Título no Brasil: O Grande Gatsby
Título Original: The Great Gatsby
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Warner Bros
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce
Elenco: Leonardo DiCaprio, Carey Mulligan, Joel Edgerton
Sinopse:
Na década de 1920 o jovem Nick Carraway (Tobey Maguire) se forma em Yale e sonha em se tornar um escritor de sucesso. Enquanto tenta escrever o livro que lhe trará o sucesso acaba se interessando pela misteriosa figura de Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), um milionário que dá grandes festas em sua mansão, embora poucos saibam de onde vem toda a sua fortuna. O que intriga ainda mais Nick é a estranha atração que o misterioso Gatsby parece ter por sua própria prima, Daisy Buchanan (Carey Mulligan). Teria sido ela um grande amor de seu passado?
Comentários:
Mais uma releitura para o grande clássico da literatura "The Great Gatsby" de F. Scott Fitzgerald. Ainda prefiro a versão produzida com Robert Redford, sem dúvida. Nessa novo remake o cineasta Baz Luhrmann pecou por tentar deixar tudo mais atraente ao público jovem que vai ao cinema atualmente. Assim ele acabou imprimindo um ritmo histérico ao filme, algo que se distancia muito da obra original que tinha um clima bem mais cadenciado, valorizando o mistério em torno do personagem Gatsby e a finesse da sociedade grã-fina onde ele estava inserido. A trama, que ia sendo desenvolvida aos poucos, era feita de pequenas nuances e se baseava na elegante escrita de F. Scott Fitzgerald. A ambientação era correta e historicamente fiel. Com Luhrmann tudo ficou muito rápido, nervoso, sem sofisticação. O uso de músicas fora de época causam ainda maior mal estar. Leonardo DiCaprio não encontrou o tom de seu personagem. Ele parece arriscar durante todo o transcorrer da estória, indo de uma direção a outra, sem finalmente acertar em nada. Carey Mulligan é uma gracinha e traz algum charme para o filme como um todo, mas uma andorinha só não faz verão. No geral o filme erra por tentar ser moderno demais em uma obra que tira grande parte de sua força na nostalgia de uma época passada. Errado em algo tão primordial ficou complicado gostar dessa nova versão. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Figurino e Melhor Design de Produção.
Pablo Aluísio.
Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★
Elenco: ★★★★
Produção: ★★★★
Roteiro: ★★★
Cotação Geral: ★★★
Nota Geral: 7.9
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
Pablo:
ResponderExcluirEu li e reli esse livro do F. Scott Fitzgerald e, também, assisti e re-assisti ambos os filmes várias vezes. Acho que você está corretíssimo no seu post. Faço uma ressalva em favor do filme do DiCaprio no que tange as festas que nos da dimensão da esbórnia daquela que seria chamada Belle Epoque. Infelizmente é só isso, pois o DiCaprio da impressão de ser pouco maduro para o personagem Gatsby, qualidade essa que não falta ao Robert Redford. Alias a Dayse não passa
de uma dondoca leviana e até chatinha (com a duas atrizes) e nos deixa com dificuldade de acreditar que um sujeito curtido na vida como o Gatsby morreria de amor por ela e é necessário o galã perfeito e integro que é o Robert Redford para dar um mínimo de consciência ao romance impossível e improvável.
O que os cineasta que filmaram o livro do F. Scott Fitzgerald não entenderam é que o personagem Gatsby do livro não é um romântico, mas sim um homem com uma psicose social e que, doentiamente apaixonado, precisa conquistar a mulher que lhe rejeitou no passado por ser de classe social inferior e assim montou uma ilusão do amor perfeito e é castigado severamente por essa ousadia. Neste aspecto em especial nenhum dos dois filmes cumpre o que deveria ser seu objetivo.
Eu não poderia ter escrito melhor Serge. Concordo plenamente com seu ótimo ponto de vista. É a tal coisa, o mundo da literatura é tão rico que fica complicado mesmo quando filmes tentam capturar toda essa riqueza das letras para passar para as telas. Certas vezes leio maravilhosos livros e fico até imaginando como ficaria aquela história no cinema. Mesmo sabendo de antemão que definitivamente essa não é uma transição fácil em nenhuma hipótese.
ResponderExcluirCorreção: aonde está escrito: "consciência ao romance impossível e improvável" o correto é "CONSISTÊNCIA ao romance impossível e improvável"
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