo se resumia a cinzas.
Imediatamente MacArthur designou o General Bonner Fellers (Matthew Fox) para que iniciasse uma intensa apuração de responsabilidades do alto comando imperial. Os acusados de crimes de guerra deveriam ser encontrados, julgados e punidos com a pena de morte se fosse necessário. O problema maior era saber a real dimensão da responsabilidade do próprio Imperador. Teria ele começado a guerra ou teria sido apenas um fantoche nas mãos de militares e políticos inescrupulosos? Qual era a real dimensão de sua culpa pessoal? Considerado um verdadeiro Deus pelo povo do Japão, Fellers precisava concluir em apenas 10 dias a real dimensão da culpa de Hirohito, algo nada fácil de realizar. O roteiro, como vocês podem perceber, é extremamente interessante, principalmente para quem gosta de história. A produção do filme não é de encher os olhos, mas cumpre de forma eficiente a missão de contar essa parte da guerra que ainda hoje segue pouco conhecida. O elenco também é acima da média. Tommy Lee Jones, com seu talento habitual, ressuscita o velho e conhecido estilo nada ortodoxo de Douglas MacArthur. Já Matthew Fox se revela jovem demais para interpretar um General americano (o verdadeiro Bonner Fellers era bem mais velho do que ele). Mesmo assim, em nenhum momento, isso se torna um problema maior. O filme é realmente muito bom, sem maiores máculas. Outra boa surpresa que indico para apaixonados por história e bom cinema.
Imperador (Emperor, Estados Unidos, Japão, 2012) Direção: Peter Webber / Roteiro: Vera Blasi, David Klass, baseados na obra de Shiro Okamoto / Elenco: Matthew Fox, Tommy Lee Jones, Eriko Hatsune, Masayoshi Haneda, Colin Moy, Takatarô Kataoka / Sinopse: Após a rendição do Japão aos aliados, culminando no fim da II Guerra Mundial, dois generais americanos de alta patente precisam encontrar e punir os principais líderes militares e políticos japoneses, muitos deles acusados de terríveis crimes de guerra. Além desses precisam também descobrir a real extensão da responsabilidade do Imperador Hirohito no conflito. História baseada em fatos reais. Filme premiado no Palm Springs International Film Festival.
Pablo Aluísio.
Imediatamente MacArthur designou o General Bonner Fellers (Matthew Fox) para que iniciasse uma intensa apuração de responsabilidades do alto comando imperial. Os acusados de crimes de guerra deveriam ser encontrados, julgados e punidos com a pena de morte se fosse necessário. O problema maior era saber a real dimensão da responsabilidade do próprio Imperador. Teria ele começado a guerra ou teria sido apenas um fantoche nas mãos de militares e políticos inescrupulosos? Qual era a real dimensão de sua culpa pessoal? Considerado um verdadeiro Deus pelo povo do Japão, Fellers precisava concluir em apenas 10 dias a real dimensão da culpa de Hirohito, algo nada fácil de realizar. O roteiro, como vocês podem perceber, é extremamente interessante, principalmente para quem gosta de história. A produção do filme não é de encher os olhos, mas cumpre de forma eficiente a missão de contar essa parte da guerra que ainda hoje segue pouco conhecida. O elenco também é acima da média. Tommy Lee Jones, com seu talento habitual, ressuscita o velho e conhecido estilo nada ortodoxo de Douglas MacArthur. Já Matthew Fox se revela jovem demais para interpretar um General americano (o verdadeiro Bonner Fellers era bem mais velho do que ele). Mesmo assim, em nenhum momento, isso se torna um problema maior. O filme é realmente muito bom, sem maiores máculas. Outra boa surpresa que indico para apaixonados por história e bom cinema.
Imperador (Emperor, Estados Unidos, Japão, 2012) Direção: Peter Webber / Roteiro: Vera Blasi, David Klass, baseados na obra de Shiro Okamoto / Elenco: Matthew Fox, Tommy Lee Jones, Eriko Hatsune, Masayoshi Haneda, Colin Moy, Takatarô Kataoka / Sinopse: Após a rendição do Japão aos aliados, culminando no fim da II Guerra Mundial, dois generais americanos de alta patente precisam encontrar e punir os principais líderes militares e políticos japoneses, muitos deles acusados de terríveis crimes de guerra. Além desses precisam também descobrir a real extensão da responsabilidade do Imperador Hirohito no conflito. História baseada em fatos reais. Filme premiado no Palm Springs International Film Festival.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de abril de 2016
A Entrega
Passou injustamente despercebido esse bom filme sobre o baixo clero do crime em Nova Iorque. O cenário é o bairro do Brooklyn, onde as leis nem sempre parecem importantes, principalmente nas ruas violentas onde fica o bar em que trabalham Bob (Tom Hardy) e seu primo Marv (James Gandolfini). Eles são descendentes de imigrantes irlandeses que tentam ganhar a vida na metrópole que mais parece uma selva. Anos atrás Marv perdeu seu estabelecimento para a máfia de chechenos ao apostar tudo o que tinha em jogos de azar. Agora ele se vê velho e arruinado, trabalhando para os mesmos criminosos que lhe tiraram tudo. Já Bob é um sujeito que aparenta ter alguns problemas e desvios de personalidade, agravado por um triste e trágico acontecimento em seu passado. Seu aparente retardo mental esconde algo bem mais sombrio do que muitos podem pensar. Quando o dinheiro dos mafiosos desaparece de seu bar, supostamente roubado em um crime comum, Bob e Marv precisam descobrir quem os roubou, pois caso contrário eles próprios podem pagar com suas vidas pelo crime ocorrido. Afinal os chechenos não deixariam barato o fato de alguém ter tido a arrogância de roubá-los.
O roteiro pode parecer áspero e frio, principalmente pelo fato dos personagens serem todos, em maior ou menor grau, bem esquisitos. Isso porém é apenas uma impressão sem muita base. Na verdade eu percebi uma grande preocupação em relação à humanidade de cada um deles. Marv, por exemplo, em mais uma ótima interpretação de James Gandolfini, é um homem que perdeu todas as esperanças. Ele mora com sua irmã e seu pai sobrevive com ajuda de aparelhos. Pessoas assim, no limite, costumam partir para atitudes extremas e inconsequentes. É justamente o que ele faz, sem pensar nos problemas que tudo irá causar. Já Bob é um presente para qualquer ator. Esqueça o Tom Hardy de "Mad Max", aqui o ator se transforma, criando uma caracterização perfeita do solitário e perturbado Bob. Um cara que parece ser normal, até covarde e indefeso, com um QI bem abaixo da média, mas que na realidade não hesita em fazer o que for necessário. Sua humanidade é explorada com o relacionamento que tem com uma garota atormentada por seu ex-namorado, um presidiário à beira da insanidade. Então é isso. "A Entrega" é bem escrito, atuado e dirigido. Tem uma bela mistura de drama, romance e filme policial, tudo muito bem desenvolvido. Não há nada melhor do que assistir a bons e inteligentes filmes como esse. Certamente deixo a recomendação.
A Entrega (The Drop, Estados Unidos, 2014) Direção: Michaël R. Roskam / Roteiro: Dennis Lehane, baseado no conto "Animal Rescue" / Elenco: Tom Hardy, James Gandolfini, Noomi Rapace, Matthias Schoenaerts, John Ortiz / Sinopse: Um bar pertencente à máfia chechena de Nova Iorque é assaltado. O dinheiro roubado pertence aos mafiosos que começam a pressionar os seus próprios empregados para descobrirem quem afinal roubou toda a grana. Bob (Tom Hardy) e seu primo Marv (James Gandolfini) assim precisam descobrir e desvendar o crime antes que eles mesmos paguem com a vida pelo que ocorreu. Filme premiado no Zurich Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
O roteiro pode parecer áspero e frio, principalmente pelo fato dos personagens serem todos, em maior ou menor grau, bem esquisitos. Isso porém é apenas uma impressão sem muita base. Na verdade eu percebi uma grande preocupação em relação à humanidade de cada um deles. Marv, por exemplo, em mais uma ótima interpretação de James Gandolfini, é um homem que perdeu todas as esperanças. Ele mora com sua irmã e seu pai sobrevive com ajuda de aparelhos. Pessoas assim, no limite, costumam partir para atitudes extremas e inconsequentes. É justamente o que ele faz, sem pensar nos problemas que tudo irá causar. Já Bob é um presente para qualquer ator. Esqueça o Tom Hardy de "Mad Max", aqui o ator se transforma, criando uma caracterização perfeita do solitário e perturbado Bob. Um cara que parece ser normal, até covarde e indefeso, com um QI bem abaixo da média, mas que na realidade não hesita em fazer o que for necessário. Sua humanidade é explorada com o relacionamento que tem com uma garota atormentada por seu ex-namorado, um presidiário à beira da insanidade. Então é isso. "A Entrega" é bem escrito, atuado e dirigido. Tem uma bela mistura de drama, romance e filme policial, tudo muito bem desenvolvido. Não há nada melhor do que assistir a bons e inteligentes filmes como esse. Certamente deixo a recomendação.
A Entrega (The Drop, Estados Unidos, 2014) Direção: Michaël R. Roskam / Roteiro: Dennis Lehane, baseado no conto "Animal Rescue" / Elenco: Tom Hardy, James Gandolfini, Noomi Rapace, Matthias Schoenaerts, John Ortiz / Sinopse: Um bar pertencente à máfia chechena de Nova Iorque é assaltado. O dinheiro roubado pertence aos mafiosos que começam a pressionar os seus próprios empregados para descobrirem quem afinal roubou toda a grana. Bob (Tom Hardy) e seu primo Marv (James Gandolfini) assim precisam descobrir e desvendar o crime antes que eles mesmos paguem com a vida pelo que ocorreu. Filme premiado no Zurich Film Festival na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
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