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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Imperador

Filme que se passa no pós-guerra, em um Japão destruído por duas bombas atômicas e milhares de bombardeiros promovidos pela força aérea dos Estados Unidos. Com o país em ruínas só restou ao imperador japonês (considerado um Deus por aquele povo) se render incondicionalmente. E aí, dessa rendição, começa a história do filme. Os militares americanos desembarcam no país para localizar e julgar os criminosos de guerra, mas ao mesmo tempo fica a dúvida: o imperador deveria ser também julgado pelo aconteceu? Ou devia-se poupá-lo para evitar maiores problemas nessa fase de reconstrução da nação?

O filme tem dois protagonistas, baseados em generais americanos que foram decisivos na restauração do Japão como nação e novo aliado. O primeiro foi o General Douglas MacArthur (Tommy Lee Jones). Já existe um filme muito bom sobre ele, com Gregory Peck no papel principal (se nunca assistiu, corra para conhecer). O outro foi o General Bonner Fellers (Matthew Fox) que era uma espécie de auxiliar de MacArthur. Ambos conduziram as negociações envolvendo americanos e japoneses naquele período histórico bem delicado. Com bom roteiro e produção apenas regular, esse filme é especialmente indicado para historiadores e estudantes de história. É o resgate de eventos que nem sempre são temas de livros ou filmes. Bem interessante mesmo.

Imperador (Emperor, Estados Unidos, Japão, 2012) Direção: Peter Webber / Roteiro: Vera Blasi, David Klass, baseados na obra de Shiro Okamoto / Elenco: Matthew Fox, Tommy Lee Jones, Eriko Hatsune, Masayoshi Haneda, Colin Moy, Takatarô Kataoka / Sinopse: Após a rendição do Japão aos aliados, culminando no fim da II Guerra Mundial, dois generais americanos de alta patente precisam encontrar e punir os principais líderes militares e políticos japoneses, muitos deles acusados de terríveis crimes de guerra. Além desses precisam também descobrir a real extensão da responsabilidade do Imperador Hirohito no conflito. História baseada em fatos reais.

Pablo Aluísio. 

sábado, 2 de abril de 2016

Imperador

Um dos aspectos que mais me intrigaram em relação à história da Segunda Guerra Mundial foi o fato de que o imperador do Japão Hirohito jamais foi responsabilizado pelas atrocidades cometidas pelas tropas japonesas durante esse que foi o maior conflito armado da história. Ele não apenas escapou de ser julgado e punido por crimes de guerra como também contou com o apoio dos americanos em lhe manter no trono, mesmo que apenas como um líder decorativo, sem poderes reais, de fato. Assim esse filme veio bem a calhar para responder muitas das perguntas que ficaram sem respostas por anos, O filme começa logo após a rendição das forças imperiais japonesas. Duas bombas atômicas fizeram capitular um dos povos mais orgulhosos e firmes do planeta. Sem saída, após longos anos de guerra, resolveram finalmente se render aos aliados. Os americanos então finalmente desembarcaram no Japão sob a liderança do excêntrico General Douglas MacArthur (Tommy Lee Jones). O país estava arrasado após os intensos bombardeiros americanos despejarem toneladas de bombas. Tóquio, a outrora gloriosa capital japonesa, não passava de ruínas. Nada estava de pé. Tudo se resumia a cinzas.

Imediatamente MacArthur designou o General Bonner Fellers (Matthew Fox) para que iniciasse uma intensa apuração de responsabilidades do alto comando imperial. Os acusados de crimes de guerra deveriam ser encontrados, julgados e punidos com a pena de morte se fosse necessário. O problema maior era saber a real dimensão da responsabilidade do próprio Imperador. Teria ele começado a guerra ou teria sido apenas um fantoche nas mãos de militares e políticos inescrupulosos? Qual era a real dimensão de sua culpa pessoal? Considerado um verdadeiro Deus pelo povo do Japão, Fellers precisava concluir em apenas 10 dias a real dimensão da culpa de Hirohito, algo nada fácil de realizar. O roteiro, como vocês podem perceber, é extremamente interessante, principalmente para quem gosta de história. A produção do filme não é de encher os olhos, mas cumpre de forma eficiente a missão de contar essa parte da guerra que ainda hoje segue pouco conhecida. O elenco também é acima da média. Tommy Lee Jones, com seu talento habitual, ressuscita o velho e conhecido estilo nada ortodoxo de Douglas MacArthur. Já Matthew Fox se revela jovem demais para interpretar um General americano (o verdadeiro Bonner Fellers era bem mais velho do que ele). Mesmo assim, em nenhum momento, isso se torna um problema maior. O filme é realmente muito bom, sem maiores máculas. Outra boa surpresa que indico para apaixonados por história e bom cinema.

Imperador (Emperor, Estados Unidos, Japão, 2012) Direção: Peter Webber / Roteiro: Vera Blasi, David Klass, baseados na obra de Shiro Okamoto / Elenco: Matthew Fox, Tommy Lee Jones, Eriko Hatsune, Masayoshi Haneda, Colin Moy, Takatarô Kataoka / Sinopse: Após a rendição do Japão aos aliados, culminando no fim da II Guerra Mundial, dois generais americanos de alta patente precisam encontrar e punir os principais líderes militares e políticos japoneses, muitos deles acusados de terríveis crimes de guerra. Além desses precisam também descobrir a real extensão da responsabilidade do Imperador Hirohito no conflito. História baseada em fatos reais. Filme premiado no Palm Springs International Film Festival.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de março de 2014

Hannibal - A Origem do Mal

Título no Brasil: Hannibal - A Origem do Mal
Título Original: Hannibal Rising
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
Direção: Peter Webber
Roteiro: Thomas Harris
Elenco: Gaspard Ulliel, Rhys Ifans, Li Gong

Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial a família Lecter tenta sobreviver ao horror das mortes e atrocidades nazistas. Morando em uma região na Ucrânia todos os membros ficam expostos ao holocausto imposto pelas forças de ocupação do exército alemão. Um dos sobreviventes do massacre é Hannibal Lecter (Gaspard Ulliel) que consegue escapar para a França onde pretende reconstruir sua vida. Já adulto finalmente decide se vingar de todos aqueles que barbarizaram sua família no maior conflito armado da história.

Comentários:
De uns anos pra cá Hollywood descobriu um novo filão. A ideia é muito simples, pega-se franquias já esgotadas, que comercialmente não teriam mais o que render e recomeça-se tudo do zero, geralmente contando as origens dos personagens famosos. Um exemplo perfeito disso vemos aqui em "Hannibal Rising", onde o espectador é convidado a conhecer as origens do canibalismo e psicopatia do serial killer Hannibal Lecter (em fraca interpretação do ator Gaspard Ulliel). O filme obviamente não pode ser comparado a nenhum outro da franquia original. É uma produção até modesta com pretensões contidas. Foi filmado na bonita República Tcheca o que lhe dá pelo menos uma bonita fotografia pois o leste europeu de fato é esteticamente muito belo. O problema é que tudo é mal desenvolvido. As explicações sobre o que teria levado Lecter a ser o que é não são bem trabalhadas, criando uma sensação de que o roteiro está o tempo todo forçando uma barra daquelas. Já em termos de terror e suspense a produção também não convence muito, se tornando na maioria das vezes enfadonha e decepcionante. Mesmo com tantos pontos negativos a fita poderá servir ao menos como curiosidade para quem se tornou fã do infame personagem imortalizado nas telas pelo genial Anthony Hopkins.

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Moça com Brinco de Pérola

Título no Brasil: Moça com Brinco de Pérola
Título Original: Girl with a Pearl Earring
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Webber
Roteiro: Olivia Hetreed, baseado no romance de Tracy Chevalier
Elenco: Colin Firth, Scarlett Johansson, Tom Wilkinson, Cillian Murphy, Judy Parfitt

Sinopse: 
O romance mescla história real com mera ficção. Um dos quadros mais famosos do pintor Johannes Vermeer (aqui interpretado por Colin Firth) foi justamente "Moça com Brinco de Pérola". Aqui temos a narração dos fatos que deram origem ao quadro. A jovem Griet (Scarlett Johansson) acaba servindo de modelo para a pintura após ir trabalhar como empregada doméstica na casa do artista, se tornando assim imortalizada através da arte de seu patrão.

Comentários:
Com enredo criativo e excelente direção de arte esse filme "Moça com Brinco de Pérola" surpreende pelo bom gosto. Eu sempre gostei de filmes históricos como esse e por essa razão a produção me agradou bastante. Tudo muito refinado e fino (tanto o roteiro quanto a direção do filme). Uma das primeiras coisas que chamam a atenção é a clara semelhança entre a atriz Scarlett Johansson e a garota que foi pintada por Johannes Vermeer. Ótima escolha de elenco. No mais, embora tome várias liberdades históricas com os acontecimentos reais o filme agrada e conquista o espectador pelo próprio romance envolvente que vai tomando conta dos personagens. Colin Firth segue com sua típica caracterização de conquistador relutante, o que para muitas mulheres é puro charme. Ótimo elenco de apoio - como por exemplo a sempre marcante presença de Tom Wilkinson - completam o quadro de uma produção que realmente vale muito a pena, principalmente para quem estiver em busca de um bom drama com bastante romance histórico.

Pablo Aluísio.